Tenshi no Tamashi escrita por AoiTakashiro


Capítulo 24
Capítulo 24 - Seguindo Viagem


Notas iniciais do capítulo

Confira a viagem até os Sete Céus!!!



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Aquela semana passou bem rápido para os três. Enquanto Ralph treinava, ele teve que malhar mais para aguentar a própria força no braço. Além disso, ele conseguiu a se mobilizar e a utilizar os seus golpes com muito mais facilidade e velocidade.

Durante aquele tempo, ele não vira Belle. Não sabia por onde ela estava ou se ela tivesse sido sequestrada novamente. Mas ele ouvira que ela estava com o pai, viajando. A escola parecia não ter se importado. O diretor havia ficado muito nervoso por causa do estrago que Kleber fizera. Bem, Ralph também tinha parte da culpa, apesar dele não ter feito aquilo pela própria vontade. Então a escola entrou em suspensão.

– Ralph, como está o seu corpo, agora? – Nesse havia feito aquela pergunta a semana inteira.

– Ótimo! Nem sinto mas dores musculares nos braços nem nas pernas.

No começo daquela semana, Ralph treinara bastante, mas sofria de dores musculares enquanto descansava. Agora, ele estava um perfeito guerreiro.

– Isso é muito bom! Agora vai sofrer menos nos ataques. – Nesse ficou satisfeito.

– É isso ai! Agora você realmente está forte! – Mariah também soava feliz, mas estava triste por dentro.

– Hum? Mariah? O que houve? – Ralph havia percebido o suficiente que ela estava chateada com alguma coisa.

– Ah? Eu... Estou bem! Não é nada! – Mariah tentava desfarçar.

– Deixa disso. Eu já te conheço muito bem para dizer que você está mentindo. – Ralph falou sério, mas calmamente.

Nossa. Pensara Mariah. Ele já me conhece tanto a ponto de dizer que eu estou mentindo?! Ele realmente mudou. Mariah deu um longo suspiro e ficou com a cara no mesmo jeito que se sentia, triste.

– Tudo bem, você venceu. Eu vou te dizer o que está me incomodando.

Mariah fitou Ralph com seus olhos verdes.

– Bem, é uma notícia muito chata e difícil de dizer, Ralph. – Ela deu uma pausa. – Mas a gente... Eu e Nesse teremos que ir embora amanhã.

Uma onda de tristeza tomou conta de Ralph. Ele já sentia saudades deles.

– Que droga! Eu queria ir com vocês!

– Queria mesmo? – Nesse mostrou interesse.

– É claro que quero! Pelo menos vai ser legal ir pro céu sem ter morrido, certo?

Os três riram juntos. Eles estavam juntos por pouco tempo, mas mesmo assim eles se sentiam inseparáveis e já passaram por várias coisas em tempo tão escasso.

– Mas infelizmente eu não posso ir. – Ralph voltou a falar sério. – Minha mãe pode ficar em perigo por muita causa.

– Entendo a sua preocupação. – Nesse botou sua mão no ombro de Ralph. – Não é errado deixar de fazer uma coisa para proteger a quem gosta.

– Obrigado.

– Idiota. – Mariah secava uma lágrima de um dos seus olhos. – Eu já sinto saudades de você, seu idiota.

– Eu também, pessoal. – Ralph e os outros dois se abraçaram em conjunto. – Eu também.

Dona Melly fitou os três amigos se abraçarem e rirem juntos. Ela mesma sabia disso, que Ralph poderia morrer se ele ficasse ali, ela mesma quase viu o filho morto. E ela tomou uma decisão, mas só iria falar na hora certa.

Os três ficaram a noite toda conversando e brincando. Pareciam um bando de crianças brincando de festa do pijama. Mas mesmo os três não querendo, o dia seguinte veio, e os dois anjos arrumaram as suas coisas bem cedo.

Os dois deram um grande abraço em Ralph na entrada da casa de Ralph. Mas antes dos dois partirem, Dona Melly comunicou:

– Ralph, querido. Pode ir com eles. – Ralph olhou surpreso para ela. – Se você ficar aqui, a situação pode piorar sem eles.

– Mas, mãe... – Ralph mal conseguia falar, estava ao meio mesmo tempo entusiasmado e inseguro. – E quanto a você? Eles podem...

– Querido, eles só me pegaram para que você viesse até eles.

Ralph pensou um pouco. Olhou para Nesse e Mariah, os dois se aproximaram de Dona Melly.

– Se é assim, Melissa. – Nesse tirou do bolso um apetrecho que Ralph não soube identificar direito. – Isso aqui é um Cobridor. Ele tem a magia que oculta a pessoa que o carrega, assim eles não podem te detectar.

Ralph sentiu um forte sentimento de alegria crescer dentro dele.

– Nesse, mas como...

– Há alguns dias, pedi para Gabriel enviar o Cobridor para ocasiões como esta. Precisamos te tornar um guerreiro, e para isso não pode haver complicações.

– Certo.

– Eu vou ficar bem, Ralph. – Dona Melly deu um beijo na testa do filho e um abraço. – Que os anjos te protegem.

– Vão me proteger, mãe. – Ralph deu um grande sorriso. – Vão me proteger.

Ralph demorou alguns minutos para arrumar umas coisas. Mariah havia dito que a viagem até onde eles iriam para os Sete Céus iria ser longa. Rapidamente Ralph surgiu na entrada de casa e deu um beijo em sua mãe e seguiu juntos com os amigos.

– Ei! Você ia esquecer de mim?! – Uma voz familiar surgiu. Era Gotay. Ele pulou em Ralph. – Seu malvado.

– Desculpa, Gotay. Eu mal te vi. – Ralph o estava abraçando. – Aonde você estava?

– Ah, ele tava vigiando o perímetro. – Respondeu Mariah.

– Ah, certo. – Ele olhou para os olhos grandes de Gotay. – Cuide de minha mãe, ok?

– Certo! – Gotay deu um grande sorriso.

– Ótimo! Vamos pessoal!

Os três seguiram em direção à rua acima. Andavam lado a lado.

– Certo. Aonde vamos então?

– Vamos para um lugar que tem um portal para ir para os Sete Céus. – Respondeu Nesse.

– Fica a uns dias daqui. Se cruzarmos a membrana, podemos chegar mais rápido. – Completou Mariah.

– Então vamos logo. – Juntos, os três se desmaterializaram e liberaram as suas asas, alcançando os céus em pouco segundos.

Cruzaram várias cidades do Rio de Janeiro. Mas aonde eles estavam indo, Ralph percebeu, estavam passando pelas estradas desertas, contornando morros e se aproximando da costa.

– Ei! Estamos indo pra uma praia, por acaso?

– Acertou em cheio! – Mariah deu uma breve risada. – Você é bom em adivinhações.

– Vamos pegar um vórtice que nos levará para os Sete Céus. – Repetiu Nesse. – Desculpe, esqueci de dizer que era um vórtice.

– O que é um vórtice? – Ralph ficara curioso.

– Vórtices são portais interdimensionais que nos levam à lugares específicos. – Explicou Nesse, tentando ser curto. – Existem poucos vórtices pelo mundo. E este vórtice que está em uma praia é o portal por onde vimos. É o mais perto da sua casa.

– Nossa. – Ralph ficara interessado. – Mas porque eles são poucos?

– Esses portais cruzam a membrana, entrando em dimensões. – Continuou Mariah. – Mas eles são facilmente desfeitos se a membrana oscilar e ficar diferente.

– Como assim?

– Um exemplo: Se houver um vórtice estiver em uma floresta e ela for cortada ou queimada...

– Ah, já sei onde quer chegar.

– Exatamente. – Concluiu Nesse. – É por isso que tem poucos vórtices.

– Mesmo assim acho interessante.

Depois de horas voando. Eles pararam em uma daquelas lanchonetes de estrada para descansar.

– Ai, tô cansada. – Mariah se sentou em um amontoado de pneus que estavam jogados do lado da lanchonete. – Preciso comer alguma coisa.

– É. Eu também. – Ralph olhou para o céu, que já alcançava a cor laranja e lilás. – E parece que já está escurecendo. O que vamos fazer?

– Bom, vamos comer aqui, descansar um pouco. – Nesse deu um suspiro de cansaço. – E então a gente vai pra um motel que fica aqui perto.

– Ah, bom. Assim já é alguma coisa. – Ralph deixou as suas coisas perto de Mariah. – Então eu vou lá comprar a comida.

– Boa ideia. – Disse Mariah, se jogando nos pneus. – Eu tô exausta.

Os três comeram, descansaram e seguiram viagem. Depois de uns dois quilômetros eles acharam o motel que Nesse dissera. Os três pousaram perto do hotel, completamente exaustos.

– Você disse que era... Perto. – Ralph recuperava o fôlego. – Que má... Coordenação.

– Eu achei que era... Mas eu me enganei. – Nesse estalava as costas.

– Ao menos nós chegamos. – Mariah se aproximava da recepção do motel. – Vamos lá.

– Ei, será que vão nos deixar entrar? – Perguntou Ralph.

– Ué, e porque não deixariam? – Questionou Mariah.

– Oras, eu pareço ter 16 anos, mas eu só tenho 14. – Respondeu Ralph. – Não tenho idade para dormir em um motel.

– Isso é verdade. – Comentou Nesse. – Mas vamos ver.

Os três chegaram na recepção. Uma velha que aparentava ter 64 anos e outra coisa que parecia era que ela não enxergava muito bem. – Boa noite, jovens.

– Boa noite. – Os três disseram juntos. Nesse tomou a dianteira. – Queremos três quartos para solteiros.

– Acho que não vai dar. – Disse a senhora tentando enxergar o número dos quartos vazios. – Eu só vou ter um quarto pra solteiro e um para casal.

Mariah e Nesse coraram na mesma hora que ela tinha dito quarto para casal. Depois de uns minutos, Nesse pediu as reservas.

– U – Uma reserva p – para o quarto de r – reserva. – Ele engoliu em seco. – E u – uma reserva para o q- quarto para casal.

– Aqui está. – A senhora entregou as chaves. – Boa noite!

– B – Boa noite. – Nesse pegou as chaves e seguiram para os quartos.

– O que houve? – Perguntou Ralph. – Por que gaguejou tanto?

– P – Por nada. – Ele entregou a chave da reserva do quarto de solteiro para Ralph. – Aqui está. Boa noite. – E Nesse e Mariah seguiram para o outro quarto.

– Espere, eu ... – Ralph relembrou das reservas que Nesse havia pedido e não conseguiu evitar de dar uma risadinha. – Vocês... Vocês dois vão ficar no mesmo...

– BOA NOITE, RALPH! – Os dois gritaram que Ralph tomou um susto. Ele não se manteve e começou a rir enquanto abria a porta do seu quarto.

O quarto de solteiro era muito simples. Um espaço para o banheiro, uma pequena cozinha e um espaço para a cama com uma pequena cômoda no lado. Ele deixou as suas coisas no pé da cama e foi tomar um banho. Quando terminou o banho ele se deitou na cama e, sem sono, ele começou a pensar nas últimas semanas e fitou o céu estrelado que aparecia pela janela.


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Notas finais do capítulo

Espero q tenham gostado da pequena confusão entre eles kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk