Tenshi no Tamashi escrita por AoiTakashiro


Capítulo 138
Capítulo 138 - Nesse - Origem


Notas iniciais do capítulo

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– Ralph? – Expressou Nesse, surpreso.

O loiro sentou-se ao seu lado, ambos contemplavam o pôr do sol, apesar do ambiente estar linda, a tensão ainda se manteve. Nesse sabia disso, mas depois do que acontecera, Ralph finalmente se acalmara com ele.

– O que foi? – Perguntou.

– Eu acabei de falar com Jack. Ele disse tudo o passado dele. E é por isso que eu vim até aqui. O que aqueles dois mexeram tanto com vocês no passado?

Nesse engoliu em seco, já não poderia mais fugir do assunto.

– A – Aqueles dois nos fizeram muito mal no passado. Digamos que éramos mais próximos deles. Em especial, eu.

– Em especial? O que quer dizer?

Depois de um longo suspiro, Nesse finalmente revelou.

– Eu já fui um General.

Ralph ficou chocado. Aquilo certamente o pegou de jeito, não teve nem como falar nada, por não ter nada o que falar.

Nesse expirou tranquilo.

– Tudo bem. Não vou enrolar, por isso serei bem direto.

Naquela hora... Eu não imaginava... Nem passou pela minha cabeça...

***

Naquela época, eu ainda não havia conhecido Mariah. Aos anjos, só se importava o status em conseguir cargos altos, isso porque Miguel e Gabriel ainda estavam montando seus comandantes e generais. Mas eram poucos que poderiam chegar a esses cargos. Arcontes eram anjos que tinham forte influencia na natureza, sua aura, quando emanada, poderia causar um forte estrago. Um arconte do fogo, por exemplo, poderia acordar um vulcão adormecido.

Eu era um arconte novato, por não conseguir dominar direito os meus poderes. Mas muitos tinham expectativa de mim, por isso não recuei com os duros testes propostos pelos Arcanjos. E diante de vários arcontes, eu e mais seis anjos passamos, e com isso, eu me tornei um General. Mas naquela época, os generais eram aqueles que serviam os Arcanjos, logo após os comandantes. Fomos reconhecidos por nossa grande força, nossa aura, e pelo nosso poder de Invocação.

Como antes dito, Invocações são materializações da aura. Mas há duas especialidades: um familiar e um golem. Os Generais eram conhecidos pelo seu grande poder de Invocar um Golem Completo. Um feito que nem os Arcontes tinham. Isso foi criado pelos Primeiros Generais, anjos que serviam os Arcanjos depois da criação da Luz. Mas havia algo que não gostava neles, eu sentia que suas ações não eram exatamente aprovadas.

Mas não havia como um General fraco como eu encarar seres tão poderosos, então eu fiquei calado. O Tártaro servia como uma grande área de treinamento, por isso, ergueram torres e construções de base por todos os lugares, como se fosse uma aldeia. Naquela noite, eu caminhava tranquilamente por lá, pensando em várias coisas, quando algo chocante aconteceu. Uma das torres de vigia havia pegado fogo! E antes que pudessem chamar mais anjos da água, eu me dirigi rapidamente para o local. Felizmente o fogo só se alastrava na sala mais alta, e, portanto não havia seguido para os andares inferiores, mas o que me preocupou não fora isso. Uma garota, um anjo do fogo, estava em meio ás chamas, chorando ao lado de um corpo já cremado. O teto de repente começou a desabar, e iria cair encima dela e... Eu me joguei na frente, e aguentei todo o peso do teto em chamas nas minhas costas. Eu senti minhas costelas quebrando, mas não importava, ao olhar a garota, sua expressão era agora surpresa, ela me fitava com seus grandes olhos verdes, antes que não pudesse mais aguentar, eu segurei no braço dela:

– Temos que sair daqui! – Gritei, agarrando-a pelo braço e a conduzindo até a entrada da sala, onde tivemos que saltar para não sermos pegos pelo fogo, que ao desabar completamente, não restara mais nada ali. A adrenalina que senti na hora havia passado, e a forte dor das costas quebradas veio à tona, mal conseguia respirar. A garota olhou para mim preocupada, mas para que ela não mais chorasse, eu acariciei seus longos cabelos vermelhos e a fitei com um sorriso:

– Não se preocupe! Que bom que você está bem! – Eu desmaiei logo depois.

Acordei logo depois na enfermaria, mas as costas ainda não estavam saradas. Mesmo assim não pensei duas vezes e me dirigi rapidamente á procura da garota de cabelos vermelhos. Após finalmente encontrá-la em uma das instalações da enfermaria, ela estava sentada, e a me ver, abraçou-me sem devaneios, me apertando forte. A dor naquela hora não me representava nada. - Que bom que você melhorou! – Expressou a garota, sorridente. – Obrigada por me ajudar.

– Não foi nada. – Algo passou pela minha mente. – Ah, qual é o seu nome?

– É Mariah. – Respondeu, com um sorriso no rosto.

– Mas... O que aconteceu exatamente?

O sorriso dela desapareceu completamente do rosto.

– M – Meu irmão... – Ela chorou logo em seguida.

– Blaze?! E – Eu o conhecia! – Blaze era um dos Arcontes mais incríveis que conheci, mas não sabia que ele tinha uma irmã, chegamos a ficar junto em algumas missões, mas ele sempre foi astuto e bem-humorado. Não acredito que ele tinha morrido... – V – Você...

Ela me agarrou com força, enquanto ainda chorava. Eu segurei minha mão em seus cabelos vermelhos e a puxei contra o meu peito, e a outra mão coloquei em suas costas. – E – Eu sinto... Eu sinto muito mesmo...

– Você... Faz o mesmo abraço que o meu irmão...

– O quê?

– Você abraça igual ao meu irmão. Você me lembra muito ele. – Ela se envolveu no meu abraço, enquanto eu estava em meus pensamentos. Não, eu não queria nada naquela hora.

Depois disso nós dois ficamos amigos. Ficávamos sempre juntos, e nunca a deixava sozinha. Só que, ainda havia os Generais...

– Ora, ora, Nesse. Anda meio avoado por aí, não? – Disse um dos Generais.

– Um pouco... Dirtiel.

Dirtiel era um dos Generais que ficava na mesma área que eu. Nossos trabalhos, como também dos outros, era de vigiar as áreas e resolver casos. Fizemos pares para isso.

– Você parece um humano falando. – Provocou Dirtiel. – Não anda indo a Haled, não é?

– C – Claro que não! Eu tenho muito trabalho para fazer! – Nesse resolveu mudar de assunto. – Ei, É hoje que terá uma reunião com Lucífer, não é?

– Ah, é verdade. Vou me preparar desde já. – Respondeu Dirtiel. – Até mais.

Apesar de sermos ajudantes dos Arcanjos, quem criara essa ideia fora Lucífer. Portanto, sempre recebíamos ordens em cada reunião que marcávamos. Claro, por serem tão importantes, não poderíamos faltar. Estava me dirigindo ao local de onde deveria ir vigiar, quando eu vejo Dirtiel, e junto dele, Mariah. Pareciam que estavam se divertindo, ele realmente sabia falar com as pessoas. Não me propus a acompanhá-los, mas a minha cabeça ficou fervendo depois. Não sabia o porquê. Quando eu estava quase chegando ao salão de reunião, eu ouvi duas vozes, e eram muito familiares: Lucífer e Dirtiel. Mas pelo o que estavam conversando, não era nada sobre a reunião.

Eu me esgueirei pela entrada para escutar a conversa:

– Como foi a conversa? Você me parece satisfeito. – Disse Lucífer.

– Ela caiu direitinho. Se ela realmente estiver pensando em realizar o teste para ser General, logo aquela otária será nossa também.

Eu entrei em choque, não sabia o que pensar.

– Tem certeza de que ninguém desconfiou de nada? – Perguntou a Estrela da Manhã.

Sobre o que estão falando?

– Só há o Nesse. Mas aquele estúpido não desconfia de nada, até suspeito que eu tenha causado ciúmes nele, mas ele é um covarde para admitir. – Respondeu Dirtiel.

Eu me apressei em sair dali e encontrar Mariah, antes que descobrissem que estava ali. Dirigi-me para o ginásio de treinos, um amplo lugar fechado que servia para os Arcontes treinarem. Corria desesperado a procura dela, mas algo entrou no meu caminho, Dirtiel. Não fui rápido o bastante.

– Aonde pensa que vai, ratinho? – Provocou Dirtiel.

– Sai da minha frente. – Retruquei.

– Acho que não. – Ele deu um passo à frente. – Não agora que sabe o que eu estava conversando. Ouvir a conversa das outras pessoas é feio, viu?

– É? E enganar aos outros é pior ainda! – Eu controlei toda a água que pude achar ali, que se encontrava em grandes recipientes para os principiantes, afinal, ali era um local de treino. – Vou dizer mais uma vez: SAIA DA FRENTE!

– Você fica diferente quando está nervoso. – Dirtiel não estava intimidado. – Vamos ver até onde você pode ir... – Um líquido esverdeado escorreu dos braços dele, e ao tocar o chão do ginásio, começou a corroer o piso rapidamente.

– Ácido...

– Vamos ver o que dói mais! Um tapa de água ou uma rajada de ácido na fuça! – Dirtiel lançou um rápido esguicho ácido na minha direção, mas eu desviei e utilizei a água que estava controlando para me locomover rapidamente pelo ar criando cordas de água, da qual eu deslizava por cima delas, como era perito naquela técnica, eu acelerei os meus movimentos, criando um circuito de água por volta de Dirtiel.

– C – Como ele faz isso?! – Disse, chocado. – Maldito, é por isso que era um Arconte?!

– Exatamente! – Respondi, acertando um chute na cara dele que o fez voar e deslizar no chão. Ele levantou cambaleando, tonto.

– Seu... – Ele novamente atacou com mais esguichos, mas já estava se equiparando a minha velocidade, porém, eu ainda era mais ágil. E quando pude me aproximar dele, trocamos socos e chutes, mas seu ácido percorria por todo o seu corpo, e logo minhas mãos começaram a arder, mesmo assim, não iria desistir. Ele atacou com múltiplos esguichos de ácido simultaneamente, tentando imitar o que eu havia feito outrora, mas já estava preparado para enfrentar aquela barreira móvel.

Concentrei toda a água que ainda estava comigo e formei uma esfera rotatória em minha mão direita, e, além disso, canalizei umidade dos pés, que me aura transformou em duas bolhas de água, uma para cada pé, e com isso utilizei o mesmo método, só que ainda mais rápido. E trespassado à defesa dele, eu o acertei com a minha técnica!

– Waterfall! – Esse era o nome da minha técnica.

A técnica destruiu o traje de Dirtiel e atingiu seu estômago, fazendo-o cair novamente. Eu já estava cansado de utilizar tanto poder, mas consegui demonstrar até para mim mesmo o porquê de ser um Arconte. Mas mesmo assim, não foi o bastante para vencê-lo.

– Nada mal. Nada mal. – Proferiu Dirtiel, se levantando. – Você realmente provou que é um Arconte. Mas... – Ele liberou uma quantidade exorbitante de ácido do próprio, que a toxina pura começou a tomar o corpo dele, na verdade, estava se formando algo. O que se tornou foi um golem feito de ácido, mas não totalmente completo. – Isso é o que faz de eu ser General!

– U – Um golem... Como conseguiu...? – Eu estava perplexo. Nunca havia conseguido criar um golem. Eu não era apto o bastante.

– Isso... É algo que nem um talento pode ter ao nascer. – Dirtiel me provocava com os olhos. – Agora... Morra. – Ele e o seu golem, que se emanava do corpo dele começaram a se aproximar, tentei escapar, mas uma dor aguda nas costas me obrigou a não sair do lugar. As costas ainda sofriam com o acidente.

– HÁ! ISSO O QUE DÁ TENTAR AJUDAR PESSOAS INÚTEIS COMO AQUELA GAROTA! – O golem formou um soco e mirou em mim, mas antes que pudesse me acertar, alguém parara bem a minha frente, obrigando Dirtiel cessar o ataque. Mas, só poderia ser... Mariah!

– Mariah...

– M – Mariah... O q – que faz aqui?!

– Isso não te interessa. – Ela respondeu firmemente.

– Mariah, ele...

– Eu sei. Eu ouvi tudo.

– N – Não. Calma aí. V – Você não entendeu! – Dirtiel desfez o golem de ácido, só restou uma poça ácida ao redor dele. – Eu queria torná-la um General! Eu sei que você tem potencial!

– Veja potencial nisso aqui! – Ela encheu seu punho com fogo e socou a cara de Dirtiel, que caiu nocauteado, com uma grande queimadura no rosto.

– Belo soco. – Disse, tentando me levantar. Ela me ajudou.

– Obrigada. – Eu a abracei novamente do mesmo jeito que o irmão dela a abraçava. – E – Eu só dou trabalho, não é?

– Imagina. Pra mim não é trabalho algum.

Nunca foi difícil para mim cuidar dela.

***

Nesse estava com lágrimas nos olhos só de ter lembrado de tudo.

– I – Isso foi desde quando? – Perguntou Ralph.

– Sempre. – Disse.

Um sorriso de aprovação veio ao rosto do loiro. Ele não conseguia ficar bravo com Nesse, até porque, agora ele sabia que nunca dera um motivo para deixar alguém bravo.

– O que acha que vai acontecer?

– Hã? Eu não sei. – Expressou Nesse. – Só sei que, preciso cuidar de Dirtiel. É algo que devo fazer por mim mesmo.

– Concordo! – Ralph segurou no ombro de Nesse mostrando seu rosto ás lágrimas. – Sua história foi muito emocionante!

– Então, você não está mais bravo?

– Não! – Respondeu o loiro, com um largo sorriso. – Vamos espancar esses Generais da Morte!

– Ralph... Obrigado.

Ralph não respondeu, apenas olhou para ele e entrou na casa.

Naquela hora, eu tinha somente uma breve suspeita...

Dentro de um dos quartos, a luz estava apagada, e Mariah se encontrava nas sombras apenas fitando o pôr do sol pela janela, estava de pé. Seu rosto mostrava suas lágrimas de fúria e ódio resididos dentro de si.

– Eu vou me vingar... Eu vou vingar o meu irmão... – Disse para si mesma, séria. – Eu vou matá-lo.

Só descobriria muito tempo depois... Que havia falado com a pessoa errada.


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