Filha das Trevas. escrita por PandaRadioativo
Notas iniciais do capítulo
Mais um capítulo!
Desculpem as várias passagens de tempo, mas a história é voltada para o tempo entre as férias e o segundo ano inteiro de Hogwarts, por isso fiz essas passagens de tempo. A Pedra Filosofal não e citada porquê Harry não conta à ela o que aconteceu entre ele e Quirrel.
Obrigado por lerem!
Dormir junto de Hermione foi irritante, varinha acessa a noite inteira e uma pilha gigante de livros, mas no fim, acabei conseguindo dormir.
Ao descer do dormitório e ver Harry ali, esperando Ron, me senti em casa.
– Harry?
– Sim?
– O que vai fazer nas férias?
– Como assim?
– Para onde vai? Voltar para os Dursley?
– É a única casa que tenho, Iri. E você?
– Não quero voltar. Eu tenho que ficar.
– Acho que não dá para ficar em Hogwarts nas férias, Irina. – Ele riu.
– Eu sei, mas digo... Quero outra casa!
– O que há de errado com sua família?
– Se soubesse, Harry, não falaria mais comigo...
– Que pessimismo! – Ele exclamou, com a boca cheia de torrada com geleia.
– Não é pessimismo, Harry. – Sussurrei.
– O que quer dizer?
– Depois eu falo, Harry. Depois eu falo.
Voltei-me para as variadas comidas. Me servi apenas de doces, recebendo olhares estranhos de Harry. Acho que exagerei no doce. Mas, tanto faz.
[...]
– Irina, vai me contar ou não?
– Te conto no fim do dia, pode ser?
– Pode...
Abaixei a cabeça e segurei meus livros mais forte. Com a mão direita livre, soltei meu cabelo ruivo, antes preso em um coque. Ele caiu, ondulado, pelas minhas costas. Chego na aula de poções não aguentando nem olhar para o professor Snape.
Quando a aula acabou, fui uma das primeiras a sair, seguindo silenciosamente para a aula de Defesa Contra as Artes das Trevas.
– Alguém pode me dizer, com que feitiço, matamos um dragão adulto de porte médio? - Levantei a mão assim que o professor Quirrel acabou a pergunta. – Sim, senhorita Potter.
– Bem, professor, pelo que sei, não se pode matar um dragão com um feitiço. Podemos atacar os olhos, que são desprotegidos pela pele. Nem mesmo a pior das maldições imperdoáveis poderiam fazer mal à um dragão, independentemente do seu porte.
– Muito bem, vinte pontos para a Grifinória.
Dia de Halloween.
Depois que o professor Quirrel avistou o trasgo, todos os alunos foram levados aos seus Salões Comunais, mas Harry, Ron e Hermione não estavam lá.
– Alguém viu o Harry? Alguém viu o meu irmão? – Eu gritava em meio ao alvoroço geral na Grifinória.
– Não, desculpe. – Disse Neville, o garoto desajeitado do primeiro dia. – Mas sei que Hermione estava trancada no banheiro da Murta, chorando muito por causa de um comentário do Ron. Acho que eles foram para lá.
– Ai meu deus... Só pode estar brincando! A Grifinória pede coragem e não suicídio.
Neville riu e deu de ombros.
– Explica isso para o seu irmão.
Sentei-me no chão, observando o alvoroço.
– Ei, você é a Irina?
– Sou sim. E vocês?
– Eu sou Fred e ele é Jorge.
– Não, eu sou Fred e você é o Jorge.
Eles começaram a discutir isso e era engraçado de se ver.
– Bem, mas isso não importa, não Jorge?
– Realmente, Fred. – O outro concordou.
– Queríamos falar sobre família.
Um aperto surgiu no meu peito. Aquilo que eu tinha, não podia ser chamado de família.
– E o que isso tem a ver? – Uma lágrima escorria por meu rosto.
– Ora, falamos com nossa mãe, e ela respondeu algo que com certeza você vai gostar.
– Digam logo!
– Irina, nossa família resolveu... Bem... Já falaram com o Ministério e...
– E...?
– E, o negócio é o seguinte, você vai ser nossa irmã! Nossos pais vão adotar você!
– Não acredito... Sério? Não é uma brincadeira, é? Uma família? De verdade?
– Sim, de verdade. Somos eu, Jorge, Gina, Ron, Percy, Gui e Carlinhos...
– Nossa...
– E você! – Disseram juntos, me levantando do chão para um abraço. – Bem-vinda à família, Irina. E saiba que Harry já sabia, só esperava o momento certo.
Eu sorri, sem palavras para descrever aquele momento.
A sala irrompeu em palmas e gritos. Harry, Ron e Hermione entravam pela porta seguidos da professora McGonnagal.
– Harry, porquê não me disse sobre a adoção?
Perguntei, assim que todos se aquietaram.
– Porquê vem me evitando desde aquele dia? Me conte Irina.
– Está bem.
Sentamos em frente a lareira, de frente, um para o outro.
– Bem... Harry, eu sou amaldiçoada.
– Tipo... Amaldiçoada mesmo?
– Sim. Segundo essa maldita maldição, eu estou fadada a ser como... Você-Sabe-Quem.
– Isso é estranho.
– Eu sei! É por isso que o Chapéu me colocou na Sonserina, mas Dumbledore viu algo diferente e me transferiu.
– Consegue desfazer a maldição?
– Não sei. É esperar para ver.
– E ver para crer.
– Vamos, deve estar tarde.
Fim do ano letivo, estação de Hogsmead e King's Cross, Expresso de Hogwarts, “férias”.
Mais uma vez chovia durante a viagem. Voltar àquele trem me lembrava de tudo que vivi com Voldemort. Mas agora, que eu teria uma família de verdade, me sentia bem.
Encostei a testa na janela fria do trem e adormeci.
[..]
– Ei, Irina. Vamos. – Era Ron, me acordando. Tinha um sorriso aberto, como uma criança que prova Varinhas de Alcaçuz pela primeira vez. Tinhamos chegado à King’s Cross. Os alunos trocavam os uniformes por roupas trouxas e desciam ao encontro das famílias.
Draco ia ao encontro dos pais e Ron me guiava até os seus pais.
– Olá, querida. Sou Molly Weasley e esse é Arthur Weasley.
– Olá. – Disse, meio sem jeito.
– Pode se sentir em família, Irina.
– Está bem.
– Onde está Percy? Ah que orgulho!
Ao longe se via Percy, exibido como sempre, caminhando até nós. Eu e Ron reviramos os olhos ao mesmo tempo e começamos a rir.
– Crianças. – Percy murmura, olhando com o canto do olho para nós.
– Vamos, Harry querido, vamos deixa-lo com seus tios.
Atravessamos a barreira e vejo três pessoas de aparência normal e um tanto assustada.
– Olá tios, olá, Duda.
– Olá, peste. Vamos logo e...
– Ei! – Interrompo-os. – Não vão0 falar “oi” para a sua outra sobrinha?
– Válter, o que é isto?
– Não sei, Túnia. Não sei. Vamos pirralho, vamos Duda.
– Mal-educados! – Gritei. – Têm ideia de quem sou? Filha de Lily Evans.
Petúnia parou subitamente e caiu dura no chão. Harry começou a rir alto enquanto Duda e o pai carregavam ela para o carro. Válter berrou e Harry parou de rir no exato momento, assim como eu e os Weasley. Ele caminhou até o carro, cabisbaixo.
– Tchau, Iri.
– Tchau, Harry.
Nos abraçamos m um gesto de despedida. Que droga! Acabei de conhecer meu irmão e já me afastaram dele.
– Vamos querida. – Disse Molly. Ou melhor. Mãe.
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