Filha das Trevas. escrita por PandaRadioativo


Capítulo 3
3


Notas iniciais do capítulo

Mais um capítulo!
Desculpem as várias passagens de tempo, mas a história é voltada para o tempo entre as férias e o segundo ano inteiro de Hogwarts, por isso fiz essas passagens de tempo. A Pedra Filosofal não e citada porquê Harry não conta à ela o que aconteceu entre ele e Quirrel.
Obrigado por lerem!



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Dormir junto de Hermione foi irritante, varinha acessa a noite inteira e uma pilha gigante de livros, mas no fim, acabei conseguindo dormir.

Ao descer do dormitório e ver Harry ali, esperando Ron, me senti em casa.

– Harry?

– Sim?

– O que vai fazer nas férias?

– Como assim?

– Para onde vai? Voltar para os Dursley?

– É a única casa que tenho, Iri. E você?

– Não quero voltar. Eu tenho que ficar.

– Acho que não dá para ficar em Hogwarts nas férias, Irina. – Ele riu.

– Eu sei, mas digo... Quero outra casa!

– O que há de errado com sua família?

– Se soubesse, Harry, não falaria mais comigo...

– Que pessimismo! – Ele exclamou, com a boca cheia de torrada com geleia.

– Não é pessimismo, Harry. – Sussurrei.

– O que quer dizer?

– Depois eu falo, Harry. Depois eu falo.

Voltei-me para as variadas comidas. Me servi apenas de doces, recebendo olhares estranhos de Harry. Acho que exagerei no doce. Mas, tanto faz.

[...]

– Irina, vai me contar ou não?

– Te conto no fim do dia, pode ser?

– Pode...

Abaixei a cabeça e segurei meus livros mais forte. Com a mão direita livre, soltei meu cabelo ruivo, antes preso em um coque. Ele caiu, ondulado, pelas minhas costas. Chego na aula de poções não aguentando nem olhar para o professor Snape.

Quando a aula acabou, fui uma das primeiras a sair, seguindo silenciosamente para a aula de Defesa Contra as Artes das Trevas.

– Alguém pode me dizer, com que feitiço, matamos um dragão adulto de porte médio? - Levantei a mão assim que o professor Quirrel acabou a pergunta. – Sim, senhorita Potter.

– Bem, professor, pelo que sei, não se pode matar um dragão com um feitiço. Podemos atacar os olhos, que são desprotegidos pela pele. Nem mesmo a pior das maldições imperdoáveis poderiam fazer mal à um dragão, independentemente do seu porte.

– Muito bem, vinte pontos para a Grifinória.

Dia de Halloween.

Depois que o professor Quirrel avistou o trasgo, todos os alunos foram levados aos seus Salões Comunais, mas Harry, Ron e Hermione não estavam lá.

– Alguém viu o Harry? Alguém viu o meu irmão? – Eu gritava em meio ao alvoroço geral na Grifinória.

– Não, desculpe. – Disse Neville, o garoto desajeitado do primeiro dia. – Mas sei que Hermione estava trancada no banheiro da Murta, chorando muito por causa de um comentário do Ron. Acho que eles foram para lá.

– Ai meu deus... Só pode estar brincando! A Grifinória pede coragem e não suicídio.

Neville riu e deu de ombros.

– Explica isso para o seu irmão.

Sentei-me no chão, observando o alvoroço.

– Ei, você é a Irina?

– Sou sim. E vocês?

– Eu sou Fred e ele é Jorge.

– Não, eu sou Fred e você é o Jorge.

Eles começaram a discutir isso e era engraçado de se ver.

– Bem, mas isso não importa, não Jorge?

– Realmente, Fred. – O outro concordou.

– Queríamos falar sobre família.

Um aperto surgiu no meu peito. Aquilo que eu tinha, não podia ser chamado de família.

– E o que isso tem a ver? – Uma lágrima escorria por meu rosto.

– Ora, falamos com nossa mãe, e ela respondeu algo que com certeza você vai gostar.

– Digam logo!

– Irina, nossa família resolveu... Bem... Já falaram com o Ministério e...

– E...?

– E, o negócio é o seguinte, você vai ser nossa irmã! Nossos pais vão adotar você!

– Não acredito... Sério? Não é uma brincadeira, é? Uma família? De verdade?

– Sim, de verdade. Somos eu, Jorge, Gina, Ron, Percy, Gui e Carlinhos...

– Nossa...

– E você! – Disseram juntos, me levantando do chão para um abraço. – Bem-vinda à família, Irina. E saiba que Harry já sabia, só esperava o momento certo.

Eu sorri, sem palavras para descrever aquele momento.

A sala irrompeu em palmas e gritos. Harry, Ron e Hermione entravam pela porta seguidos da professora McGonnagal.

– Harry, porquê não me disse sobre a adoção?

Perguntei, assim que todos se aquietaram.

– Porquê vem me evitando desde aquele dia? Me conte Irina.

– Está bem.

Sentamos em frente a lareira, de frente, um para o outro.

– Bem... Harry, eu sou amaldiçoada.

– Tipo... Amaldiçoada mesmo?

– Sim. Segundo essa maldita maldição, eu estou fadada a ser como... Você-Sabe-Quem.

– Isso é estranho.

– Eu sei! É por isso que o Chapéu me colocou na Sonserina, mas Dumbledore viu algo diferente e me transferiu.

– Consegue desfazer a maldição?

– Não sei. É esperar para ver.

– E ver para crer.

– Vamos, deve estar tarde.

Fim do ano letivo, estação de Hogsmead e King's Cross, Expresso de Hogwarts, “férias”.

Mais uma vez chovia durante a viagem. Voltar àquele trem me lembrava de tudo que vivi com Voldemort. Mas agora, que eu teria uma família de verdade, me sentia bem.

Encostei a testa na janela fria do trem e adormeci.

[..]

– Ei, Irina. Vamos. – Era Ron, me acordando. Tinha um sorriso aberto, como uma criança que prova Varinhas de Alcaçuz pela primeira vez. Tinhamos chegado à King’s Cross. Os alunos trocavam os uniformes por roupas trouxas e desciam ao encontro das famílias.

Draco ia ao encontro dos pais e Ron me guiava até os seus pais.

– Olá, querida. Sou Molly Weasley e esse é Arthur Weasley.

– Olá. – Disse, meio sem jeito.

– Pode se sentir em família, Irina.

– Está bem.

– Onde está Percy? Ah que orgulho!

Ao longe se via Percy, exibido como sempre, caminhando até nós. Eu e Ron reviramos os olhos ao mesmo tempo e começamos a rir.

– Crianças. – Percy murmura, olhando com o canto do olho para nós.

– Vamos, Harry querido, vamos deixa-lo com seus tios.

Atravessamos a barreira e vejo três pessoas de aparência normal e um tanto assustada.

– Olá tios, olá, Duda.

– Olá, peste. Vamos logo e...

– Ei! – Interrompo-os. – Não vão0 falar “oi” para a sua outra sobrinha?

– Válter, o que é isto?

– Não sei, Túnia. Não sei. Vamos pirralho, vamos Duda.

– Mal-educados! – Gritei. – Têm ideia de quem sou? Filha de Lily Evans.

Petúnia parou subitamente e caiu dura no chão. Harry começou a rir alto enquanto Duda e o pai carregavam ela para o carro. Válter berrou e Harry parou de rir no exato momento, assim como eu e os Weasley. Ele caminhou até o carro, cabisbaixo.

– Tchau, Iri.

– Tchau, Harry.

Nos abraçamos m um gesto de despedida. Que droga! Acabei de conhecer meu irmão e já me afastaram dele.

– Vamos querida. – Disse Molly. Ou melhor. Mãe.


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