Filha das Trevas. escrita por PandaRadioativo
Notas iniciais do capítulo
Mais um capítulo, uma revelação e uma reviravolta! Adorei escrever esse capítulo! E deixem comentários!!
Acordei com os olhos inchados, não havia dormido. As gêmeas Payne já se colocavam o uniforme e Pansy não estava lá. Rachel era morena, tinha os olhos azuis e era alta, assim como sua irmã. Eu não sabia diferenciá-las, mas elas foram gentis em me deixar confundir seus nomes. Por enquanto.
Me vesti, sem acreditar ainda, que eu estava na Sonserina. Caminhei ao lado das gêmeas até o Salão Principal, onde alunos tomavam o café da manhã e recebiam seus horários. Na mesa da Grifinória, Harry parecia feliz falando com Ron e comparando seus horários. Ele tinha um amigo.
Draco estava rodeado por dois brutamontes imbecis. Crabbe e Goyle. Ambos mais burros que uma pena. Pansy se sentou na frente de Draco, com um olhar encantado. Revirei os olhos e me sentei ao lado de Rachel e Ellie.
– Irina? – Era Pansy.
– Que foi?
– Quer ficar junto com a gente?
– É... Pode ser. Pelo menos não fico vagando pela escola sozinha. – Dei de ombros, enquanto pegava meu horário.
Primeira aula era feitiços. Finalmente! Fui para junto de Draco e os outros, para comparar os horários. Todos iguais.
Ao sair do Salão, ouvi um pedaço da conversa de Ron e Harry.
– Feitiços! Estou muito animado! E você Harry?
– Eu também Ron. Cresci com trouxas! Isso deve ser muito legal!
– As vezes vejo os feitiços que meu pai faz e...
Então Pansy me puxou para perto dela. Ou melhor, para perto de Draco. Ele ia na frente como o pavão vaidoso que era. Crabbe e Goyle de cada lado e nós atrás.
[...]
– Wingardion Leviosa. – Todos exclamavam juntos. Minha pena flutuava e o professor, com sua vozinha esganiçada sempre exclamava:
– Perfeito, senhorita Potter! Perfeito! 10 pontos para a Sonserina!
Eu via Ron emburrado enquanto Hermione lhe explicava a pronuncia correta do feitiço. Era engraçado de se ver.
– Muito bem, senhorita Granger! 10 pontos para a Grifinória!
Hermione assumiu um ar orgulhoso enquanto Ron bufou e revirou os olhos. Na outra ponta da sala, um tal de Seamus Finnigan explodia mais uma pena ao lado de Harry. Eu comecei a rir. A Grifinória tinha mesmo alunos patéticos. Havia uma garota negra muito simpática com todos, até com o pessoal da Sonserina. Ela se apresentou brevemente para mim, pois era da Grifinória. Se não me engano, ela se chama Angelina. Ou algo assim.
[...]
– Aula de voo! – Disse Draco com desdém.
– É importante, Malfoy. – Eu disse.
– Pode me chamar de “Draco”, Potter.
– Então me chame de Irina. É tão complicado? Acho que até os imbecis do Crabbe e do Goyle entenderam.
Ele fechou a cara.
Assim que pegamos as vassouras, a de Harry subiu direto para sua mão, o primeiro que conseguiu. A minha demorou um pouco, mas consegui. Foi aí que um Grifinorino patético levantou voo e depois de um tempo voando, pendurado pela mão, pela capa... Ele caiu, deixando seu Lembrol na grama. A professora o levou até a Madame Pomfrey enquanto Draco arrumava briga.
– Harry! Não! – Gritava Hermione. – Vai ser expulso antes de poder dizer “Pomo de Ouro”! Harry! Pelas barbas de Merlim!
Isso não adiantou. Harry foi atrás de Draco e recebemos uma visita indesejável quando Harry voltou ao chão, com o Lembrol seguro. Draco xingava baixo. Ele realmente se parecia com nosso pai. Eu não. Sou da Sonserina. Pareço mais com Voldemort.
– Potter! Venha comigo! – McGonnagal estava brava. Harry acompanhou a professora e via que Hermione assumia um ar preocupado, junto com Ron.
– Tomara que seja expulso! – Disse Draco, em tom baixo.
– Draco, ele é Harry Potter. – Eu disse. – Ele é meu irmão.
– Pare de falar, Potter! Você é da Sonserina! Não proteja eles.
– Eu protejo quem eu quiser, Malfoy. Não acha que eu sou capaz de cuidar da minha própria vida? Vá para o inferno.
A professora voltava e bradava algo como: “Despensados” A aula acabou!”
Saímos cabisbaixos, indo para a próxima aula, já que essa fora estregada por um maldito aluno patético.
[...]
No fim do dia, nas masmorras, eu lia um livro trouxa que eu comprara escondido.
Era um livro magnifico! Como era detalhado! E as gravuras que continha, no inicio de cada capítulo, eram perfeitas! Eu lia “As Crônicas de Nárnia” desejando sempre mais! A história me prendia, me atraía como um imã.
Eu estava escutando através da porta, uma conversa entre Bellatriz e meu “pai”.
– Ela é amaldiçoada, milorde!
– Ela será igual a mim, Bella.
– Impossível! Ela é uma deles, milorde!
– A maldição fala que uma filha das trevas vai surgir, uma garota ruiva, de olhos verdes! Irina bate com a descrição! Se tudo for real, ela terá poderes incríveis e dominará as trevas! Bella, temos um poder inalcançável conosco! Nem aquele velho gagá do Dumbledore conseguirá nos vencer.
– Mas se ela for à Hogwarts...
– Ela irá! – Bradou Voldemort, batendo coma mão na mesa. – Ela não pode dominar as trevas sem aprender magia! Ela precisa apender! Ela é igual à mãe. Inteligente. Saberá usar muito bem os poderes.
Eu não aguentava mais. Chorava e as lágrimas corriam por meu rosto. Me levantei e saí de lá, subindo as escadas correndo e me trancando em meu quarto.
– Eu sou amaldiçoada... Nunca vou ter um amigo se souberem... Eu sou um monstro.
Acordei em um salto, com aquela lembrança latejando em meus pensamentos. O livro caído, aberto, no chão e meu uniforme todo amassado. Eu havia dormido no Salão Comunal. Todas as velas, castiçais e a lareira foram apagados, eu era a única alma acordada à essa hora.
Levantei-me e entrei no dormitório, caindo na cama e dormindo imediatamente.
[...]
Acordei tarde. Tinha me atrasado para quase todas as aulas da manhã e o almoço já era servido.
Decidi não comparecer às aulas da tarde, já que estava com uma dor de cabeça insuportável e o falatório dos professores só iria me deixar pior.
Fui até a Torre de Astronomia. Lá, apoiada na grade, observando o dia virar noite lentamente, eu me sentia muito bem.
– Ora, vejo que tenho companhia nesta linda noite!
Me virei um pouco assustada, mas era apenas Dumbledore.
– Olá professor.
– O que a traz à Torre nessa noite magnifica?
– Não sei... Sinceramente.
Dumbledore sorriu. Um sorriso bondoso.
– O que a preocupa? – Ele se juntou à mim para observar a noite.
– Nada, professor.
– Certeza?
– Não.
Ele sorriu novamente.
– É sua casa, não?
– Como... Ah esquece. Sim, é a Sonserina. Não sirvo para ela.
– Eu sei. Sua sina é a Grifinória.
– Então porque fui para lá?
– O Chapéu manda todos que vivem com Comensais para a Sonserina.
– O senhor sabe?
– Sim, sei. Mas ser adotada por Voldemort não a impede de estudar.
– Eu sou um monstro.
– Não, não é, Irina.
– Mas professor...
– Divirta-se com seu irmão. – Ele sorriu de novo, descendo as escadas da Torre. Sem entender nada, olhei para meu uniforme, chorando de alegria.
O brasão da Sonserina fora trocado pelo da Grifinória e min há felicidade era tanta que não conseguia me mover, até que me convenci de que era real e desci as escadas, dando de cara com Harry e Ron.
– Irina! O que faz aqu...
– Harry! Fui transferida! Sou da Grifinória!
– Que bom! Vamos então! Não acredito! Hermione vai ficar tão feliz! Realmente há uma cama sobrando no dormitória dela e... – Harry me abraçou. Como irmãos fariam e nós caminhamos para Salão Comunal da Grifinória. Harry só parava para me apresentar para alguém. Minha felicidade não cabia em mim. Eu chorava de alegria e finalmente achava que estava em meu lugar.
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Espero que tenham gostado!!