Filha das Trevas. escrita por PandaRadioativo


Capítulo 2
2


Notas iniciais do capítulo

Mais um capítulo, uma revelação e uma reviravolta! Adorei escrever esse capítulo! E deixem comentários!!



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Acordei com os olhos inchados, não havia dormido. As gêmeas Payne já se colocavam o uniforme e Pansy não estava lá. Rachel era morena, tinha os olhos azuis e era alta, assim como sua irmã. Eu não sabia diferenciá-las, mas elas foram gentis em me deixar confundir seus nomes. Por enquanto.

Me vesti, sem acreditar ainda, que eu estava na Sonserina. Caminhei ao lado das gêmeas até o Salão Principal, onde alunos tomavam o café da manhã e recebiam seus horários. Na mesa da Grifinória, Harry parecia feliz falando com Ron e comparando seus horários. Ele tinha um amigo.

Draco estava rodeado por dois brutamontes imbecis. Crabbe e Goyle. Ambos mais burros que uma pena. Pansy se sentou na frente de Draco, com um olhar encantado. Revirei os olhos e me sentei ao lado de Rachel e Ellie.

– Irina? – Era Pansy.

– Que foi?

– Quer ficar junto com a gente?

– É... Pode ser. Pelo menos não fico vagando pela escola sozinha. – Dei de ombros, enquanto pegava meu horário.

Primeira aula era feitiços. Finalmente! Fui para junto de Draco e os outros, para comparar os horários. Todos iguais.

Ao sair do Salão, ouvi um pedaço da conversa de Ron e Harry.

– Feitiços! Estou muito animado! E você Harry?

– Eu também Ron. Cresci com trouxas! Isso deve ser muito legal!

– As vezes vejo os feitiços que meu pai faz e...

Então Pansy me puxou para perto dela. Ou melhor, para perto de Draco. Ele ia na frente como o pavão vaidoso que era. Crabbe e Goyle de cada lado e nós atrás.

[...]

– Wingardion Leviosa. – Todos exclamavam juntos. Minha pena flutuava e o professor, com sua vozinha esganiçada sempre exclamava:

– Perfeito, senhorita Potter! Perfeito! 10 pontos para a Sonserina!

Eu via Ron emburrado enquanto Hermione lhe explicava a pronuncia correta do feitiço. Era engraçado de se ver.

– Muito bem, senhorita Granger! 10 pontos para a Grifinória!

Hermione assumiu um ar orgulhoso enquanto Ron bufou e revirou os olhos. Na outra ponta da sala, um tal de Seamus Finnigan explodia mais uma pena ao lado de Harry. Eu comecei a rir. A Grifinória tinha mesmo alunos patéticos. Havia uma garota negra muito simpática com todos, até com o pessoal da Sonserina. Ela se apresentou brevemente para mim, pois era da Grifinória. Se não me engano, ela se chama Angelina. Ou algo assim.

[...]

– Aula de voo! – Disse Draco com desdém.

– É importante, Malfoy. – Eu disse.

– Pode me chamar de “Draco”, Potter.

– Então me chame de Irina. É tão complicado? Acho que até os imbecis do Crabbe e do Goyle entenderam.

Ele fechou a cara.

Assim que pegamos as vassouras, a de Harry subiu direto para sua mão, o primeiro que conseguiu. A minha demorou um pouco, mas consegui. Foi aí que um Grifinorino patético levantou voo e depois de um tempo voando, pendurado pela mão, pela capa... Ele caiu, deixando seu Lembrol na grama. A professora o levou até a Madame Pomfrey enquanto Draco arrumava briga.

– Harry! Não! – Gritava Hermione. – Vai ser expulso antes de poder dizer “Pomo de Ouro”! Harry! Pelas barbas de Merlim!

Isso não adiantou. Harry foi atrás de Draco e recebemos uma visita indesejável quando Harry voltou ao chão, com o Lembrol seguro. Draco xingava baixo. Ele realmente se parecia com nosso pai. Eu não. Sou da Sonserina. Pareço mais com Voldemort.

– Potter! Venha comigo! – McGonnagal estava brava. Harry acompanhou a professora e via que Hermione assumia um ar preocupado, junto com Ron.

– Tomara que seja expulso! – Disse Draco, em tom baixo.

– Draco, ele é Harry Potter. – Eu disse. – Ele é meu irmão.

– Pare de falar, Potter! Você é da Sonserina! Não proteja eles.

– Eu protejo quem eu quiser, Malfoy. Não acha que eu sou capaz de cuidar da minha própria vida? Vá para o inferno.

A professora voltava e bradava algo como: “Despensados” A aula acabou!”

Saímos cabisbaixos, indo para a próxima aula, já que essa fora estregada por um maldito aluno patético.

[...]

No fim do dia, nas masmorras, eu lia um livro trouxa que eu comprara escondido.

Era um livro magnifico! Como era detalhado! E as gravuras que continha, no inicio de cada capítulo, eram perfeitas! Eu lia “As Crônicas de Nárnia” desejando sempre mais! A história me prendia, me atraía como um imã.

Eu estava escutando através da porta, uma conversa entre Bellatriz e meu “pai”.

– Ela é amaldiçoada, milorde!

– Ela será igual a mim, Bella.

– Impossível! Ela é uma deles, milorde!

– A maldição fala que uma filha das trevas vai surgir, uma garota ruiva, de olhos verdes! Irina bate com a descrição! Se tudo for real, ela terá poderes incríveis e dominará as trevas! Bella, temos um poder inalcançável conosco! Nem aquele velho gagá do Dumbledore conseguirá nos vencer.

– Mas se ela for à Hogwarts...

– Ela irá! – Bradou Voldemort, batendo coma mão na mesa. – Ela não pode dominar as trevas sem aprender magia! Ela precisa apender! Ela é igual à mãe. Inteligente. Saberá usar muito bem os poderes.

Eu não aguentava mais. Chorava e as lágrimas corriam por meu rosto. Me levantei e saí de lá, subindo as escadas correndo e me trancando em meu quarto.

– Eu sou amaldiçoada... Nunca vou ter um amigo se souberem... Eu sou um monstro.

Acordei em um salto, com aquela lembrança latejando em meus pensamentos. O livro caído, aberto, no chão e meu uniforme todo amassado. Eu havia dormido no Salão Comunal. Todas as velas, castiçais e a lareira foram apagados, eu era a única alma acordada à essa hora.

Levantei-me e entrei no dormitório, caindo na cama e dormindo imediatamente.

[...]

Acordei tarde. Tinha me atrasado para quase todas as aulas da manhã e o almoço já era servido.

Decidi não comparecer às aulas da tarde, já que estava com uma dor de cabeça insuportável e o falatório dos professores só iria me deixar pior.

Fui até a Torre de Astronomia. Lá, apoiada na grade, observando o dia virar noite lentamente, eu me sentia muito bem.

– Ora, vejo que tenho companhia nesta linda noite!

Me virei um pouco assustada, mas era apenas Dumbledore.

– Olá professor.

– O que a traz à Torre nessa noite magnifica?

– Não sei... Sinceramente.

Dumbledore sorriu. Um sorriso bondoso.

– O que a preocupa? – Ele se juntou à mim para observar a noite.

– Nada, professor.

– Certeza?

– Não.

Ele sorriu novamente.

– É sua casa, não?

– Como... Ah esquece. Sim, é a Sonserina. Não sirvo para ela.

– Eu sei. Sua sina é a Grifinória.

– Então porque fui para ?

– O Chapéu manda todos que vivem com Comensais para a Sonserina.

– O senhor sabe?

– Sim, sei. Mas ser adotada por Voldemort não a impede de estudar.

– Eu sou um monstro.

– Não, não é, Irina.

– Mas professor...

– Divirta-se com seu irmão. – Ele sorriu de novo, descendo as escadas da Torre. Sem entender nada, olhei para meu uniforme, chorando de alegria.

O brasão da Sonserina fora trocado pelo da Grifinória e min há felicidade era tanta que não conseguia me mover, até que me convenci de que era real e desci as escadas, dando de cara com Harry e Ron.

– Irina! O que faz aqu...

– Harry! Fui transferida! Sou da Grifinória!

– Que bom! Vamos então! Não acredito! Hermione vai ficar tão feliz! Realmente há uma cama sobrando no dormitória dela e... – Harry me abraçou. Como irmãos fariam e nós caminhamos para Salão Comunal da Grifinória. Harry só parava para me apresentar para alguém. Minha felicidade não cabia em mim. Eu chorava de alegria e finalmente achava que estava em meu lugar.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado!!



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