Love Me Like You Do escrita por Apimentada


Capítulo 9
Sushi Faz Amizades


Notas iniciais do capítulo

Heyy!! Bem, o título é sugestivo, mas leiam o cap porque está bem... Surpreendente. Queria dizer, que as vezes vou demorar a postar e a responder os comentários porque estou fazendo provas e estudando muito, mas nunca deixo de ler e responder tudo! E NÃO vou abandonar a fic! Então não assustem! Enfim, queria agradecer MUITO A LINDA Monica Tmj por recomendar a fanfic! AMEI MUITÍSSIMO! Cap dedicado à você! Boa leitura gente!!



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O carro parou de frente para um restaurante enorme e bem moderno. Fiquei impressionada com toda a sua beleza. Desci do carro ainda maravilhada e comecei a reparar no local preto e nos detalhes marrons. Era tudo muito calculado. Observei a enorme fila que se formava de pessoas querendo entrar. Todos estavam bem vestidos e rindo sem preocupações. Cebola apenas me puxou e passamos na frente de todos. Olhei constrangida para todas as aquelas pessoas que nos encaravam como se tivéssemos cometido um crime. Uma mulher loira e muito bonita estava comandando a fila. Cebola apenas disse algo em seu ouvido que não consegui entender, mas presumo que foi o seu nome. A mulher o olhou surpresa e logo corou, provavelmente por ter notado sua beleza. Rolei os olhos já enjoada do seu efeito com as mulheres. Ela assentiu e nos acompanhou até dentro do restaurante. O lugar era lindo. Eu estava encantada. Por fora era bonito e intimidador, porém por dentro era um sonho. Era muito bem iluminado e decorado por flores rosas e brancas. As mesas tinham forros brancos e cadeiras com um tom clássico de marrom.
A mulher nos conduziu até uma mesa e antes de sair deu uma olhada de relance para Cebola que não percebeu. Evitei sorrir com a sua falha tentativa de chamar a atenção.
Um homem apareceu e puxou a cadeira para eu sentar. Agradeci envergonhada. Me sentei me sentindo a pessoa mais estranha do mundo. Todos estavam bem vestidos e bonitos. Enquanto eu estava o mais simples possível, sem quase nenhuma maquiagem. O garçom trouxe o cardápio e observei o nome das comidas. Uau... Aqui é bem caro. Pedi o mais barato possível e Cebola o mais caro. Além de eu ter pedido um suco de morango e Cebola um coquetel de frutas.
_ Por que pediu o prato mais barato do cardápio ? - ele perguntou franzindo a testa -
_ Porque não ligo pro dinheiro. - respondi dando de ombros - Por que me trouxe pra esse lugar ?
Cebola olhou em volta e me olhou como se eu fosse a pessoa mais estranha do mundo. Era tudo que eu precisava.
_ Não gostou ?
Não consegui evitar o riso pela ingenuidade do Cebola. Aquilo era sério ?
_ O fato não é que eu não gostei. Só não entendi porque me trouxe aqui.
Cebola franziu a testa e abriu a boca para falar algo, mas logo a fechou. Acho que nem ele mesmo sabe. Ou isso tudo é só uma tentativa de me irritar mesmo ? O quão ridículo isso pode ser ?
_ Não sei onde quer chegar com isso.
Me levantei irritada e frustrada, porém Cebola me parou segurando em meu pulso. Seus olhos pareciam irritados e vazios. Foi a primeira vez que os vi assim.
_ Senta. Por favor. - ele disse em uma voz controlada -
Me sentei relutante e procurei evitar olhar em seus olhos de novo. Me acalmei suspirando lentamente. Por que ele estava querendo minha amizade ? O que aconteceu com o " não podemos ser amigos " ? Por que ser legal agora ? Por que me levar aqui ? Por que fazer tudo isso ? Tantas perguntas que não tenho coragem de descobrir a resposta. Não sei se existe resposta.
_ Desculpa. - eu disse com as bochechas coradas -
_ Tudo bem. - ele disse encolhendo os ombros -
Me senti culpada e tentei mudar de assunto rapidamente.
_ E então... nunca pensei que gostaria de comida japonesa. Não parece bem o seu tipo. - eu brinco -
_ Eu meio que tenho. - ele diz com o seu sorriso brincalhão de volta - Minha mãe é dona desse restaurante. Na verdade, esse é um dos restaurantes.
_ Oh. - eu digo surpresa - É... Desculpa perguntar... Você não disse que sua mãe...
_ Sim, ela faleceu. - ele me interrompeu com um tom mais sério - Mas minha madrasta, Natalie, é como uma mãe pra mim. Na verdade, nunca falei isso pra ninguém.
Agora sei porque a mulher ficou surpresa em saber o seu nome. Tento não deixar claro que estou surpresa e desconfortável com a situação. Me senti um pouco idiota por ter feito a pergunta sobre sua mãe e tentei concertar. Com certeza isso é um assunto delicado para ele.
_ O que você disse para despistar a Carmem ? - brinquei novamente -
Cebola suspirou um tanto... Aliviado ? Não sei dizer.
_ Bem... Disse que tinha que estudar para a prova de sexta.
Tentei segurar um riso, porém falhando terrivelmente. Não acredito que a Carmem realmente acreditou.
_ Você ? Estudando para uma prova ? - digo em um tom irônico -
_ Ei, eu estudo, tá legal ? - Cebola diz ofendido -
Concordo evitando discutir esse assunto. Novamente observo o lugar. O lugar é lindo. Perfeito, para ser sincera. É tão bem iluminado. Olho para a minha esquerda vendo pela primeira vez um aquário cheio de peixes exóticos. Como não havia reparado antes ? Fiquei observando cada detalhe, até que os meus olhos se encontraram com os do Cebola. Estavam mel e brilhantes. Ele me analisava com curiosidade e dúvida.
Franzi a testa, soltando um pequeno riso nervoso. Ele era difícil de decifrar.
_ O que foi ? - pergunto curiosa -
_ Nada... - ele diz como se estivesse prestes a falar outra coisa -
Logo o garçom chega com a nossa comida e bebida. Comemos em silêncio e ao mesmo tempo, eu gosto do silêncio.
_ O que está pensando ? - ele me pergunta -
_ O que estou pensando ? - digo um pouco surpresa, colocando uma mecha do meu cabelo atrás da orelha - Esse lugar é lindo. - eu digo timidamente -
Cebola solta um sorriso convencido, o que me irrita. Eu odeio quando ele fica convencido.
_ E o quanto você é irritantemente convencido. - eu continuo com os dentes cerrados -
_ Não tanto quanto seu amigo psicopata emo. - ele devolve aumentando o sorriso ao ver meu olhar mortal -
Oh Deus, me dê paciência para não matar alguém com um sushi hoje. Amém.
Continuamos comendo pacientemente enquanto eu ainda me perguntava por que diabos ele me trouxe no restaurante da mãe dele. Ainda mais um restaurante assim. Ele sempre me ignorou e foi grosso comigo na escola, por que fora é diferente ? Ele tem vergonha de falar comigo ?
_ Cebola... Eu preciso que seja honesto comigo. - eu digo olhando em seus olhos mel que me encaram com curiosidade - Você nunca falou comigo na escola e sempre me tratou mal... - meus olhos começam a coçar pelas lágrimas teimando - Por que isso agora ? Não somos amigos.
Cebola me olhava impassivo com seus olhos mel brilhantes. Seus cabelos estavam rebeldes como sempre e sua camisa social branca se apertava em seus braços fazendo o contorno perfeito de seus músculos. Ele se inclinou como se tivesse um segredo para me contar. Apesar de ele estar olhando para baixo, logo ele levantou seu olhar que estava profundo. Tenho quase certeza que corei. E para minha surpresa, estavam com uma expressão divertida.
_ Não somos ? - ele sussurrou - Assim você me machuca.
Cebola fez um biquinho que me fez rir. De repente o clima pesado estava leve novamente. Seu sorriso era bonito, eu tinha que admitir. Parei de sorrir e o encarei novamente com curiosidade. Ele era difícil de decifrar, porém demonstrava suas emoções com muita intensidade.
Pedimos a conta e Cebola disse para andarmos um pouco pelo parque movimentado que tinha por lá. Estava um pouco frio, então enrolei meus braços em volta do meu corpo magro. Cebola franziu a testa e me encarou com divertimento.
_ Está com frio ? - ele perguntou com seu sorriso brincalhão -
_ Um pouco. - murmuro -
_ Não tenho nenhum casaco aqui comigo... Mas...
Sem completar a frase, Cebola passa seu braço esquerdo em volta de mim. Eu paraliso com sua aproximação repentina. Seu perfume invadiu dentro de mim, com um cheiro doce, mas ao mesmo tempo exótico. Senti minha respiração ficar um pouco falha por alguns segundos. Tá bom, que merda tá acontecendo comigo ?!
Assim que chegamos no parque, nos sentamos na grama de frente ao lago que havia por lá. O céu não estava escuro, na verdade, estava um azul escuro que as estrelas enfeitavam. A Lua era brilhante e hipnotizante.
_ Aqui é um bom lugar para pensar, não ? - Cebola me pergunta -
_ Claro... - eu digo timidamente -
Merda... Por que estou assim ? Se recomponha Mônica! Você nunca foi assim na presença dele!
_ Está tudo bem ? - ele pergunta franzindo a testa -
_ Sim. - respondo com um breve suspiro - É só que... - faço uma breve pausa - Não respondeu minha pergunta.
Cebola olha em meus olhos como se estivesse procurando algo neles, com a testa franzida. Por que ele é tão difícil de decifrar ?
_ Qual ? - ele pergunta confuso -
_ Por que me trouxe aqui ? Por que... Isso ?
Cebola suspira e novamente retorna o olhar para mim.
_ Sei lá... Você não é como as outras pessoas que estão ao meu redor.
Um pequeno sentimento de ofensa me invade e tento não demonstrar isso. Mas o cretino sempre parece perceber o que estou pensando. Isso é tão frustrante.
_ Como sou então ? - pergunto com desdém -
_ Diferente. - ele diz dando de ombros -
_ " Diferente " ? - pergunto arqueando uma sobrancelha -
_ Você não liga para o que eu tenho, ou como sou, ou qualquer coisa do tipo. Você fala comigo como se eu fosse... Eu. Você não liga para a imagem que todos criam de mim.
Fico calada sem saber o que dizer. Tudo bem, quando foi que ultrapassamos a linha de colegas de trabalho da escola ?
O observo de uma forma cautelosa enquanto ele olha para o lago fixamente perdido em pensamentos. Começo a reparar em seus traços iluminados pela Lua. Seus cabelos rebeldes e lisos castanhos, seus olhos mel, sua pele bem cuidada, seu nariz reto, lábios perfeitamente contornados e seus braços definidos pousados em seus joelhos. Cebola não quer ser apenas um "rostinho bonito". Eu percebo isso e por alguma razão, mexe comigo.
_ Sabe... Você não precisa ser o que as pessoas querem o tempo inteiro. Você é o que você é. Nossos valores que definem quem somos.
Cebola me olha com curiosidade novamente com a testa franzida.
_ Meu pai é bem diferente da minha mãe. Ele sempre quer que eu seja forte, esteja na linha, seja responsável e que algum dia... Administre sua empresa. - Cebola está mexendo o maxilar um pouco nervoso -
Meus olhos analisam os seus e decido deixá-lo continuar.
_ Não é o que eu quero. - ele diz por fim -
Pela primeira vez vejo sua confiança ir embora. Ele parece um menino perdido. Impulsamente, pego em sua mão e a aperto. Cebola fica um pouco surpreso e eu o devolvo um sorriso confortante.
_ Somos amigos.
Cebola para por um instante me olhando como se estivesse processando o que eu disse. Seu sorriso brincalhão está de volta e eu, pela primeira vez, fico feliz em vê-lo.
_ Não abuse da sorte que estou te dando. - ele diz ainda com seu sorriso brincalhão -
O encaro com uma careta e logo sorrio.
_ Vamos embora. - eu digo -
Entramos dentro do carro e vamos o caminho inteiro ouvindo a música Love me like you do, da Ellie Goulding. Amo essa música. Começamos a cantar e a fazer graça. Chegamos na porta da minha casa e a música acaba, mas nossos risos começam.
Paramos de rir e olhamos um para o outro um pouco sérios. Seus olhos mel ainda procuram algo nos meus. Cebola se aproxima de mim e eu fico quieta. Não dou nenhum movimento para trás ou para frente. Minha respiração congela e meu coração acelera. Sinto minha boca ficar seca e tudo o que consigo pensar é: Que porra tá acontecendo aqui ?!
Cebola coloca sua mão esquerda na minha bochecha direita e planta um beijo delicado em minha bochecha esquerda.
_ Boa noite. - ele sussurra em meu ouvido -
Seus olhos mel estão intensos e seu toque me fez relaxar.
_ Boa noite. - eu sussurro de volta -
Abro a porta do carro e espero ele dar a partida o vendo ir embora. Finalmente respiro, meu coração se acalma e meu rosto deixa de ficar quente. Tudo bem Mônica Sousa, precisamos ter uma conversinha...
Abro a porta da sala deixando as chaves caírem distraidamente. Me agacho para pegá-las e subo o olhar dando de cara com dois pares de olhos azuis me encarando com desdém.
_ Onde esteve ? - Carmem pergunta -
_ Estava com o DC. - eu disse tentando esconder meu nervosismo -
_ Oh, o garoto gato que tem uma banda ? - ela diz surpresa - Hum... Pode ficar com ele. Prefiro meu Cebola. - ela diz subindo as escadas com um sorriso vitorioso -
" Prefiro meu Cebola. " Suas palavras ecoam em minha mente e por alguma razão me incomodam. Tudo bem, preciso tomar meu remédio diário.
Subo as escadas e entro no meu quarto ainda distraída. Tranco a porta e coloco meu pijama. Vou para o banheiro enorme e branco para escovar os dentes. Me olho no espelho e me pergunto mentalmente: " Por que deixei ele me beijar ?! " Eu claramente não estava em meu estado normal, ou apenas estava mexida com a nossa amizade repentina e suas confissões.
Balanço a cabeça afastando esses pensamentos e termino de escovar os dentes. Apago as luzes e me deito na minha enorme cama. A luz da Lua invade o quarto e me lembro da cena do carro novamente. Sinceramente, é muita coisa para processar.
Fecho os olhos com a última imagem de dois olhos mel me encarando.


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Notas finais do capítulo

Gostaaaaaaaram ??!! Ainda tem muito para acontecer! Até o próximo gente!! MANDEM REVIEWS!!! Beijooooos!! ;)