Love Me Like You Do escrita por Apimentada


Capítulo 8
Comida Japonesa ?


Notas iniciais do capítulo

Gente!!! Queria dizer que AMEI os comentários e logo vou responder!! Espero que gostem desse cap! Boa leitura!!



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Ok, não que eu tenha alguma coisa haver com isso, mas... Ele não recusou sair com ela ? Por que ela está arrumada então ?
Tá, estou sendo ridícula.
_ Ah.
E foi tudo o que eu consegui dizer no momento. Bem que eu havia notado a ausência repentina do Cebola, que estava aqui tem poucos minutos. Afinal, onde diabos ele foi parar ?! Tudo bem Mônica, isso não é da sua conta e nunca vai ser. Só ignore tudo isso é continue a andar até a porta como se nada houvesse acontecido.
_ Merda. - resmunguei -
Carmem fez uma cara de ofendida como se nunca tivesse visto ninguém falar essa palavra.
_ Que falta de classe! - ela desabafou -
Revirei os olhos e subi as escadas para pegar a porcaria da chave do carro que eu havia esquecido no meu quarto. Procurei em todos os lugares possíveis resmungando sobre minha burrice e o excesso dela. Olhei para a cama e avistei um papel com algo escrito e a chave em cima. Peguei a chave vitoriosa e olhei o papel que estava escrito: " Sabia que iria esquecer. Bom encontro. " Revirei os olhos mais uma vez e bufei de raiva. O cretino conseguia ser muito mais irritante do que eu imaginava. Joguei o papel na lixeirinha que tinha ao lado da minha cama e desci.
Assim que pisei o último degrau, Cebola apareceu na porta da frente. Tá, ele estava absurdamente lindo. Cebola estava usando uma camisa social branca, uma calça jeans, tênis e seus cabelos estavam bagunçados de uma forma extremamente sexy. Seu perfume invadiu a sala e por mais que eu odeie admitir, era muito bom.
Minha raiva por ele tinha passado, mas só um pouco. Só um pouco.
_ Oi Car. - Cebola disse sorrindo sedutoramente -
Se eu estou confusa ? Muito. O que aconteceu com o " Estou cansado de garotas com roupas curtas tentando me conquistar " ?!
_ Oi gato...
Ela parecia tão surpresa com a sua beleza quanto eu. Cruzei os braços e ignorei o clima nojento que estava rolando na sala da minha casa. Caminhei até a porta onde Cebola estava e formei um sorriso fechado irônico balançando as chaves de frente ao seu rosto. O mesmo soltou uma risada se divertindo.
Do Contra acenou dentro do seu carro e eu sorri simpaticamente em resposta. Abri a porta e entrei um pouco tímida e ao mesmo tempo confortável com sua presença. DC me deu um beijo sem graça no rosto me cumprimentando. Corei com sua atitude e por algum motivo rezei para que pudéssemos sair dali o mais rápido possível. Não que eu não gostasse dele, só que até hoje eu só beijei um menino. Sim, sou uma garota de 17 anos que só beijou um menino. Sempre tive aquela idealização de esperar a pessoa certa para dar o primeiro beijo e mesmo tendo esperado achando que era o certo, não era.
Estávamos ouvindo uma música de rock enquanto íamos para a casa do DC e escondi um sorriso me lembrando do apelido que o Cebola havia lhe dado: " Psicopata Emo. "
_ O que foi ? - DC me perguntou sorrindo de lado -
_ Nada. - respondi olhando em seus olhos negros -
_ Gosto de ver o seu sorriso.
Ainda bem que a iluminação estava fraca, pois eu havia corado novamente. Não sei lhe dar com essas situações. Cadê a Magali quando preciso dela ?
Chegamos na casa do Contra e entramos. Uma mulher de cabelos curtos chanel castanhos, olhos verdes e pele morena sorriu para mim. Ela era muito bonita. Katherine se parecia muito com ela, a única diferença eram os cabelos lisos que sua mãe possuía.
_ Oh, você deve ser a Mônica! Maurício me falou muito de você! É um prazer te conhecer.
_ Obrigada! Prazer! - sorri simpaticamente e apertei levemente sua mão -
Do Contra me conduziu até a garagem e não evitei minha curiosidade como sempre.
_ Maurício ? - perguntei com humor na voz -
Do Contra riu e passou a mão na nuca como se estivesse procurando a melhor forma para explicar a situação.
_ Não dá pra ter esse nome quando se está em uma banda. E eu tenho mania de contrariar as coisas, então me apelidei de Do Contra. Para não ficar muito estranho, DC.
Ri da sua explicação e o mesmo acendeu a luz da garagem. Fiquei de boca aberta ao ver tudo que tinha no lugar. Havia um teclado, dois violões, uma guitarra, uma bateria e um microfone.
_ Meu Deus DC... Isso é incrível! - eu digo boquiaberta -
_ É... - ele diz de uma forma orgulhosa - Acho que aqui é o único lugar que eu posso fazer as coisas certo.
O encarei e o mesmo parecia ter uma certa admiração nos olhos pelo lugar. Além dos instrumentos, as paredes eram todas brancas, havia um carpete cor creme chão, vários quadros com fotos de algumas bandas. O que me chamou a atenção foi um quadro com várias fotos do Do Contra, Katherine, Magali e mais um cara. Olhei todas elas e eram fotos de shows juntas com saídas para baladas e outras de caretas. Um arrependimento por ter perdido tudo isso no passado me bateu como um raio. Minha vida se resumiu até hoje em livros e provas. Ver tudo isso que eu perdi, é frustrante.
Abri a boca para pegar um pouco de ar e forcei um sorriso. DC pareceu acreditar nele e sorriu de volta.
_ Pode cantar se quiser. - ele disse pegando o microfone -
_ Ah não, não... Não precisa...
_ Por favor.
DC coloca o microfone na minha frente ainda o segurando e eu olho tentadoramente. Eu queria cantar, mas morro de vergonha. Ainda mais quando não estou perto de alguém muito íntimo. Mas se estou reclamando de ter me arriscado tão pouco na vida, então por que não começar agora ?
_ Tudo bem.
Peguei o microfone e uma das minhas musicas favoritas me veio à cabeça rapidamente.

_ " I don't mind spending everyday, out on you corner in the pouring rain, look for the girl with the broken smile, ask her if she wants to stat awhile and she will be loved... She will be loved. "
Do Contra me encarava de boca aberta e eu confesso, estava morrendo de vergonha com a situação. Não sabia se isso significava algo bom ou não.
_ Isso foi maravilhoso Mônica! - ele disse batendo palmas -
Corei com o seu elogio e ri ao mesmo tempo.
_ Obrigada.
_ Você tem que entrar na banda! Não aceito não como resposta.
Segurei o microfone perto da boca pensativa. Se eu não aceitasse, eu estaria sendo a pessoa mais burra desse planeta, desistindo de algo que me faz feliz. Já se eu aceitasse, estaria quebrando todas as regras. Até porque, meu pai nunca iria concordar com isso e eu ocuparia um bom tempo que devia estar estudando...
Um sentimento de raiva e orgulho me bateu ao mesmo tempo. Raiva por saber o quão louca eu estava sendo e orgulho, por tomar a decisão.
_ Sim.
_ Sim ? - DC me perguntou confuso -
_ Prefere um não ? - brinquei -
_ Não, não, não! - ele disse desesperado - Que bom que aceitou Mônica! Toda quarta e sexta temos ensaio. Das 18 às 21. Tudo bem ?
_ Tudo.
Senti meu celular vibrar no bolso de trás e o peguei para ver quem era. Abri a tela do meu IPhone e três mensagens apareceram.
" E aí ? Como que tá indo o encontro ?"
" Se eu estivesse com um psicopata emo do meu lado, estaria com medo. "
" Gosta de comida japonesa ?"
Deduzi que, provavelmente, ele teria enviado a última mensagem errado achando que eu era uma das " paga pau " dele. Ainda sim, me fez pensar... Por que ele está me mandando mensagens ?!
_ Será que ele nunca vai me deixar em paz... - resmunguei para mim mesma -
Ouvi a voz de uma mulher chamar o Do Contra, o que me assustou por um segundo.
_ Já volto, vou ver o que minha mãe quer.
Assenti e aproveitei para responder o Cebola. Com a raiva em minhas veias, comecei a digitar com força quase quebrando a tela do celular.
" Você não tem nada melhor pra fazer ?!"
Depois de alguns segundos, Cebola me respondeu.
" Não respondeu minha pergunta. "
Revirei os olhos bufando e digitei de volta.
" Sim, gosto. "
Após cinco segundos veio a resposta.
" Ótimo. Estou passando aí pra te pegar. "
Lembra de quando eu estava em dúvida se ele era bipolar ? Bom, agora eu tenho certeza.
Do Contra apareceu e guardei meu celular rapidamente.
_ E então... O que quer fazer ? - ele perguntou timidamente -
Mexi minhas mãos nervosamente com medo de estar em uma garagem sozinha com o DC naquele momento. Não que ele não seja bonito e atraente, mas dá pra pensar o quão ruim deve ser beijar alguém que você só quer como amigo ? E pior, não ter experiência nenhuma em beijo.
_ Não sei. Você quem sabe.
Oh não. Resposta errada Mônica Sousa. DC me olhou insinuativo e começou a se aproximar. Meu coração começou a acelerar com o desespero e rapidamente, dei um passo discreto para trás tentando dar um sorriso simpático. Apesar de achar que meus sorrisos de desesperos não são os mais convincentes.
_ Que tal vermos alguma coisa na TV ? - perguntei -
_ Hã... Claro.
O pequeno desapontamento em sua voz pôde ser percebido, porém tentei ignorar. DC colocou no canal onde passava Ellen Degenere, nos sentamos no sofá que havia por lá e fingi estar prestando atenção presa em meus pensamentos.
Não. O Cebola não iria vir aqui na casa do Do Contra. Tenho quase certeza de que ele não sabe onde o DC mora e duvido que iria me levar para comer comida japonesa. E a Carmem ? Por que ele viria atrás de mim ?
Suspirei tentando relaxar e estiquei meus braços antes cruzados. Não, com certeza ele não vai aparecer.
" É melhor sair, se não vou entrar. "
Recebi uma mensagem do Cebola e soltei um riso de deboche. É claro que era mentira. Entraria no jogo também.
" Pode entrar então. "
Sorri vitoriosa e logo sua resposta veio.
" Ok. "
_ Maurício! Tem um carro importado parado aqui na porta de casa! Está esperando alguém ?
A voz da mãe do Do Contra foi uma faca me cortando. Isso. Não. Pode. Ser. Verdade.
_ Ah! Deve ser minha carona! - eu disse me levantando do sofá rapidamente tentando esconder meu desespero -
_ Já ? - ele disse surpreso - Então deixa que eu te acompanho até a porta.
_ Não! - eu disse quase gritando -
DC me olhou confuso e surpreso pela minha mudança de humor. Sorri nervosamente e tentei concertar a situação.
_ Olha, não precisa. Deve ser o meu pai. Sabe, ele não gosta muito da ideia de eu ter amizade com meninos e só consegui vir porque insisti muito. Acho melhor ele não te ver.
Cara, não sabia que eu mentia tão bem. Se bem que grande parte disso é verdade...
_ Ah, então tudo bem.
_ Obrigada DC. - eu disse indo em direção à porta - Ah e adorei hoje.
Seu sorriso me fez sorrir. Ele tinha realmente um sorriso perfeito.
Me despedi da mãe do DC que era uma fofa e abri a porta da frente mostrando o dedo do médio para o Cebola. Ele abriu lentamente o vidro do carro mostrando seu sorriso brincalhão.
_ Achei que queria que eu entrasse.
_ Não pensei que estava aqui mesmo. - disse entre dentes -
Abri a porta do carro e entrei de má vontade. O lancei um olhar mortal e o mesmo só aumentou o sorriso.
_ E então... Partiu comida japonesa ?
_ E a Carmem ?! O que fez com ela ? - perguntei com raiva -
_ Ah, ela começou a falar de viagens e outras coisas que não prestei atenção. Fiquei entediado e achei que seria mais divertido te irritar. - ele disse dando de ombros -
Fiz uma cara de quem queria dizer: " você está falando sério ?! " com os braços cruzados. Sim, a raiva estava maior agora.
_ Vamos, se não o lugar fecha.
A noite vai ser longa.


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Notas finais do capítulo

Gostaaaaaaaram ??!! Esse foi o maior cap até agora. Queria dizer que estou muito feliz com o amor e amor que estão dando! Amo vocês!! MANDEM REVIEWS!!! Beijoooooos!! ;)