Love Me Like You Do escrita por Apimentada


Capítulo 7
Amigo Psicopata Emo


Notas iniciais do capítulo

Oiiii!! Gente, desculpem a demora!! Gente, provas e feriados me consumindo. Sinceramente, achei esse cap sem graça, mas o próximo vai ser muito bom 😍 Na verdade, todos agora vão ser melhores. Esse foi mais complicado de escrever porque teve que ter uma aproximação simples entre os dois, porém os próximos vão ser mais fáceis e melhores de se escrever. Obrigada pelos comentários, vocês são maravilhosos!
Boa leitura!!



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Carmem estava com a sua roupa mais curta e chamativa possível. Eu juro que eu estava com os olhos arregalados. Eu já havia visto a Carmem fazer várias coisas para conquistar os garotos, mas isso parece que é uma nova técnica quando se tem 17 anos. Sobre o Cebola... Ele é homem, não vou julgá-lo por ter ficado um pouco... Mexido com aquela situação.
_ Oi... - Cebola disse um pouco concentrado -
_ Eu estava mesmo querendo falar com você. - ela disse se aproximando -
Depois ela me olhou de relance para tentar fazer ciúmes, uma situação completamente inútil. Revirei os olhos e me segurei para não falar muita coisa naquele momento. Peguei o livro de história e fingi não estar prestando atenção na conversa.
_ E então... Que tal sairmos hoje ? - ela disse sussurrando no ouvido dele -
_ Hoje ? - ele perguntou sorrindo de lado - Não dá. Eu tenho que terminar esse trabalho com a Mônica.
Não consegui evitar o sorriso de satisfação que se espalhou pelo meu rosto sem aviso, mas que logo escondi. Carmem estava se corroendo de raiva, eu sei. E por mais mal que isso pareça, fiquei feliz por ter sido a primeira vez que senti ter vencido ela. Ridículo, eu sei. Porém, pra quem teve uma vida de humilhações vindo dela... Essa sensação não tem preço.
_ Ah... Então... - Carmem disse sem jeito - Me liga depois gato.
Logo ela já estava no quarto dela. Levantei da cadeira onde estava sentada e fechei a porta. Olhei para Cebola um pouco surpresa e não pude evitar a curiosidade crescendo dentro de mim.
_ Por que recusou a Carmem ? A maioria dos meninos estariam morrendo para estar no seu lugar. - eu disse sendo bem sincera -
Cebola soltou um riso abafado e me olhou sério nos olhos com os seus mel que ficaram ainda mais claros com a luz do dia que entrava na janela.
_ Acho que... Estou acostumado com esse tipo de coisa. Você sabe, as garotas colocando roupas curtas e tentando se mostrar para ver quem é a melhor. Apesar de eu ser homem e apreciar essa atitude... - Cebola soltou seu sorriso brincalhão, eu revirei os olhos e ele riu - Estou cansado disso.
Fiquei séria e até surpresa pela sua atitude. Era impressão minha, ou ele estava ficando mais "bonzinho"da noite pro dia ?
_ Não sei porque estou te contando isso. - ele disse com o olhar fixado em um canto e a testa franzida - Gosto de falar de mulheres, mas podemos terminar esse trabalho primeiro.
É, impressão minha.
Continuamos fazendo o trabalho e logo, Lena, minha empregada já considerada parte da família pra mim, nos chamou para almoçar.
_ Estamos indo. - eu disse sorrindo para ela - A gente desce,você pega o que quiser e aí subimos e comemos aqui. Pode ser ?
_ Claro.
Descemos as escadas e tentei não pensar em como estava achando aquela situação estranha e desconcertante. Carmem me lançava um olhar mortal, meu pai estava vigiando cada passo do Cebola, Susana estava vendo se ele tinha algum indício de ser rico, eu estava desconfortável e Cebola... Bem, ele não estava nem se dando conta da situação. Na verdade, ele estava mais interessado em qual pedaço de carne ele iria pegar.
_ Decide logo! - eu disse impaciente -
_ Mônica, isso são modos ? - Susana disse tentando parecer educada -
Aposto que ela percebeu alguma marca cara que ele estava usando.
_ É Mônica, isso são modos ? - Cebola repetiu me provocando -
Cerrei os olhos e peguei qualquer pedaço de carne colocando no seu prato.
_ Problema do dia resolvido! Agora vamos!
Empurrei Cebola que também cerrou os olhos. Subimos as escadas e entramos para o meu quarto. Não falamos nada durante um tempo, até que uma coisa que estava me incomodando fazia tempo, me bateu forte.
_ Eu queria pedir desculpas por aquele dia na sua casa. - eu disse e Cebola me olhou confuso - Perguntei sobre a sua pulseira, que antes eu achava que era um chaveiro, e eu devia ter imaginado que era alguma coisa importante.
Cebola pareceu surpreso pela minha confissão, porém ele apenas assentiu sem dizer nada. Entendi rapidamente que aquele não era um assunto pra se conversar.
_ Mas vai, confessa, hoje foi a melhor aula que você teve lá na academia.
Uma raiva misturada com humor surgiu dentro de mim. Não consegui escolher qual eu queria demonstrar na hora. Se eu demonstrasse raiva ele acharia que eu sou do tipo que guarda mágoa, já se eu risse, ele acharia que somos amigos, o que não somos. Então eu fiquei séria. E sinceramente, acho que não era bem essa a reação que ele esperava ver. Resolvi " quebrar o gelo ".
_ É... Vamos terminar de comer logo, pra podermos terminar o trabalho. - eu disse sem jeito -
Lena apareceu para pegar os pratos, mas eu logo a interrompi.
_ Não, não, não! Eu fico com isso! - eu disse pegando os pratos da sua mão -
_ Não, é meu trabalho Mônica! Dona Susana vai brigar.
_ Se ela brigar com você, vai se ver comigo!
Lena me mandou uma expressão de afeto e eu retribui. Coloquei os pratos na pia e quando ia lavá-los, Lena logo apareceu.
_ Eu assumo daqui querida. Não se preocupe.
Assenti e a abracei forte. Ela era minha segunda mãe. Lena sempre trabalhou para nós, desde quando meus pais estavam juntos. Porém como vou morar com o meu pai pelos próximos três anos, ela veio para cá.
Subi as escadas e parei na porta quando vi Cebola novamente mexendo em sua pulseira. Com certeza ele sentia muita falta dela.
_ Você sente muita falta dela, não é ? - perguntei impulsamente -
Cebola levantou o olhar para mim sem dizer uma palavra. Eu queria sumir. Não devia ter tocado no assunto. Era algo muito delicado e eu sempre deixava minha curiosidade falar mais alto de uma forma irracional.
_ Sim. - ele disse em um longo suspiro - Não precisamos falar disso.
Aquela foi a primeira vez que vi seu sorriso brincalhão desaparecer. Mesmo o achando o cara mais sem vergonha do planeta... Aquilo me afetou. A sensação foi estranha, mas eu fiquei triste pelo Cebola.
_ Não vamos. - eu disse me sentando ao seu lado -
_ Tá... Vamos deixar de fazer esse trabalho por um tempo.
_ Mas a gente tem que terminar. - eu disse um pouco confusa -
_ E vamos. Só que não hoje.
Bufei de raiva e deitei na minha cama. É isso que dá ser muito boazinha com ele Mônica. Vai mais.
Estiquei os braços e suspirei. O vento frio e o sol quente ainda existiam. Senti o vento bater contra o meu rosto e fechei os olhos. Era a melhor sensação do mundo. Me fazia sentir como se nada pudesse me afetar ou derrubar. O que na maioria das vezes, sempre acontecia. Olhei para Cebola discretamente que estava com a cabeça deitada para trás na cadeira em cima de seus braços definidos. Ele olhava para o teto de uma forma pensativa. Porém era indecifrável.
_ Sabe... Toda vez que fecho os olhos e o vento frio bate em mim... Sinto como se fosse invencível. - eu disse olhando para o teto -
Cebola olhou para mim e eu o olhei de volta. Seus olhos mel estavam profundos e pareciam me analisar.
_ Acho que tenho a mesma sensação. - ele disse com um sorriso divertido nos lábios -
Tudo bem, seu sorriso me fez corar. E como não queria que ele soubesse que tinha esse efeito sobre mim, virei o rosto para não deixar claro minhas emoções. Só que ele era mais esperto que eu e percebeu minha reação. Cebola se levantou da cadeira e deitou ao meu lado na cama. Agora sim meu rosto devia estar mais vermelho que um tomate. Por sorte, ouvi o apito do meu celular indicar uma mensagem. Peguei meu IPhone o mais rápido possível e fui ver de quem era.
" É, pelo visto não vai me responder. "
Era do Do Contra. Me senti a pior pessoa do universo. Por que eu havia me esquecido de mandar mensagem pra ele e furar com ele no sorvete ?! Ta, eu não estou interessada, porém o DC não merece isso. Ele é uma ótima pessoa e eu estou sendo a pior com ele.
_ " Do Contra " ? - Cebola perguntou lendo - É amiga dele ?
_ Sim. - eu respondi um pouco azeda por lembrar que tudo era culpa dele -
" Vamos fazer alguma coisa hoje. "
Eu mandei a mensagem esperando concertar tudo entre a gente.
_ Vai sair com ele ? - Cebola me perguntou com a testa franzida -
_ Vou. - respondi com um pouco de raiva da desaprovação em sua voz - Qual o problema ?
_ Nenhum. Só acho que ele não é uma boa companhia. - ele disse com desdém -
Soltei uma risada irônica e debochada.
_ O que sabe de boa companhia ? - perguntei -
Cebola fez uma cara de ofendido e se sentou tentando ficar em uma posição respeitável.
_ Eu sou boa companhia.
_ Claro que é. - eu disse irônica -
O barulho do celular avisando mais uma mensagem preencheu o lugar. Peguei o mesmo para olhar a resposta, com medo de que ele estivesse bravo comigo.
" Claro. Que tal eu ir aí te buscar, daí a gente vem aqui pra casa e você dá uma olhada no nosso estúdio da banda ? "
Sorri com a sua insistência de entrar para a banda. Meu sonho era ter uma , mas nunca tive a oportunidade.
_ Sabe, acho que precisa de amigos. Amigos que não pareçam psicopatas emos. - ele disse com um tom sério, mesmo eu esperando algum sinal de que era uma piada -
_ O DC não parece um psicopata emo! - eu protestei - Além do mais, não sei porque está implicando com ele.
_ Não estou nem aí com quem você sai ou deixa de sair, se é isso que está insinuando. Só não quero minha parceira de trabalho morta.
Revirei os olhos e resolvi responder o Do Contra.
" Acho que 18 está ótimo. "
Passei o meu endereço e ele disse um simples: " ok. " Olhei as horas e já eram 17:00. Fiquei um pouco desesperada e fui tomar um banho rápido.
_ Não mexa em nada e também não ouse abrir a porta do banheiro. - eu disse me virando para Cebola -
_ Juro que vou ficar quieto.
Cebola levantou as duas mãos me mostrando os dedos das mesmas cruzado. Bufei e ignorei sua infantilidade.
Tomei um banho e me vesti dentro do banheiro mesmo. Coloquei uma calça jeans, um cardigã verde e um tênis all star. Como sempre, nada de novo. A única diferença eram os meus cabelos que estavam molhados.
_ Vai vestida assim ? - Cebola disse de uma forma zombadora -
_ Sim. E não fale nada.
Cebola soltou um curto suspiro e me olhou com desdém.
_ Não sei como quer conquistar o cara assim.
_ Não quero conquistar ninguém! - eu disse com as bochechas coradas -
_ É claro que quer. - ele disse de uma forma óbvia -
_ Você é um idiota.
_ To acostumado a ouvir isso.
Esperei dar 18 horas e o Do Contra já havia chegado. Desci as escadas e encontrei a Carmem toda arrumada.
_ Vai sair ? - perguntei impulsamente -
_ Vou. Com o Cebola.


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Notas finais do capítulo

Gostaaaaaaaram ??!! Espero que sim!! Gente, obrigada pelos comentários! MANDEM REVIEWS!! Beijoooos! ;)