Love Me Like You Do escrita por Apimentada


Capítulo 3
Novos Amigos e Novos Inimigos


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem desse capítulo, ficou bem dramático, mas o próximo acho que será mais cômico...
GENTE EU AMEI OS COMENTÁRIOS!! CONTINUEM MANDANDO ME INCENTIVA MUITO!!
Aiiiiii!! Amanhã eu vou ter o meu primeiro dia no Ensino Médio! Se estou nervosa ? Imagina! Só muito! Alguém quer me desejar boa sorte ?

Boa leitura!



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Meus olhos não conseguiam desgrudar do chão onde estavam espalhados os papéis do meu diário. Eu não conseguia pensar e nem percebi o resto ao meu redor. Para algumas pessoas, um diário é uma coisa boba e sem utilidade utilizado por garotas que não têm vida social, mas pra mim é uma forma de escapar desse mundo escrevendo tudo o que eu sinto e sou. Porém Carmem era uma dessas pessoas.

Não consegui ver mais nada com as lágrimas preenchendo os meus olhos junto com o ódio. Cerrei os punhos e saí pisando duro no chão. Desci as escadas correndo dando de cara com todos sentados, enquanto Carmem estava quase beijando o Cebola e os outros conversando e rindo.

_ Por que você fez aquilo ?! - gritei parando bem de frente a Carmem -

Todos se calaram e olharam para mim assustados. Carmem se afastou do Cebola e me olhou como se eu fosse uma louca.

_ Fiz o quê ? - ela disse pausadamente -

_ Você sabe muito bem! - eu gritei de novo já sentindo as lágrimas descendo - O meu diário que você rasgou as folhas!

_ Ah, então você tem diário ? Que gracinha! Por que não vai ver se eu estraguei a sua boneca também ? - Carmem disse em um tom debochado -

Todos começaram a rir, menos Cebola que estava sério, mas acho que foi só porque estava assustado de me ver chorando. Mesmo assim, pude sentir a raiva me subindo mais forte e intensa.

_ Era presente da minha mãe... - eu disse com a voz embaralhada e fraca - Como você pôde ?

_ Simples... - Carmem disse se levantando e parando bem perto de mim - Você pisou no meu caminho. Isso ninguém faz.

Enchuguei as lágrimas e abaixei a cabeça andando em direção à escada. Porém antes me virei e caminhei de volta para frente da Carmem. Soltei um riso sem graça, mas sem disfarçar a dor.

_ Sabe... Eu realmente pensei que a gente poderia melhorar a nossa relação. Tipo, eu não esperava que a gente ficasse "amiguinhas "! Só esperava que ao menos acenasse pra mim na escola.

Carmem ficou parada me olhando séria sem transbordar nenhum tipo de emoção. Subi as escadas quase que correndo e tranquei a porta do meu quarto quando entrei dentro dele. Olhei para as folhas espalhadas e não pude evitar as lágrimas que exigiram pular dos meus olhos. Peguei cada uma e fui olhando a data que estava escrita na parte de cima delas. Organizei todas e as guardei em uma gaveta desocupada que tranquei com uma chave. Guardei a chave dentro do meu guarda roupa na intenção de manter tudo seguro.

Me joguei na cama enorme e confortável que ficava bem no meio da parede do meu quarto. Fiquei olhando para a janela que estava aberta mostrando o Sol que estava quente, porém supórtavel, iluminando o céu azul claro forte que cobria a paisagem. O vento frio batia nas minhas bochechas e pegava algumas mechas do meu cabelo que estavam soltas, diferentes do resto do meu cabelo que estava preso por eu estar deitada nele, espalhando o cheiro de baunilha. Fechei os olhos e suspirei. Eu podia ficar daquele jeito para sempre. Pelo menos iria me fazer nunca mais olhar na cara da Carmem e da Susana. Não sei o que meu pai viu em Susana. Eu sei, ela é muito bonita com os seus olhos azuis, cabelos loiros cacheados e corpo malhado, mas não passa disso. Meu pai é um homem gentil, doce, inteligente e charmoso. Ou pelo menos era. Minha mãe era como eu, olhos castanhos, cabelos escuros com mechas castanhas claras e a pele bem clarinha. Uma beleza talvez comum, mas era única nela. Não sei como meu pai deixou ela escapar. Mas lembro do dia em que ele saiu de casa e apenas se virou para mim e disse: "Seja forte."

Meus pensamentos se voltaram novamente para o que havia acontecido há poucos minutos. Carmem estava passando a me odiar porque eu comecei a enfrentá-la. A verdade é que estava cansada de sempre abaixar a cabeça e deixar ela mandar em mim para ser igual a todo mundo. Aprendi a me dar mais valor.

Uma coisa que me deixou intrigada foi que o Cebola não riu hora nenhuma como os outros. Ele apenas ficou me encarando como se estivesse curioso com a minha raiva e até mesmo pena. Mas dispenso esse último sentimento.

Abracei uma almofada peluda e branca que eu tinha e peguei meus livros da escola. Comecei a fazer a lição de casa para tentar ocupar a minha mente e quando já estava quase acabando, Magali me mandou uma mensagem.

" Oi amiga!! Tá fazendo o quê ? "

" Oi amiga! Estudando e você ? "

" Estudando ?! Não me faça desistir de andar com você. Tá afim de sair ? "

Ri assim que li a mensagem, porém logo fiquei séria. Nunca haviam me chamado para sair antes. Bem, eu já saí algumas vezes com a minha amiga em São Francisco. Tá, talvez umas três vezes... A verdade é que nenhuma de nós era muito de sair.

Mordi o lábio inferior e resolvi responder.

" Claro. Pra onde ?"

" Eu estava pensando em irmos ao shopping."

" Então vamos! "

" Ok gata! Nos vemos as 19h no Jersey Garden. Aqui o endereço: 651 Kapkowski Road, Elizabeth, NJ 07201"

Sorri e terminei minha lição rapidamente. Me deitei novamente e senti meus olhos pesarem, até que cai no sono.

Abri os meus olhos lentamente e olhei para a janela, notando que o céu estava escuro. Me assustei e corri para o chuveiro. Tomei um banho quente e coloquei uma calça jeans, uma regata branca e um all star preto. Penteei meu longo e castanho cabelo , por fim passando apenas um simples batom. E também passei meu perfume com cheiro de rosas preferido.

Desci as enormes escadas e vi meu pai junto com Susana e Carmem na mesa de jantar.

_ Já íamos te chamar... - meu pai parou de falar olhando pra mim um pouco surpreso - Onde vai ?

_ Ah... Estou indo sair com uma amiga minha.

_ Amiga ? - meu pai disse surpreso de novo - Bem... Isso é... é ótimo querida.

_ É... - eu disse sem graça - Então, eu já vou. Tchau.

Abri a porta e entrei dentro do meu carro. Liguei o rádio em uma música lenta e melancólica que estava tocando, porém eu estava gostando. Dirigi até o shopping que a Magá havia falado o nome e era enorme e bonito. Bem diferente dos de São Francisco, mas ainda sim havia me impressionado.

Entrei dentro do shopping reparando em todos os detalhes lá dentro e avistei a Magali com mais duas pessoas. Me senti tímida de repente, pois não estava preparada para fazer amizade. Até hoje minha cota de amigos não havia passado de 1.

_ Oi. - eu disse timidamente para todos -

_ Oi amiga! - Magali disse me abraçando - Ah, esses são: Katherine e Do Contra. Os dois são irmãos.

Katherine e Do Contra se pareciam. Porém Katherine tinha os cabelos castanhos cacheados, pele um pouco morena e olhos esverdeados. Já DC tinha os cabelos negros um pouco arrepiados, pele rosada e olhos pretos. Ambos tinham um corpo de dar inveja. Não posso negar, Do Contra era bem bonito.

_ Prefiro DC. - ele disse com um sorriso perfeitamente estruturado no rosto-

_ Me chamo Mônica. - eu disse ainda timidamente -

DC sorriu e Magali me lançou um olhar como se soubesse de algo que eu não sabia. Tentei ser a mais amigável possível e ficamos caminhando pelo shopping enquanto tomávamos milk shakes de chocolate.

_ E então Mônica... Por que veio para Nova Jersey ? - DC me perguntou -

_ Bem, meus pais são separados e meu pai conheceu a mãe da Carmem, então viemos pra cá para começarmos uma " vida nova ".

_ Sério ? Isso deve estar sendo difícil pra você. - Katherine disse em um tom preocupado, o que me fez simpatizar com ela -

_ É...

DC sorriu novamente e eu resolvi sorrir de volta. Ele me trazia conforto com aquele sorriso e isso me fazia sentir bem. Só que o que mais estranhei foi a sua vontade de saber tudo sobre a minha vida.

_ Toca algum instrumento ? - ele me perguntou -

_ Na verdade, eu canto. Mas sei tocar violão e piano.

_ Nossa, que legal! - ele disse animado - A gente tem uma banda, não quer entrar ?

_ Uma banda ? Nossa... Não sei... Posso pensar ?

_ Claro.

Nós dois rimos e continuamos a conversar. Nunca havia me sentido tão bem em toda a minha vida. Eu pressenti que estava, pela primeira vez, fazendo amigos de verdade.

_ Gente, preciso ir ao banheiro. Onde fica ? - perguntei -

_ Ali, virando a direita. - Magali respondeu -

_ Obrigada. Já volto.

Fui até o banheiro e fiz minhas necessidades. Me olhei no espelho e percebi que eu parecia feliz. Tinha algo de diferente na minha expressão.

Quando estava saindo, abri a porta e esbarrei em um muro. Pelo menos foi isso que pareceu. Olhei para cima e vi dois pares de olhos mel me encarando com curiosidade e espanto.

_ H-hã... - eu disse envergonhada - Acho que é sua vez de pedir desculpas.

Cebola ficou me encarando como se eu estivesse brincando, mas eu nunca falei tão sério. Cruzei os braços e devolvi sua expressão.

_ Des... - ele começou alto e terminou baixo -

_ Oh, espera, eu não ouvi direito. Pode repetir ? - eu disse fazendo uma cara de desentendida -

_ Desculpa.

Cebola cruzou os braços como uma criança que estava sendo forçada pelos pais a fazer algo.

_ Ótimo! - eu disse com um sorriso falso - Tchau!

_ Espera!

Cebola pegou no meu braço e me fez esbarrar contra o seu corpo. Me afastei envergonhada e olhei em seus olhos mel que analisavam os meus. Ele era muito bonito. Merda.

_ Você... Está bem ?

Não pude disfarçar, com certeza, a minha surpresa. Por que diabos Cebola Menezes queria saber se eu estava bem ?!

_ Como assim ?

_ Hoje mais cedo. Você pareceu...

_ Olha, sem ofensas, mas não devo satisfações para os peguetes da Carmem.

Tentei ir embora, porém ele me puxou mais uma vez.

_ Tem razão. Não sei porque perguntei. Gente como eu não deveria estar preocupado com gente como você.

Um sentimento de raiva e indignação me bateu no peito. Eu não conseguia acreditar que ele estava mesmo falando aquilo.

_ Você tem razão. Nossos mundos não devem se misturar. - disse irônica -

Me afastei dele andando em passos largos e logo me deparei com a Magali, o DC e a Katherine. Como ele podia ter sido tão grosso ?! Em um segundo ele estava preocupado comigo sem motivo nenhum, no outro ele admite que não devíamos nos misturar. Como alguém pode ser tão bonito e irritante ao mesmo tempo ?! Tudo o que eu sabia era que Cebola Menezes estava mexendo com a garota errada.

_ Vamos embora. Meu pai vai surtar se eu não chegar em casa. - eu disse tentando esquecer o ocorrido -

Me despedi de todos e entrei dentro do meu carro indo embora com um último pensamento infeliz na minha mente: Cebola Menezes.


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Notas finais do capítulo

Gostaaaaaaaram ?? Eu ainda espero melhor a fanfic, mas já tenho várias ideias! MANDEM REVIEWS!!!!
Beijooooooos!!