Love Me Like You Do escrita por Apimentada


Capítulo 19
Quebrar As Regras Tem Consequências


Notas iniciais do capítulo

Oiii gente!!! Queria agradecer a recomendação da Yooluck!! Muito obrigada por refazê-la!
GENTE RECOMENDO QUE PEGUEM UMA PIPOCA, FAÇAM UM BRIGADEIRO, OU SEI LÁ O QUE VOCÊS GOSTAM DE COMER, PARA LER ESSE CAPÍTULO! DEPOIS NÃO DIGAM QUE EU NÃO AVISEI!
Fiz um cap cheio de emoções e espero que gostem! Boa leitura!



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_ Obrigado por essa noite. - ele sussurra -
Eu não digo nada, apenas continuo o olhando e observando ele cair no sono. Eu olho para a janela onde a Lua ainda paira sobre nós. Ainda não dá para entender o que eu fiz. De onde saiu toda essa coragem ?
Ouço Cebola resmungar alguma coisa e seguro um riso. Continuo o observando curiosa, até que ele começa a falar.
_ Por favor Mônica, não me deixe...
Eu fico séria e um sentimento horrível toma conta de mim. Eu quero dizer que não vou deixá-lo. Espero para ver se ele vai falar mais alguma coisa, porém parece que é apenas isso. Suspiro e o abraço mais forte.
_ Nunca vou te deixar.
************************************************
Abro meus olhos e dou de cara com uma escrivaninha que eu tenho certeza que não é minha. Meu coração acelera por um segundo e só quando me sento me lembro da noite passada. Cebola está deitado ao meu lado parecendo uma criança indefesa. Um sentimento forte me invade, que chego a sentir o arrepio percorrer pela minha coluna. As cenas da noite passada invadem minha mente e eu balanço a cabeça para afastá-las. Isso é loucura, não posso ficar pensando muito nisso.
Me levanto lentamente da cama com cuidado para não acordar Cebola e caminho até onde minhas roupas estão. As visto e escovo os dentes. Meu reflexo no espelho me diz que não sou a mesma de três meses atrás ou de ontem. Eu mudei. Não me sinto mais na pele daquela garota insegura e tímida. Estou mais decidida e mais forte.
Dou uma última olhada para Cebola e sorrio indo em direção à porta.
_ Já vai ? - Ouço ele murmurar -
Me viro e sorrio timidamente. Vou em sua direção e deito na cama ao seu lado. Ele beija meus lábios delicadamente e seus olhos mel estão me observando. Cebola sorri e eu retribuo o ato.
_ Achei que iríamos juntos para a escola hoje...
Cebola entrelaça sua mão na minha e eu me sinto culpada por ter tentado ir embora antes.
_ Eu não queria que as pessoas nos vissem chegando juntos depois de ontem. - eu sussurro -
Sua expressão é séria e eu fico com um pouco de frio na barriga. Eu não devia ter dito isso.
_ Tenta não ligar para o que as pessoas dizem. Elas não fazem quem nós somos.
Eu fico surpresa com suas palavras.
_ Então quer dizer que não liga mais para reputação ? - pergunto -
Ele me olha de uma forma insegura e ao mesmo tempo pensante. Eu queria que ele fosse fácil de decifrar, mas nem agora que está vulnerável é possível.
_ Não quando estou com você.
Eu dou um sorriso involuntário e o beijo.
_ Que tal irmos para a escola antes que cheguemos atrasados ?
_ Tudo bem... - Cebola diz gemendo -
Depois de eu esperar ele se arrumar, o que foi bem rápido para minha surpresa, ele me obrigou a comer alguma coisa.
_ Você vai comer alguma coisa. - ele diz de uma forma doce -
_ Eu não to com fome. - eu digo sinceramente - Mas não quer dizer que eu não vá comer mais tarde.
Cebola vai para a cozinha e logo volta com uma maçã na mão. Eu a pego e a mordo. Ele sorri e me beija. Vamos dirigindo o carro e falando sobre como a prova de física deve estar difícil. Eu não sei se posso descrever como estou feliz. Parece que mesmo depois de tudo que aconteceu ontem, estou mais feliz que nunca. Não tenho a sensação que isso tudo é real. Será que é tão difícil acreditar que podemos ficar assim ?
Assim que chegamos na escola, Cebola segura minha mão e me encara com seus olhos mel.
_ Pronta ?
Dou um longo suspiro e aperto sua mão nervosamente.
_ Sim.
Descemos do carro e todos os olhares caem sobre nós como eu esperava. Alguns estão apenas olhando pela fofoca e outros por reprovação. Carmem não está por perto e eu fico melhor por isso. Observo em volta e vejo a Magali. Ela sorri para mim e vem em minha direção.
_ Oi pra vocês. - ela diz de uma forma animada -
Ela olha para nossas mãos juntas e eu posso ver que alguma ideia passa em sua mente. Eu a mando um olhar de aviso para ela não dar nenhuma pista do que ela está pensando e logo, ela entende.
_ Tudo bem. Vamos pra aula ?
Nós três fomos para a sala e eu tentei ao máximo ignorar a todos que estavam nos reprovando. É, talvez não vá ser tão ruim.
Depois de algumas aulas, fomos para o refeitório. Infelizmente, DC ainda estava me ignorando e Katherine estava apenas sendo fiel à ele e não indo falar comigo quando ele estava perto. Carmem apareceu no refeitório e apenas me olhou como se eu fosse um nada. Além de que parecia que estava planejando algo maligno, mas deve ser apenas paranóia.
Depois de termos almoçado, assistimos apenas mais duas horas, já que Cebola quis me levar para algum lugar.
_ O que você tá fazendo ? - eu pergunto um pouco apavorada e animada ao mesmo tempo -
_ Podemos quebrar as regras uma vez na vida.
Cebola acelera o carro e eu começo a rir. Ele abre as janelas do carro e o vento começa a se debater nos meus cabelos e em meu rosto. Eu não consigo parar de rir e Cebola começa a gritar. Acho que nunca vou conseguir me sentir assim com mais ninguém. Eu não quero.
Paramos de frente para o parque onde ele me levou na noite depois do jantar. Eu observo o lugar que é ainda mais bonito de dia, com a água do lago sendo iluminada pelo sol e o verde bem destacado do lugar. Descemos do carro e vamos para exatamente onde estávamos quando nos sentamos aqui pela primeira vez. É realmente lindo aqui.
_ O que viemos fazer aqui ? - pergunto para Cebola -
_ Nos divertir.
Cebola me pega no colo e corre comigo até o lago. Eu grito e esperneio, mas nada adianta. Pulamos de uma vez na água fria e limpa.
_ Cebola! - eu digo o empurrando -
_ Quê ? - ele pergunta rindo -
_ Que ideia é essa ?! - pergunto irritada -
Ele me segura pela cintura me aproximando dele e logo passa os braços pelo meu tronco me levantando um pouco. Fico da sua altura pela primeira vez e já não estou mais brava.
_ Eu sei que não tá brava.
_ Ah é ? Como sabe ? - pergunto tentando capturar a raiva em mim -
_ Você sempre cruza os braços.
Merda, ele me conhece.
_ É porque estou presa agora. - dou a desculpa -
Cebola me beija de uma forma intensa e eu retribuo.
_ E agora ? - ele pergunta com a respiração entrecortada -
_ Nem tanto. - digo sem fôlego -
Cebola sorri e eu faço o mesmo. Seu rosto está molhado junto com o seu cabelo rebelde que está deixando gotas percorrerem seus olhos mel que me analisam. Um dia vou descobrir o que querem de mim.
_ Eu te amo. - ele sussurra -
Suas palavras batem nos meus ouvidos como uma pedra. Me sinto tonta de repente e tento encontrar algum equilíbrio. Como se fala mesmo ?
_ Eu...
Começo a falar, porém o toque do meu celular me chama a atenção. Corro para fora da água e vejo o identificador " Pai " ligando. Um desespero me bate e logo atendo o telefone.
_ Oi. - digo timidamente -
_ Venha para casa agora. Temos que conversar. Não demore.
O silêncio na linha me ensurdece por um tempo. O que será que aconteceu ? Um nó no meu estômago se forma e eu vejo o Cê vindo em minha direção.
_ Algum problema ?
_ Não sei. Tenho que ir.
Cebola segura a respiração por um tempo e a solta de forma prolongada.
_ Tudo bem.
Vamos dirigindo o mais rápido possível até minha casa e faço de tudo para parecer seca. Que desculpa usar agora ? Vou tentar pensar em alguma coisa.
_ Obrigada por hoje. Eu adorei. - eu digo lhe dando um selinho -
_ Eu também. Tchau.
_ Tchau.
Saio do carro e caminho até a porta da entrada apreensiva. Abro a porta e estão todos da casa sentados no sofá da sala. Paraliso por um segundo na entrada e vou até eles sentindo minhas pernas bambas.
_ Por que está molhada ? - meu pai pergunta um pouco irritado -
_ Um carro passou perto de uma poça e derrubou a água em mim. - digo rapidamente para parecer verdade - O que está acontecendo ?
_ Sente- se. - meu pai diz autoritário -
Meu pai nunca falou assim comigo. Me sento no sofá e já parece que tudo está girando. Cruzo as pernas e junto minhas mãos na esperança de parecer mais confiante. Me recuso a olhar para dois pares de olhos azuis frios.
_ Bem, nós todos conversamos por um bom tempo enquanto você não chegava e... - ele faz uma breve pausa - Concordamos que é melhor você voltar a morar com a sua mãe.
Eu congelo e não consigo demonstrar mais nenhuma reação. O que ele quer dizer com isso ?
_ Isso é sério ? - eu digo soltando um riso falso - Você vai ouvir as duas e não vai ficar do meu lado ?!
As lágrimas cutucam meus olhos, porém me mantenho forte e confiante até o fim.
_ Não são só elas Mônica, eu também acho que pode ser melhor. - meu pai diz irritado - Sem discussões. Já arrumei seu vôo e você parte depois de amanhã.
Agora parece que levei um tiro. Me levanto do sofá e não digo mais nada. Sinceramente, não vale a pena conversar com ninguém que está ali. Posso ver a pequena animação escondida de Susana e o pequeno sorriso de Carmem. Elas sabem o jogo que estão fazendo. E pelo visto conseguiram o cheque mate.
Subo para o meu quarto e tranco a porta. Começo a chorar descontroladamente. Deslizo pela porta até o chão e apoio minha cabeça nas minhas mãos e joelhos. Isso não pode estar acontecendo. Não é verdade.
Subo o olhar e vejo um papel amassado e embolado dentro da lixeira. Ele é familiar, por isso vou até ele. Abro o papel e leio: " Sabia que iria esquecer. Bom encontro. " Rio sem humor ao lembrar que isso foi no dia em que eu ia encontrar com o DC e esqueci a chave do carro e que, contudo, tudo foi diferente do planejado naquele dia. O que eu faria agora que estaria voltando para casa ? Meus amigos estão aqui e a pessoa que eu mais gostei na minha vida também. Parece que todo o peso que havia saído de cima de mim, tinha voltado. O vazio estava ali de novo.

Pego meu celular e meu fone de ouvido e começo a ouvir a música Incomplete do Backstreet boys, que diz tudo o que estou sentindo agora. As vezes é melhor ouvir os sentimentos do que realmente sentí-los. Dói menos.

As lágrimas não param de descer e eu quero ficar forte, apesar de não conseguir. Deito na minha cama segurando o papel e adormeço em meio às lágrimas.

Eu ainda teria mais um dia com ele.


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Notas finais do capítulo

Gostaaaaaaaaaaaram ??? Espero que sim né... Fizeram o que eu recomendei ??!! Kkkkkkkkkkk!! GENTE EU QUERIA AGRADECER TANTO AS REVIEWS PASSADAS FORAM TÃO LINDAS!!! EU TO APAIXONADA POR VOCÊS!!
Alguém pode por favor me dizer se gostou da minha foto de perfil ??!!!

MANDEM REVIEWS, FAVORITEM E RECOMENDEM PORQUE A FIC ESTÁ NA SUA RETA FINAL!! Beijooooooos!! ;)