Love Me Like You Do escrita por Apimentada


Capítulo 12
Sentimentos ?


Notas iniciais do capítulo

Gente, demorei, mas estou de volta!! Não sei se o cap ficou bom, porém está cheio de surpresas... LEIAM!!
Novamente, queria agradecer aos comentários maravilhosos!! Amo vocês de mais!!! LEIAM AS NOTAS FINAIS POR FAVOR!!!
Boa leitura!



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A aula mal começou e eu não consigo prestar atenção em nada que o professor fala. O que está acontecendo comigo ?! Eu nunca deixei de prestar atenção em nenhuma aula. Tudo bem, não posso ficar me deixando levar com tudo que aconteceu ontem. Foi apenas um dia que não vai se repetir mais. Acabou. É isso.
Dou uma espiada para o lado e Cebola está olhando distraidamente para seu caderno. Por um segundo, desejo ler mentes. Se bem que é bem capaz de não estar pensando nada...
Começo a reparar em seu perfil. Nariz reto, lábios bem desenhados, pele perfeita, corpo bem definido, olhos mel e cabelos castanhos bagunçados. Me lembro de como os toquei ontem e de como eram macios. Seus olhos que me olhavam com intensidade e sua boca...
Pare Mônica! Do que você está falando ? Cebola Menezes é território inimigo. E pronto.
A pequena afeição que criei por ele se debate dentro de mim, me fazendo sentir incomodada. Isso tem que acabar. Hoje vamos fazer a última parte do trabalho e acabar com tudo. É isso. Hoje tudo acaba.
O sinal toca avisando que é hora do almoço e todos saem desesperados. Sento na mesa com a Magá, Do Contra e Katherine. Com certeza os melhores amigos que qualquer um poderia pedir.
_ Amanhã tem ensaio da banda. - Katherine diz animada -
_ Mal posso esperar! - Magá a imita -
_ Isso porque nunca ouviram a voz da Mônica. - DC diz sorrindo -
Minhas bochechas ficam vermelhas e me sinto tímida de repente. Não sei como reagir quando me elogiam.
_ Não é nada de mais. - murmuro -
_ Tá brincando ? - ele faz uma cara surpresa - Sua voz é incrível!
Minhas bochechas ficam mais vermelhas e quando vou falar algo sinto um perfume familiar. Olho pra trás e Cebola está atrás de mim me encarando. Todos do refeitório voltam sua atenção para mim e eu não posso evitar de me sentir desconfortável e envergonhada.
_ Oi... - digo surpresa -
_ Oi. - ele diz com um meio sorriso -
Do Contra encara Cebola e Cebola encara Do Contra. Que merda tá acontecendo aqui ? Por que eles se odeiam ? Acho que nunca vou entender.
_ E então... - eu digo tentando quebrar o clima - O que você tá fazendo aqui ?
Cebola volta sua atenção para mim e seu olhar se suaviza.
_ Você não disse que amigos não têm vergonha um do outro ?
Suas palavras me fazem sentir um pouco feliz, mas tento não demonstrar. Tenho que me afastar dele. Isso tudo é demais pra mim.
_ Pois é. Eu disse. Mas acho que não somos amigos. Somos parceiros de trabalho. Só.
Todos olham para Cebola enquanto alguns cochicham e outros riem. Seu sorriso desaparece e eu me sinto culpada.
_ Então até mais tarde. - ele diz com a voz fria -
Sou um ser humano horrível. Depois de ontem falar tudo isso para ele é ridículo. Porém preciso colocar minha cabeça no lugar, afinal, como ele costumava dizer, somos de mundos diferentes. Nossa amizade não daria certo.
_ Ainda bem que você foi grossa com ele. Ele não é boa companhia Mônica. - Do Contra diz sério -
Me sinto irritada pelo comentário do DC, porém não digo nada, apenas ignoro. Continuo olhando para minha salada, mas logo a fome passa. Volto para a aula tentando novamente prestar atenção em alguma coisa, apesar de estar anotando tudo automaticamente. Não consigo tirar da cabeça o olhar que Cebola me deu. Ele estava decepcionado e eu não acredito que fiz isso. Ontem ele me contou suas coisas mais sombrias e me revelou seu lado que ninguém conhece. Cebola Menezes, o popular da escola é apenas uma faixada. E eu o decepcionei depois de tudo.
O sinal toca fazendo um frio na barriga me atingir forte. O que eu vou fazer agora que fui grossa com Cebola ? Vamos passar as próximas horas terminando o trabalho... Como ?
Pego minha mochila e a jogo no meu ombro direito. Vamos enfrentar isso.
Cebola está parado no corredor me encarando com o Sol da tarde refletindo seus olhos mel. Por um segundo, mesmo que eu odeie admitir, fiquei sem fôlego.
_ Vamos acabar logo com isso. - ele diz friamente -
Parece que alguém me deu um soco. Fico paralisada alguns segundos e pisco para ele. Parece que Cebola está tão chateado comigo que não consigo descrever. Caminhamos até o meu carro e ele entra calado. Sou uma idiota.
Dirijo até minha casa e quando entramos Carmem se joga nos braços de Cebola. Fico parada olhando sem reação e quando ela o beija uma pontada no meu estômago afiada me penetra. Ele sorri para ela e ela faz o mesmo. Caminho até a cozinha e pego um copo de água. De repente parece que vou vomitar. Será que estou ficando doente ?
Volto para sala e reviro os olhos para Cebola. Subimos as escadas em silêncio e fecho a porta do meu quarto.
_ Vamos começar então ? - eu digo com a voz cortante -
_ Claro. - ele diz um pouco confuso -
Por que ele está confuso ? Ele estava sendo grosso comigo agora a mesmo! Arg! Não sei de quem sinto mais raiva! De mim ou dele!
Sento na minha cama cruzando as pernas enquanto Cebola senta na cadeira à minha frente. Ficamos nos encarando por alguns segundos e eu não suporto a culpa se estendendo dentro de mim.
_ Desculpa. - eu digo soltando um grande suspiro - Eu fui uma idiota hoje com você. É só que... Não sei. Me desculpe.
Ele me olha com um olhar sincero, porém como de quem não quer nada. Uma aflição começa a crescer dentro me mim e me arrependo profundamente de minhas palavras de hoje mais cedo.
_ Tá tudo bem. Não tem porque se desculpar.
Encaro meu livro de química com algumas lágrimas querendo pular dos meus olhos. Sou uma pessoa horrível. Ficamos uma hora fazendo o trabalho em silêncio e quando acabamos parece que um vazio me invade. Cebola me encara e, posso estar ficando louca, mas parece que sente o mesmo.
_ Acabamos. - sussurro -
_ Parece que sim. - ele suspira -
Olho para as minhas mãos que estão em meu colo e uma voizinha dentro de mim grita para não deixar ele ir embora. O que está acontecendo comigo ?
_ Acho melhor eu ir. - Cebola diz se levantando -
O observo pegar suas coisas e o vazio vai aumentando. Por que eu tinha que ser tão grossa com ele ? Ele se despede e vai embora. Sinto meus olhos ficando úmidos e subo correndo para meu quarto. Tranco a porta do quarto e vou para o meu banheiro. Ligo o chuveiro com a água quente caindo sobre o meu corpo. Parece que cada gota que cai é um peso em cima de mim. Pego o shampoo e esfrego meu cabelo lentamente vendo a sensação de arrepio tomar conta de mim. Pego meu sabonete e o passo por todo meu corpo. Por que me sinto tão mal ? Quero chorar.
Não demora muito para algumas lágrimas saltarem dos meus olhos e demoro mais no banho. Enrolo a toalha no meu corpo e em meu cabelo e vou para de frente ao espelho embaçado observar minha imagem mal refletida. Passo a mão por cima e aos poucos a imagem melhora. Estou pálida, com os olhos vermelhos e magra. Preciso comer mais e parar de chorar. Seco os meus cabelos que caem de forma lisa nas minhas costas e escovo meus dentes. Coloco meu pijama branco de bolinhas pretas, que o short é muito curto e a blusa é colada e de alça. Apago as luzes do quarto e me deito na cama sabendo que sou incapaz de dormir. Ouço um barulho vindo da janela e olho na direção. Vejo uma pedra marrom bater contra o vidro e franzo a testa. Ando lentamente até a janela com medo de ser algum assassino e a abro. Avisto dois pares de olhos mel e um cabelo bagunçado.
_ Que susto Cebola! Pensei que fosse um assassino! - digo irritada -
_ Claro, se eu fosse um assassino a primeira coisa que faria seria jogar pedras na sua janela. - ele diz com a voz irônica -
Cruzo os braços e então percebo que ele está realmente aqui. Uma pontada de felicidade e confusão misturadas me invadem.
_ O que você tá fazendo aqui ? - pergunto -
Ele fica um tempo em silêncio e me olhando como se quisesse falar algo, mas não pudesse.
_ Me deixa subir. - ele pede -
_ Ah, claro, só um minuto que eu vou jogar minhas tranças. - eu faço minha melhor voz irônica -
Ele passa a mão pelos cabelos irritado e eu confesso, estou me divertindo.
_ Pega a cortina, sei lá. - ele diz -
Olho em volta do meu quarto e penso em amarrar meus lençóis. Os jogo para Cebola e vejo que alcançou. Amarro um no pé da minha cama e fico perto dela pro caso de começar a arrastar.
_ Pode subir! - eu falo tentando não gritar muito -
Cebola começa a subir e depois de alguns minutos ele chega. Ele fica em pé na minha frente sem jeito e eu estou envergonhada. Pego o lençol e o coloco para dentro. Cebola se aproxima de mim e eu sinto um calor percorrer pelo meu corpo. Acho que estou definitivamente doente.
_ Não estava conseguindo pensar em nada depois que fui embora. - ele sussurra -
_ Nem eu. - sussurro de volta -
Cebola se senta na minha cama e eu sento ao seu lado. Ficamos em silêncio por algum tempo e eu coloco minha cabeça no seu ombro direito por instinto. Continuamos em silêncio e eu desejo que o tempo pare para sempre. Poderia ficar assim para sempre.
_ Desculpa de verdade. - eu sussurro -
_ Desculpa também. - ele sussurra também -
_ Por que estamos sussurrando ? - pergunto -
Levanto minha cabeça para olhar em seus olhos. Metade de sua cara está iluminada pela Lua e a outra não.
_ Não sei.
Começamos a rir feito crianças e um vento frio invade o quarto. Mas por máximo que esteja frio, começo a sentir calor, então me levanto em direção às minhas gavetas, pego uma liguinha e amarro meu cabelo em um rabo de cavalo. Quando me viro, Cebola está atrás de mim e levo um pequeno susto. Ele sorri e eu solto uma risada. Ele passa sua mão esquerda em minha bochecha direita e eu sinto arrepios percorrerem por todo meu corpo. Cebola continua me olhando com seus olhos intensos e eu não consigo desviar dos seus. Ele pega na liguinha que segura meu cabelo e a desliza lentamente. Fecho os olhos com a sensação que isso me causa, parecendo que ele toca todos os meus fios que lentamente vão sendo acariciados em seus dedos. Ele não tira seus olhos de mim. Sinto meu cabelo caindo nas minhas costas e abro os olhos. Não consigo pensar em mais nada. Parece que nada importa agora. Cebola se aproxima de mim, colocando sua mão direita em minha cintura e a outra segurando minha cabeça. Coloco minhas mãos em volta dos seus braços e quando estamos bem próximos, a pequena sanidade mental que existe em mim resolve falar.
_ O que estamos fazendo ? - pergunto ainda sussurrando -
_ Não sei. - ele sussurra de volta -
Sinto seus lábios colarem lentamente com os meus. O beijo é calmo e faz eu ter vários arrepios junto com o meu velho frio na barriga. O beijo acelera e eu sinto meu corpo receber o seu. Sua língua explora minha boca e eu faço o mesmo. Nunca tinha me sentido desse jeito antes. Nos separamos e tomamos um pouco de fôlego. Nossas respirações estão aceleradas e eu seguro seu cabelo rebelde olhando em seus olhos mel. A lembrança da pizzaria vem na minha mente e me faz sorrir feito uma boba. Ele faz o mesmo em seguida.
_ Eu te vejo amanhã.
Cebola me beija mais uma vez e eu sorrio. Ele pega o lençol e desce. O vejo indo embora sorrindo bobamente e pego o lençol o desamarrando da cama. Fecho a janela e as cortinas. Vou para o espelho e passo uma água no rosto. Olho o meu reflexo e mal posso acreditar. Meus olhos estão brilhantes, minhas bochechas coradas e meus cabelos bagunçados. Balanço a cabeça e me deito na minha cama. Paro de sorrir é um pouco de desespero e surpresa cresce. O que acabou de acontecer ?!


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Notas finais do capítulo

Gostaaaaaaram ?? O proximo cap é narrado pelo Cebola, já que tantas pessoas estão pedindo... Vou responder as reviews o mais rápido possível!

AJUDA POR FAVOR: Gente, estou pensando, apenas pensando, em publicar um livro e se for fazer isso, terei que mudar o nome dos personagens e vou escolher uma fanfic. Então queria saber qual fanfic gostam mais. POR FAVOR ME AJUDEM!! É muito importante pra mim. Obrigada.

MANDEM REVIEWS!!!