Shades Of Blue escrita por Lana


Capítulo 2
Capítulo I - "Long Gone"


Notas iniciais do capítulo

Olá leitores, estou ansiosíssima para postar o "Primeiro" capítulo da minha mais nova história. Bem, espero de gostem! Boa leitura!



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Eu havia acabado de bebericar meu Whisky, minha cabeça girava levemente em consequência do álcool. Não fazia nem meia hora que Stefan havia colocado minha musica favorita e me puxou para dançar. Ele costumava fazer isso nos dias que não saía. Eu não reclamava, alias eu o amava demais para discutir, mil coisas já haviam passado por minha cabeça mas eu não procurava ir atrás de minhas desconfianças. Talvez ele me traísse, eu não ligo, ou então, como ele diz, saía para fazer dinheiro. - Dinheiro é a razão de existimos, todo mundo sabe. - Ele dizia. E então eu sempre sussurrava - Não importa o que faça, sempre estarei ao seu lado. - Inúmeras vezes.

A vida em Califórnia não era tão movimentada como em Nova Iorque, porém Stefan sabia fazer o seu negócio e eu vou ser eternamente agradecida a este homem que me tirou das ruas e me fez a sua mulher. Ele havia me achado há um ano atrás nas ruas de San Diego totalmente abandonada, algo que quero afastar de minha vida. Digamos que desde que Stefan apareceu em minha vida tudo ficou melhor e mesmo que as vezes ele não faça o correto, eu não consigo viver sem ele.

“Vem, essa é a melhor música” Stefan estica os braços fazendo um movimento preguiçoso, eu sorrio levemente. Ele é o meu homem. Então com a ajuda de seus braços eu levanto e me uno ao seu corpo, sentindo o calor de sua pele através do seu peitoral exposto. Ele me acaricia com os dedos em meu cabelo. Fecho os olhos por um momento e sinto o álcool fazer o efeito junto a elas. Aquele momento era tão raro, eu deveria aproveita-lo ao máximo.

E assim ficamos até amanhecer dançando e dançando até minhas pernas perderem força. Stefan logo se deitou ao meu lado e acariciou de leve meu rosto. Eu gostava daquela sensação, e já sentia falta de estar em seus braços fortes, me apertando e fazendo-me feliz.

“Tenho que sair.” Stefan sussura em uma voz rouca. Penso se devo pergunta-lo aonde ele iria, porém penso que ele responderia a mesma coisa de sempre - Buscar dinheiro - Era claro que o modo como ele buscava dinheiro era algo errado, todos ali no bairro sentiam medo do meu homem. Não me importa mais aonde ele vai, apenas que volte para eu o sentir. “Provavelmente daqui a algumas horas” Ele se vira dando costas a mim. Viro-me para o outro lado também.

E então elas fazem efeito novamente e meus batimentos ficam acelerados, meus olhos pesam tanto que talvez nem a minha vontade de estar com Stefan pôde me controlar.

“Vamos à praia.” Stefan sussurra, meus olhos alargam de susto. Terei que fazer minha contagem, penso. Stefan toma a minha mão e mesmo descalça eu tento rapidamente localizar meus sapatos antes de sair porém um forte puxão de Stefan me faz perder os sentidos relacionados a procurar e sapatos. Meu lábio é tomado pelo dele violentamente, sinto o meu ar faltar por alguns segundos até ser empurrada junto a ele para fora de casa sentindo o ar fresco de San Diego. “Adoro te pegar desprevenida” Stefan sorri em meus lábios e logo fecha a porta. Sorrio abertamente após o belo beijo que recebi. Estou alerta.

Naquele canto perto das pedras, o mar se aproximava e logo recuava. O céu estava parcialmente aberto com poucas nuvens. O sol estava indo embora devagar, e cada segundo eu contava sentada nos braços de Stefan em nosso cantinho. Observava as ondas pensando em algo sereno para decorar em minha cabeça e logo transformar em uma letra musical, tudo sem parar de contar.

A brisa fresca era levada por toda a praia, sentia o cheiro delas e automaticamente fechava os olhos se refrescando da sensação deliciosa. Meu pulmão foi tomado por elas, solto o ar rapidamente olhando para as ondas novamente.

“Quanto tempo?” Stefan pergunta com dificuldade com o cigarro em sua boca. Retirando-me do transe o olho, estava tão concentrada que não sentia as palavras saírem de minha boca.

Eu não quero acordar agora

Essa sensação me tras paz

Eu gosto delas e elas gostam de mim.

Enquanto gravava as palavras assim mencionadas em minha cabeça, sorrio. - Duzentos e sessenta e dois. -

“Não terminei ainda S” Era assim que o chamava, se caso pronunciasse o seu nome, um tapa ardente marcaria o meu rosto, porém, além disso, era assim que o aceitava, mesmo cheio de confusões e defeitos. Eu amava Stefan. Ele era o único de cuidava de mim, e demonstrava afeto, fora que eu não tenho o que reclamar já que ele oferece elas para aproveitar quando quiser.

“Já é tarde, devemos ir.” Stefan a alerta. Penso como tudo passou tão rapido. O ignoro, mas não por querer, minha musica estava quase pronta em minha cabeça e o sol não estava completamente inundado no mar. Em um meio de transe, penso como poderia a natureza ser tão linda, eu não me cansava de ir ali naquele mesmo cantinho todos os dias, cada dia seria uma nova surpresa. “Elena, vamos.” E quando ouço o meu nome minha atenção é guiada totalmente para ele, penso como era incrível o humor de Stefan mudar tão rápido. A partir do momento que ele mencionara o meu nome, tinha certeza que não devia brincar novamente com sua atenção.

“Desculpa-me” Abaixo o olhar. “Estava distraída”. Stefan por um momento me olha diferente, e eu sinto medo do que ele poderia fazer comigo ali.

“Não se distraia novamente” Stefan aponta o dedo em meu rosto, estremeço. “Tenho um caso para tratar.” Ele se levanta e logo me puxa pelos braços. “Venha.” Faço uma careta confusa.

Pela as areias da praia, aproveito os segundos perdidos para fazer minha recontagem, porém foi tarde demais o sol havia se inundado. Meus braços doíam por causa do aperto de Stefan.

Eu sabia que a partir do momento que Stefan saia com esse humor nas ruas, alguma confusão iria acontecer. Stefan não era facil, e provavelmente o problema que iria resolver não seria algo simples.

Assim que chegamos Stefan nos guiou até o quarto e me jogou na cama. Percebo que suas roupas são jogadas ao chão e então percebo que seus olhos estavam brilhantes. Stefan não é de chorar, penso. Ele se aproxima de mim, nu, juntos com seus olhos chorosos e se inclina me beijando avidamente. Este dia havia sido o melhor de todos possíveis, apesar do desprezo de Stefan, o que era comum. Ela havia passado toda a noite dançando comigo. E este foi o momento que percebi que ele poderia ser quem ele quisesse. Em qualquer hora.

Fizemos amor. E quando menos esperava ele havia me dado um beijo na testa e logo colocado sua calça.

“Volto segunda, não saia de casa.” Foi tudo o que ele disse antes virar as costas

“Aonde vai?” Atrevo-me a perguntar. Stefan gira os olhos diante a minha pergunta, e logo os fecham com força. Minha expectativa era receber um tapa por ser tão curiosa, porém quando percebi que ele vinha em minha direção tão sereno, um sorriso fraco estava estampado em seus lábios.

“Embora.” Stefan me acaricia de leve, mesmo achando aquilo tudo um grande engano eu poderia afirmar que ele não estava mentindo. Analiso sua fala novamente, não demorou nem dez segundos para ele me responder, foi algo rápido. Respiro fundo, aquilo não era real era o que eu tentava manter em minha cabeça, não era. Porém aquele leve coçar de orelha não deixava livre.

“Como assim embora, está brincando.” Dou de ombros, ignorando suas palavras anteriores. Rio sem humor. Analiso Stefan, ele não estava com boas caras. Paraliso por um momento, eu nunca havia visto Stefan daquele jeito, tão calado. Levo os meus olhos ao chão, eu não poderia o olhar a partir do que concluía. Ele não podia fazer isso, ele me tirou da rua certo? Ele me amava. Ele me ama. Ele não vai embora. Ele… Fecho os meus olhos pesados.

“Não irá voltar segunda, certo?” O pergunto, o medo dominava minhas veias, ele estava ao ponto de responder algo não satisfatório, eu poderia não aguentar.

“Não.” E aquelas palavras ditas pelo o meu homem me provocou a mesma sensação de me deixar ser levada ao abismo e logo cair, até não sentir mais minha mente funcionar. Seus olhos não estavam me fitando como todo o momento.

“S, por favor, eu te disse que não importava o que fizesse, eu estaria ao seu lado.” Desespero-me. Eu havia certeza que era algo envolvido a suas saídas diárias. “Se você fracassar ou vencer, bem, pelo menos você tentou.” Tenho medo, porém me aproximo de Stefan e o abraço forte. “Se sair desta porta, uma parte de mim morre.” Sussurro em seus ouvidos e então sinto ele retribuir meu abraço. Eu o amo. Amo.

“As coisas não funcionam deste jeito.” Stefan me aperta mais em seus braços. Ele iria me deixar, eu não posso permitir.

“Não era assim que planejamos, eu sinto falta de nós, quando dançávamos a noite inteira, talvez essa vez foi uma despedida, não foi?” O pergunto, ele permanece sem expressão.

“Tenho que ir.” Foram suas ultimas palavras. Enquanto Stefan seguia para a porta eu corro em sua direção e o agarro pelo braço, ele não me olha. Lagrimas desciam em minha face, eu sentia o gosto salgado em minha boca.

“Eu te amo Stefan, e te amarei até os fins dos tempos.” Stefan me olha assustado, provavelmente porque mencionei o seu nome. Meus olhos imploravam para ele ficar. “Por favor, prometa que não irá se esquecer de mim, prometa que não vai esquecer de nós, não vê que minha lágrimas imploram para ficar?” Aproximo-me dele novamente porém com mais cautela. Então em um piscar de olhos Stefan retira a minha mão do seu braço e sai pela porta. Ele estava me abandando, eu não podia acreditar. Eu sentia uma dor intensa em meu estomago.

“Eu te amo mais do que aquelas vadias de antes!” Grito e logo me apoio na bancada da varanda. Eu não posso o perder. Ele tem que voltar. Eu não posso o perder. Não, posso. Sinto elas me desacordarem.


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Notas finais do capítulo

Obrigada pela leitura! Que tal deixar um comentário? Gostaria de poder saber a opinião de vocês e cada vez mais me inspirar para escrever mais capítulos.



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