Meu fato Real escrita por Criminal


Capítulo 5
Natal




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Houve um Natal em que tínhamos acabado de voltar a nos falar escondidos, sempre sms quando podíamos ou até mesmo quando eu sabia que ele estava sozinho em frente de casa e eu também ficava, minha irmã na escola, minha mãe e meu irmão trabalhando me deixavam sozinha a tarde inteira dando-me oportunidade de falar com ele até mesmo pelo computador, é claro que agora eu sabia apagar os históricos.

Era noite do dia 24 e eu usava um vestido preto meio curto e salto alto, meus cabelos estavam soltos naquela noite e ele meu Deus como descrevê-lo? Estava de camisa social, calça jeans e sapatos sociais, o sorriso dele era encantador aquela noite, o modo como ele me olhava traiçoeiro me deixava cada vez mais instigada querendo-o ali mesmo, já havia se passado muito tempo desde que tínhamos ficado e nesse período eu estava ficando louca sem poder tocá-lo.

Marcamos então de nos encontrar na rua da linha do trem próximo à minha casa, eu iria visitar meu pai que morava duas ruas depois da minha mas antes iríamos nos encontrar. Minha perna tremia como todas as outras vezes, eu já não estava muito bem já pois adorava beber vinho e então foi quando eu o vi ao longe vir em minha direção, o cheiro dele era anestesiante eu o reconheceria em meio à milhões de pessoas, nossas bocas se tocaram logo quando ele se aproximou me colocando contra a árvore ali no canto mais escuro, suas mãos escorregaram para baixo do meu vestido e as minhas por dentro de sua calça, foram os minutos mais loucos e apaixonantes que eu tive nesse tempo de aventura que compartilhamos.

Naquela mesma noite depois de sair da casa do meu pai muito chapada marcamos de nos encontrar na grade do campo ali mesmo na rua debaixo a do meu pai, minha mãe no mínimo já estaria dormindo e meu irmão perdido pela rua, temendo ser pega fui rápida para encontrá-lo, vê-lo dobrando a esquina me deu uma sensação anestesiante de calor que podia sentir minhas mãos suando, eu apertava os dedões do meu pé de nervoso as borboletas pareciam lutar entre dentro de mim. Mais uma vez nos beijamos, as mãos dele no meu rosto pareciam me confortar, o coração disparado e com a respiração falhando eu o soltei e o deixei ir até perdê-lo de vista depois só um sorriso bobo no rosto.

Queridos leitores eu ainda posso sentir a boca dele na minha a mesma sensação de medo e de euforia dentro de mim como se eu quisesse gritar, até hoje meus Natais atuais peço à Deus que ele esteja bem e que tudo dê certo e olho pras estrelas desejando um "Feliz Natal" em silêncio imaginando que elas poderão levar até ele meu sincero voto de felicidade.

É difícil parar de sorrir quando o que você mais queria acabara de acontecer fui dormir como uma princesa naquela manhã quando já eram quase sete horas, eu havia amanhecido na rua tomando Champanhe olhando o Sol nascer aos poucos enquanto ele estaria dormindo no mínimo talvez não pensando em mim ou sim, fiquei muitas vezes me perguntando se essas "pequenas" coisas que tivemos teve tanto significado pra ele quanto teve pra mim.

No dia 25 lá estava ele novamente tão lindo eu no mínimo estava um bagaço de gente, saí lá fora para dar um abraço rápido e dar um Feliz Natal de verdade, foi engraçado e foi um dos melhores natais que já passei em toda minha vida.

Depois fui pra casa da minha prima numa cidade há uma hora de carro de onde vivo, passava sempre lá minhas férias escolares por um ou dois meses e dessa vez eu ficaria somente um mês, nós nos falávamos por internet 3g por sms, mas como eu estava longe e solteira eu decidi não ligar muito e ficar com outros caras, foi até legal conheci bastante gente mas eis um problema.

Uns dias antes do Natal ele me disse que falaria com a minha mãe pra que namorássemos e que ele não ligaria de andar de mãos dadas comigo pela rua, é claro que aquilo fez meu coração pulsar mais forte e minha esperança em nós havia crescido muito pois os ataques dele já não eram tão frequentes. Me lembro de ele me dizer "Ano novo, namorado novo." e meu peito enchia-se de vontade de vê-lo quando dizia isso só faltava pular de alegria a cada passo meu mas isso desmoronou em um dia.

Cheguei de carro com um amigo (no qual já havia dormido) tanto meu quanto amigo dele também, mas esse meu amigo só havia me dado carona e nada mais porém quando cheguei em casa de carro ele estava lá na frente lavando a varanda, quando me virei para cumprimentá-lo ele simplesmente me olhou e me ignorou entrando pra dentro sem se quer olhar para trás, de raiva fui falar com outro vizinho meu (que já conhecia) para lhe dar um feliz ano novo pois eu não estaria lá no dia 31 e nem no dia primeiro. Nesse meio período de tempo que fiquei entre o Ano novo e a casa da minha prima em Janeiro não nos falamos, eu não corri atrás e nem ele até que um dia abri a mensagem do facebook e lá estava ele me mandando " Não quero ser corno. Bjs "

Eu pensei : OOO QUE? e imediatamente liguei pra ele quando era quase onze horas da noite na casa da minha prima perguntando se ele estava ficando louco, ele me disse que não queria mesmo ser corno e eu até mandei a senha do meu antigo facebook pra ele entrar e ver que não tinha nada a ver eu com nosso amigo, mas ele não quis saber simplesmente não falou mais comigo por um tempo.

Quando voltei pra casa começamos novamente a nos falar e me lembro de estar sentada na calçada chorando muito porque nada estava como antes, eu havia me declarado dizendo que eu o amava e que eu queria saber o que ele sentia por mim foi quando eu perguntei "O que você sente por mim" e ele respondeu "Mais que paixão, menos que amor, uma vontade de cuidar de você.." isso quebrou com as minhas pernas totalmente como se eu não tivesse mais chão, chorava a beça em frente de casa como uma condenada quando ele saiu lá fora pra comprar churros e me viu lá depois meu celular apitou, "Não chora" disse ele.

Sabe o mais engraçado? Fazemos aniversário no mesmo dia! Coincidência?


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