My little and Sweet Trouble escrita por Lucy Stoessel Swan Salvatore


Capítulo 18
Just a Dream-3/3


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoal!
Este capitulo é dedicado a lovemangas, Hanakoo e Elenbroch!
Valeu fofas!
Aqui vai um capitulo fresquinho!
Espero que gostem!
Beijos e boa leitura! :)



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Por: Narradora

O doce aroma e temperatura que aquele corpo exalava deixavam-o nervoso, as orbes vermelhas desviavam do livro aberto em seu colo para a garota ao seu lado que fitava-o intensamente, os lábios rosados, curvados num sorriso meigo e tímido, os ombros encolhidos e a respiração pesada.

O palpitar acelerado de seu coração denunciava seu nervosismo, a garota mexeu no cabelo e fingiu desviar sua atenção para um quadro pendurado na parede.

Um garotinho tinha cabelos negros e olhos vermelhos, usava óculos e mantinha sua postura fria ao lado do irmão mais velho, o outro, loiro de profundos olhos azuis sorria para a câmera, descontraído. Na foto ambos estavam lado a lado, de pé um ao lado do outro, não pareciam ter mais que 9 ou 10 anos na foto... Eram tão diferentes, apesar de compartilharem o mesmo sangue.

_Não parecem irmãos!_Comentou a garota.

Reiji franziu o cenho, voltando sua atenção a ela, que continuava encarando a fotografia.

_Por que diz isso Amy?_Indagou, curioso.

Amy desviou sua atenção do quadro para o rosto sério e curioso de Reiji, abrindo um sorriso compreensivo.

_São diferentes, tanto na aparência quanto personalidade!_Respondeu, colocando-se de pé.

_Personalidade?_O moreno repetiu lentamente, arqueando a sobrancelha direita.

Amy pareceu pensar por alguns segundos.

_Enquanto ele agia como uma criança comum sonhava apenas em ter um tempo para si, para brincar e tentar ser normal, você tentava impressionar sua mãe, você vencia as expectativas que ela colocava para Shuu... Enquanto ele esconde um passado que para ele pode ser sombrio por trás de uma máscara fria..._Falava Amy, andando até ficar de pé atrás do sofá em que Reiji estava sentado._Você por si só é frio, sério, o típico certinho... Coisa que eu odiava alguns anos atrás, quando começamos nosso casamento!_Completou.

Reiji meio surpreso sentiu os braços da morena envolverem-lhe o pescoço, ela abaixou um pouco o rosto aproximando seus lábios do ouvido dele.

_Mas que eu aprendi a admirar, respeitar e amar com o tempo... Se me perguntasse o que eu queria em nosso primeiro ano de casados eu responderia: “Divórcio.”... Mas hoje, não penso em como poderia viver sem você ao meu lado!_Sussurrou.

Ela sorriu e beijou-lhe a bochecha, saindo de trás do sofá e sentando-se no colo dele, pegando o livro antes de se sentar.

_O que é isso?_Indaga a garota marcando o livro antes de fechá-lo.

Reiji não sabia como devia se sentir, ela estava em seu colo, despreocupada, relaxada, xeretando um livro que com toda a certeza não lhe interessaria nem um pouco.

_Um livro!_Respondeu Reiji.

_Esta lendo um clássico?_Indaga Amy, jogando o livro no canto desocupado do sofá.

Ele negou, e ela sorriu para ele, roçando seus lábios nos dele, causando um atrito doce e suave, que fez sua respiração ficar entrecortada e seus pelos da nuca se arrepiarem. O moreno não esperou muito e selou seus lábios dos dela, mas ela aprofundou o beijo, sua língua exigente invadia e explorava a boca do moreno.

Reiji a segurava pela cintura e ela passou seus braços ao redor de seu pescoço. Ela mordiscou o lábio inferior dele, sentindo-o ficar atônito diante de tal ato vindo dela.

_Acho melhor pararmos!_Falou Reiji, levantando-se e pegando-a no colo, colocando-a sentada no sofá.

_Por que está se afastando?_Indaga Amy.

Reiji ficou surpreso com a frieza exposta na voz dela, seus olhos não brilhavam como antes, estavam frios, encará-la parecia ser o mesmo que encara as estatuas de anjos que enfeitavam seus jardins, olhos frios e vazios, rosto bonito e severo.

_Não estou me afastando!

_Sim está! Desde que eu tive Mia, você se afastou, quando perdi Benjamin, e só vai se afastando... Você tem ideia das desculpas que tenho que arrumar para Mia quando o pai não está presente?_Indaga Amy, nervosa.

O moreno suspirou, fitando a esposa, o ventre saliente por baixo do vestido que ela usava a expressão severa, os lábios comprimidos formando uma linha fina e reta em conjunto com seus braços cruzados e o pé batendo insistentemente no chão, denunciavam sua impaciência e desgosto diante da discussão.

_Amy, se acalme! Sabe que não pode se estressar!_Falou Reiji.

_Já se alimentou?

_Hoje pela manhã...

_Deve estar morrendo de sede!

_Não estou!

_Está, nem tente negar, apesar de eu estar grávida não sou de porcelana, é apenas questão de controle!_Falou Amy.

Reiji assentiu, Amy ao invés de tirar o cabelo da frente do pescoço esticou o braço, puxando a manga do vestido, deixando seu pulso exposto.

Mas algo chamou a atenção de Reiji, um corte longo e de aparência profunda em sua mão.

_O que você fez?_Indaga Reiji, pegando a mão da garota.

_Eu estava estressada ontem à noite... Então acabei socando o espelho, e este meu ato acabou quebrando o espelho, enquanto tentava limpar a bagunça um caco me cortou, e estou tomando os cuidados necessários._Falou Amy, hesitante.

Reiji olhava hipnoticamente para a mão, levando seus lábios até a mesma, sentindo o doce e conhecido gosto do sangue da esposa, ela contorceu-se um pouco, mas aceitou.

Ele não ficou muito tempo tomando seu sangue, recuou um pouco e foi até uma estante pegando curativos e remédios para limpar o machucado.

Ele cuidou de sua mão, enfaixando-a em seguida, recebendo um beijo doce e apaixonado de sua esposa que sorriu.

_Amartí!_Falou Amy, sorrindo para ele.

Ele suspirou satisfeito, sentindo-a aconchegar seu rosto em seu ombro, mas logo ela sumiu, evaporou de seus braços.

Ele não estava mais ajoelhado e o coração batendo ao seu lado sumiu, ele estava em sua cama, coberto até a cintura, sentia o cheiro forte de sangue, olhou ao redor e deparou-se com sua mão, um corte atravessava a palma, o corte era notavelmente superficial.

Ele sentiu seu estomago embrulhar, e pegou uma caixinha de dentro do criado-mudo, como o corte estava bem no meio e era pequeno, foi preciso apenas um curativo para cobri-lo.

Ele suspirou e olhou para os cobertores bagunçados ao seu redor e decidiu então fiar a parede branca de seu quarto.

_O que está fazendo comigo, Amy?_Indagou, olhando desesperado para a parede.

Logo decidiu tentar afogar a lembrança de seu sonho, pegando o primeiro livro que viu, começou a ler.

...

_Papai! Papai! Tudo bem se formos brincar agora?_Indaga Mackenzie.

Os cabelos castanhos escuros da garota caíam-lhe em cascata sobre os ombros os olhos azuis curiosos e impacientes fitavam Shuu.

O garoto ao seu lado da mesma idade permanecia em silêncio, era idêntico ao Shuu, parecia meio inquieto, os olhos azuis fitavam a mãe preocupados.

_Podem ir pequenos... Depois chamamos vocês para o lanche!_Falou Amy, sorrindo docemente para as crianças.

Mackenzie animada beijou a bochecha da mãe e Maxon beijou o topo da cabeça da mesma, ambos abraçaram Shuu e foram correndo para uma parte mais afastada do jardim.

Amy suspirou e acomodou-se nos braços do marido, estava confortável ali... Os lábios enfeitados por um sorriso infantil.

Shuu sentia-a acomodada ao seu peito, os cabelos castanhos bagunçados e uma estranha inquietação vinda dela. Ela sorria enquanto apontava para as nuvens no céu, o sol brilhava e ambos estavam sob a sombra de uma arvore.

Estavam no jardim, olhando as nuvens, haviam trazido Mackenzie e Maxon que estavam brincando de pique - esconde no jardim.

A toalha sob eles era xadrez, vermelha e branca. Um livro estava sobre as pernas de Amy.

_ “O amor é familiar. O amor é diabólico. Não existe nenhum anjo diabólico além do Amor.” Willian Shakespeare, Love’s Labour’s Lost._Leu a garota._Bonito, não?

_O sentimento ou a frase?

_Os dois... O sentimento é real, a frase o ilustra... O amor pode te fazer cometer loucuras em nome dele, independente de quais sejam, você sacrifica tudo apenas pela pessoa amada... Você pode sacrificar uma vida planejada, sua família, seus sonhos... Tudo apenas em nome do amor!_Falou distraidamente.

_Não explicou o motivo de ele ser diabólico!_Falou Shuu.

_Você não pode escolher quem ama! Essa é a questão, a pessoa pode não te amar e querer vê-lo sofrer, mas você vai insistir neste amor, que pode ser apenas uma paixão de verão... Mas você vai querer que o sentimento sobreviva apesar de tudo! O amor te faz sacrificar coisas, não importa a pessoa amada, você sempre sacrifica algo ou alguém!_Falou Amy.

_Você escolheu me amar?

_Não._Admitiu a morena.

_Por que me escolheu?

_Porque eu te amo, e também, você foi o único entre os amantes diabólicos que não tentava me matar toda vez que me via!

_Amantes diabólicos?_Indaga Shuu.

_Ou Diabolik Lovers, como preferir... Eu amei a todos com a mesma intensidade, mas você se destacou quando o assunto foi o meu coração..._Falou Amy, olhando pensativa para o céu.

Ele sorriu e pegou uma das mãos de Amy, brincando por algum tempo com seus dedos, mas logo segurou-a firmemente, levando seu pulso aos lábios,olhando para ela como se pedisse permissão, um sorriso compreensivo enfeitou os lábios de Amy que assentiu.

Logo as presas perfuraram a pele de seu pulso, fazendo-a estremecer quando sentiu o contato dos lábios gélidos dele contra a pele morna de seu pulso. Seu coração batia acelerado e ela desviou o olhar do rosto do loiro para o céu.

Ele terminou de tomar seu sangue, subindo aos beijos pelos seus braços, indo para o seu pescoço para depois irem de encontro com os lábios rosados da garota.

Ela sorriu durante o beijo, sentindo um dos braços do marido envolver-lhe a cintura e a sua mão ir em direção ao seu queixo, ele se afastou e elevou o rosto da esposa, fitando os lábios avermelhados devido o beijo e os olhos fechados da garota.

_Jet’aime!_ Falou a garota.

Shuu abraçou-a e sentiu-a retribuir o abraço, com um leve sorriso nos lábios, ela repetia a frase diversas vezes, como um mantra.

Logo ela sumiu, e o jardim também, as crianças não brincavam e muito menos pareciam existir na realidade em que Shuu se encontrava agora.

Estava de bruços, olhando desconsolado, a janela aberta, tentando de alguma forma encontrá-la ali, junto com ele. Shuu suspirou e sentou-se na cama, colocando seus fones e escolhendo aleatoriamente uma música, que o distraísse.

Ele apenas sorriu ao ver um livro cuja capa estava escrito o titulo “Os Instrumentos Mortais: Cidade das Almas Perdidas”, não lia o livro por realmente interessar-se pela leitura, apenas para entender a garota, que recentemente o estava confundindo, com seus gritinhos histéricos, elogios e xingamentos dirigidos a um tal “Jace Herondale”.

Ele pegou o livro e olhou numa das primeiras páginas a frase que estava em seu sonho... A frase que ela leu.

Ele sorriu e fechou o livro deixando-o de lado, suspirou e fitou o luar.

_Não vou desistir de você Amy... Não vou!_Falou Shuu.

Ele colocou os fones e começou a se preparar para enfrentá-la no dia seguinte, não podia recuar independente do que estava para acontecer, não iam ser seus irmãos e muito menos seus primos que iam estragar suas chances desta vez... Mas não iam mesmo!


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Notas finais do capítulo

O que acharam?
Gostaram?
Odiaram?
Amaram?
Não gostaram?
Comentem!
Beijos e até o próximo capitulo! ;)



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