Estranha Obsessão escrita por Lauren Reynolds


Capítulo 31
Capítulo 29 - Marcada




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Capítulo 29 – Marcada

 

POV da Autora

 

No último capítulo...

 

Bella viu o corpo do vampiro ao seu lado. As olheiras num tom absurdamente escuro. O cabelo e a pele sem brilho algum, a textura lisa já não estava mais lá, o frio marmóreo também não. Ela apavorou-se e olhou para ele. Colocou suas mãos em seu rosto e tentou chamá-lo. Os olhos continuavam fechados, ele nem ao menos esboçava qualquer reação.

 

Enfim, um vampiro podia mesmo morrer. Edward estava morrendo.

 

- Edward!!! – Bella exclamou, olhando ao seu redor, procurando o que fazer.

- Desculpe, Bella. – Jasper disse, tentando consolá-la. – Nada está funcionando.

- O sangue não está surtindo efeito. – Emmett disse de forma calma. – Eu sinto dizer...

- Não diga! – bella ergueu o dedo.

- Desculpe, nós fizemos o possível...- Rosalie murmurou.

- Não... – Ela arregalou os olhos e sentiu as lágrimas pingarem.

- Mas ele realmente está morrendo, Bella. Edward desistiu de sua vida. Eu não o vejo mais em nosso futuro, não vejo nenhuma possível alternativa. – Alice murmurou baixo.

 

Amy abraçou-a, mas ela esquivou-se e olhou ao seu redor, então, uma idéia surgiu em sua cabeça. Ela não sabia se ia dar certo, mas o fez mesmo assim. Bella pegou uma tesoura que estava ao lado de Emmett, em cima de um criado mudo. Abriu-a, de forma que a lamina ficasse exposta.

 

- Bella, nós já tentamos o sangue. Suicídio não é a saída! – Emmett exclamou.

- Quem disse que isso é suicídio? – Bella retrucou, passando a lamina da tesoura pela pele fina, ferindo-a, deixando o sangue escorrer.

 

O sangue jorrava rápido, forte. Ela apenas pressionou seu pulso contra os lábios de Edward, então esperou.

 

- Vamos, Edward, por favor, acorde, por favor. Não faça isso comigo! – Bella pedia. – Edward... – Ela disse mais calmamente. – Acorde antes que eu não tenha mais sangue. – O sangue continuava jorrando, manchando toda a roupa de cama e as roupas dela e dele. – Ed...

 

Então, foi um pequeno, o menor dos movimentos que fez com que ela visse que sua atitude suicida, havia funcionado. As narinas dele inflaram e os lábios dele começaram a fazer uma leve pressão no pulso dela. Amy sentou-se na beirada da cama e segurou sua amiga, que já estava ficando fraca. Ela colocou sua mão sob o pulso de Bella e pressionou nos lábios dele.

 

Edward havia voltado.

 

Instantaneamente, tudo nele estava voltando ao normal. Quando Jasper se deu por conta, Bella já havia desmaiado, então, ele e Emmett precisaram separar Edward do pulso dela. Ele olhou atordoado para todos, só então viu o estado em que estava.

 

- Oh céus! Agora é ela que está desmaiada! – Rosalie exclamou.

- Façam algo, vocês tem três opções para ela. Mas só uma vai ser a melhor. – Alice disse com o olhar sem foco.

- Estamos num momento muito crucial agora. – Christine murmurou. – Ouçam. O coração dela está batendo muito fraco... Edward, a vida da Bella está em suas mãos. Ou você a transforma, bebendo mais um pouco do sangue dela e depois dá o seu, terminando a transformação e tornando-a uma de nós... Ou... Faça-a beber um pouco do seu sangue.

- Decida logo, ela não tem muito tempo. – Alice murmurou.

- Cullen, eu não posso escolher por ela, de alguma forma, ela já está ligada a você. – Amy disse calmamente. – Por favor, você sabe muito bem que ela é importante para mim, então, não demore em decidir, ela não vai resistir.

- Me deixem sozinho com ela. – Ele pediu sério.

 

Edward levantou-se, puxou os lençóis ensangüentados e jogou-os num canto do quarto. Tirou rapidamente sua camisa, trocou-a por outra limpa e aninhou Bella em seu peito. Ele ouvia atentamente as batidas do coração dela. O ritmo era fraco, para que ela fosse transformada, ele teria que beber mais um pouco do sangue dela – até que o coração estivesse quase parando – e, só então, lhe dar o seu.

 

- Você não desistiu de mim, Bella. – Ele murmurou. – Continuou ao meu lado mesmo sabendo que eu poderia não te amar. Fez um ato insano, que só uma pessoa seria capaz. Eu não vou desistir de você. - Ele deixou seus caninos aparecerem, levou seu próprio pulso a boca e então mordeu-o, levando então a boca de Bella.

- Ed... – ele forçou seu pulso novamente nos lábios dela.

- Por favor, beba. Não vou te transformar, Bella. Mas se não beber vai morrer por falta de sangue! – Ele sibilou asperamente.

 

Aos poucos, ela foi sorvendo o sangue que jorrava do pulso dele. Suas mãos moveram-se, segurando o braço, forçando-o sob sua boca. O sangue ia escorrendo em sua garganta, adocicado e suave, curando o corte feito pela tesoura em seu pulso, curando cada mínimo machucado que fora feito pelos pequenos cacos de vidro no quarto do último andar. Quando viu que ela estava melhor, Edward separou-lhes.

 

- Porque...

- Você ia morrer por falta de sangue em seu corpo Bella. – Edward murmurou, ajeitando-a na cama. – Meu sangue é suficientemente poderoso para curar você. Eu poderia tê-la transformado também...

- Porque não o fez? – ela perguntou surpresa.

- Porque eu achei que você querer que outra pessoa o fizesse. – Ele sibilou.

- Obrigada. – ela sussurrou.

- Não, eu agradeço. Você não desistiu de mim em nenhum momento, mesmo depois de tudo o que eu fiz a você. Mesmo depois de eu te atacar, eu... eu me sinto tremendamente envergonhado por tudo o que fiz á você, Bella. – Edward murmurou. – Porque não me deixou ir em paz? Porque quase se matou para me salvar?

- Porque eu te amo, Edward. Porque a Dominique que existe em mim, estava me avisando que algo estava acontecendo. Quando vi você naquele estado, percebi que não importa... não importa se você me ama ou não... mas eu precisava manter você vivo, porque só assim eu vou poder continuar vivendo, mesmo você não me amando. –Bella passou sua mão pelo rosto dele, afagando algumas mechas acobreadas do cabelo. – Acho melhor eu ir, estou meio... fedendo a sangue.

- Por favor, não vá. – Ele sussurrou docemente.

- O que eu sou para você, Edward? – Ele refez a pergunta de algum tempo atrás.

- Você é a reencarnação da pessoa que foi feita para ser minha. – Ele sorriu torto. Bella bufou. – Mas, acima de tudo, você é Isabella Swan. E, agora eu entendo que esta é a sua vida. Eu sou eternamente grato á você, Bella.

- É bom ouvir isso. – Ela fechou os olhos enquanto se aninhava no peito dele. – É bom saber que não sou só uma mera reencarnação.

- Eu... te amo, Bella. – Ele sussurrou no ouvido dela.

- Eu também te amo. – Ela sorriu. – Sempre te amei.

 

Bella levantou-se e foi em direção ao banheiro, encontrando – coincidentemente ou não – um vestido pendurado em um cabide. Alice, ela pensou. Aquilo com certeza era coisa da Alice. Ela tomou um banho rápido e colocou a roupa que estava a sua espera. Então, voltou ao quarto.

 

- então agora, como ficamos? – Ela perguntou, enquanto terminava de arrumar o vestido.

- Você é minha, Bella. – Edward sorriu torto. – Eu te dei meu sangue, isso significa que agora você é minha.

- Como assim? – Ela foi em direção a sacada do quarto.

- Você está marcada como minha. Você tem uma parte do meu sangue em você, assim, se um dia você for transformada, só eu poderei transformá-la. – Ele acariciou gentilmente o rosto dela. – Para você ser transformada por outro vampiro, precisa ser marcada por ele antes.

- Eu entendi sobre esse lance de ser sua, mas e... eu e você? – Ela perguntou estreitando os olhos. – Porque eu não vou ficar correndo atrás de você, Ed. Eu não duro para sempre.

- eu sei disso. – Ele enlaçou-a pela cintura. – Mas o fato é que você é minha em todos os sentidos.

 

No salão principal, enquanto Jasper e Emmett disputavam uma partida de xadrez – sem a interferência de Alice -, Rosalie, Christine e Amy esperavam que a fadinha voltasse a realidade novamente para saber sobre a nova visão. Alice estava sentada no sofá, de postura ereta e os olhos escuros, sem foco. Os murmúrios eram baixos e quase inaudíveis, somente Emmett falava mais alto, mas estava mais para reclamações do que algo que se pudesse aproveitar.

 

- Eu simplesmente AMO minhas visões!- Alice disse finalmente.

- O que está vendo, bruxinha?

- Você perdendo a partida. – Ela sorriu marota. – E prevejo um clima de romance no ar.


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