Whole Lotta Love 2 escrita por mlleariane


Capítulo 23
Por um fio


Notas iniciais do capítulo

Oi gente! Que bom que vocês gostaram do encontro entre Kate e Maggie :))

Eu nem sei o que dizer sobre o capítulo de hoje, apenas que talvez vocês estranhem pelo fato de eu sempre escrever fofurinhas (e sim, eu prefiro mesmo ver a vida cor de rosa), mas esse plot eu queria desenvolver há um tempo. Vocês vão sofrer, assim como eu, mas eu prometo que será breve (eu não mato nem uma formiga e vocês já sabem disso rs)

Ah, só mais uma coisa: fizeram a lição de casa sobre os Backyardigans? Pra quem ainda não sabe, Castle vai ensinar ;)

Beijo, Ari ;)







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No manhã seguinte...

Castle trocava as crianças rapidamente, enquanto Kate se arrumava no quarto do casal. Tudo estava corrido naquela manhã, pois a família havia perdido a hora.

Jo: Papai, faz uma trança no meu cabelo?

Castle: Não vai dar, princesa, estamos atrasados, eu ainda tenho que preparar o café.

Jo: Mas eu quero, papai!

Johanna sentou-se na cama emburrada, e Castle cedeu. Chamou a filha para si e tentou fazer uma trança, que ficou torta e estranha.

Castle: Eu não levo jeito para isso! – ele tentava amarrar um elástico na ponta quando Kate apareceu na porta.

Kate: Ahh não leva mesmo! – ela foi empurrando-o, sentando-se na cama, e com a filha em pé no meio de suas pernas, desmanchou o emaranhado que Castle havia feito e recomeçou a trançar os lindos cabelos da filha. – Já passou da hora de você aprender a fazer uma trança, Rick.

Castle: Eu deixo essa parte para você, amor.

Alexander entrou correndo no quarto com dois brinquedos na mão.

Alex: Papai, eu levo o Capitão América ou o Homem de Ferro?

Castle: Leva os dois!

Alex: Não pode, esqueceu? Só pode levar um brinquedo.

Jo: Sexta-feira é o dia mais legal da escola!

Castle: Eu também amo a sexta-feira, é o único dia em que vocês acordam sem resmungar. – Castle sorriu para Kate.

Kate: Pronto! – Kate soltou os cabelos da filha.

Jo: Viu papai, isso sim é uma trança!

Castle: Complicado demais.

Kate: Simples demais, são 3 mechas intercaladas.

Castle: Vamos, vamos, porque hoje a gente se atrasa!

Kate: Rapidinho, escolham um brinquedo e nos encontrem na cozinha, ok?

Kate e Castle saíram apressados para providenciar o café da manhã dos filhos.

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Jo: Para, Alex! Mamãe, olha o Alex!

Kate olhou para trás e viu Alex simulando jogar um boneco de Jo pela janela do carro.

Kate: Alexander!

Alex: Eu estava só brincando, mamãe.

Kate: Devolva a Uniqua para sua irmã.

Jo: Não é a Uniqua, mamãe, é a Tacha.

Castle riu de Kate.

Kate: Sério? – ela ainda olhava para trás. – Eu jurava que a amarela era a Uniqua.

Jo: A Uniqua é a rosa, mamãe.

Alex: Mamãe, já passou da hora de você aprender. – ele falou sério, e Kate virou-se para frente culpada.

Castle: Daqui uns dias ele termina com você também por não conhecer os Backyardigans – Castle tripudiou e levou um beliscão da esposa.

Alex: O Homem de Ferro atacou a Tacha BUM – Alexander jogou seu boneco contra o de Jo.

Jo: Para! Mamãe, olha o Alex me atacando!

Alex: Não sou eu, mamãe, é o Homem de Ferro. Eu não tenho culpa se ele é mais poderoso que a Tacha.

Jo: Você é um bobo chato e sem graça.

Alex: Você é que uma menina chorona.

Johanna ficou brava e mandou a Tacha em cima do Homem de Ferro.

Alex: Papai, ela vai quebrar meu Homem de Ferro!

Kate respirou fundo.

Castle: Se vocês continuarem discutindo eu vou tomar os dois brinquedos.

Jo: Você não pode, papai, hoje é o dia de levar um brinquedo na escola.

Castle: Ah eu posso sim, vocês que não se comportem!

Alex: O meu lado da festa vai ser muito mais bonito que o seu, você vai ver! – Alexander sussurrou para Johanna.

Jo: Não vai não, o meu terá brilho e as meninas vão pintar o cabelo! – Johanna tentou falar baixo, mas Kate virou-se para trás.

Kate: Nós ainda estamos vendo isso do spray de tinta.

Jo: Vai ser legal, mamãe!

Alex: As meninas vão ficar feias iguais as bonecas monstros – Alexander começou a rir.

Jo: Mamãe, olha o Alex!

Castle: Chegamos.

Kate: Graças a Deus!

Kate desceu do carro com as crianças. Elas se despediram do pai e foram levadas até o portão da escola pela mãe. Kate então se agachou e trouxe os dois para perto de si.

Kate: Meus amores, vocês gostam de mim?

Jo: Mamãe, nós te amamos!

Alex: Te amamos muito mesmo, mamãe!

Kate: Então vocês prometem que não vão brigar mais? Nem dizer que o outro é chato, nem implicar com os brinquedos um do outro?

Jo: Mas mamãe...

Kate: Jo?

Jo: Eu prometo, mamãe.

Alex: Eu também prometo.

Kate: Vocês são irmãos e não podem brigar assim, têm que se proteger, lembram?

As crianças fizeram que sim.

Kate: E as duas decorações ficarão lindas, eu prometo!

Jo: Eu sei mamãe – Johanna grudou no pescoço da mãe.

Alex: Você vai gostar da minha parte dos Transformers, mamãe?

Kate: Claro que vou, meu filhote! – Kate abraçou Alex também – Eu vou amar as duas festas, assim como eu amo vocês dois!

Jo: Então nós podemos ter spray de pintar o cabelo?

Kate: Isso nós ainda vamos ver, princesa. Agora vocês têm que ir...

Kate se levantou e observou as crianças entrarem na escola. Esperou que elas chegassem até o fim do grande corredor.

Castle: Sermão a essa hora?

Kate: Rick! Você desceu.

Castle: Você demorou. Estavam discutindo a relação?

Kate: Amor, eu não gosto que eles briguem.

Castle: Kate, essas implicâncias são normais. Olha lá, já estão se amando de novo.

Castle apontou para os dois, que andavam lado a lado. Quando chegaram ao fim do corredor, olharam para trás e deram tchau para os pais. Kate sorriu, e ficou olhando fixamente para a cena.

Castle: Babe, vamos? – Castle a trouxe de volta a si – O que foi?

Kate: De repente me deu uma sensação ruim.

Castle: Você não está passando bem?

Kate: Não é isso, foi só um aperto no peito ao ver os dois indo.

Castle deu um sorriso e pegou na mão dela.

Castle: Pensei que você já tivesse se acostumado.

Kate: Eu me acostumei, é que... me deu um medo de não vê-los mais.

Castle: Amor, são só algumas horinhas. Daqui a pouco eles estão nos enlouquecendo de novo.

Kate: É... besteira minha.

Kate deu uma última olhada para a escola e foi em direção ao carro com o celular na mão.

Castle: O que você tanto procura aí?

Kate: Os Backyardigans. Quero saber exatamente quem é quem.

Castle: Uniqua, Pablo, Tacha, Austin e Tyrone.

Kate: Os nomes eu sei, eu quero saber quem é quem.

Castle: Pablo é o pinguim azul, Tacha a hipopótama amarela, Austin o canguru roxo, Tyrone o alce laranjado e Uniqua é aquela coisa rosa indefinida. – Castle falou com naturalidade, e ganhou um olhar bravo de Kate.

Kate: Por que você sempre sabe tudo?

Castle: Porque eu fico assistindo enquanto você prende assassinos.

Castle esperou uma resposta de Kate, mas ela não tirava os olhos do celular.

Castle: Babe, eu estava brincando quando disse que Alex terminaria com você.

Kate: Eu não quero que eles pensem que eu não me importo, Rick.

Castle ia justificar mas o telefone de Kate tocou. Era Espo com um endereço e um homicídio a ser resolvido.

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Espo: Vocês chegaram rápido.

Castle: Estávamos perto.

Kate: O que sabemos?

Os três andavam em direção à casa.

Espo: O irmão da vítima que os encontrou quando chegou agora cedo. Ele mora há duas quadras, disse que caminhava até aqui e ele e o irmão iam juntos para o trabalho. Ali está ele, o nome é Jeremy Hopins.

Os três se aproximaram do homem, que respondia à Ryan algumas questões.

Kate: Bom dia sr. Hopins. Eu sinto muito pela sua perda.

Jeremy: Obrigado.

Kate: O senhor tem alguma ideia de quem possa ter feito isso?

Jeremy: Não, eu... eu não consigo pensar em ninguém. Isso tudo é tão horrível.

Kate: Os vizinhos viram ou ouviram algo?

Kate observava a sala, onde os dois corpos jaziam no chão.

Espo: Aparentemente não, ninguém ligou ou reclamou de nada. Estamos esperando dar 7h para bater de porta em porta.

Kate: Certo.

Liza: Oh meu Deus! Suzy!

Kate voltou o olhar para a porta, onde havia uma mulher com expressão apavorada.

Kate: A senhora é?

Liza: Liza Sperks, eu sou vizinha de Suzy. Meu Deus, quem fez uma coisa dessas?

Kate: É o que estamos tentando descobrir. A senhora viu ou ouviu alguma coisa?

Liza: Não, eu trabalho no aeroporto no período noturno, estou chegando agora. Pobre Suzy e Robert... – a mulher enxugou as lágrimas – por favor, me diga que o bebê está bem.

Kate: Bebê? – Kate olhou para Ryan e Espo, mas eles também estavam surpresos.

Liza: Eles têm um bebê com menos de um ano, Steve.

Kate olhou para Jeremy, que logo falou.

Jeremy: Meu Deus, o bebê! Eu fiquei tão chocado com tudo isso que esqueci do pequeno Steve.

Kate e Castle correram pelo corredor e pararam na porta do quarto todo decorado em verde claro. Pela primeira vez em anos de profissão, Kate hesitou. Respirou fundo e olhou para Castle. Ele então entrou e avistou o pequeno dormindo no berço.

Castle: Ele está aqui! E está bem.

Kate caminhou até o berço e pegou o bebê em seu colo, com um sorriso de alívio. Jeremy chegou logo atrás.

Jeremy: Ele está bem, não está? – esticou os braços e pegou o sobrinho do colo de Kate, que não gostou.

Kate: Sim, ele está.

Jeremy: Graças a Deus. Por um momento pensei que o pior tivesse acontecido. Pelo menos você se salvou, meu pequeno. Eu vou cuidar de você agora.

O bebê dormia tranquilamente no colo do tio. Ryan apareceu chamando Kate, e eles voltaram para a cena do crime.

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Depois de saírem do necrotério, onde Lanie havia informado que a causa da morte eram facadas desferidas no peito, Kate, Castle e os detetives voltaram à delegacia, onde ficaram horas checando álibis e encarando o quadro com a foto dos dois. As investigações não levavam a nada. O casal não tinha inimigos, eram queridos no trabalho, onde viviam uma situação estável. Sabiam que não tinha sido um assalto, pois nada havia sido levado. Tudo dava voltas e voltava à situação inicial.

Num certo momento...

Castle fazia uma teoria mirabolante, e Ryan concordava, quando Espo sentou-se perto de Kate.

Espo: Nós precisamos resolver esse, Beckett. Aquele bebê merece saber um dia por que seus pais foram mortos.

Kate: Eu não consigo parar de pensar nele, Espo. Tão pequeno, tão frágil... E sozinho no mundo. Espera... – Kate se levantou – O bebê...

Castle e Ryan pararam de falar e olharam para ela.

Kate: Se vocês chegassem na casa de alguém conhecido que soubessem ter um bebê, e vissem os pais mortos, qual seria a primeira reação?

Ryan: Checar o bebê.

Kate: Exatamente! Checar o bebê. No entanto, Jeremy Hopins não havia procurado pelo bebê até a vizinha Liza aparecer.

Espo: Talvez ele estivesse em choque...

Kate: Ou talvez ele soubesse que o bebê estava bem.

Castle: Porque foi ele quem matou os pais, e poupou a vida da criança.

Kate: Espo, quem teria a guarda legal da criança nesse caso?

Espo: Os Hopins não tinham mais os pais, nem irmãos... o único parente é Jeremy, irmão da vítima.

Ryan: Beckett, você acha mesmo que esse cara faria isso com o único irmão?

Castle: As pessoas fazem cada coisa por dinheiro...

Espo: Faz todo o sentido: ele mata o irmão e a cunhada, fica com a guarda legal da criança e com toda a herança.

Castle: Os Hopins eram tão bons assim de dinheiro?

Espo: Suzy recebeu uma grande herança da mãe, falecida há dois meses.

Os quatro se olharam mais uma vez, pensativos.

Espo: Como nós vamos provar isso se o álibi dele confere?

Ryan: Arrancando uma confissão.

Kate: Liguem para a assistência social, digam para trazerem o bebê aqui. Nós entramos em contato com Jeremy e... que foi? – Kate encarou Espo e Ryan, que o olhavam esperando uma brecha para falar.

Ryan: O bebê... ficou com ele.

Kate: O que?

Espo: Ele dispensou a assistência, e a família sempre tem prioridade, você sabe.

Kate não falou mais nada. Passou a mão em sua arma e saiu andando rapidamente, sendo seguida pelos três rapazes.

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Os quatro chegaram no endereço fornecido por Hopins como sua casa. Bateram na porta, e como não foram atendidos, decidiram entrar. Assim que abriram a porta, os quatro presenciaram Hopins tentando esconder a arma do crime.

Kate: Jeremy Hopins, você está preso pelo assassinato de Suzy e Robert Hopins.

Jeremy, que segurava o bebê no colo, apontou a faca para ele. Kate sentiu-se gelar, e os rapazes, que estavam parados atrás, dela, tentaram intervir.

Espo: Você não quer fazer isso, Jeremy.

Jeremy: Ah, eu quero sim. Eu quero muito. Essa criança idiota não para de chorar.

O bebê esperneava no colo do tio. Kate deu um passo e Jeremy aproximou mais ainda a faca da criança.

Jeremy: Fica paradinha aí, policial.

Kate: Jeremy, me dá essa criança. Eu posso conseguir um bom acordo para você.

Jeremy: Você acha que eu sou idiota?

Castle: Se você matar essa criança na nossa frente, estará comprovando isso.

Jeremy ia se afastando para trás, próximo à sacada do apartamento, que ficava no primeiro andar.

Kate: Me dá essa criança, Jeremy, você sabe que isso só vai piorar para você – Kate deu mais um passo.

Jeremy: Eu mandei você ficar parada aí!

Jeremy ficava cada vez mais nervoso, e passava a faca próximo ao rosto do bebê. Kate lançou um olhar para Espo e Ryan, como se dissesse que faria uma manobra perigosa. Espo fez que não, mas ela decidiu que arriscaria mesmo assim. Deu mais um passo à frente, e Jeremy mais um passo para trás. Kate já estava próxima dele, e ele quase na sacada do apartamento.

Kate: Você não quer matar essa criança, Jeremy. Você precisa dela para a herança, não foi por isso que matou os pais dela?

Jeremy: Na verdade eu não preciso. Somos os únicos da família agora, não é bebê? Sem ele, serei apenas eu – ele lançou um olhar de vitória para Kate e passou a faca pelo rosto do bebê. Kate então não esperou: num gesto rápido conseguiu arrancar o bebê dos braços dele. Hopins, porém, foi mais rápido ainda. No desespero da situação, preso entre Kate e Espo, que havia se aproximado com a arma na mão, desferiu um golpe na cabeça do detetive, que desequilibrou-se, e cravou a faca no peito de Kate, pulando pela sacada em seguida.

Castle: Kate!

Castle a segurou, enquanto ela caía em seus braços. Ryan pegou o bebê, ligando rapidamente para uma ambulância, enquanto Espo correu atrás de Hopins.

Kate: Rick... – Kate tentou falar, enquanto perdia o ar.

Castle: Kate, olhe para mim, babe, respira.

Kate: Eu... não... consigo...

Castle: Babe, fiquei comigo. Fique comigo, babe – os olhos de Castle se encheram de lágrimas.

Kate: Rick... eu não posso... – Kate tentava falar, mas o ar se esvaía de seu pulmão perfurado.

Castle: Você pode sim, você vai, olhe para mim.

Kate: Babe, cuida deles... cuida deles para mim.

Castle: Nós vamos cuidar deles juntos, meu amor, nós dois.

Castle ouviu o barulho da ambulância chegando.

Kate: Diga que eu os amo... eu te amo, babe, eu...

Kate fechou os olhos e repousou a cabeça nos braços de Castle.


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