Whole Lotta Love 2 escrita por mlleariane


Capítulo 22
Transpondo barreiras


Notas iniciais do capítulo

E aí, ta todo mundo centrifugado? Ou apimentado? Hahaha Vocês gostaram né? Andaram me perguntando da onde eu tirei essa ideia, bem, eu vi numa revista, mas vocês encontram facilmente ne net ;)
“Pobre e inocente Kate, não sabe o que as meninas fazem no quarto dos meninos, ela só sabe o que fazem na área de serviços! UHAUHAUH” (Gabi)
Ri demais com esse coment da Gabi! Várias leitoras disseram que seria engraçado se Jo descobrisse o que as meninas fazem no quarto dos meninos antes da mãe. Vocês tão querendo matar o Castelinho né? Gente, Castle infarta! Posso dizer que Kate vai tocar nesse assunto num momento delicado e bonito. Acho que vocês vão gostar ;)
Hoje finalmente veremos Kate conhecendo a namorada de Jim. Não poderia desenvolver essa história sem mandar um beijo especial para a Gabi (a mesma aí de cima), que foi quem sugeriu a ideia de Jim encontrar alguém. Depois de pesquisar sobre a aceitação de vocês, decidi desenvolver a história, e pedi para a Gabi escolhesse o nome da mulher. Ela sugeriu alguns, e concordamos com Margaret (Maggie).
Não tenham ciúmes, Jim merece ser feliz :)
Esse capítulo é light, mas traz elementos que serão usados no plot seguinte, que é tenso e sofrido.

Ahh, quero mandar um beijo pra Miky, que leu WLL e o Especial de Natal nos últimos dias e nos alcançou o/ Ela também favoritou as fics. Obrigada Miky ;)

Beijo, Ari ;)

Ps: o capítulo de hoje continua no mesmo dia do de ontem.



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Assim que chegaram da casa do vovô Jim, Johanna e Alexander foram direto para o banho. Castle preparou o jantar enquanto Kate trocava os filhos. O assunto era a festa de aniversário, para a qual faltava menos de um mês. Jo queria mesmo as monsters high e Alex insistia nos transformers, mas agora não havia mais briga: a festa seria metade de cada um.

Devidamente trocados e perfumados, os gêmeos foram para a sala.

Kate: Enquanto você termina aí eu vou estender aquela roupa. – Kate passou pela cozinha.

Castle: Ah... “aquela” roupa.

Ela riu sem vergonha e foi para a lavanderia. Enquanto estendia a roupa, pegou o telefone e ligou para Lanie. A amiga riu, e Kate teve que falar três vezes o que tinha feito para que ela acreditasse.

Kate: Vai por mim, Lanie. Você nunca mais verá a máquina de lavar da mesma forma. Nunca! Ok, depois eu te conto os detalhes. Tchau.

Kate voltou para a cozinha e encontrou a mesa já arrumada. Chamou então as crianças e a família foi jantar.

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Kate: Mais um pouquinho, Jo.

Jo: Eu não quero, mamãe.

Kate: Você quer sim.

Jo: Não quero não.

Kate: Vamos, só mais um pouquinho?

Johanna abriu a boca emburrada.

Kate: Viu que delícia?

Johanna: Eu não gosto de brócolis, mamãe.

Kate: Ah mas é tão gostoso!

Castle: É... gostoso, gostoso não é né?

Kate lançou um olhar para Castle.

Castle: Mas é muito saudável.

Alexander: E o que é saudável faz bem para a saúde.

Kate: Exatamente!

Alexander: Fazer exercícios também faz bem para a saúde. Na nossa lição a professora falou que devemos fazer exercícios e comer frutas, verduras e legumes.

Kate: Essa escola é cara mas vale a pena! - Kate se levantou para atender ao telefone, que começou a tocar.

Johanna: Eu ainda prefiro uma pizza.

Castle: Eu também filhota, mas não vamos discutir com a mamãe, certo?

Alexander: Porque é a mamãe que manda aqui.

Castle lançou um olhar para o filho e pensou em argumentar, mas o que ele iria dizer? Era Kate quem mandava em tudo mesmo.

Kate: Era sua mãe, ligou para saber se estava tudo bem. O voo deles sai em algumas horas.

Alexander: A vovó e o vovô estão voltando?

Castle: Sim, filhote.

Alexander: Nós podemos passar uns dias com eles?

Kate: Vamos com calma, deixa sua avó chegar primeiro, não é? - Kate riu.

As crianças se levantaram e foram para a sala. Kate e Castle deram um jeito na cozinha e depois se juntaram aos filhos.

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Mais tarde...

Alex: Papai, vamos brincar com os transformers só um pouquinho...

Castle: Hoja não, filhote, já está tarde.

Kate: Vocês têm aula amanhã.

Castle: E brincaram o dia todo, não?

Kate já colocava o pijama nos filhos, enquanto Castle arrumava as camas.

Jo: Mamãe, nós podemos chamar a tia Maggie de avó?

Kate subiu a calça do pijama de Johanna e encontrou os olhos da filha.

Kate: Quem? – ela já estava séria.

Jo: A tia Maggie, a namorava do vovô Jim.

Kate olhou para Castle, como se procurasse uma saída.

Alex: Se ela é namorada do vovô, ela é nossa avó, não é?

Kate: Não, claro que não! – Kate levantou-se num sobressalto, o que chamou a atenção das crianças. Castle interveio rapidamente.

Castle: Crianças, vocês têm duas avós, a vovó Martha e a vovó Johanna.

Jo: Mas a vovó Johanna mora no céu.

Castle: Sim, ela mora. Mas ainda assim ela é a vovó de vocês, porque ela é mãe da mamãe.

Kate estava paralisada na porta do quarto, só ouvindo.

Castle: Agora a tia Maggie... bem, ela é namorada do vovô, então vamos chamá-la assim por enquanto, ok?

As crianças fizeram que sim e Castle colocou os filhos na cama. Kate então se aproximou e beijou os dois, que logo adormeceram.

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Kate: Eles a conheceram...

Kate estava séria, sentada na cama, quando Castle saiu do banho.

Kate: Eu não acredito que ele a levou no passeio com meus filhos!

Castle: Babe – Castle se sentou ao lado dela – ele tem todo o direito.

Kate: Não, não tem. Ele devia ter falado comigo antes.

Castle: Você diria não.

Kate: Claro que eu diria não!

Castle: Por isso ele não falou.

Kate: Castle, você está do lado de quem?

Castle: Amor, qual o problema dele ter feito isso?

Kate: O problema é que meus filhos estão achando que essa mulher que eu nem conheço pode ser considerada avó deles!

Castle: E você não acha que eles devem ter gostado dela para dizerem isso?

Kate: Eu não quero que eles gostem dela!

Kate falou sem pensar, e diante do silêncio de Castle, voltou seus olhos com cuidado para ele.

Kate: Quão infantil eu estou sendo?

Castle: Muito.

Ela deitou a cabeça no colo dele.

Kate: O que eu faço, babe?

Castle: Você pode começar pensando que ela veio para ficar. Se não fosse sério, seu pai não teria feito isso.

Kate: Você acha que eu devo conhecê-la?

Castle: Eu acho que você deve dar um crédito ao seu pai. Se ele gosta dela, se deixou que ela entrasse em sua vida, talvez ela não seja tão ruim assim, não acha?

Kate: Você tem razão. Mas... eu não sei como fazer isso...

Castle: Eu tenho uma ideia.

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A ideia de Castle era sugerir que Jim levasse Maggie ao lançamento do seu novo livro, “Deadly Heat”. A festa aconteceria dali alguns dias, numa quinta-feira. Em meio a várias pessoas, Kate não se sentiria intimidada por uma situação difícil com a namorada do pai.

Sendo assim, no dia do lançamento do novo livro de Richard Castle...

Kate andava de um lado para o outro. A festa estava devidamente organizada, Castle assinava alguns livros e as crianças estavam comportadas, praticamente um milagre, diria Kate. Mas ela estava ansiosa. Será que o pai viria? Será que traria a namorada? Como ela seria? Kate havia se feito essas perguntas inúmeras vezes ao longo da semana.

Em um segundo que tirou os olhos da porta para atender a um pedido de Castle, foi surpreendida pela voz de seu pai.

Jim: Katie.

Kate: Pai! – ela se virou e deu de cara com o casal.

Jim deu um beijo na filha e fez a apresentação.

Jim: Katie, essa é Margaret.

Kate: Olá, Margaret. – Kate estendeu a mão. Será que deveria ter cumprimentado-a com um beijo? Na tensão do momento, não o fez.

Maggie: Você pode me chamar de Maggie. É um prazer conhecê-la, Kate.

Kate: Idem. – Seria mesmo um prazer conhecê-la? Kate sabia que no fundo não era, mas tinha que ser sociável.

Jim: Eu falo tanto de você que Maggie já te conhece, não é? – ele sorriu para a namorada.

Maggie: Sim, e sempre muito bem.

Kate: Assim eu espero – Kate sorriu.

Jo: Oi tia Maggie! – Johanna e Alexander apareceram por entre os adultos.

Maggie: Olá crianças! – Maggie se abaixou para beijar os dois, e mostrou grande entrosamento com eles.

Enquanto os três trocavam informações, Jim olhava para Kate.

Jim: Está tudo bem?

Kate: Sim, claro.

Jim: Eu fiquei muito feliz, Katie. Você sabe, por você ter aceitado...

Kate: Sim, eu sei. É besteira fugir disso, não é?

Mal Kate terminou a frase, sentiu os braços de Castle envolvendo sua cintura. Ele estava também curioso, e não perderia aquele momento.

Alex: Olha papai, essa é a tia Maggie.

Margaret se levantou e sorriu para Castle.

Maggie: É um prazer conhecê-lo, sr. Castle.

Castle: Por favor, só Castle. Seja bem-vinda à nossa família, Maggie.

Kate sentiu uma vontade enorme de bater em Castle. Como assim seja bem-vinda à nossa família? Quem disse que ela já era da família?

Maggie: Obrigada, Castle. Eu devo dizer que seus filhos são adoráveis – Maggie sorriu para o casal, que respondeu com um duplo sorriso.

Castle: A gente faz o que pode. – Castle riu. Como ele podia brincar com tanta naturalidade, Kate pensou, enquanto analisava a mulher, que tinha mais ou menos a sua estatura, cabelos e olhos escuros, mas uma pele alva e muito bem cuidada. Kate chutaria uns 55 anos para ela. Tinha um corpo esbelto, e uma postura invejável. Não falava alto nem baixo, e sorria a cada cinco palavras. Era perfeita, Kate diria, se decidisse que gostaria dela. Mas Kate ainda não havia se decidido, e sentiu um grande alívio quando Castle a chamou para algumas fotos, coisa que antes ela odiaria.

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Castle: E aí?

Kate: Hum.... ok.

Castle: Ok? Kate, ela é perfeita!

Kate: É mesmo? E você tirou essa conclusão nos 3 minutos que ficou ao lado dela?

Castle decidiu que não era hora de travar uma batalha com o ciúme da esposa. Mudou de assunto rapidamente, e os dois se envolveram com o lançamento do livro.

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Horas depois...

Kate avistou Maggie sentada sozinha em uma mesa, enquanto Jim conversava com Jack perto dali. Pensou mais de uma vez se deveria se aproximar, e acabou se decidindo que sim, para seu próprio espanto.

Kate: Gostando da festa?

Maggie: Muito! – Maggie disfarçou o espanto ao ver Kate sentando-se na mesa com ela. Já sabia que a filha de Jim era uma pessoa difícil.

Kate: Então você é juíza?

Maggie: Sim, há 27 anos.

Kate: Conheceu meu pai no fórum? – Kate lembrou-se do pai dizer isso quando lhe contou sobre o namoro.

Maggie: Sim e não. Ele não te disse?

Kate: Eu não tive muito tempo de conversar com ele nos últimos tempos... – Kate mentiu. Não poderia simplesmente dizer que não queria tocar nesse assunto com o pai.

Maggie: Nós já nos conhecíamos de vista do fórum, mas não foi lá que conversamos pela primeira vez. Foi no cemitério.

Kate: No... cemitério?

Maggie: Bem, eu.... sou viúva há 10 anos, e eventualmente vou ao cemitério. Foi lá que encontrei seu pai, ele...

Kate: Visitava minha mãe. – Kate complementou.

Maggie: Isso. Nós nos reconhecemos e começamos a conversar.

Kate não sabia dizer se aquilo era estranho ou era o destino. Ou talvez se era um destino estranho. O fato é que seu pai havia encontrado outra mulher quando visitava sua mãe.

Maggie: Me desculpe tocar nesse assunto. – Maggie quebrou o silêncio deixado por Kate.

Kate: Não, não tem problema. Eu quero mesmo saber mais sobre como isso aconteceu. Eu digo porque meu pai sempre foi um homem sério, centrado no trabalho, e apaixonado pela minha mãe. Eu não sei como...

Maggie: Como ele foi gostar de mim? – Maggie ficou séria de repente.

Kate: Ah, eu... não quis dizer isso.

Maggie: Kate, eu entendo que seja difícil para você, mas... eu realmente gosto de seu pai.

Kate encarou a mulher por alguns segundos, pensando no que deveria dizer. A resposta saiu sincera e objetiva.

Kate: Eu sei.

Maggie: Sabe?

Kate: Sei. Como eu disse, meu pai é um homem sério e centrado no trabalho. Você não ficaria com ele se não gostasse realmente dele. Assim como ele também não ficaria com alguém que ele não gostasse. – Kate concluiu, e de repente algo se desfez nela. O bloqueio que tinha criado contra Maggie caiu ao perceber que, se seu pai havia dado aquele passo, não era por algo à toa. Jim devia realmente gostar dela.

Maggie: Então está tudo bem?

Kate: Sim, está – Kate sorriu tímida.

Maggie: Ufa – Maggie respirou fundo – Isso me deixa mais aliviada.

Kate: Por que?

Maggie: Porque nunca daria certo se você não aprovasse.

Kate: Você já conquistou meu pai, por que eu deveria aprovar?

Maggie: Porque você é a pessoa mais importante no mundo para ele. – ela fez uma pausa – Quer dizer... vocês três – ela concluiu assim que Johanna e Alexander chegaram até elas.

Jo: Tia Maggie, eu trouxe um doce para você.

Maggie: Obrigada, querida!

Kate: Bem, a aprovação deles você já tem – Kate se levantou – e a minha também – ela sorriu para Maggie e deu um beijo em Jim, que acabara de se aproximar.

Jim: Obrigado – Jim falou baixo para Kate, enquanto Maggie era rodeada pelos gêmeos, que falavam sem parar.

Kate: Você está feliz, pai. E isso me faz feliz.

Jim: Obrigado, minha Katie.

Kate: Mas você sabe o que acontece se ela deixar de te fazer feliz, não sabe?

Jim: Você não ameaçou atirar nela, ameaçou?

Kate: Não, mas eu realmente tenho uma arma.

Jim: Não será necessário.

Kate: Assim eu espero – Kate deu outro beijo no pai e saiu.

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Castle: Gostei de ver – Castle abraçou a esposa assim que ela se aproximou dele.

Kate: Não doeu tanto quanto eu pensava.

Castle: Sério?

Kate: Eu acho que minha mãe gostaria de vê-lo feliz.

Castle: Eu tenho certeza disso, amor.

Kate: Mas essa história toda me fez pensar... Rick, se eu morrer antes de você, você ficará com outra?

Castle: Kate, para de falar besteira!

Kate: Eu estou falando sério! Eu não queria outra cuidando dos meus filhos...

Castle: Kate! – Castle ficou sério – Em primeiro lugar: você não vai morrer porque eu não vou deixar. Em segundo lugar: é óbvio que eu não quero ninguém além de você. E você está proibida de pensar esses assuntos, ouviu?

Kate fez que sim, e Castle a apertou contra seu peito.

Castle: Eu nunca amarei outra mulher, Kate.

Kate: E eu nunca vou deixar de te amar, Rick.

Os dois se beijaram, sem se importarem com os flashes. Naquela noite, o assunto voltou à mente de Kate. Pensar como seria a vida de Castle e de seus filhos sem ela era triste e sombrio. Apertou-se contra o peito do marido, e fez com que os braços dele a prendessem forte. Não, ela não queria deixá-los, ela queria estar sempre ali, para todos eles. Sempre.


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