Keep Calm and Try to not Hate Him escrita por ApplePie


Capítulo 7
Capítulo 6 - Um milagre acontece


Notas iniciais do capítulo

Oláaa pessoas!!
Desculpem a demora, mas é que eu estou tentando aproveitar ao máximo os últimos dias de sossego que eu terei. Afinal, cursinho já está batendo na minha porta.
Capítulo com certas revelações para suprir esses dias sem KC2.
I hope you enjoy,
Kissus



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Charlotte DarkShadow

Andrew olhava para mim e para Donnavan sem saber ao certo o que fazer.

Donnavan era um ano mais velho do que eu apesar de ter uma mentalidade de uma criança de cinco.

Eu percebi o rápido lampejo de vergonha e desconforto que passou pelo seu olhar.

— Fico feliz que você esteja bem, Charlotte — ele disse meio rígido.

Eu não o respondi. O que fez com que o clima ficasse mais tenso ainda.

— Eu... vou indo, Andrew — ele deu um rápido aceno e foi embora.

— Você vai me contar o que foi isso? — Andrew perguntou muito curioso.

Eu olhei para ele e suspirei. Se eu não contasse, era muito provável que Donnavan iria falar o que aconteceu e no seu ponto de vista. Eu precisava encarar meu passado e falar com Andrew.

— Eu vou te contar, mas só se você me pagar um sorvete.

Andrew esboçou um leve sorriso e continuamos a fazer as compras.

***

Assim que deixamos, ou melhor, que Andrew deixou as sacolas em sua casa, ele saiu correndo e me puxou para o parquinho mais próximo que vendia sorvete.

Eu comecei a me lambuzar no meu sorvete de pistache sem ligar que provavelmente eu tinha acabado de ganhar um bigode verde.

Quando acabamos com nossos sorvetes, eu suspirei e comecei a conversar.

— Há um tempo, eu fui para um acampamento no intuito de conhecer novas pessoas e a me socializar melhor. Você deve ter percebido que eu não sou a pessoa mais educada e social do mundo, certo?

Andrew riu e assentiu para eu continuar.

— Nesse acampamento eu conheci três amigos super legais. Um era seu irmão, Donnavan, um cara tímido chamado Richard e outro era o engraçado da turma, Johnny. Nós três ficamos inseparáveis, sabe? Era bem legal andar com eles e tudo e eles sempre estavam me deixando feliz. No entanto, Donnavan e Johnny começaram a fazer umas coisas que eu não gostava e logo Richard começou a odiar também, eles nos desafiavam a fazer coisas nem sempre boas ou seguras o tempo todo e zombava de algum de nós quando a gente se recusava.

Suspirei e continuei.

— Eu e Richard levamos aquilo em frente porque nós realmente pensávamos que nós quatro éramos grandes amigos e que os outros dois nunca iriam fazer nada insensato. O que é óbvio: eu estava profundamente enganada.

Andrew me ouvia com total atenção. Eu mudei meu olhar para uma árvore perto do parquinho.

— Lembro até hoje do dia em que aquilo aconteceu. John e Donnavan me falaram para pular no lago do acampamento de noite e eu disse que não iria fazer isso. Podia haver uma cobra ou sabe-se lá o que lá em baixo. Eles começaram a zombar de mim e eu os ignorei. Até que no dia seguinte foi a mesma coisa e eu acabei aceitando, iria ser um rápido mergulho e pronto. Quando eu fiquei em frente àquela água gelada sem conseguir enxergar um palmo na minha frente, eu “amarelei” — eu disse fazendo aspas com as mãos. — Johnny não ficou tão feliz e acabou, como uma simples brincadeira inocente, me empurrando para a água. O problema era que, como eu não tinha enxergado nada e acabei me desesperando um pouco, alguns galhos que tinham nascido perto do deck acabaram se emaranhando no meu tornozelo e eu não conseguia subir.

Eu comecei a tremer ao me lembrar daquela sensação.

— Era totalmente desesperador, sem conseguir subir, ficar no escuro e no frio sem respirar. Eu achei que eu ia morrer. Mas os meninos perceberam que eu não estava mais subindo e chamaram os monitores. Eu apaguei pela falta de ar, mas logo conseguiram tirar a água que eu engoli. No dia seguinte, Donnavan não olhava na minha cara porque é um covarde, Richard viu que eu estava chateada e enfurecida e ainda teve a audácia de falar: “Ninguém mandou você confiar tanto nas pessoas”. E Johnny... bem, o garoto ficou com muito medo, mas ele não tinha medo que eu morresse, ele tinha medo que a culpa iria sobrar para ele. Enfim, eu nunca mais vi nenhum dos três e sempre dei graças à deus por isso. Até agora.

Olhei para Andrew que parecia envergonhado.

— Me desculpe. Eu não tinha ideia do que meu irmão tinha feito.

— Eu só sei que desde então eu não consigo confiar nas pessoas totalmente. É difícil, sabe? — eu falei fechando os olhos, exausta.

Andrew não falou nada, mas me comprou outro sorvete. E aquilo significava muito para mim.

***

Estava de noite e eu estava extremamente entediada. Tio Allan ficou assistindo “Gotham” comigo até dar o horário da janta.

Minha mãe usando seus superpoderes, sentiu que eu precisava de algo animador e gostoso então fez uma deliciosa torta de palmito e como sobremesa um bolo de morango e chocolate.

Eu fiquei brincando no meu celular de “Plants vs. Zombies” até eu sentir que eu precisava falar com alguém.

Olha só, um milagre tinha acontecido!

Eu querendo falar com os meninos e não o contrário.

Fui até a casa de Colby, mas não vi ninguém. Estranhei. Ele sempre estava em casa ou pelo menos a babá das crianças.

Acabei decidindo ver se ele foi para a casa de James. Lembrei que ele sempre ia visitar James quanto tinha tempo.

A casa de James era bastante grande considerando que as únicas pessoas que moravam lá era ele e os pais. Minha mãe praticamente investiu quase todo o terreno no jardim de trás da casa, até porque eu ficava mais no meu quarto e meus pais ficavam o dia inteiro praticamente trabalhando.

Toquei a campainha e fiquei esperando.

Suspirei e toquei de novo.

E mais uma vez.

E mais uma vezinha.

Na quinta vez, a mãe de James abriu a porta.

Lena, a mãe de James, assim como ele tinha belos olhos verdes e cabelo moreno. A única diferença entre eles era o tipo de cabelo – o dela era todo cacheado – e os traços do rosto.

Lena era de estatura média assim como eu, então eu não tive que olhar para cima para falar com ela.

— Charlotte! — ela disse sorrindo. — Desculpe o atraso. É que os meninos acabaram de chegar com as malas e...

— Malas? — eu perguntei confusa.

—... Eles estão lá em cima — ela continuou falando. — Pode subir se quiser.

Assenti agradecendo e subi rapidamente as escadas.

Abri a porta apenas para me deparar com James e Colby carregando um monte de malas enquanto os irmãozinhos de Colby estavam assistindo os dois garotos do mini sofá que o quarto de hóspedes tinha enquanto comiam cookies.

— O que está acontecendo? — eu falei sem me preocupar em dar oi.

Ambos pararam de fazer o que eles estavam fazendo para me olhar.

— Oi Charlie — Colby disse e ele aparentava meio abatido.

— Então, vocês podem me dizer o que está acontecendo?

Ele suspirou e pegou um dos cookies que tinha na jarra que seus irmãos estavam comendo.

Ele ia dizer alguma coisa até parar e fazer uma cara de quem realmente estava gostando o que estava comendo.

— Isso é bom — ele disse para James.

— Colby, foco! — eu estalei meus dedos.

— Certo, certo. — Ele sentou no chão. — O que está acontecendo, Charlotte, é que eu estou tentando ganhar uma causa para poder morar com meus irmãos. Mas até lá, vou ter que ficar por aqui já que Lena é minha madrinha.

Eu tinha esquecido desse fato. As mães dos dois já se conheciam, mas eu ouvi dizer que a amizade delas ruiu faz pouco tempo. Não sei se é por causa do que aconteceu com o pai de Colby.

— E o que você vai fazer? — eu perguntei meio abobada.

— Eu vou tentar de qualquer jeito ficar aqui com meus irmãos.

Eu não pude deixar de notar que estava para eclodir uma 3ª Guerra Mundial.

Ou uma novela.

Com tantas coisas que estavam acontecendo ao mesmo tempo.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado.
Por favor, comentem, favoritem e recomendem!!!
Só queria avisar que a fic vai ter mais 13 capítulos. Sim, eu sei que é curta, mas esse é o intuito. Até porque eu quero acabá-la logo para me focar em FM e CB. Então, por favor, gente, comentem e recomendem porque eu ando tento a sensação de que essa fic não está sendo tão boa quanto deveria =/
Próximo capítulo deve sair nesse final de semana.
Byebye