Keep Calm and Try to not Hate Him escrita por ApplePie


Capítulo 12
Capítulo 11 - Mamãe Colby Cozinheira


Notas iniciais do capítulo

OI GENTE, EU NÃO MORRI. MILHÕES DE DESCULPAS PELO ATRASO. SÉRIO!!
Bem, desculpem mesmo por demorar mais que o prometido. É que aconteceu uns problemas na minha família, acabei ficando sobrecarregada com o cursinho (tenho MUITA LIÇÃO - para vocês terem noção, só de literatura eu tenho 32 fucking exercícios, sendo que tenho mais 13 outras matérias com lição e duas redações pra fazer, além de eu ter tido simulado sábado e domingo '-') e eu estou doente =/
Então, desculpem o atraso, eu ainda estou me adaptando a toda essa loucura, mas prometo postar semana que vem o próximo!
Quero agradecer à "Gaby Swift" por ter favoritado a fic!!!
I hope you enjoy,
Kissus



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Charlotte DarkShadow

Eu ia matar o Colby.

Eu. Ia. Matar. Aquele. Filho. De. Uma. Mocoronga.

Mesmo sabendo que “mocoronga” não existe.

Eu finalmente estava começando a lidar com todos aqueles conflitos internos. Eu finalmente estava percebendo que ter amigos não iria me fazer mal e que talvez era melhor eu ser ao menos ter uma leve educação.

Até que Colby decidiu dar uma de bêbado-louco e me beijou.

Falar que eu não consegui dormir era um entendimento.

Eu fiquei subindo e descendo as escadas da minha casa enquanto comia uma barra de chocolate (inteira, mas isso é só um detalhezinho) até minha mãe ouvir o barulho e me mandar dormir (“mandar” é outro entendimento, ela começou a resmungar como uma velha louca e disse que se eu não fosse dormir, eu provavelmente estaria dormindo no quintal no dia seguinte) e, quando eu cheguei ao meu quarto, eu quase quebrei minha cama de tanto ficar me remexendo.

Resumindo, eu não dormi nada. E quando eu não durmo nada, o demônio ressurge a partir dos meus pensamentos e toma conta do meu corpo.

Exorcismo seria fichinha para tirar o demônio que estava dentro de mim naquele momento.

Naquele momento eu tinha milhões de pensamentos na minha cabeça.

Será que aquele beijo significou para mim tanto quanto significou para ele? Será que ele se lembra? E mais importante: O que será que eu estou sentindo nesse exato momento?

Era estranho pensar que Colby tinha me beijado. O garoto praticamente cresceu comigo e bem, claro que ele é bonito e engraçado e claro que não foi um beijo ruim. Foi curto e ele cheirava a vodka, mas seus lábios eram macios e...

ZONA DE PERIGO!! Eu não posso pensar assim. Eu apenas preciso pensar em achar respostas.

— Precisamos conversar sobre o fato de você ter ficado bêbado e ter me beijado, Cobalt.

Eu realmente fiquei (por um nanosegundo) com dó do menino. A cor inteira de seu rosto tinha desaparecido.

Então quando ele se fez de desentendido, eu sabia que ele estava mentindo.

— Colby — eu disse cruzando os braços. — Você precisa me dizer logo...

— IRMÃO, IRMÃO! — eu ouvi duas vozes gritando atrás de mim.

Na porta, os dois irmãozinhos de Colby, Ash e Logan, estavam de mãos dadas com James e acenando freneticamente para ele.

Eles fizeram um barulho de surpresa quando me viram.

— É A CHARLIE!

E eles correram para me abraçar.

Claro que você deve estar pensando: Charlotte odeia crianças e, acima de tudo, ODEIA ser chamada de Charlie.

Mas não tinha como dizer não para os Gêmeos Haynes. Eles eram fofos demais para isso.

Eu deixei ser abraçada e ambos começaram a gritar sobre como tinha sido passar o dia na casa da família de James.

Eu podia ouvir Colby levemente sussurrando um “salvo pelo gongo” e suspirou. James sem entender nada da situação apenas acenou uma despedida e saiu da casa sem dizer mais nada.

Ash e Logan logo ficaram dizendo em alto e bom tom para Colby o que eles queriam comer.

Bolo.

E é claro que eu estava ficando. Ficar significava, naquelas condições, respostas e bolo.

Ambos os gêmeos começaram a brigar um com o outro sobre o sabor de bolo. Ash queria de chocolate enquanto Logan queria de banana.

Colby, se segurando para não rir, tentou acalmá-los.

— Acalmem-se crianças!

É claro que os dois escutaram o Colby, para essas crianças, Colby era como uma mamãe.

Mamãe Colby cozinheira, no caso.

Depois de uma tarde – sem respostas, devo dizer – e cheia de bolo, as crianças subiram para o quarto deixando eu e Colby sozinhos.

Colby lavava a louça de uma forma MUITO lenta. Bufando já estressada, eu abri a boca para falar quando a campainha tocou.

Puta. Que. O. Pariu.

As pessoas realmente não queriam que eu trocasse uma dúzia de palavras com o Haynes!

Decidi abrir a porta, afinal a casa de Colby era um território familiar para mim desde que os dinossauros foram extintos.

Ou não, né? Vai saber o que existe no centro da terra.

Fiquei monstruosamente surpresa quando me deparei com Donnavan.

— O que você quer? — eu disse sem tentar parecer ao menos civilizada.

Ele engoliu seco.

— Eu vim dizer que eu estou indo embora. Eu nunca ia morar aqui e... bem... antes disso...

— Diz logo, Donnavan — eu revirei os olhos.

— Eu quero me desculpar. Por tudo. Nós dois sabemos que por mais que o culpado tenha sido...

— Eu não me importo com quem seja o culpado — eu hesitei um pouco, ao retomar a fala. — Na verdade, eu me importo sim. Mas entre você e ele eu não me importo, afinal ambos estavam errados. Tudo o que eu queria era um pedido de desculpas e quem sabe um conforto.

Donnavan baixou o olhar, culpado.

— Por culpa de vocês eu não fiz quase nenhum amigo, por culpa de vocês eu demorei um tempo para poder voltar a nadar, por culpa de vocês eu tive pensamentos horríveis, mas quer saber de uma coisa? Foda-se, porque pelo menos agora eu tenho amigos de verdade. Eu aceito seu pedido, Donnavan, por mais que ele esteja um pouquinho atrasado — eu disse ironicamente. — Mas mesmo assim, isso não significa que eu vou pedir seu telefone e nós vamos combinar de ir ao salão toda sexta.

Don supriu uma risada no final da minha frase, mas voltou ao seu estado melancólico.

— Eu sei e eu realmente vi...

— Que se desculpar não arranca pedaço? — eu completei.

— Sim e qu...

— Que você deveria fazer muito mais que se desculpar?

Ele suspirou.

— Sim. E obrigado por aceitar meu pedido. Eu realmente sinto muito e espero que você consiga ficar melhor daqui em diante.

Eu acenei e não disse nada enquanto ele se afastava. Era simples: ele pediu desculpas, eu aceitei – claro que não significava que eu havia perdoado totalmente ele – e ele iria embora e eu iria seguir em frente como sempre fiz e sempre vou fazer.

Fechei a porta e tomei um susto ao encontrar Colby com uma careta atrás de mim.

— O que foi? —eu perguntei.

— Eu não gosto dele — foi tudo o que ele disse, mas eu sabia que ele queria dizer bem mais.

— Então somos dois — eu disse, encerrando o assunto. — Venha, precisamos terminar nossa conversa.

***

Aparentemente “terminar nossa conversa” significa Colby ficar olhando hesitantemente para mim.

Bufei.

— Dá pra você falar alguma coisa?

— Eu não sei o que falar, Charlie — ele mexeu no cabelo.

— Que tal falar sobre o que esse beijo significou para você? Ou sobre o que você estava pensando quando me beijou? Sabe, seria legal você me dizer essas coisas.

— O que esse beijo significou pra você? — ele perguntou.

Eu comecei a gaguejar.

— E-eu n-não sei. Sei lá, — suspirei tremendo — eu não sei o que pens-sar...

— Você gostou? — ele começou a perguntar se aproximando de mim. — O que esse beijo significou pra você, Charlie.

— A questão não sou EU! — eu comecei a gritar tentando suprir as perguntas que nem eu conseguia responder, e talvez tivesse medo de responder. — É voc...

— Tudo bem, Charlie! — ele disse levemente irritado por eu não ter respondido e ao mesmo tempo derrotado. — Eu te beijei porque eu estou apaixonado por você! — ele disse.

Seus olhos estavam em chamas e demandavam uma resposta licenciosa minha.

O problema era que eu tinha medo dessa resposta, ainda mais quando eu percebi que meu coração estava batendo como um tambor e que minhas bochechas estavam pegando fogo.


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Notas finais do capítulo

MUAAHAHAHAHA I'M EVILLLL por ter parado aqui :$
Espero que tenham gostado ;)
Genteeeee quero dar um aviso: nesse final de semana eu vou postar a minha fanfic de TMI que faz milênios que eu não posto E vou postar FM. Porque uma leitora minha pediu com muito carinho para eu fazer nem que seja um curto capítulo de FM e eu acabei dizendo que faria até mesmo porque eu ia voltar com FM e CB assim que acabasse KC2 o que eu pensava que iria acabar antes de Abril (mas podemos ver que não está saindo como planejei). Anyway, próximo capítulo sai semana que vem!
Comentem, favoritem ou recomendem!! Eu não mordo, prometo!
Byebye