Keep Calm and Try to not Hate Him escrita por ApplePie


Capítulo 11
Capítulo 10 - O garfo de patos


Notas iniciais do capítulo

Oie, gente bonita.
Não estou animada por algumas razões, na verdade só uma: EU ESTOU MORTA! Gente, ninguém merece pegar o metrô de SP às 6:30 num sábado para ter aula das 7 ao 12:30. E como minha área é Biológicas (Farmácia é o que eu quero) e o reforço é específico, eu faço aulas de sábado com a galera que quer Medicina.
Imagina. A. Porra. Do, Clima. Tenso. E. Um monte de gente que sabe fazer coisas que eu nem imaginaria que existisse.
Sério, ninguém merece ir pro cursinho de sábado só pra perceber o quanto eu era inocente e ingênua sobre o mundo de vestibulandos.
Enfim, eu estou super cansada por causa do ritmo do cursinho e meu PC deu uns problemas na bateria (eu comprei uma nova, estou esperando chegar!) então eu fiquei alguns dias sem PC porque eu precisava ver em qual lugar tinha a merda da bateria e por isso demorei tanto para postar.
Anyway, quero agradecer à "AlwaysAlone" por ter favoritado a fic! =D
I hope you enjoy,
Kissus



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Colby Haynes

Charlie e eu paramos numa Pizza Hut para comer enquanto ela me contava toda a sua história.

No começo ela estava bem desconfortável, mas assim que a comida chegou, ela pareceu estar ocupada demais com a borda recheada da pizza para ligar que estava contando um de seus maiores segredos.

Quando ela terminou de me contar tudo, eu não sabia o que falar.

Por mais que eu conhecesse Charlie por tanto tempo eu fui muito cego quanto aos seus segredos. Sem contar que ela era como uma incógnita: eu nunca sabia que reação eu deveria apresentar para não machucar seus sentimentos.

Contudo, Charlie não gostaria que eu mentisse para ela, então eu deixei minha raiva à mostra sem precedentes.

— Como alguém pôde deixar isso acontecer com você?! — eu disse irado.

Ela deu de ombros.

— E seus pais souberam disso?

Ela suspirou.

— É complicado, Colby, e eu não quero mais falar sobre esse assunto. Eu só quero comer minha pizza de graça em paz e ir para casa — ela disse meio cabisbaixa.

— Desculpa — eu suspirei. — Desculpa por não estar ali com você antes e...

Ela soltou uma risada sem fôlego.

— Pare de se culpar, Colby. Você não tem nada a ver com essa história. Você pode não ter conhecido essa história antes, mas você sempre esteve lá para mim.

Charlotte definitivamente seria a minha morte. Assim que ela disse essas palavras meu coração acelerou e eu apenas comi minha pizza sem dizer nada.

— Você está bem, Colby? Você está vermelho — ela disse confusa.

Ainda bem que ela muito ignorante no quesito de amor.

— É a pizza — eu respondi de boca cheia.

***

No dia seguinte, eu estava em frente a minha mãe perguntando qual foi a resposta de todo o processo.

— Vocês vão poder morar sob a tutela de sua madrinha — eu suspirei. Ela nem chamava mais a própria amiga pelo nome. — E eu precisarei ficar mais de olho em tudo. Mas sim, vocês vão poder ficar em Gales.

Uma onda de serenidade tocou meu coração, logo depois uma alegria imensa e eu tive que sair correndo para contar para todo mundo.

James foi a primeira pessoa que eu encontrei.

— Hey, cara, por que você não está na escola? — eu perguntei curioso.

Eu tinha decidido faltar na escola por causa desse problema com a guarda, mas foi estranho ver James em sua casa.

— Não soube? A escola ligou, parece que alguns canos estouraram e então as aulas foram canceladas por hoje.

Hoje era definitivamente um bom dia.

— E você?

— Eu vou ficar aqui! — eu disse animado.

— Hey, cara, isso é ótimo! — James sorriu para mim e me deu tapinhas nas costas. — Já contou para Charlotte?

— Ainda não, eu não encontrei ela — eu disse.

— Bem, então antes — ele disse com um sorriso. — Que tal comemorarmos antes?

***

James convidou o time inteiro de basquete para comemorar.

Estávamos numa balada perto do centro da cidade. Eu e ele deixamos meus irmãos com a mãe dele.

— E aí, Colby? — Raymond disse já bêbado.

— Hey, Ray?

— E como anda as coisas com a sua garota?

Cocei minha nuca.

Ainda bem que eu fui salvo por Trent, outro cara do time, que chamou Raymond para um jogo que envolvia shots de tequila.

A música estava entrando na minhas veias e eu acabei perdendo a ideia de quantas bebidas eu misturei e tomei.

Eu olhei para James e me choquei com a habilidade dele de ainda estar de pé. Ele estava cantando uma loira que deveria ter uns cinco anos a mais do que ele.

Eu decidi parar de tomar bebida e comecei a tomar refrigerante.

Não caiu muito bem no meu estômago.

Depois de ter esvaziado metade das coisas que eu tinha consumido no banheiro, eu acabei voltando para o bar para tomar uma água e tentar comer alguma coisa.

— Aqui — o cara colocou um sal de frutas na minha frente. — Primeira vez, ein? —ele disse com um sorriso de quem já tinha passado por isso.

Eu assenti e agradeci.

Depois de ter tomado o sal de frutas e ter comido um lanche natural, eu decidi que era hora de eu ir para casa.

Mas é claro que o time não pensava assim.

Depois de ter que ter tomado um drink (outro, provavelmente pela quarta vez) para comemorar o fato de eu ter ficado, eu consegui ir embora.

Achei um táxi rapidamente e fui para minha casa.

Mas é claro que mente de bêbado pensa de outra forma.

Se é que pensa.

Não me pergunte como, mas eu parei em frente à casa de Charlie porque eu precisava contar uma coisa muito importante para ela.

Comecei a tacar pedrinhas na sua janela e não pude deixar de pensar o quanto clichê aquilo era. Comecei a dar risada.

Charlie abriu a janela com uma cara de confusão misturada com sono misturada com raiva.

— Colby? — ela sussurrou espantada.

— Hey, Charlie — eu disse com as palavras meio arrastadas. — Será que você poderia vir aqui?

Em menos de um minuto, Charlie estava na minha frente.

— O que é? — ela perguntou ainda com sono.

Eu não pude deixar de pensar o quão bonita ela estava mesmo com o pijama enorme em seu corpo e cabelos desarrumados.

— E-euprecisssofalaruma... coisa importantepravocê — eu disse meio arrastado.

— Colby, você está bêbado?

Eu parei por um segundo.

— Talvez.

— Certo — ela disse ainda confusa. — E o que você precisa me dizer?

O que eu precisava dizer pra ela? Ah, é, que eu vou ficar.

— Eu vou ficar aqui, Chalie — eu disse sem nem conseguir pronunciar o “r”.

Sua face de confusão tornou-se uma de felicidade e ela me abraçou. Ela começou a falar muitas coisas bonitas, mas eu não consegui pensar direito. Tudo o que eu conseguia pensar era nela em meus braços. Seu cabelo estava com cheiro de lavanda e ela estava quentinha em meus braços.

— Colby, eu...

Eu não deixei ela terminar de falar e agi sem impulso.

Você provavelmente deve saber o que aconteceu ali, afinal como eu disse bêbados não pensam direito e eu era mais que um bêbado. Eu era um garoto cheio de testosterona apaixonado.

Então é claro que eu grudei meus lábios nos dela.

E depois deixei a escuridão tomar conta de mim.

***

Acordei na minha cama com o som do meu despertador.

Minha cabeça latejava e minha roupa estava cheirando a bebida e fumaça artificial de balada.

Levantei e percebi que tinha duas aspirinas na minha escrivaninha com um copo de água.

Meus irmãos não estavam em casa, provavelmente estavam ainda na casa dos pais de James. Eu tinha que buscá-los.

Tomei um banho rápido e meu estômago gritou por comida.

Decidi tomar café-da-manhã antes de ir. Me arrastei até a cozinha e comecei a preparar ovos mexidos e chá para eu comer.

Eu não estava a fim de lavar a louça e só tinha talheres dos meus irmãozinhos, então eu acabei comendo meus ovos com um garfo de patos.

Enquanto eu estava comendo a campainha tocou.

Abri a porta me deparando com uma Charlotte sem expressão.

Eu quase engasguei com a minha comida.

Eu tinha beijado ela. Eu. Tinha. Beijado. A. Charlie.

Puta que o pariu.

Tentei encontrar calma aonde não existia e deixei Charlotte entrar na minha sala tentando parecer natural.

— Hey, Charlie, linda manhã, né?

Silêncio.

Ela sentou-se no meu sofá e ficou me observando.

Engoli seco.

Ela ficou depois olhando para o meu garfo de patos.

— Você está com ciúmes do meu garfo de patos? — eu perguntei tentando mudar o clima.

Ela tentou suprir uma risada que eu percebi, antes que eu pudesse mudar para melhor ainda o clima, ela chutou o balde.

— Precisamos conversar sobre o fato de você ter ficado bêbado e ter me beijado, Cobalt.

E foi naquele momento em que eu percebi que:

a) Eu estava fodidamente fodido

E, além disso,

b) Charlie só me chama de Cobalt quando ela está exasperada com a minha pessoa.


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Notas finais do capítulo

Olha que milagre, pessoas! Eu não terminei o capítulo com o beijo, haahahhahaa =P
Enfim, por favor!! Comentem, recomendem ou favoritem!! Vamos paparicar a Applepie aqui que anda super cansada e carente por causa do demônio que chamam de cursinho!
Próximo capítulo deve sair na sexta que vem!
Byebye