Keep Calm and Try to not Hate Him escrita por ApplePie


Capítulo 10
Capítulo 9 - Tática de medo verbal


Notas iniciais do capítulo

Hello pessoas!!! Como estão?
Eu andei meio pra baixo esses dias, acho que o começo do cursinho foi um choque na minha realidade de que agora eu tenho que estudar pra valer e sacrificar alguns lazeres que eu tenho. Enfim, agora eu estou melhor e estou me ajeitando =D
Quero agradecer à "cintiia riios" por ter favoritado a fic ;)
I hope you enjoy,
Kissus



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Colby Haynes

Eu realmente precisava controlar minhas emoções.

Eu estava praticamente fugindo de Charlie há uns três dias e eu não poderia continuar com isso por muito tempo por simples motivos:

1 – Charlie estava ficando cada vez mais desconfiada e curiosa;

2 – Eu e ela iríamos fazer juntos um trabalho sobre uma viagem escolar para um museu.

Na primeira vez na minha vida eu odiei o fato da minha escola misturar as classes quando o assunto é exposições.

Nós teríamos que fazer uma redação de, no mínimo, duas páginas sobre o assunto dessa exposição: o Movimento Renascentista na arte, com dados falados pelos monitores.

O sorteio de duplas acontece entre os professores que darão nota nesse trabalho. Visto que eu sou uma das únicas pessoas que mais fala com Charlie, eles me colocaram pra fazer o trabalho com ela.

Eu não estava tecnicamente odiando. Afinal, eu adorava passar o tempo com ela. Porém, eu nunca tive que esconder um fato tão grande dela como o fato de eu estar apaixonado por ela.

Na sexta-feira às oito da manhã, nós estávamos no metrô indo para o museu.

Diferente da maioria dos dias, Charlie estava com o cabelo preso em uma trança – ela sempre teve o costume de deixá-lo solto – e ela estava lendo alguma coisa no celular.

— O que você está lendo? — eu perguntei mascarando muito bem meu nervosismo, o que era um milagre.

— Um livro num aplicativo chamado “Wattpad”.

Eu não sabia mais o que falar. Então eu fiquei observando a paisagem pela janela do trem.

Se isso significava me apaixonar por Charlie, então eu não queria mais isso. Eu tinha perdido toda a intimidade que eu sentia perto dela. Eu não sabia mais o que fazer nem falar. E o problema não era ela, era eu.

Ela bufou e bloqueou o celular.

— Sério, Haynes, você está começando a me irritar. O que aconteceu? Foi algo que eu fiz ou te disse? Eu duvido disso, afinal eu sempre te tratei da mesma forma e você nunca ficou desse jeito.

— Eu só estou nervoso. Nesse final de semana vai sair o resultado do julgamento — eu tecnicamente não menti.

Charlie parou como se subitamente tivesse se esquecido disso. Então ela apenas assentiu e voltou a ler no celular.

Joshua e Frank estavam num outro vagão, o que deixou os dois garotos bem chateados.

Pelo menos, James estava no nosso vagão a poucos metros de distância.

Falando em James...

— Eu já volto — eu disse para Charlie e quase saí de lá correndo.

Mandei uma simples mensagem para James.

Me encontre no banheiro. Preciso da sua ajuda.

C.

Poucos segundos depois, James apareceu na porta do banheiro.

— Eu fiquei com um pouco de medo sobre o que essa ajuda poderia se tratar — ele riu.

Eu iria rir se não fosse a sensação esquisita no meu estômago.

— James, eu não consigo mais agir normalmente com Charlie! Eu estou ficando maluco!

James sorriu simpaticamente e fechou a porta atrás dele.

— Você está apenas apaixonado.

— Então eu não quero estar! Eu pareço um idiota com essas emoções. Eu não consigo mais ficar normal perto dela.

— Isso é porque você fica se dizendo que ela não deve saber sobre seus sentimentos e fica se martelando pelo amor que você guarda por ela. Apenas deixe pra lá, Colby — ele deu de ombros. — Você gosta dela, mas não significa que você precisa agir de forma normal ou diferente. Apenas seja você. Sua amizade não vai acabar por causa do seu amor.

— Muitas acabam.

— E muitas não. Apenas pare de pensar no futuro, Colby. Pare de tentar parar de amá-la ou então de cobrir seus sentimentos.

Eu suspire. Ele tinha razão.

— Eu sempre tenho — ele disse rindo.

Eu grunhi, não tinha percebido que eu tinha falado em voz alta.

— Vamos logo, afinal faz um tempo que nós estamos aqui — eu ri junto com ele.

Alguém bateu muito forte na porta do banheiro.

— Hey, abra essa porta! Tem gente querendo usar o banheiro.

Eu abri a porta confuso e a professora de Artes percorreu seus olhos de mim até o James de boca aberta. Ela ergueu a mão antes que um de nós falasse alguma coisa.

— Eu não quero nem saber — e com isso ela fechou a porta.

***

Por incrível que pareça, depois do incidente no banheiro, eu consegui ficar numa boa com Charlie. Eu fui capaz de transformar tudo o que eu tinha pensado de negativo para uma coisa positiva.

Charlie gravou umas coisas faladas pelos monitores que achou importante e eu tirei umas fotos para podermos descrevê-las na nossa redação.

Quando estávamos voltando para o trem, Justine apareceu do nada e ficou de frente para Charlie.

— Oi Charlotte, como vai?

Charlie revirou os olhos.

Isso não ia acabar bem.

— O que você quer, Justine?

— Bem, eu queria saber se você estava bem é claro — ela piscou inocentemente.

Como se nós acreditaríamos.

— Eu soube de umas coisas interessantes — ela continuou com um sorriso perverso no rosto. — Algo como um acampamento com dois outros garotos. Um no qual você quase foi afogada.

Charlie ficou branca e eu entrei em choque.

— Diga-me, Charlotte querida, é por isso que você é fria com todo mundo? Porque você acha que todo mundo vai tentar te afogar? Ou apenas você quer chamar a atenção?

Eu não sabia o que dizer. Eu não estava entendendo nada, mas eu sabia que Justine não estava mentindo pela cara de Charlotte.

Charlotte fez uma coisa que eu nunca pensei que ela faria. Ela puxou Justine pela gola da blusa até que a outra abaixasse o suficiente para encontrar os olhos de Charlie que queimavam mais que o inferno.

— Sério, mesmo, Justine? — ela falou com uma voz mais fria que o gelo. — Tudo isso para conseguir a atenção de Colby? Sabe o que você é: uma imbecil. Imbecil por servir a imagem que o mundo quer: de uma mulher disposta a fazer tudo por um homem, a imagem de uma mulher sendo taxada de vadia porque é estúpida o suficiente para enfrentar outra quando não tem a mínima chance.

Charlie empurrou Justine que estava branca e mais chocada que eu.

— Saia da minha frente, sua infeliz. Antes que eu quebre o meu pensamento de anti-violência.

A garota assentiu com quase lágrimas nos olhos já e saiu mais rápida que o Flash.

— O que foi isso, Charlie? — eu perguntei espantado.

— Feche a boca, Colby — ela ajeitou a blusa.

Charlotte suspirou e virou-se para mim.

— Isso, meu amigo, foi uma tática de medo verbal.

— Não foi disso o que eu quis dizer, Charlie — eu disse mais sério. — O que foi que Justine quis dizer com tudo aquilo?

Charlie parou de ajeitar sua blusa e olhou para mim seriamente, mas eu podia ver melhor. Tinha um profundo desconforto em seu olhar.

— Bem — ela disse, por fim. — Eu não estou a fim de falar uma coisa tão importante no meio da rua. Eu exijo uma pizza para manter a conversa mais alegre.


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Notas finais do capítulo

Animad@s para o próximo? Eu certamente estou =)
Próximo capítulo também terá POV do Colby. Devo postá-lo na sexta porque eu quero ver se na terça ou quarta eu posto um capítulo da minha fanfic de Mortal Instruments.
Anyway, até lá, comentem, favoritem ou recomendem!!!
Byebye



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