Welcome To Hell escrita por Thatty


Capítulo 3
E que comecem as aulas!


Notas iniciais do capítulo

Oi gente! Ta ai mais um capitulo prontinho pra vocês! Espero que vocês gostem.

Boa Leitura!



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Meu segundo dia no instituto começou cedo e eu não me sentia nada disposta e muito menos preparada pra voltar às aulas! O alarme soou 07:30 e quando levantei Leah já não tava na cama. O quarto estava vazio.

Fui direto pro banheiro tomar um banho rápido. Assim que sai coloquei uma Legging preta rasgada, um All Star branco e uma blusinha cinza. Soltei os cabelos e quando sai do banheiro Leah estava se olhando na frente do espelho arrumando a maquiagem, sorriu ao me ver.

–Hey, bom dia! - Ela se virou pra mim animada. Pena que eu não usufruía da mesma animação.

–Bom dia!

–Ontem não terminamos o nosso tuor, ficou faltando o refeitório. Vou te leva lá ai agente toma café antes da aula!

Ela não me deixou responder e saiu puxando meu braço pra fora do quarto. Alguns alunos já circulavam pela escola e eu estava em modo zumbi já que passei a noite inteira acordada com medo de pegar no sono e ter outro pesadelo.

Eu também não estava com muita fome, por isso assim que chegamos ao refeitório peguei só um suco e uma maça pra sobreviver às aulas.

–Eu sei que vai parecer evasivo mais eu li sua ficha! - Leah disse naturalmente como se fosse algo que ela fizesse todos os dias. Eu a encarei - O que? Depois daquela cena com o Wayland fiquei curiosa pra saber por que você veio para aqui. Depressão, síndrome do pânico, viu a morte dos pais... - Falou contando nos dedos

–Olha só, minha síndrome do pânico já ta controlada. E eu tecnicamente não estou com depressão, é só inicio... - Disse tentando me defender. E ela soltou um riso.

–Então ta bom! - Deu de ombros.

–E eu posso saber por que você ta aqui? - Perguntei e ela me olhou cerrando os olhos. - Nos vamos dividir um quarto me sinto no direito de saber, e você leu a minha ficha!

–Tudo bem! Quer um resumo ou a historia inteira, já aviso que é longa!

–Eu tenho tempo! - Falei dando uma mordida na minha maça. Ela suspirou deixando o prato de canto. Por um momento achei que ela não fosse falar nada, mas enfim ela disse.

–Meus pais são separados desde que eu era pequena. Não vejo o meu pai há uns três anos eu acho, minha mãe vive mais fora de casa do que tudo passa a maior parte do tempo em festas, com namoradinhos ou bêbada. Nos brigávamos o tempo todo, minha casa era um inferno, então eu e meu irmão tínhamos um jeito próprio de esquecer os problemas. Na escola eu era o terror, já fui expulsa de três, já fugi de casa muitas vezes, já passei a noite numa delegacia entre muitas outras coisas que já fiz! Quando eu coloquei fogo no banheiro da minha antiga escola eu fugi por dez dias, meu irmão foi comigo, mas ela achou a gente. O conselho tutelar disse que se ela não desse um jeito nos filhos dela, eles iriam tirar a nossa guarda e nos colocar em um internato. Então ela achou que nos colocando aqui ela iria resolver a situação, então nos jogou aqui. Não porque queria nos ajudar ou talvez proteger os filhos dela. Ela fez isso por dinheiro, porque sem a nossa guarda meu pai não pagaria mais a minha pensão e porque ela também não agüentava mais a gente. Por isso eu estou aqui! E provavelmente só vou poder sair depois dos 18 que vai ser quando eu puder mandar na minha vida!

Eu a encarava sem palavras. Afinal o que eu poderia dizer?

–Eu sinto muito por você e seu irmão! - Ela sorriu. Remexendo na comida em seu prato.

–Sinto muito pelos seus pais!

Também não falei nada. Fiquei observando Leah e quem olha se pra ela assim, tão bonita, com um sorriso brilhante, não imaginaria o que ela passa. Na verdade eu não imaginava o que cada um desses alunos deveriam passar para estar no instituto, e pensar demais nisso me causava náusea.

–E seu ombro como ta? - Ela mudou de assunto.

–Dolorido, mas ta melhor!

–Aquele idiota é o Peter, não liga pra ele, é problemático!

–Pensei que todos os alunos do instituto fossem.

–Acredite em mim, o Peter consegue se superar - Ela falou rindo.

–Você o conhece? - Perguntei curiosa.

Afinal ela falava de um jeito como se eles fossem íntimos.

–Bom, infelizmente convivo com ele mais do que gostaria. Ele e meu irmão são melhores amigos - Disse bufando. Não parecia gostar muito dele.

Ficamos conversando por mais um tempo ate o sinal tocar. Ótimo minha primeira aula, caminhei ate o meu mais novo armário e peguei meu material seguindo pra aula.

Minha primeira aula seria inglês e eu demorei um tempo pra achar a sala. Havia alguns alunos já que me encararam como se eu fosse um E.T. Esse é o lado ruim de ser aluna nova. Mas eu já estava acostumada, eu me mudava com certa freqüência, já que meus pais tinham uma rede de empresas, então esse tipo de coisa não era novidade pra mim.

–Seja bem vinda ao Instituto Srta. Monroe! Sou Simon seu professor de Inglês! - Me disse assim que atravessei a porta. - Sente-se naquela carteira ali!

Meu corpo gelou no mesmo segundo e eu quis sair correndo da sala. O tal de Peter estava sentado na carteira ao lado da minha e me encarava de cima a baixo. Sorriu convencido quando me sentei ao lado dele.

–Ora, ora se não é a delinqüente! - Se virou pra mim e eu soltei um riso pra reprimir a vontade de socar aquela cara de idiota.

–Olha só, você finalmente esta me enxergando! - Fingi bater palmas - Isso é realmente maravilhoso, essa escola faz milagres! Meus parabéns!

–Hum, engraçadinha! - Murmurou virando pra frente. – Sinto muito não ter visto você ontem, é que eu só consigo ver coisas que medem acima de um metro de altura, menos que isso é impossível enxergar! - Gargalhou com a cara feia que eu fiz.

Eu ia mandar ele tomar naquele lugar mas o professor pediu silencio e começou a dar aula. Eu não sou tão baixa assim, eu meço 1,65 de altura. Isso não é ser baixinha, é?

E vou dizer pra vocês foi à aula mais longa que já tive na vida, os piores 50 minutos da minha vida. Preciso me lembrar de pedir ao professor pra me trocar de lugar, não vou passar o ano inteiro sentando ao lado desse imbecil! Eu me recuso.

Minhas outras aulas foram até mais relevantes, as que tive com o Peter fiz questão de me sentar bem longe. Tive algumas aulas com a Leah como química e física. Já tava com uma vontade enorme de chorar e não me perguntem por quê.

–Esse aqui é meu irmão, Jonah! - Me apresentou Leah na hora do almoço. O refeitório estava cheio. - Jonah essa aqui é a Izzy Monroe! Minha colega de quarto!

O garoto tinha acabado de invadir a nossa mesa se sentando do lado da irmã. E sim, eram um pouco parecidos. Tinham o mesmo nariz e a cor dos olhos claros. Ele era mais alto que ela, quase do tamanho do Peter, os cabelos também loiros eram um pouco mais escuros que o dela quase castanhos claros, ele era esguio com poucos músculos.

–Ah, então você é a delinqüente que Peter falou! - Disse empolgado - Serio, eu tava louco pra te conhecer. Não é toda garota que trata ele assim, sou seu fã! - Me abraçou e fingiu secar lagrimas no canto dos olhos. Leah o puxou pro seu lado fazendo ele me soltar.

–Para de ser idiota Jonah! - Disse segurando o riso.

–O que? É um prazer te conhecer serio você é muito gata! - Falou de um jeito engraçado.

–Obrigada!

Eu senti as maças do meu rosto ficarem quentes. Ai droga! Eu deveria ta vermelha!

–Tão falando sobre o que? - Peter apareceu se sentando do meu lado. Leah revirou os olhos. - Oi delinqüente!

Serio que ele vai ficar me chamando assim agora?

–Eu tenho nome sabia! - Ele me ignorou roubando uma batata do prato da Leah que deu um tapa na mão dele.

–Estávamos falando sobre ela ser gata! - Jonah apontou pra mim com o canudo do refrigerante. – Você não acha?

Peter me mediu de cima a baixo de maneira quase evasiva como se procurasse alguma coisa e depois deu de ombros com seu jeito indiferente.

–É... Talvez! - Disse ele.

–Olha Jonah você não tem consulta com psiquiatra agora? - Leah falou já que ele tava irritando ela mexendo no seu cabelo. Ele riu.

Eu fui beber um ultimo gole do meu refrigerante quando Leah se estressou com o irmão e deu um tapa nele que se esquivou e bateu o seu braço no meu ombro machucado que me assustei e acabei derramando o refrigerante no Peter!

Querem saber o que ele tava fazendo nesse momento? Encarando-me assassinamente, enquanto Leah e Jonah o encaravam com a blusa cheia de refrigerante. Já eu tava me contorcendo de dor por Jonah ter batido no meu ombro machucado. Que caralho, ta doendo...

–Ai cacete... - Deixei escapar um palavrão enquanto massageava o ombro.

–Olha só pra mim delinqüente! Olha o que você fez! - Peter disse entre dentes - Diz ai foi uma vingança por causa de ontem?

–Não foi minha culpa! - Falei erguendo as mãos em defesa - Ele bateu o braço no meu ombro que você fez o favor de machucar ontem!

–Mas fiz isso por que a Leah me bateu! - Jonah acusou a irmã que olhou incrédula pra ele.

–Mas porque você tava dando nó no meu cabelo, animal! - Rebateu ela.

–E você vê se para de me chamar de delinqüente, eu tenho nome e é Izzy! - Gritei estressada.

–Eu não te perguntei nada garota! - Rebateu ele.

–Quer saber, vai tomar no seu cú! - Disse com intenção de avançar nele e encher ele de soco. Jonah segurou meu braço com força me impedindo.

–Quer saber vocês todos são loucos! Cansei de olhar pra cara de vocês! - Gritou ele levantando da mesa e eu pouco me importei com o fato dele ta bravo comigo.

–Já vai tarde!

Meu ombro tava doendo. E eu atava com raiva dele, a ponto de matá-lo. Se eu estivesse armada ele provavelmente não estaria vivo agora.

–Izzy desculpa pelo ombro, foi reflexo sabe. Não queria te machucar! - Jonah disse todo preocupado me avaliando.

–Tudo bem!

–Quer que eu te leve na enfermaria?

–Não precisa, eu to bem. Obrigada! - Falei tentando sorrir. Só não sei se deu certo.

–Então ta. Vou atrás do Peter! A gente se vê. Fui! - Se levantou e saiu andando.

Soltei um suspiro quando percebi que o refeitório inteiro nos encarava. Inclusive a Sra. Addans que olhava pra mim como se esperasse eu cometer uma loucura a qualquer momento. Ai que lindo Izzy, arrumar briga no seu primeiro dia de aula. Isso é a minha cara!

Leah também me encarava quando olhei pra ela.

–Eu falei. Ele consegue superar os outros alunos na questão: Problemático!

Imbecil, desgraçado. Que vontade de matar! Eu não agüento mais esse lugar não agüento mais todo mundo. E muito menos o Peter esse sem noção dos infernos.

Depois do almoço fiquei trancada no quarto. Se eu tava chorando? É claro que eu tava chorando! Droga! Sou uma pessoa depressiva esqueceram? Só espero que Deus seja bom o bastante comigo pra não me fazer aturar as próximas aulas com ele.

Fiquei o resto do dia com uma questão me atormentando. Porque será que ele estava no instituto, quer dizer o que ele deve ter feito ou que deve ter acontecido pra ele ter vindo para aqui? Já que ele é tão problemático desse jeito eu tinha medo de saber. E algo lá no fundo me dizia pra manter distancia dele!


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Notas finais do capítulo

E ai? Curiosas pra saber porque Peter esta no Instituto? Eu quero saber o que vocês esperam dos próximos dias da Izzy convivendo com seu mais novo inimigo!

Os comentários foram muito poucos mas postei o cap pelo números de acompanhamentos que a fic teve. Obrigada: Iluminada, Lunna martins e Kimmy! Fico feliz por vocês gostarem de chocolate tanto quanto eu! Continuem comentando, quero opiniões e sugestões!

Enfim, até o próximo gente!

Beijos da Thatty!