Segredos escrita por Não te interessa, Anna Lovegood


Capítulo 3
Otto e Andrew


Notas iniciais do capítulo

Yoo Pôneis! Sou Anna Lovegood, e este é o meu primeiro capítulo em Segredos... Queria me desculpar pela demora, mas a minha criatividade AMA se esconder de mim :P Enfim, espero que gostem do capítulo! Boa leitura!



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O vento batia suavemente no rosto suado de Eva enquanto ela caminhava pesadamente pela estrada. Sua boca estava completamente seca - sua água havia acabado há tempos - e seus longos cabelos loiros acastanhados grudavam teimosamente em seu pescoço. Já estava amanhecendo. Os raios de sol avançavam timidamente no céu ainda escuro, enquanto a garota tropeçava pela estradinha de terra. Então, repentinamente, Eva sentiu suas pernas fraquejarem, e ela desabou exausta. "Preciso continuar..." Foi seu último pensamento antes que seus olhos pesados se fechassem levando-a para um mundo de pesadelos.

Ding, dong

Ding, dong

Ainda está tocando

Ding, dong

Ding, dong

Estou te esperando

Eva piscou os olhos tentando se acostumar com a claridade. Estava em um quarto pequeno, com apenas uma cama e um armário de madeira. A luz do sol entrava pela janela aberta, iluminando o aposento.

A garota se levantou e olhou em volta confusa. Não se lembrava de ter ido para um quarto. Ela andou até a porta e saiu para um corredor estreito. Eva seguiu em direção á uma porta em uma extremidade do corredor, de onde se ouviam vozes. Abriu a porta lentamente e se deparou com dois garotos sentados em uma mesa. Os dois se pareciam muito: Os mesmos cabelos castanhos, o mesmo rosto alegre. A única diferença eram, aparentemente, os olhos. Um deles tinha olhos negros e profundos, enquanto o outro tinha olhos tão azuis que chegavam a ser um tanto irreais. O de olhos azuis deu um sorriso divertido e disse:

–Finalmente acordou! Estávamos ficando preocupados!

–Afinal, no que estava pensando quando resolveu andar por aí ás cinco e meia da manhã? Não é todo dia que se encontra uma pessoa jogada no meio da rua quando se está indo na feira. -Acrescentou o de olhos escuros com um sorrisinho.

–E-eu... -Eva balbuciou. De repente a lembrança da morte dos seus pais voltou como uma bomba. A garota sentiu as pernas tremerem e se apoiou em uma cadeira. Instantaneamente o rapaz de olhos azuis se levantou e ajudou ela a se sentar. O outro olhou para ela preocupado e perguntou:

–Está se sentindo bem? Deve estar com fome... Vou ver se encontro algo para fazer um sanduíche...

O rapaz se levantou e começou a vasculhar um armário logo acima de um pequeno e velho fogão. Depois de algum tempo, voltou com um pão e um potinho de geleia quase vazio.

–Gosta de geleia de morango? Por enquanto é o que temos... -Perguntou ele com um sorriso constrangido.

Eva assentiu ainda um tanto atordoada. Só agora percebera o quanto estava com fome; não comia direito ha dez dias. Dez longos dias. Os pães que havia encontrado na casa abandonada três dias atrás tinham acabado, assim como sua água, e ela tinha perdido as esperanças de encontrar água e comida quando desmaiou.

A garota comeu o pão e murmurou um agradecimento. A cozinha ficou em silêncio por alguns instantes, até que o de olhos azuis disse:

–Não nos apresentamos, não é mesmo? Meu nome é Andrew Hunt, e ele é meu irmão Otto.

Otto deu um sorriso divertido e perguntou:

–E o seu nome? Qual é?

–Eva. Eva Nove. -Respondeu ela, forçando um sorriso, mas sem muito sucesso.

Os irmãos esperaram Eva acabar de comer e novamente o silêncio reinou na cozinha. Dessa vez foi Eva quem o quebrou:

–Por quanto tempo eu dormi...?

–Dois dias -Respondeu Otto

–Droga!-gritou Eva inesperadamente. Ela apenas sentiu os olhos arregalados dirigindo-se a ela. Eva sentiu suas bochechas corarem.

–Enfim! Fale-nos sobre você, Eva -disse Andrew.

Eva Nove hesitou. Como ela poderia falar de sua vida com estranhos? E se esse tais de Otto e Andrew fossem da Máfia? Ainda assim, Eva parecia simpatizar com os irmãos. Ela sentia-se feliz perto deles... principalmente de Otto. Mas por quê essa simpatia com gente que conheceu há poucas horas? Então ela lembrou de Lilian. Lilian, sua melhor amiga, também havia morrido. Morreu de overdose. "Overdose", pensou Eva Nove, "Assim parece que a Lily era uma drogada. Mas a culpa é da Máfia... Três litros de heroína na corrente sanguínea dela não dá nenhuma esperança".

E então novamente as lágrimas. Malditas lágrimas.


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