Incondicional escrita por Selena West


Capítulo 6
O farol


Notas iniciais do capítulo

Hola Cariños :D
Gostei de ver as novas leitoras comentando, continuem, pfv !

Mais um capítulo pra vocês. Boa leitura!



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O farol era uma construção antiga feita de pedras, uma escada caracol dava acesso ao topo, ela era feita metal e estava começando a ficar enferrujada, a cada passo ela rangia ameaçando despencar. Na metade da escada o corrimão deixou de existir, sobraram apenas algumas barras de ferro e pedaços de madeira onde ele deveria estar. A única iluminação era a luz do sol que entrava pelas frestas das pedras. No topo uma pequena porta de madeira dava acesso ao lugar onde deveria estar a lâmpada do farol.

Eric abriu a porta e a claridade do dia invadiu a escadaria revelando a escada que agora parecia um velho esqueleto. Entre logo depois de Eric, um dos vidros da torre estava quebrado deixando a vento passar, senti o cheiro do mar nele. Fechei os olhos e inalei o aroma, era bom, bem diferente do ar poluído de Nova York.

— Vem comigo. – Abri os olhos para seguir Eric.

Eric caminhou até bem perto do vidro que ainda estava inteiro e fez um sinal para que eu me aproximasse.

— Veja, ali fica a cidade. – Vi algumas casas depois de uma pequena colina mais a diante. – E ali está o nosso barco. É lindo, não é?

— O barco? – Brinquei.

— A paisagem. – Eric fingiu estar indignado.

— É sim, obrigada por me trazer aqui.

Eu olhei para ele e Eric já estava olhando para mim. Era o momento, ele iria me beijar, eu soube antes mesmo dele o fazer. Eric colocou a mão sob meu queixo e me puxou para si encostando sua testa na minha, eu podia ver os pontinhos mais escuros no castanho de seus olhos, ele me beijou com calma, sem urgência. Seus braços musculosos me apertaram contra si, senti o calor do seu peito o toque da sua pele, eu estava me apaixonando.

— Esse era o momento certo. – Eric disse se afastando um pouco.

— Era sim. – Ele me deu outro beijo.

— Quer saber a lenda do farol? – Afirmei com um aceno de cabeça. – Meu avô dizia que nesse farol vivia um casal que era muito feliz, eles se amavam muito e todo vez que o marido ia para o mar a mulher vinha esperar ele no farol, assim que ela via o barco dele indicava o caminho com a luz. – Eric se afastou e moveu a lâmpada gigante do farol de um lado para o outro. – Um dia uma tempestade surpreendeu o homem que ficou perdido no mar, desesperada a mulher dele passou dias e mais dias procurando seu amado no mar, ela se recusava a desistir e toda noite ela movia o facho de lua em direção ao mar, ela fez isso até o fim de seus dias na esperança do marido voltar.

— Que triste. – Lamentei pelo sofrimento da pobre mulher.

— Há quem diga que o fantasma dela ainda procura pelo marido durante a noite.

— Você não acredita nisso. Acredita? - Eu sou uma medrosa, nunca gostei de história de fantasmas.

— Não, é só uma lenda. – Ele riu e me abraçou.

— Podemos ir agora? – Pedi. Eu tinha que chegar antes das oito em casa.

Eric olhou a hora em seu celular.

— Vamos. Está ficando tarde e eu nunca naveguei durante a noite.

Descemos a escada que ficou ainda mais fantasmagórica depois da história que o Eric contou. Disse para mim mesma que era coisa da minha cabeça. Quando saímos uma gaivota passou por cima da minha cabeça me assustando, sai correndo o mais rápido que pude até a estrutura de madeira onde a lancha estava presa.

— Summer! Espera, onde você vai? – Eric correu atrás de mim.

Parei para respirar, apoiei minhas mãos nos joelhos.

— Meu Deus, como você é rápida. O que aconteceu?

— Aquele pássaro. – Respira. – Me assustou. – Respira. – Culpa sua.

— Minha? – Ele ficou confuso.

Recobrei o fôlego.

— Sim, você me assustou com aquela história e eu fiquei tensa.

Eric segurou o riso.

— Vamos pra casa.

Me senti uma besta com medo de uma lenda ainda mais besta. Voltamos para lancha e fomos para Hampton Bays. No caminho de volta fiquei ao lado Eric, conversamos um pouco e ele me mostrou como pilotar a lancha. Em Hampton Bays voltamos para Nova York com o carro de Eric. Conseguimos chegar antes das oito, o que foi um grande feito.

É possível se apaixonar em um dia? Gostar tanto de alguém que dá vontade de ficar numa ilha com ele em um farol fantasma. Difícil não gostar do Eric, tão perfeito, lindo e romântico. Eu queria ficar mais um pouco com ele, mas tinha que voltar para casa. Meu príncipe encantado parou o carro na frente do portão da mansão e me deu um beijo de despedida.

— O que você achou da aventura? – Ele perguntou ansioso.

— Eu adorei.

Ele me deu outro beijo e podia dar outros cem.

— Vamos sair de novo.

— Claro. – Concordei.

— Belo Corvete, 5.7? – Darren se apoiou na janela do meu lado.

— 6.0 na verdade. – Eric fez cara de poucos amigos.

— Darren, dá um tempo. – Reclamei.

Eu nunca tinha uma folga, ele estava sempre me perseguindo.

— Eric, se eu fosse você tomaria cuidado com a Morrison, ela e a mãe dela têm o péssimo hábito de invadir a casa das pessoas. – Darren pegou uma mecha do meu cabelo e eu dei um tapa na mão dele.

— Você quer que eu cuide dele? – Eric disse abrindo aporta.

— Não, não precisa essa guerra é minha.

Darren riu e fez uma cara de felicidade insuportável.

— Sai! – bati a porta do carro nas pernas dele.

— Calma Morrison.

Como ele podia pedir para eu ter calma? Era tudo que eu tinha dado a ele calma e paciência para não estourar na cara daquele imbecil, eu estava cansada de tentar ser superior, de ignorar as provocações e fingir que estava tudo bem. Estava no meu limite.

— Darren cala a boca, estou cheia de você ficar me provocando. De agora em diante você vai ter colocar nessa cabeça oca que é melhor você começar a me tratar bem. – Na minha cabeça soou melhor.

— Vai sonhando Morrison. – Darren subiu em sua Harley e entrou.

Eric fez sinal de positivo para mim.

— É um começo.

— Não, é o meu fim.


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Notas finais do capítulo

Darren, Darren, Darren tão malinha, humpf.
Próximo capítulo teremos, Bree e Carly.

Antes que vocês me digam "A Summer é muito boba", em breve ela terá sua vingança.

Beijos.

S.W.



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