Incondicional escrita por Selena West


Capítulo 39
Temido - Darren


Notas iniciais do capítulo

Oi! Ainda tenho leitoras? Não me abandonem, eu voltei, kkk. Gente esse semestre da faculdade tá complicado, já tenho vários trabalhos e provas agendados, to na correria. Tentei escrever várias vezes e não consegui, tive um bloqueio. E também tem várias coisas acontecendo na minha vida pessoal... Bom, bola pra frente. Hoje vou postar o que eu consegui escrever, dois capítulos, se conseguir terminar o terceiro posto também.
Boa Leitura ;)



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A maioria dos alunos já havia ido para suas casas depois do fim da aula, menos Darren que teria que ficar para conversar com a orientadora pedagógica, uma espécie de psicóloga da escola. Não gostava nem um pouco da ideia, iria apenas para manter-se na Buckston.

O sofá verde musgo que enfeitava a sala de espera era de gosto duvidoso, porém era confortável o suficiente para fazer Darren cochilar, estava cansado e com sono, não conseguia dormir há algumas noites por causa de um pesadelo recorrente com sua falecida mãe.

O peito do rapaz subia e descia em um ritmo lento e calmo.

A orientadora, senhora Coleman, saiu da sala com o aluno que buscava orientação sobre futuras universidades. A orientadora era uma mulher mediana, olhos amêndoa, cachos curtos, seu casaco amarelo realçava sua pele negra, deixando a mulher radiante. Catrina Coleman pegou sua lista e chamou por Darren, como ninguém respondeu procurou pelo jovem pela sala, o avistou dormindo no sofá.

— Darren Ferris? – Falou alto no ouvido dele.

O garoto acordou assustado.

— Vejo que achou meu sofá bem aconchegante. – Seu sorriso era condescendente.

— E bem feio também, mas dá pro gasto.

— Concordo, essa decoração parece ter sido feita por uma hippie dos anos setenta. – Catrina riu. – Me acompanhe até minha sala, por favor.

Indicou a porta que estava aberta, Darren foi na frente seguido pela orientadora.

— Sente-se. – Puxou uma cadeira de vime azul escuro. – Está dormindo mal, Darren?

— O que?

— Estava dormindo no sofá da minha sala de espera, e pela sua aparência a noite passada não foi bem dormida.

Darren pensou no quanto odiava aquele sorriso simpático, fazia ele se sentir mal.

— Tive uma noite conturbada. – Foi tudo que disse.

— Entendo. Tem problemas para pegar no sono? – Perguntou enquanto anotava algo em seu bloquinho.

— Não vim para uma consulta sobre meu sono. Pergunte-me logo o porquê eu bati no Philip, é por isso que estou aqui.

Catrina fechou seu bloquinho, conhecia a má fama de Darren, há tempo tentava trazer o rapaz até sua sala, e terem uma conversinha, para a orientadora, Darren Ferris não passava de uma criança assustada e confusa. O diretor Mckellen a mantinha longe dos atletas da escola, queria que eles trouxessem troféus para sua estante, o pouco tempo que permaneceu na direção da Buckston foi desastroso para os jovens alunos, esse era um dos motivos pelos quais Catrina achava que a troca de diretores havia sido uma ótima. Genevive se preocupava com o comportamento dos garotos, queria que eles entrassem na linha e fossem pessoas equilibradas, Catrina Coleman pensava da mesma forma, os alunos precisavam de orientação, de pulso firme, e não de troféus e superproteção.

— Eu gostaria de saber o motivo mais tarde, primeiro quero entender o que se passa nessa cabeça. Não é o primeiro caso de agressão envolvendo você, tenho uma longa lista de violação das regras, algumas beirando ao desrespeito a leis do nosso país. – Catrina abriu uma pasta parecida com a que a diretora mostrou a Kate. – Seu comportamento é explosivo.

Darren apenas revirou os olhos.

— Como pretende entrar para uma faculdade com esse histórico? Suas notas também não são nada animadoras.

— Não vou. – E não iria mesmo, não havia escolhido nenhuma faculdade, pretendia ir embora de Nova York assim que se formasse.

— Seu pai sabe disso? – arqueou uma sobrancelha fina.

— Meu pai não se importa muito com o que eu faço ou deixo de fazer, ele não vai ser um problema. – Darren mentiu, seu pai ficaria uma fera quando descobrisse seus planos, Jeremy queria que o filho frequentasse uma grande universidade.

— O relacionamento entre vocês é complicado?

— Jeremy é um chato que reclama o tempo inteiro, não temos muito em comum.

Catrina anotou mais observações em seu bloquinho.

— Você se dava melhor com sua mãe?

— Posso ir? – Darren estava inquieto, fingiu não ter ouvido a pergunta da orientadora.

— Antes me diga como está seu desempenho nas aulas. – A mulher entendeu que ele não diria nada sobre a mãe.

— Estou me esforçando.

— E os trabalhos atrasados? Vejo que entregou alguns. – Catrina avaliou as notas dos trabalhos, eram surpreendentes para alguém que mal comparecia as aulas. – Você é realmente muito inteligente.

— Obrigado. – Na verdade Darren contratou um nerd para fazer seus trabalhos, como pagamento Amanda iria ao um encontro com ele, a garota fazia qualquer coisa pelo namorado.

— Um gênio, eu diria. – Ironizou, estava disposta a descobrir qual mentira estava por trás de notas tão altas, Darren Ferris não era burro, mas também não seria capaz de ter um desempenho tão brilhante levando tudo na brincadeira.

— Estou liberado?

— Tem algum compromisso?

— Não é da sua conta. – Revirou os olhos verdes.

Catrina controlou a vontade de dar umas palmadas no aluno mal educado, as crianças ricas daquela escola eram insuportáveis.

— Assine aqui e poderá ir. – Estendeu a lista de presença para Darren.

— Tchauzinho.

— Até mais senhor Ferris.

........

A biblioteca era um território desconhecido para Darren, podia contar nos dedos de uma única mão a quantidade de vezes havia entrado no lugar, e nenhum delas foram para estudar ou pegar livros. Darren afrouxou o nó da gravata, odiava o uniforme da Buckston, o fazia parecer um idiota. Procurou pelo nerd que fazia seus trabalhos, sabia que Glen ficava depois da aula para estudar.

Glen estava em uma mesa do fundo lendo um exemplar de anatomia avançada por puro lazer, era um garoto inteligente e bastante estudioso, pretendia se tornar o melhor cirurgião do país, estudava com afinco para isso, todos os dias. A única coisa que amava quase tanto quanto medicina era Amanda Page, mesmo que a única vez que ela lhe dirigiu a palavra foi algo como “sai da minha frente comedor de lagartas”, isso foi na quarta série. Darren Ferris ter pedido sua ajuda em troca de um encontro foi golpe de sorte, ele estava desesperado por alguém que fizesse todo seu trabalho de casa e Amanda desesperada para agradar o namorado, seria enfim a sorte de Glen Anderson mudando?

— Por um momento pensei que seus pais alienígenas tivessem te levado para casa. – Darren sentou na cadeira ao lado de Glen.

— O que deseja Ferris? – A presença de Darren deixava Glen amedrontado, conhecia a fama de encrenqueiro dele e não queria acabar com o nariz quebrado como o de Philip.

— Que pare de tirar notas tão altas nos trabalhos, a Coleman está desconfiada.

— Está me dizendo para baixar o nível? – Glen ficou confuso com o pedido.

— Cara, eu admiro seu esforço pra me fazer parecer mais inteligente, o problema é que eu não sou nenhum gênio e um A em física é admitir que não fui eu quem fez os exercícios. – Darren colocou a mão sobre o ombro do assustado Glen. – E não queremos isso, queremos?

Glen engoliu seco, não podia demonstrar medo, Darren era como um animal selvagem, o deixe perceber que você o teme e então ele ataca.

— Vou tentar tirar notas menores, porém isso muda nosso trato. – Esperou a reação do colega, nenhum soco, poderia prosseguir. – Quero que Amanda vá comigo ao baile de outono na próxima semana.

Darren gargalhou, admirou a ousadia do quatro olhos.

— Shhhh. – A bibliotecária repreendeu Darren por causa de seu ataque de risos.

— Foi mal. – Falou alto para mulher que organizava uma estante. Ela apenas estreitou os olhos para Darren. – E é por isso que a biblioteca é um saco.

— Você vai falar com a Amanda? – Glen torceu sua gravata nervosamente, não sabia o que esperar.

— E porque eu faria isso?

— Tirar notas menores vai levar mais tempo e dedicação, vai requerer mais trabalho. Não posso sair perdendo.

Darren mordeu o lábio, convencer a Amanda a ir com Glen Anderson ao baile não seria fácil, ela só havia aceitado ir ao cinema com ele por que estaria escuro e ninguém a veria junto do maior nerd da escola, e se tinha uma coisa que Amanda odiaria seria ter que abrir mão da companhia de Darren no baile da escola.

— Vou ver o que posso fazer, quanto a você é melhor se esforçar, não quero que fique em casa por causa de alguns ossos fora do lugar. – Darren não iria bater nele, mas uma ameaça sempre deixava as pessoas com mais vontade de cooperar.

— P-pode deixar. – Glen entendeu a ameaça.


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Notas finais do capítulo

- E vocês achando que o Darren tomaria jeito kkk;
— Ainda tem mais Darren;
— Logo posto mais;

Beijos.
S.W.



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