Incondicional escrita por Selena West


Capítulo 31
Ciano -Darren


Notas iniciais do capítulo

Primeiramente abaixem essas facas, eu voltei, não voltei? kkkk
Tive pouco tempo livre essa semana, chego em casa ás onze e quarenta, e acordo as seis e meia, minha vida não tá fácil galera! E tive um bloqueio criativo com esse capítulo, é difícil entrar na mente de um garoto, por motivos de: não sou um! kkkk. Espero que gostem, prometo que o próximo será melhor, esse é mais uma explicação sobre o comportamento de Darren.

Sem mais mimimi... Boa Leitura.



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No escuro da sala Darren fitava a porta, havia chegado a pouco da casa de Sean, voltou antes do fim da festa do amigo, as pessoas por lá estavam ficando doidonas com a erva que a mãe de Sean escondia em baixo da cama, e apesar de Darren gostar de beber, não era chegado em drogas, ele tinha noção do quanto aquela porcaria toda pode afundar alguém. Sua mãe foi uma viciada em remédios nos últimos dois anos de sua vida, o psiquiatra os receitou quando Tess ficou depressiva com a morte trágica do pai durante uma de suas viagens, ela mal olhava para Bree e Darren, estava sempre deprimida demais para cuidar dos filhos. O pequeno Darren achava que era sua culpa a mãe não gostar mais dele, esse sentimento o perseguiu durante anos, até perceber que sua mãe não estava em condições de amar ninguém naquela época, nem mesmo ele. Guardou os globos de neve, para lembrar-se do período que Tess lhe dava beijos de boa noite e sorria por qualquer coisa, na tentativa de não deixar a imagem da mãe viciada tomar o lugar da mãe amorosa que ela havia sido. Recordar da mãe morta fazia Darren se sentir sugado por um buraco negro, teve tempos que deixou que esse vazio o consumisse, o tornasse um fantasma vivo.

O garoto colocou a cabeça entre as pernas, seu ritual para fugir da realidade, desde a morte de sua mãe toda vez que sentia que estava perdendo o controle ele fazia esse gesto, era sua zona de conforto. Darren ouvia seus próprios batimentos cardíacos, rápidas batidas contra o peito, contou cada pulsação, estava tentando recobrar a consciência.

– Você não vai vomitar ai, vai? – Era Summer Morrison, nem precisava levantar o olhar para saber quem era a dona daquela foz fina e baixa.

– E se eu for? O que você tem com isso?

A garota ligou a luz da sala fazendo com que os olhos de Darren ardessem.

– Custava avisar? –Perguntou sarcástico. Levantou os olhos para encará-la de frente, grande erro, nunca mais esqueceria a imagem de Summer usando o vestido mais indecente que ele já tinha visto. Mediu as longas pernas nuas dela, era bonita e sexy como o diabo, o rapaz tinha que admitir. – Morrison, resolveu seguir a carreira de seu namoradinho?

O rosto da garota adotou uma expressão ofendida.

– Você é odiável. – Fechou o casaco as pressas.

– E você beijável. - Se deliciou com a expressão raivosa que substituiu a ofendida.

– Idiota. – Murmurou. Summer saiu da sala correndo para o seu quarto.

Darren passou a mão pelo rosto, o vestido de Summer havia mesmo mexido com sua parte masculina, desde o dia que ficaram presos no armário apenas a presença dela era suficiente para nublar seus pensamentos, ela poderia ser uma chata, mas não seria nada mal beijar seus lábios carnudos. Com um meneio de cabeça Darren afastou os pensamentos sobre a garota, ela era terreno proibido. Ainda a odiava por lembrar ao seu pai todos os dias que o filho dele era um fracassado que não tinha notas suficientes para entrar em uma boa faculdade, a odiava também por ter uma relação tão boa com Kate, enquanto ele tentava apagar as memórias traumáticas que Tess deixou, Summer Morrison era um lembrete das coisas que ele nunca teria ou seria, não importasse quanto dinheiro ele tivesse, há coisas que não podemos simplesmente comprar.

Levantou do sofá, necessitava sair.

...

Na primeira vez que viu Summer, Darren já a odiava, seu pai vivia dizendo que Darren deveria ser como a filha de sua namorada, dizia que era uma boa garota, que ajudava a mãe e elas quase não brigavam. O primogênito Ferris ouvia tudo apenas pensando de que forma poderia retribuir a tal Summer por ter elevado tanto as expectativas de seu pai, quando foram jantar no Lenivi fez questão de mostrar o quanto estava desagradado com a união de Jeremy e Kate, comentários maldosos eram servidos junto com a comida, o que pareceu só unir mais o casal para a infelicidade de Darren. Bree era uma traidora, se bandeou para o lado das intrusas tão rápido quanto deu apelidos a nova “mãe” e “Irmã”, não podia culpar a irmãzinha, era uma garotinha amigável e com uma intensa necessidade de companhias femininas.

...

A Harley cortava as ruas como uma navalha afiada, era tarde na noite e a cidade continuava acordada a todo vapor, a vida noturna de Nova York estava apenas no inicio. Darren pilotava na velocidade máxima que os carros no caminho permitiam. A moto foi um presente do avô, presenteou o neto assim que ele nasceu, a Harley fora sua companheira de juventude e Edgar Lambert gostaria que também fosse de Darren. Jeremy escondeu a moto até o garoto ter idade para dirigir, como prometido a entregou assim que Darren conseguiu sua carteira de motorista, com certeza era o presente de dezesseis anos que todos sonham. A lataria era de um preto cuidadosamente polido e os detalhes cromados refletiam tudo a sua volta, o modelo era um clássico que nunca sairia de moda.

Darren parou a moto em uma vaga do estacionamento, entregou o capacete para o responsável pelo lugar.

– Bela moto, cara. – O garoto de cabelos loiros espetados elogiou.

– É sim.

O manobrista estendeu o tíquete para Darren.

– Qual modelo? – Estava fascinado, no estacionamento da Ciano apareciam muitas motos esportivas gigantes, que fazem muito barulho, mas uma Harley era algo especialmente raro de se ver por ali.

– Road King Classic.

Um assovio baixo escapou dos lábios do funcionário do estacionamento.

– Cuide bem da minha menina, ou vou ter que invadir sua casa no meio da noite e matar toda a sua família. – O manobrista ficou com os olhos azuis arregalados.

Darren gargalhou e o homem de uniforme vermelho se limitou a sorrir desconcertado.

O estacionamento da boate Ciano era no andar de baixo do prédio, nas escadas era possível ouvir a musica tocando no último volume. O segurança abriu a porta para Darren, a luz azul invadiu as escadas, o lugar levava o nome Ciano a sério, havia luzes, cadeiras, mesas copos, sofás e muitos outros objetos em vários tons azulados. A boate era uma velha conhecida de Darren, frequentava o lugar desde que um amigo arranjou identidades falsas para eles entrarem sem problema.

Darren sentou no bar, a bancada mudava de azul para branco de forma hipnótica.

– O que vai querer hoje garotão? – Silvya era garçonete da Ciano a tempo suficiente para saber que Darren não tinha idade para beber nada do que era servido ali.

– Quero só uma cerveja. – Uma garrafa deslizou pelo balcão na direção da mão do rapaz.

A garçonete de pele morena e dreads agarrou o queixo de Darren.

– Cada dia mais gostoso, me avise quando fizer vinte e um. – Sou risada foi abafada pela musica alta.

– Não precisa esperar tanto. – Darren deu um sorriso torto.

– E ser presa por causa de uns beijinhos? Hm, melhor não, dessa vez eu passo garotão. – Deu dois tapinhas leves no braço dele.

– Te garanto que vale a pena ser presa por causa cinco minutos no paraíso com Darren Ferris. – Com um gesto rápido levantou a garrafa em direção a Silvya.

– Cinco minutos? Não vale nem passeio no banco de trás do carro da polícia.

Darren colocou a mão sobre o peito fazendo careta, a garçonete riu da gracinha, se ele insistisse mais um pouco talvez desse uma chance ao garotão, ela ensinaria algumas coisinhas a ele. Silvya saiu andando rebolando seu belo traseiro em uma calça jeans apertada.

A boate ficava onde um dia funcionou um teatro, era um prédio antigo, cheio de detalhes em baixo relevo representando atores do teatro grego, a decoração destoava da arquitetura, as luzes piscavam aceleradas, móveis arrojados azuis ficavam posicionados em lugares estratégicos, no centro ficava uma pista de dança onde as pessoas dançavam freneticamente. No andar de cima ficava o camarote, onde um dia foi lugar de pessoas ricas que iam assistir às peças teatrais encenadas por atores iniciantes na década de cinquenta. O novo dono do lugar colocou dançarinas em pequenos palcos espalhados pelo salão, dançavam insinuantes para quem assistia. Darren achava que o comprador da Ciano tinha um gosto um pouco duvidoso.

– Darren? Darren Ferris? – Uma voz conhecida chamou.

– Peter Cotton!

– Cara, você cresceu hein? – Os dois rapazes se cumprimentaram de forma amistosa.

Peter era um amigo da antiga escola do garoto de olhos verdes, Darren perdeu contato com Peter quando foi transferido para Academia Buckston pelo pai após um acidente envolvendo Darren, Peter e mais alguns amigos da escola para garotos Josh River.

– O que faz aqui seu bastardo? – Darren perguntou divertido.

– Voltei hoje de Las Vegas. – Peter tinha olhos pretos como ônix que vagavam curiosos. – Quando me formei meu velho pai queria que eu tomasse seu lugar na presidência da empresa e digamos que nossos planos não combinavam.

– E voltou por quê?

Peter fez sinal para que Silvya o atendesse.

– Estava com saudades de Nova York...

Darren levantou uma sobrancelha.

– Ok, mentira, tenho negócios para serem resolvidos na cidade. – Peter passou a mão pelo cabelo negro cortado bem curto. – Mas tenho algum tempo sobrando para diversão e velhos amigos.

– Até quando vai ficar?

– Depende... Talvez alguns dias.

Silvya parou na frente dos rapazes com as mãos na cintura.

– O que vai querer?

– Uma vodca. – A garçonete colocou o copo sobre o balcão e serviu. – Obrigado.

– Chame se quiser algo mais. – Então ela saiu para atender outro cliente.

Peter levantou o copo em reverencia a Darren.

– Acho que posso ficar algumas semanas.

Darren coçou o queixo de forma preguiçosa.

– Só não me coloque em enrascadas, ok? – Seu tom era quase acusatório.

– Como se você me precisasse de mim para isso.


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Notas finais do capítulo

- Peter vai c-a-u-s-a-r !
— No próximo capítulo teremos o personagem que a ganhadora do concurso (Adams) criou, aguardem...
— Pelas minhas contas rápidas, Darren terá quatro capítulos.
— O ator que me inspirei para criar Darren, é liiindo, fofo e gostosinho hehehehe *-* e então dai vem a nossa nova enquete: Qual ator/cantor/famoso seria o Darren para vocês?



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