Incondicional escrita por Selena West


Capítulo 28
Amigo intimo


Notas iniciais do capítulo

Olha só quem é uma sem vergonhe e faltou na aula hoje... EEEEUUU, kkkk
Vim deixar um pequeno gostinho de vingança antes da vingança de verdade, espero que gostem.

Boa leitura.



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— Alô? – Eric atendeu ao telefone.

Ginger tentou segurar o riso.

— Alô, é o Eric? – A garota de cabelos coloridos perguntou.

— Quem está falando? – Desconfiado como sempre.

— Não precisa ficar nervoso querido, sou amiga da Green. – Era um dos sobrenomes que estava na agenda misteriosa de Eric.

— Green... – Sua voz soou baixa, estava tentando se recordar da onde conhecia o sobrenome. – Em que posso ajuda-la?

Sorri satisfeita, estava tudo correndo como planejado.

— Você pode me ajudar de várias formas e a noite inteira. – Aquela frase não fazia parte do roteiro, era coisa da Ginger. – Minha amiga disse que você é homem certo para um trabalho especial.

Esperamos a resposta.

— Sou? – Meu ex-namorado perguntou incrédulo.

— Ah sim, com certeza você é. Preciso de uma boa companhia para sexta a noite.

— Senhorita, é seu dia de sorte, tenho um tempo livre na sexta. – Sua voz adotou um tom sexy. – Onde posso encontrar a minha dama?

Um canalha perfeito.

Mostrei o papel onde anotei o endereço do hotel do pai da Hilary.

— Hotel Royalton, entre a quinta e a sexta avenida, estarei no quarto 102, me encontre ás oito, não me deixe esperar muito docinho. – Ginger tentou não rir de novo.

— Nunca deixo uma mulher desapontada. – Desgraçado convencido.

Ginger desligou o telefone rindo, eu a convenci ligar para Eric depois de contar toda a história sobre nosso desastroso relacionamento, Taylor e as garotas ficaram em choque, da mesma forma que eu fiquei quando soube que Eric era um garoto de programa.

Carly me ajudou a bolar o novo plano, porém Eric conhecia bem as nossas vozes, eu precisava de alguém com quem ele nunca tivesse conversado, Ivy e Hilary tinham vozes adolescentes demais, o que não era o caso de Ginger com sua voz rouca. Conforme fui contando o que pretendia fazer as garotas deram novas opiniões, Hilary até ofereceu um quarto no hotel de seu pai para o plano que agora era nosso. Taylor preferiu ficar de fora, disse que não se sentia a vontade com aquilo, garotos quem os entende?

Minha cabeça estava a mil, várias ideias de tortura medievais rondavam o meu imaginário, era o mínimo que Eric merecia após me presentear com meu mais novo pesadelo: ele e Caroline transando no meu quarto. Pior do que um ex-namorado mentiroso, só um ex-namorado mentiroso e que se vende. Eu tinha tantas perguntas para Eric, mas isso podia esperar até sexta.

— Temos que comprar sua fantasia. – Ivy mediu meu braço com as mãos. – Tenho o lugar certo!

— Temos três dias ainda. – Acalmei minha amiga precipitada.

— Nós não podemos aguentar até sexta. – Hilary jogou as mãos para o ar. – Estou tão ansiosa.

— Tudo bem, vou mandar uma mensagem para minha amiga e iremos as compras, ok?

— Ok. – Responderam em uníssono.

Fiz o que tinha dito a elas, Carly ficou com ciúmes por as outras garotas estarem fazendo parte do plano, no fim ela entendeu que sem ajuda delas seria mais difícil. Uma parte de mim estava excitada com a possibilidade de fazer Eric sofre, outra estava preocupada com o efeito que sua presença surtia sobre mim, ele era capaz de me ferir de uma forma extremamente dolorosa, e me odiava por isso.

Com tantas reviravoltas na minha vida acabei me atrasando em algumas matérias, tentei recuperar o tempo perdido nas aulas e sabia que teria que estudar em casa também, a Buckston estava cada vez mais rígida, Genevive estava colada em nossos cangotes não deixando espaço para nenhum tipo de rebelião. O lado bom era que Amanda não me provocava desde que a nova diretora assumiu o cargo, eu podia andar livre pelos corredores novamente, mas não me iludia porque Amanda Page não é do tipo que se deixa intimidar, no mínimo estava apenas esperando a oportunidade certa para atacar, bem, que viesse! Eu estava pronta para me defender dessa vez.

...

Andamos por toda Nova York a procura dos itens na lista da Hilary, sua organização era invejável, minha companheira havia listado as coisas que dissemos que precisaríamos. Eu me sentia muito bem por estar entre minhas amigas, apesar do intuito nada nobre, era legal fazer compras como uma adolescente que não tem uma vida digna de roteiro de novela mexicana. Minhas amigas novas se deram bem com Carly logo de cara, o que foi um alivio para mim, seria difícil trabalhar com elas brigando. Carly tem o temperamento difícil, mas é uma boa pessoa.

Paramos na frente de uma sex-shop escondida em um beco, sua fachada era iluminada por neon rosa, as luzes desenhavam a silhueta de um casal quase se beijando, não era o tipo de lugar que eu entraria em outra ocasião.

— Amigo íntimo? – Ginger leu o nome peculiar do estabelecimento.

— Minha tia abriu essa loja após se separar, era um casamento péssimo, o Tim é um cara asqueroso, nunca deu muita atenção para a esposa e ela aprendeu a apreciar um bom acessório. – Ivy deu uma gargalhada.

Carly abriu a porta devagarinho como se uma bomba fosse explodir na sua cara a qualquer momento, entrei depois dela. A loja era bem arrumada, na parede do outro lado havia prateleiras com modelos de membros masculinos de formatos e cores que nunca imaginei que fosse ver em minha vida, na parede oposta havia uma vitrine com objetos que eu não fazia ideia para que serviam e temia descobrir, a maioria dos móveis eram rosa, um sofá redondo com estampa de onça estava estrategicamente colocado sob o espelho grudado no teto.

— Desculpe jovenzinhas, mas essa loja é só para adultos. – Uma mulher de cabelos vermelhos vestida com uma bata brilhante nos alertou.

— Tia Marcie. – Ivy saiu de trás das garotas para abraçar sua parente.

Marcie cobriu boca com as mãos cheias de anéis exagerados.

— Você está linda! – Beijou as bochechas de Ivy. – Faz tempo que essa menina ingrata não vem visitar a titia.

— Quero apresentar minhas amigas: Ginger, Hilary, Carly e Summer. – Marcie deu um beijo estalado em nossas bochechas.

— O que vieram procurar aqui crianças?

— Viemos em uma missão especial. – Ivy agarrou meu braço me trazendo para perto de seu exuberante tia. – Summer tem um ex-namorado gigolô que precisa de uma lição, achei que você poderia nos ajudar com uma roupa de enfartar um hipertenso.

Fui analisada pelos olhos azuis bem maquiados de Marcie. Ela era bonita, mesmo sendo extremamente exagerada, tinha muitas curvas, seios fartos, cabelo vermelho fogo cacheado, suas unhas foram pintadas com estampa de zebra.

— Tenho a coisa certa, venham comigo. – Fomos para a parte dos fundos da loja, onde a decoração era um pouco mais simples, isso que dizer as paredes eram de um rosa mais claro e o sofá grande e lilás.

Minha amigas sentaram no sofá enquanto Marcie procurava a roupa certa na arara cheia de lingeries descaradas e fantasias clichês. Não era inocente, porém aquela loja me fazia corar como uma garotinha de doze anos. Nunca entrei em um lugar como aquele, tudo ali parecia intimidador.

— Achei! – A ruiva me entregou um vestido curtíssimo de couro preto. – Vai ficar um escândalo em você.

Peguei o vestido a contra gosto, me sentiria nua naquela peça. Tirei o uniforme da Buckston e o substitui pelo vestido de couro que ficou colado a minha pele, um número a menos e ele não fecharia. Conferi o resultado no espelho, minhas pernas ficaram mais longas, minha pele estava totalmente exposta, soltei meu cabelo do coque apertado, balancei as madeixas castanhas até que formassem uma cascata sobre meus ombros. Gostei do que vi, estava provocante.

Sai do provador e desfilei sobre o tapete felpudo.

— Também quero levar um desse! – Ivy andou em volta de mim maravilhada.

— O Eric vai lamentar ter dispensado você. – Carly fez piada.

Marcie bateu palmas animadas.

— Adoro a juventude.

— Vou levar, quanto custa, Marcie?

— Para você? Nada, quero dar de presente, como agradecimento a todas as mulheres enganadas que não puderam se vingar dos homens ruins em suas vidas.

Recordei do que Ivy havia dito sobre o casamento ruim de sua tia.

— Como você? – Perguntei curiosa.

— Não, meu bem, eu não. – A mulher riu alto. – Eu atropelei meu marido e a amante. Não me olhe com essa cara. – Desviei meu olhar chocado. – Eles passam bem, ninguém morreu, foram apenas escoriações leves... Infelizmente.

Estava começando a gostar daquela ruiva maluca, ela podia ser exagerado, ter uma loja no mínimo diferente, mas tinha autoestima e um senso se humor incrível, ela era a personificação de alguém único.

— Obrigada Tia Marcie. – Agradeci.

— Me agradeça acabando com a raça daquele garoto. – Levantou uma sobrancelha bem feita para mim.

— Farei isso com prazer.


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Notas finais do capítulo

- Não, eu nunca entrei em uma sex-shop e nem tenho vontade kkkkkk
— O que será que a Summer vai aprontar? hmmmmmmmmmmm
— TALVEZ eu poste mais amanhã, pq se não fui pra faculdade na quinta, qm dirá na sexta né kkk

Beijos na ponta do nariz.
S.W.