Incondicional escrita por Selena West


Capítulo 27
A fuga


Notas iniciais do capítulo

Olá crianças (leia com a voz da Elke Maravilha hehehe), finalmente consegui terminar esse capítulo, esses dias foi uma correria pra resolver meus pepinos antes das aulas da faculdade voltar, mas consegui um tempinho pra postar. Também gostaria de pedir desculpas ao E H Lewis por não ter tido tempo para ler a história dele, prometo que irei ler, até pq estou morrendo de curiosidade kkkk e adorei a capa, muito linda *-* Adams também tenho que arranjar tempo para o Adrian, não posso viver sem desvendar essa história, e Menezes pare de preguiça e poste logo essa continuação que quero saber o final dessa trama kkkk.
Desculpas dadas e ameaças feitas, vamos ao capítulo de hoje.
Boa leitura.



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Foram os dez minutos mais longos da minha vida.

O casalzinho bizarro ainda se agarrava no sofá, apesar de não estar mais olhando era quase impossível ouvir os gemidos, o que eles falavam, era tudo asqueroso. Tive que ficar encarando Darren, seu tórax na verdade, por ser mais baixa.

Refleti sobre tudo que me fez chegar a aquela situação deprimente, me deixei enganar pelas gentilezas de Eric, a forma como era tratada, não podia ver o seu interior maquiavélico. O que não entendia era qual o motivo para querer namorar comigo, Eric era bonito e pelo jeito não lhe faltavam mulheres, no inicio cheguei a pensar que poderia ser só mais um casinho de verão, no entanto estava bem claro que aquele rapaz não era do tipo que corre atrás de menininhas. Como pude ser tão cega? Meu Deus.

Alguém bateu na porta da sala com força, se fosse a Carly era bom minha amiga sair correndo assim que alguém abrisse. As batidas continuaram mesmo depois de Caroline gritar que já estava indo. A loira procurava por sua camisa, a encontrou atrás do sofá e não estava em condições de ser usada, faltava uma dúzia de botões, preferiu usar o casaco que encontrei mais cedo. Eric levantou do sofá preguiçosamente para olhar quem era pela janela, afastou a cortina o suficiente para que eu pudesse ver a viatura.

— É a polícia. – O rapaz parecia apreensivo.

— Calma benzinho. Irei mandá-los embora em um minuto, e então poderemos continuar da onde paramos. – A mordida o lábio de forma sedutora foi demais pra mim.

Eric mandou um beijo no ar para Caroline que o pegou e fingiu guardar no coração, sério, eu iria vomitar. Após ficar sozinho sala meu ex-namorado revirou os olhos entediado, ali estava o verdadeiro Eric, me peguei pensando se ele fazia o mesmo quando eu ia embora.

Não consegui ouvir o que Caroline falava com os policiais, apenas as vozes dela e de dois homens, não dava para distinguir o que conversavam. Fiquei apreensiva com a presença deles, os policiais poderiam querer entrar e vasculhar a casa. Cada segundo dentro daquele armário era uma agonia imensa. Não suportava mais ficar exprimida contra o Darren em um ambiente que mal cabia uma criança com conforto, não tolerava a ideia de ficar presa até o casal terminar o que estavam fazendo, meu estômago se contorceu só de cogitar a hipótese de ouvir os suspiros e gritinhos de Caroline.

— Eric! Venha até aqui, por favor. – Caroline chamou, era a nossa brecha.

Esperei que Eric saísse da sala para abrir a porta, tínhamos pouco tempo. Sai e puxei Darren comigo, tive o cuidado de fechar as portas do cubículo. Corremos pela porta que dava no corredor onde poderíamos ir para a cozinha, lá teríamos acesso ao quintal dos fundos. Fugimos o mais rápido que pudemos, meu peito ardia com a falta de ar, não estava acostumada a correr tanto. A cozinha ficava no fim do corredor, esteva escuro, a pouca claridade era suficiente somente para que conseguíssemos nos guiar sem esbarrar em nada. Darren estava na minha frente com uma boa vantagem, ele era do time de basquete tinha melhor condicionamento físico.

Topei com o pé em na pequena mesa que fazia parte da decoração do corredor, um castiçal caiu do móvel fazendo barulho.

— Caramba Summer, o que você fez? –Darren tinha os olhos arregalados de... Medo?

Coloquei o enfeite de volta no lugar.

— Cala boca e abra aquela janela. – Apontei para a janela perto do balcão da cozinha.

As vozes estavam se aproximando, seriamos pegos sentia isso.

— Está emperrada, não consigo abrir. – Darren fazia força, seu rosto tomou um tom avermelhado.

Não ouvia mais as vozes, o silêncio era sinal de que estavam tentando nos ouvir. Revi a cena do reformatório juvenil, minha mãe arrancado minha pele fora, todo meu futuro perdido.

— Vem logo. – Mal havia percebido que Darren conseguiu abrir a janela, ouvi sua voz me chamar baixinho do lado de fora.

Apoiei no beiral para saltar, não era alto como a grade do portão, mas com a pressa acabei caindo de quatro no meio dos arbustos. Darren fechou a janela, então corremos para uma pequena casinha de madeira, não caberia nenhum de nós lá dentro, porém ficaríamos razoavelmente escondidos atrás dela. Meu tornozelo latejava de dor, a queda deixou sequelas. Apesar da aflição pude correr até a casinha de criança, me agachei e Darren ficou atrás de mim, iria dizer para que se afastasse, fui bruscamente interrompida por sua mão na minha boca.

vi Caroline abrir a porta e dar passagem para os homens, um era alto, forte, sua pele era escura e tinha a cabeça raspada, o outro era um pouco mais baixo, tinha aparência de um mexicano, seus cabelos pretos estavam na altura dos olhos. Os dois varreram o jardim com suas lanternas a procura de suspeitos. Darren se aproximou, pude sentir sua respiração quente contra a minha nuca, tentei protestar contra sua proximidade, porém não era hora de fazer barulho. O policial careca chegou perto da casinha, fechei os olhos rezando para não sermos vistos. O outro veio para o lado do colega rindo como um bobo.

— Jared? – O policial desconfiado não respondeu. – Vamos embora, não tem nada aqui.

— Ouvi um barulho, veio desse lado. – Jared apontou a lanterna para o muro.

O homem mais baixo riu de novo.

— Amigo você precisa de férias. Já disse que está tudo limpo, não tem ninguém aqui a não ser aquele casal que parece ansioso para continuar a visita na casa. – Sua gargalhada soou alta contra a quietude do quintal. Eles sabiam que Eric e Caroline estavam fazendo... Coisas na casa.

Jared bufou frustrado.

— Você tem razão amigo, tenho que tirar férias. – Dessa vez os dois riram juntos. – Vamos Calvin, o café é por minha conta.

Pude respirar novamente, os oficiais iriam embora sem descobrir o nosso esconderijo, por um momento pensei que Jared fosse nos levar presos. Milhares de pensamentos ruins assombraram a minha mente, não só pela possibilidade de ser presa, também por saber que Eric iria querer saber o que eu estava fazendo escondida no jardim de sua amante. Eu queria ir logo para casa dormir por um dia inteiro.

Aguardamos algum sinal de que os policiais realmente tinham ido embora, foi Carly quem nos alertou dizendo com uma mensagem que poderíamos sair. Darren correu na frente agachado para que não pudesse ser visto de dentro da casa, eu o acompanhei com dificuldade por causa do meu tornozelo dolorido.

O garoto parou no meio do caminho para ver se eu estava o seguindo.

— Summer. Temos que sair logo daqui. – Ele sussurrou para mim.

— Meu tornozelo. – Mostrei como ele estava inchado, Darren voltou para ver melhor.

— Dói?

— Só quando ando muito rápido.

Darren passou o meu braço por cima do ombro dele me dando apoio, continuamos andando abaixados até o portão, o carro de Caroline nos acobertou em parte do caminho. O mais complicado foi pular a grade, não aguentava a dor de apoiar o pé para passar para o outro lado, mal tinha força para subir. Meu comparsa subiu e sentou no alto da grade, não entendi o que Darren  estava fazendo até ver sua mão estendida na minha direção.

— Eu vou te ajudar. – Apenas seus lábios se moviam, foi o suficiente pare entender.

Dei a mão para Darren e lancei meu corpo para cima,fui içada para o topo, depois pulou para o chão e abriu os braços para me segurar. Vê-lo daquela forma fez meu coração bater mais rápido, preferi acreditar que era por medo e não por Darren estar literalmente me chamando para seus braços. Pulei para o outro lado em direção aos braços fortes que me aguardavam. Carly parou do nosso lado, mas eu tinha que fazer algo antes. Peguei as minhas chaves na bolsa que deixei no banco do passageiro da picape, escolhi a mais afiada e risquei o Corvete de Eric, de ponta a ponta, mesmo parecendo infantil o sorriso em meu rosto dizia que o otário merecia, não era o bastante, mas faria Eric ficar furioso.

Voltei para o carro de Darren, Carly levantou a mão para que eu batesse.

— Quando eu disse para criar uma distração esperava que fosse algo que não envolvesse a polícia. – Falei para Carly.

— Fiquei desesperada, não sabia onde vocês estavam. – Carly balançava os braços agitada.

— E tinha que chamar justo a polícia, Xing-ling? – Darren não tirava os olhos da rua.

— De nada, foi um prazer livrar esse seu traseiro, se eu não tivesse chamado os homens da lei, os dois ainda estariam dentro da casa. – Carly disse sarcástica. – O que vocês descobriram?

Fiz um pequeno resumo para Carly sobre o caso de Eric e Caroline e a verdadeira profissão do meu ex, minha amiga riu durante quase cinco minutos com a revelação, eu era realmente a única que não achava aquilo engraçado.

— Entendi o porquê de Eric ser tão frio, você não estava o pagando bem. – Ela e Darren riram até a piada perder a graça.

— E onde você estava durante toda essa confusão? Como conseguiu sair? – Queria tirar o foco da conversa de cima de mim.

Carly deu de ombros como se estivesse respondendo a pergunta mais idiota do mundo.

— Achei meu celular na cozinha, então voltei para dizer que poderíamos ir embora antes que alguém chegasse, porém era tarde demais, vi os faróis do carro quando estava voltando para o hall, não poderia chamar vocês senão o recém-chegado ouviria. Tive que voltar para cozinha e sair por uma das janelas, por sorte a minha não estava emperrada. – Colocou o rosto próximo do meu. – Foi ai que te mandei a mensagem, esperei para ver se vocês voltariam, o que não aconteceu. Resolvi que era melhor sair do quintal, fiquei escondida em baixo de uma das janelas, assim que Eric entrou corri para fora, pulei aquela porcaria de portão e esperei junto dessa belezinha. – Carly deu uns tapinhas no banco da Ranger.

— E eu tive que assistir a grotesca cena entre Caroline terninho-amarelo e Eric, fiquei com vontade de arrancar meus olhos. – Exagerei.

— E o que faremos com Eric prostituto Sheppard? – Carly perguntou divertida.

Dei um sorriso malicioso.

— Daremos a ele a pior noite de sua vida.


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Notas finais do capítulo

- Bad news: Minha aulas começam quinta (hoje né rs) sendo assim terei menos tempo para postar, mimimi, mas não vou abandonar a história. Acredito que vocês também voltarão para escola/faculdade, então entendem o meu drama não é mesmo ;)
— Good news: o carnaval vem ai minha gente, mas como sou filha ingrata dessa terra tupiniquim não gosto de pular/assistir isso, e vou passar o feriado postando vários capítulos, ou quase isso pq trabalho na auto peças do meu padrasto que abre até no feriado D:
— Espero que gostem do cap. e comentem

Beijo na testa.
S.W.