Incondicional escrita por Selena West


Capítulo 23
O telefone toca


Notas iniciais do capítulo

Oiiiiiiiiiii gente... Também quero agradecer a todas que comentam, favoritam e acompanham a história, amo imensamente o carinho de vocês, vocês alimentam o meu ego kkkk



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Peguei uma nota de cem de dentro da bolsa, estavam todas presas com elásticos em bolos com pelo menos vinte notas cada um, devia ter uns cem mil dólares, mesmo que Eric fosse rico era estranho que ele guardasse tanto dinheiro no banheiro de seu loft. Fechei a bolsa e a devolvi para o lugar onde Carly a achou, qualquer que fosse a fonte de toda aquela grana eu queria distância dela. Era possível que eu tivesse namorado um integrante de alguma máfia? O pensamento me causou calafrios, Eric podia ser perigoso e eu estava no seu banheiro mexendo em seu dinheiro.

Procurei na mesa em baixo da escada por algo que me esclarecesse da onde Eric tirou todo aquele dinheiro.

— Ele não confia em bancos? – Carly estava sentada na escada. – Não consigo imaginar um bom motivo para Eric ter tanto dinheiro escondido em casa.

— Como você achou aquele fundo falso no gabinete do banheiro? – Me virei para minha amiga.

Ela deu de ombros.

— Acertei sem querer o fundo do gabinete, ele era oco, apenas tentei a sorte. Só não sei se foi realmente sorte ou azar.

Estava tão preocupada quanto Carly sobre aquele dinheiro. Bateu o arrependimento de ter entrado naquele apartamento, no entanto já estava atolada até o pescoço nos mistérios de Eric Sheppard e não iria embora sem saber o que ele estava fazendo com uma pequena fortuna oculta em um gabinete no banheiro.

Uma das gavetas da escrivaninha estava trancada, usei o grampo para abri-la, dentro havia uma agenda com números de telefone, todos acompanhados apenas de sobrenomes.

— E aparecem mais peças nesse quebra cabeça. – Carly viu o caderno por cima do meu ombro. – Você conhece algum desses sobrenomes?

— Não... Talvez, não sei nem se são sobrenomes mesmo, podem ser códigos.

— Códigos para o que? – Eu tinha uma teoria, e ela não me agradava em nada.

— Não tenho certeza. - Tirei fotos de algumas páginas investigaria em casa. – É uma especulação.

Coloquei o caderno de volta na gaveta.

— Acho que Eric vende drogas. – Disse de uma vez.

— Traficante? Será? – Carly não parecia convencida como eu.

— Por qual outro motivo ele não colocaria o dinheiro no banco? Ele é esperto não cometeria esse erro, e tem esse caderno cheio de nomes, provavelmente clientes. – As coisas começaram a se encaixar.

— E o lance de ser um fantasma cibernético? – Carly Franziu o cenho.

— Ele deve se esconder de alguém, imagino que alguém que venda drogas tenha inimigos. – Era uma boa teoria.

— Isso não explica ninguém nunca ter visto os pais dele.

— Os pais de Eric, ou são realmente reservados, ou devem saber sobre a profissão do filho, imagino que pessoas como os pais de Eric não queiram o filho envolvido com o crime.

— Não imagino o Eric vendendo drogas, ele é rico, estuda na YALE, porque faria isso? – Ela chegou ao ponto que eu também empaquei. Eric não tinha razão para ser um traficante, era se arriscar a toa.

O telefone tocou.

Eu e Carly nos entreolhamos assustadas, meu coração quase saiu pela boca. Não era possível que alguém soubesse que estávamos invadindo, devia ser um amigo desavisado que não sabia que Eric voltara para New Haven.

— Aqui é o Eric, deixe seu recado e o numero após o sinal e eu ligarei de volta. – A secretária eletrônica apitou.

— Eric seu porco imundo. - o homem de voz grave xingou Eric em seguida começou a gargalhar. – Sábado tenho um trabalhinho para você, traga esse traseiro branco até aqui ou vou passar o cliente para o Eliot, entendeu?

O homem parou de falar e ouvimos o som de um copo sendo cheio.

— Anota o endereço. – Peguei meu celular para anotar o endereço. - Segunda avenida, número 223, upper east side, esteja lá às nove. É bom você ir seu cretino. – Outra gargalhada seguida de uma tosse seca de quem fuma muitos cigarros.

Procurei o endereço no Google maps, era uma casa chique perto do central park, Eric vendia drogas para pessoas ricas. Fazia sentido, ele não era suspeito, bom moço, estudante e bonito, poderia passar despercebido por lugares frequentados pela alta sociedade nova iorquina.

— Nós vamos? – Carly tomou o celular da minha mão.

— Pode ser perigoso.

— Não sabemos se ele vende drogas mesmo, e se ele for corretor de imóveis? Não estou dizendo que suspeito e muito dessa história toda, mas acho que não devemos parar por aqui. – Vi aquele brilho nos olhos de Carly, era expectativa de uma aventura.

— Vai adiantar eu dizer não? – Levantei uma sobrancelha de forma inquisitória.

— Nem um pouco, irei de qualquer forma. Não invadi esse apartamento à toa, quero ir até o fim.

— Ok, nós iremos. Mas se ficar perigoso, saímos imediatamente, entendido?

—Sim senhora. – Carly bateu continência.

Eu queria saber o desfecho daquela história, meu ex-namorado estava envolvido com algo muito errado, eu iria descobrir exatamente o que era. Teríamos que tomar cuidado, pois não sabíamos onde estávamos nos metendo.

Deixamos o apartamento antes que o porteiro desse conta que não haveria festinha alguma na casa de Eric. Na portaria o Ralph queria saber o motivo de estarmos indo embora, inventei que Eric desmarcou nosso encontro, o porteiro se ofereceu para uma festinha particular após o seu turno que terminava em duas horas, Carly me puxou para fora antes que o homem se oferece para ir embora com a gente. Entramos no Focus que continuava exprimido entre a van e a SUV, deu um trabalhão tirar o carro daquela vaga apertada.

Fiquei tão absorta no caso de Eric que me esqueci do meu castigo, minha mãe chegaria em duas horas se eu não estivesse em casa a coisa ficaria feia para o meu lado. Pedi para que Carly se apressar, tinha que chegar antes de minha mão ou minha punição seria estendida por tempo indeterminado. O carro amarelo cruzou a cidade como um raio, se Carly não levou uma multa o sistema da cidade era falho, porque eu juro que ela passou por uns três sinais vermelhos.

Chegamos a tempo na mansão, liguei do meu celular para a guarita autorizando que a Carly passasse pela segurança, entramos sem problemas. Eu não podia continuar com aquilo, precisava dar um jeito de Darren me tirar do castigo antes de sábado, eu queria ir atrás de Eric, ficar passando escondida no carro da Carly não era o jeito mais fácil de sair de casa.

Darren, sempre me atrapalhando, droga!


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Notas finais do capítulo

- Será que a Summer está certa?
— O resultado da nossa brincadeira sai no capítulo 23-24, depende de como se desenrolar a história.
— To com um medo de decepcionar vocês quando revelar o segredo do Eric kkkk omg D:


Beijos.
S.W.