Incondicional escrita por Selena West


Capítulo 15
Não vai ser fácil


Notas iniciais do capítulo

Olá, olá !
Mais um capítulo para vocês, boa leitura.



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Eric me esperava do outro lado da rua com seu Corvete vermelho, durante toda aquela confusão me esqueci dele, me senti culpada por não ter ligado avisando que não poderíamos sair porque eu estava de castigo. Pedi ao Cortez que esperasse alguns minutos, apenas o tempo de explicar o que estava acontecendo para Eric. Eu devia ser a pior namorada do mundo, ter um namorado era algo novo, não sabia muito bem como funcionava, quais eram as regras, se é que existe alguma.

Atravessei a rua em direção ao Eric. Ele me abraçou e me deu um beijo rápido.

– Você sumiu ontem. – Ele parecia preocupado.

Contei ao Eric o que aconteceu desde o incidente com o sapo na aula de biologia, até o meu plano contra a Amanda. Ele ouviu tudo em silêncio, as vezes balançava a cabeça concordando ou fazia caretas.

– Foi um dia turbulento, não é? – Escondi meu rosto em sua jaqueta de coro, aspirei seu perfume, ele tinha um efeito calmante em mim.

– Você devia ter me ligado. – Eric se afastou para olhar nos meus olhos. – Eu iria te proteger, nem que precisasse atropelar essa Amanda.

– Não precisa estragar esse carro bonito com aquele monte de lixo.

– Eu faria qualquer coisa por você.

Dei alguns beijos rápidos nele, Eric me agarrou pela cintura e colou sua boca na minha, movíamos nossos lábios em um movimento sincronizado. Ele tinha gosto de menta.

Cortez buzinou cortando o clima.

– Tenho que ir, minha babá está impaciente. – Dei mais um beijo em Eric.

– Quando vou poder te ver de novo? – Essa pergunta eu não sabia responder, tudo dependia de Darren, ele não iria me ajudar na questão do castigo.

– Não tenho ideia.

Eric passou a mão pelo meu rosto parando em meu queixo.

– Não sei se você vai aceitar, mas você pode vir jantar com a gente na sexta. – Era cedo para levar Eric em casa? Não sei, mas eu precisava vê-lo mais vezes. Minha mãe não recusaria a oportunidade de conhecer meu namorado.

– Sem problema. – Eric concordou.

Cortez estacionou o carro do meu lado, ele estava sendo inconveniente.

– Tenho que ir, te vejo na sexta?

– Claro.

Dei mais um beijo em Eric para me despedir. No carro coloquei os fones de ouvido, escutei musica para me distrair. Era o primeiro dia do castigo e eu já estava cansada dele. Eu teria que pensar em um jeito de me desculpar com Darren logo, a primeira tática era colar os restos dos globos, se eles não estivessem tão detonados. Seria uma boa ideia devolver os globos a Darren, se eles não o lembrassem da minha destruição em seu quarto, então nada de globos de neve remendados. Meu irmão postiço era uma pessoa difícil de agradar.

Entrei em casa mortificada por ter que ficar em prisão domiciliar. Joguei minha mochila em um canto perto da escada e fui procurar minha mãe para contar sobre o jantar com Eric na sexta. Ela sabia sobre Eric, eu mesma contei, porém nada muito detalhado não era o tipo de coisa que se comenta com a sua mãe. Meu namorado era um gentleman, não precisava me preocupar se minha mãe iria ou não gostar dele, era certo que os dois se dariam bem.

Vasculhei quase a casa toda antes de encontrar a minha mãe na sala de ginastica, ela estava andando na esteira, o som ambiente era uma musica dos anos oitenta que eu não sabia o nome. Casar com Jeremy a mudou mesmo, minha mãe era a ultima pessoa que eu esperava ver na sala de ginastica. Minha mãe é uma mulher bonita, seus cabelos castanhos eram curtos e balançavam toda vez que ela virava a cabeça, sua boca é cheia, as covinhas em suas bochechas eram adoráveis.

Sentei no banco do lado dos pesos de halterofilismo.

– Mãããee? – Chamei.

– O que você quer? Quando você diz “mãããee” é porque quer algo. – Ela abaixou o som da sala com um controle universal, havia vários deles pela casa, eles controlavam tudo, desde o som do cômodo, até as persianas.

– O Eric pode vir jantar na sexta?

Minha mãe parou a esteira e secou o rosto em uma toalha. Ela me olhou por alguns instantes antes de responder, estava analisando o quanto eu merecia ter o pedido atendido.

– Tudo bem. Ele pode vir. Eu quero conhecer esse rapaz que anda beijando a minha garotinha. – Fiz uma careta para o que ela disse.

– Obrigada.

Deixei minha mãe e sua esteira, ela aumentou a musica de novo.

Fiquei feliz em ver que tudo estava correndo bem, em uma semana as aulas do Eric começariam e seria mais difícil ficarmos juntos. Yale ficava a algumas horas, ele não teria tempo de me buscar na escola, meu coração se apertava só de pensar nele longe de mim, junto com as universitárias, mais velhas e interessantes do que eu. Em pouco tempo Eric ocupava um lugar enorme no meu coração, eu precisava dele. O jeito que meu namorado me tratava dizia que eu também era especial. Estava feliz.

Eram apenas dois dias até a sexta, e eu já estava ansiosa. Era apenas um jantar em família, entretanto com Darren no meu pé, tudo poderia acontecer e eu já tinha visto que Eric não gostava do primogênito dos Ferris.

Passei o resto da tarde pensando em como me desculpar, todas as minhas ideias eram absurdas ou que não dariam certo de me livrar de Darren. Nunca tive que convencer alguém me perdoar, não tinha ideia de como fazer isso. Ele nunca me ouviria, eu teria que apelar para outra pessoa.

Bree!

Ela saberia como eu poderia me desculpar com Darren, ou poderia pedir ao irmão que me deixasse em paz. Eu só queria ficar livre para ir e vir, sem o Cortez na minha cola. Mamãe me deu esse castigo para incentivar eu e o Darren nos aproximar, ela era cheia de jogadas de psicologia barata. O que ela não sabia que me aproximar de Darren era como tentar misturar água e azeite, impossível.

Bati de leve na porta do estúdio de dança de Bree, era uma sala cercada por espelhos, com barras de apoio para a prática de balé, em uma das paredes havia uma estante com roupas e outras lembranças de Bree. Era um lugar encantador.

– Doce Summer! – Bree parou sua sequencia de rodopios.

– Oi Bree. Você está cadavez melhor. – Elogiei.

– Tenho que ser perfeita. – Para uma criança ela era bem madura e perfeccionista.

– Você tem que se divertir, vai ter muito tempo para ser perfeita.

Não gostava da forma que Bree via a vida, ela era só uma menininha, não podia passar oito horas por dia treinando algo que deveria ser sua diversão. Eu teria que tirar um dia para levar ela ao parque ou fazer coisas que crianças normais fazem.

– Se você veio pedir pra eu falar com o Darren, ele mandou disser que nem pensar Morrison. – Ela tentou imitar o jeito de falar do irmão.

Sentei no chão derrotada, o Darren era bem mais esperto do que eu.

– Bree, por que seu irmão é tão malvado comigo? – Foi uma pergunta retórica, ela não saberia o motivo de Darren ser um cretino.

– Acho que ele gosta de você. – Bree sentou do meu lado. – No ano passado o James Clark ficava puxando a trança da Liu, a professora disse que ele fazia isso por gostar da Liu. Os garotos são muito bobos.

Darren nutria muito sentimentos por mim, todos eram ruins, com certeza ele não sentia nenhuma simpatia pela minha pessoa.

– Não acho que seja isso, mas obrigada pela conversa. – Levantei.

– O Darren disse que nunca vai te perdoar, você deve ter feito algo muito errado. – Bree me deu a certeza de que teria que me esforçar mais.

– Você nem imagina o quanto.


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Notas finais do capítulo

-Obrigada pelas resposta sobre o Eric minhas caras, já decidi o destino incerto desse personagens, acho que vocês ficarão surpresas... Ou não hehe.
— Sabedoria infantil, amoooo essa Bree *-*


Beijos.
S.W.



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