Maldição | Amor Imortal 03 escrita por Lolli Blanchard


Capítulo 14
Capítulo 14


Notas iniciais do capítulo

Olá, povooo, como vocês estão?
O capítulo demorou, mas saiu! huahuha Agora as coisas vão ficar feias pq as provas da faculdade estão proximas, Dimitrius e Gaia terão que ficar no aguardo T.T Mas a boa notícia é que as coisas não vão ficar feias pra eles, é só pra mim mesmo kkk
bjs!



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Gaia estava caminhando a alguns passos a frente de Dimitrius para que a distancia existisse entre eles, pois a imortal não gostava de ficar muito próxima do arcanjo da humanidade. Afinal, ela nunca sabia quando as sombras dos seus pesadelos a levariam para o terror puro por causa de estar perto do imperador.

Estar no mesmo ambiente que Dimitrius não era algo que a agradava, mas Gaia conseguiu se distrair muitas vezes com a natureza para que não se lembrasse do homem que a seguia. Em diversos momentos ela ajudou os pequenos animais que pediam por ajuda, como o passaro que havia caído do seu ninho e piava em desespero.

Dimitrius não falou nada e observou cada movimento dela com paciência, como se realmente estivesse substituindo Cameron na função de guarda-costas.

A imortal não estava acostumada com o silêncio do arcanjo, pois ele sempre era muito falador e gostava de dar ordens arrogantes, mas isso não singnificava que ela sentia falta da conversa dele naquele instante.

Gaia se perguntava quando o arcanjo da humanidade abriria a boca para infernizá-la.

A filha dos elementos parou de caminhar e olhou para o imperador com curiosidade, pois naquele momento percebeu que Dimitrius estava sendo muito agradável. Essa atitude combinava com Maximus e Meridius, mas não com ele.

Gaia já tinha observado os arcanjos durante muito tempo para saber que o homem em sua frente estava a ponto de explodir por fazer algo calmo. Afinal, Dimitrius sempre combinou com a agitação e era por esse motivo que o arcanjo permitiu que uma cidade fosse criada em sua dimensão.

— O quê?— Ele perguntou quando encontrou os olhos dela.
— Você está estranho.—

O arcanjo da humanidade sorriu de maneira provocativa.

— Nós estamos casados a apenas alguns dias e você já pode dizer tudo sobre mim, gatinha?—
— O que você quer, Dimitrius?—
— Se você esteve em minha mente, já sabe o que quero.—
— Eu não escutei seus pensamentos.— Gaia falou para deixar claro que não gostava de se intrometer nas mentes de outras pessoas. Afinal, todos achavam que ela não possuia nenhum respeito pelo próximo já que era dona de tantos poderes.— Você esta sendo agradável demais para ser considerado normal nesse momento.—
— Eu poderia me ofender com suas palavras, Gaia, pois não estou fazendo nada.—
— Esse é o problema. Você sempre esta fazendo algo para me incomodar.—

Gaia observou o arcanjo em silêncio e por diversos instantes se viu tentada a derrubar as barreiras da mente dele para saber o que ele estava pensando, mas ela não fez isso.


— Tudo bem...— Dimitrius suspirou.— Eu quero me desculpar com você pelo dia anterior.—

A imortal ficou surpresa ao ouvir as palavras do anjo, já que imaginava que Dimitrius era incapaz de se desculpar com alguém. Ainda mais quando ele demonstrou não querer ajuda de ninguém nos problemas que envolvia sua alma.

— Você está sendo sincero?—
Na noite anterior a imortal notou que ele agia conforme o bom senso mandava, pois se Dimitrius escutasse os seus verdadeiros instintos, ela teria ganho diversos hematomas. No entanto, agora Gaia via sinceridade no anjo.

Dimitrius não parecia estar se desculpando por que a educação mandava assim.

— Você me teme,— Dimitrius falou.— E eu sinto que a deixei com mais medo agora.—
— Ninguém consegue esconder seus verdadeiros sentimentos de mim.— Gaia falou ao se lembrar da enorme escuridão que viu manchando o espirito de Dimitrius.— E você conseguiu fazer isso por muito tempo.—

Se o arcanjo pediria a confiança dela, isso era algo fora da questão por dois motivos. O primeiro era aquele que envolvia o passado de Gaia e o outro era que ela não conseguia acreditar em ninguém manchado pela negritude, muito menos quando essa pessoa desejou matá-la por tão pouco.

— Eu estou bem.— O arcanjo fechou sua cara.— Esqueça o que aconteceu ontem.—
— Você não está bem, Dimitrius, apenas esta fingindo que tudo esta bem.—
— Olhe, Gaia,— O imperador da humanidade deu alguns passos em direção dela e Gaia imediatamente caminhou para trás com a intenção de manter a distância entre eles.— Quando algo parecido com isso aconteceu com Maximus muitas coisas ruins aconteceram com a minha família. Diane viu a oportunidade de derrubá-lo e o casamento de Meridius quase foi destruído. Maximus não conseguiu controlar o que acontecia com sua alma e permitiu que a insanidade o manipulasse, mas isso está longe de acontecer comigo. Então guarde suas palavras sobre minha alma e apenas se intrometa quando eu realmente me tornar perigoso.—
— Você desejou me matar!— Gaia exclamou, sentindo suas bochechas esquentarem por causa da raiva que surgia em seu interior.
— Mas eu não o fiz.—
— Como pode falar isso de forma tão calma?— Gaia perguntou incrédula.
— Eu tenho vontade de matar muitas pessoas conforme as horas passam em meu dia a dia, Gaia, esse sentimento não é uma novidade.—

Os olhos de Dimitrius brilharam com o divertimento e a imortal não pode acreditar que ele ainda via piada em um assunto como aquele. A filha dos elementos estava pronta para rebater as palavras irônicas do anjo, mas antes que abrisse sua boca, ela ouviu o som do desespero e de dor.

Não eram gritos, pois não eram pessoas que estavam passando por um momento ruim.

Era a natureza.

Gaia deu as costas para Dimitrius e começou a caminhar rapidamente em direção dos sons agoniados que as plantas estavam emitindo. Quando ela começou a correr por causa do desespero que estava sentindo dentro do seu peito para ajudar o mais rapido possível a natureza, ela sabia que Dimitrius estava logo atrás dela.

— Gaia!— O arcanjo a chamou, mas ela o ignorou e continuou correndo.

A filha dos elementos apenas parou de correr quando entrou na clareira mais próxima da floresta e a que as plantas emitiram o som silêncioso da dor.

O som da morte.

Gaia ficou paralisada quando os seus olhos encontraram toda a vegetação daquele ambiente em uma cor negra. As flores estavam queimadas como se elas tivessem sido jogadas em meio do fogo, mas não existia nenhum sinal de queimada.


A vegetação havia sido envenenada do mesmo modo em que ela estava sendo.

— Não.— Gaia sussurrou, sentindo as lágrimas quentes tocarem a sua bochecha.— Não...—

A imortal deu um passo para frente e no momento em que seus pés tocaram aquela grama que costumava ser verde, ela virou cinzas que se desfaziam por não terem a capacidade de aguentar um pequeno toque.

Naquela clareira, tudo estava morto. Uma natureza sem vida que não havia conseguido sobreviver a força do veneno que os anciões estavam usando nela.

— O que aconteceu?— Dimitrius perguntou atrás dela.
— Os anciões...— Ela murmuriou sem se virar, pois não desejava que o arcanjo visse suas lágrimas.— É um recado dos anciões.—
— Então eles se tornaram impacientes.—
— Sim.—

Gaia olhou para as plantas mortas e desejou que a única a sofrer as consequências da sua própria teimosa fosse ela mesma. E Gaia não podia acreditar que os seus superiores estavam agredindo uma vida que nem ao menos sabiam se proteger.

A imortal levou a mão em direção da sua boca para cobrí-la quando um soluço escapou pelos seus lábios e esse foi o sinal definitivo para que Dimitrius soubesse que ela estava chorando caso ainda não desconfiasse.

— Gaia, eu sinto muito.— O anjo falou, próximo até demais dela, mas aquilo não importava naquele momento. A filha dos elementos apenas sentia a dor no seu peito por ter permitido que as plantas fossem alvo da maldade dos anciões e toda a repugnancia que Gaia sentia por estar próxima daquele imortal teria que acabar logo ou a natureza morreria aos poucos junto com ela.

— Isso é nossa culpa.— Ela falou.— E eles não irão parar até que seus planos sejam um sucesso.—


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