Deixe ir escrita por Thalia


Capítulo 9
"Você não me deu escolha"


Notas iniciais do capítulo

Oláaaa, finalmente, hein? Sorry a demora, é que eu... bem... apaguei e comecei a escrever o capítulo TODO de novo. Eu sei, é loucura, mas sou bem perfeccionista mesmo com essas coisas rsrsrsrs. Enfim, espero que gostem u.u boa leitura ^_^



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Eu nunca me senti tão arrependida como no dia em que deixei Anna se machucar por causa de meus poderes. Quando isso aconteceu e vi ela jogada no chão, inconsciente, foi como se um vazio tivesse sido aberto dentro de mim. Eu nunca conseguiria me perdoar se ela tivesse.... Desde esse episódio, meus pais não precisavam ter me alertado para a minha verdadeira realidade, pois eu já compreendia: Eu não era comum e isso era péssimo. Eu nunca poderia ter uma vida normal enquanto aquela magia percorresse meu corpo e jurei, a partir daquele dia, nunca mais me mostrar completamente ao mundo. Ver minha irmã sofrer por não poder estar comigo, principalmente quando nossos pais morreram, foi a coisa mais difícil que já fiz na vida. Eu precisava ser forte, mas era tão difícil... Mesmo assim, era minha única escolha. Eu resisti, me isolei por medo do que aconteceria à ela se eu me permitisse sair daquela prisão. Foi meu sacrifício, o pior de todos, me afastar de minha irmã para garantir sua segurança.

Isso não foi suficiente.

Eu só queria que ela ficasse segura, mas meus poderes acabaram por machucá-la de qualquer jeito. Agora estou presa de novo aos meus medos, completamente indefesa da dor que começa a se espalhar pelo meu coração. Por um lado, minha consciência diz que estou me precipitando. Afinal, tive apenas uma intuição de que eles estão em perigo. Não tenho uma prova consistente de que isso de fato está acontecendo. Esse pensamento me faz querer parar e racionar com clareza, o que é inútil quando é sua família que está em jogo. A dúvida ainda me consome e o único jeito de esclarecer as coisas é entrando no jogo dela.

–Para Sorayan, jura? Não foi para a festa do príncipe por estar muito ocupada, mas agora simplesmente arranja tempo para uma viajem diplomática ainda hoje? Estou perplexo. –Tenardy se recosta na cadeira diante da longa mesa de jantar- Gostaria que nos explicasse o porquê da pressa –Ele levanta as sobrancelhas e me observa cautelosamente, provavelmente tentando arrancar alguma cosia de mim.

Coloco um pedaço de batata na boca para ganhar um tempo para responder. Chamei todos os meus conselheiros, infelizmente isso inclui Tenardy, para anunciar enquanto almoçamos que iria partir no fim da tarde. Eles pareceram um pouco desconfiados e não os culpo, mas não posso contar a verdade.

–Minha família já ficou tempo demais em Sorayan e estou com saudades deles. –digo, displicente.

–Mas, assim... de uma hora para outra? –pergunta James, confuso.

–Venho pensado nisso há algum tempo. Hoje, quando cheguei... –suspiro, dando ênfase às minhas palavras- me convenci de ser a coisa certa a fazer. –dou de ombros.

–Também sinto falta deles. –Alissa toma da sua taça de vinho- É uma ótima ideia!

Agradeço-a mentalmente por não me fazer nenhuma pergunta.

–Pretende passar algum tempo lá, Alteza? –Lorde Spencer indaga.

Hesito. Não tinha pensado nisso. Pode ser que demore alguns dias para que eu os encontre e ainda tem Imogen... Fico preocupada com a possibilidade de encontrá-la. Isso parece ser inevitável, mas não sei se meus poderes serão suficientes para contê-la.

–Sim, uma semana... espero. –respondo, dizendo para mim mesma para ficar confiante. Se eu conseguisse falar com Jack... ele poderia me ajudar a achá-los, me ensinar alguns outros truques para que minha ideia de procurá-los não parecesse tão homicida. Mas não posso esperar por ele.

–Uma semana de folga para uma rainha em tempos conturbados como esse. Parece impróprio. –fala Tenardy.

–Conturbados? –repito, com a sobrancelha erguida.

–Ah, você sabe. O reino ainda está em crise. Importamos mais do que exportamos. Os gastos são elevados e o lucro é péssimo.

–Essa com certeza não é a hora para discutir a administração do reino, Tenardy. Preciso fazer essa viagem. –digo, correndo o risco de parecer desinteressada, mas eu sei a situação financeira do meu reino. Prometo a mim tomar medidas mais eficazes quando retornasse, se retornasse.

–Está fazendo tempestade em copo d’água, Lorde. A situação já melhorou bastante. –afirma Cecily, parecendo um pouco aborrecida. Deve ser porque ela também cuida de boa parte da administração.

–E muito. –diz Spencer- Nem sei por que está se incomodado com isso.

Tenardy revira os olhos.

–E seria bom, não? Eu, a rainha despreparada de Arendelle, fora por um tempo? Você iria adorar. –falo, sarcástica.

Ele parece entretido com meu comentário.

–Hmmm... Vendo por esse lado..-ele fala, pensando na possibilidade.

–Então que retorne logo, Alteza, se sua partida for deixá-lo feliz. – Alissa lança um olhar divertido para Tenardy.

–É, por favor. –James completa- Não sei se aguentaremos ouvir Tenardy discursando sobre “Um mundo melhor sem a rainha Elsa”.

Alissa ri e os outros seguram uma risada, exceto Lorde Tenardy, é claro, que olha para Alissa e James com desprezo.

–Sempre tão educados, vocês dois. Combinam perfeitamente. É uma pena que não tenham dado certo. Você falhou feio, Theo. –provoca Tenardy.

Como eu gostaria que ele não tivesse dito isso. Vejo Alissa enrubescer de ódio e James apertar o garfo com mais força.

–Nossa vida pessoal não é da sua conta. –ele fala, ácido

–Você é um idiota, Tenardy. –continua Alissa.

Meu odiado conselheiro se limita a dar uma risada.

–Realmente, Lorde James, não é da minha conta a vida de um soldado metido a nobre como você. –ele cerra as sobrancelhas- O que você fez para Elsa nomeá-lo capitão de guarda? Ou pior, da nobreza? –um sorriso malicioso surge em seus lábios- Eu sempre achei que vocês dois viviam juntos demais, por acaso não estariam...

Indignada, antes que eu pudesse dizer qualquer coisa, James se levanta bruscamente da cadeira, furioso. Alissa parece estar fazendo um grande esforço para se conter.

–Seu canalha! – Ele diz e juro que se um olhar carregado de ódio pudesse matar, James o faria com Tenardy.

–Uau. Acho que aprendeu, não tenho certeza dado a sua origem, que um nobre sempre tem que manter a classe. –Tenardy bebe da sua taça, sorridente.

–Ah, pode ter certeza, seu verme. Vou lhe mostrar o quanto posso perder a classe. -diz James, ameaçador.

–É, já estou vendo. –diz ele, olhando-o com desdém

–Estamos almoçando, pelo amor de Deus! –exaspero.

–Eu me recuso a continuar na mesma mesa que ele. –diz Alissa, se levantando.

–Não poderia ter dito nada melhor. –concorda Spencer.

–Isso poderia ter sido tão simples. –murmura Cecily para ninguém em particular.

–Bem, então parece que terminamos! –digo, irritada, jogando o guardanapo na mesa.

Como se fosse uma deixa, os integrantes da mesa entram em uma discussão. Tenardy começa a discutir com Spencer, James entra na briga. Alissa fala alguma coisa em tom irritado para James e os dois começam a discutir algo. Apenas Cecily, com suspiro cansado, se despede de mim e parte para a escadaria. Já estou quase a seguindo, impaciente para apartar a briga até que uma voz no fim da mesa me tira o fôlego.

–Já chega! –exaspera Lorde Mason, e lembro de que não ouço a voz dele há dias. Ele tinha ficado um tanto calado ultimamente e parece sempre preocupado, se recusando a dizer o que o incomoda.

Não sei se foi por causa disso ou pelo simples fato de que Mason é o mais velho da mesa e as pessoas costumam respeitá-lo, que todos ao redor da mesa se calam, surpresos. James e Alissa voltam a sentar, um pouco relutantes relutantes.

–Como a rainha disse, estamos almoçando. Não é lugar para discutir banalidades. –ele acena com as mãos, indicando desdém. Percebo que seu rosto está abatido, seu cabelo louro sem vida e há profundas olheiras sob seus olhos. Ele estaria doente ou algo vinha lhe perturbando os sonhos?

Meus outros conselheiros se entreolham e imediatamente começam a pedir desculpas. Claro que Tenardy é o único que permanece impassível, orgulhoso do jeito que é.

–Majestade? –Mason dirige seu olhar para mim- Gostaria de lhe falar em particular.

Surpresa com esse pedido, concordo com a cabeça e me levanto. Mason faz o mesmo. Nos despedimos dos que sobraram e saímos da sala de jantar até uma saleta no mesmo corredor.

Assim que entro por último, Mason vai direto ao ponto.

–Escute, sobre Sorayan.... –ele parece ansioso. Novamente, me pergunto o que há com ele- A senhora vai resgatar sua irmã, não vai?

O encaro estupefata.

–Mas... como.... –balbuciou.

Ele acena negativamente a cabeça.

–É uma longa história, não podemos mais perder tempo. Anna está perigo!

Sua expressão parece tão aflita que é impossível não acreditar.

–Como sabe disso? –consigo dizer, intrigada e preocupada ao mesmo tempo.

–Depois eu explico! –as palavras carregadas de impaciência- Agora me ouça. Eles partiram no navio em direção à Arendelle e pararam em uma ilha... –seu olhar se torna distante, como se estivesse se lembrando de algo. Ele se volta para mim- Tem que encontrá-la, essa ilha, entendeu?

Entendido eu tinha. Mas não fazia ideia da relação de Mason com tudo aquilo.

–Sei o que deve estar pensando. Já estou velho, mas não estou tendo alucinações. Tenardy pode ter sido a mão-direita de seus pais quando o assunto era Arendelle, mas... foi a mim que eles contaram sobre seus poderes, Elsa. Eu sempre soube e ela também...

–Ela? –repito, já tendo alguma ideia de quem ele se refere.

–A Mãe-terra. Ela ajudou seus pais a lhe entenderem melhor –ele estremece- Ela me disse para eu alertá-la. É perigoso o que você vai fazer. Sabe disso, não sabe?

“A Mãe-terra. Sempre a Mãe-terra”, penso, já completamente farta daquela mulher. Afinal, como ela sabe tudo da minha vida? Está sempre um passo ao meu lado, parece me conhecer. Por que vive me protegendo? Seria a mesma desculpa de Jack, de que não acha justo que eu lute contra Imogen? Parece uma bondade muito exagerada.

Assinto com a cabeça.

–Um momento. Você a conhece? –pergunto, confusa.

–Ela está mais perto do que você imagina. Mas a questão é que ela quer que eu a convença a ficar aqui, segura, e me disse que vai pessoalmente atrás da Anna. Mas eu conheço você bem demais, menina. Você nunca faria isso, estou certo? –ele pergunta, pesaroso.

–Está. –digo, confiante. Eu nunca ficaria aqui como uma completa inútil enquanto minha família sofre por minha causa- Se ela quiser me ajudar, eu agradecerei. Mas eu vou junto.

Ele balança negativamente a cabeça.

–Não sei se ela se mostraria.

–Então vou continuar com meu plano.

Ele suspira, consentindo.

–A Ilha, Elsa. Eles estão lá.

–Qual o nome dessa ilha? –pergunto, interessada

–Eu não sei. Mas você descobrirá, tenho certeza. –ele segura minha mão direita, firme. Me contenho para não retirá-la pois aquela mão ainda doe por causa do meu profundo corte.

–Aqui, só mais uma coisa. –ele retira um envelope amarelado do bolso interno do casaco- Seus pais queriam lhe dá apenas quando tudo isso acabasse.

Estranhamente, compreendo o “tudo” a que ele se refere. Ele está falando da Senhora dos vulcões.

–Mas... –ele continua- Eu não sei se vou ter essa chance. Não sei se estarei aqui quando você regressar. Tome.

Perplexa com esse comentário, aceito o envelope. Ele é frio como o gelo.

–Mason, o que quer dizer....

–Me prometa que só vai abrir quando tudo isso acabar. –ele pede, seus olhos suplicantes.

Mesmo que seja dos meus pais, eu tenho coisas mais importantes a tratar e se foi o desejo deles...

–Eu prometo. –digo.

Ele parece um pouco aliviado.

–Ótimo. Mas agora, se apresse. Ande, vá! –ele acena para a porta.

Vou em direção a porta, mas antes de atravessá-la...

–Hã, obrigada por tudo, Mason. –digo, ainda confusa sobre um conselheiro meu saber de tudo aquilo. E o pior, de alguma forma, meus pais também sabiam.

No final da tarde, como ordem minha, o navio está pronto para zarpar. No porto, meus amigos mais íntimos e muitos aldeões se encontram para se despedir de mim. Vejo Mason me lançar um olhar significativo que interpreto como “Boa sorte”. Tenardy me dá um simples aceno com uma das mãos, entediado e Sarah está aos prantos, me abraçando fortemente.

–Você vai ficar bem, não vai? –ela pergunta, a voz falha por causa do choro.

Assinto com a cabeça, mesmo sabendo de que não tenho certeza quanto a isso.

Alissa sussurra no meu ouvido perguntando se eu estaria levando Jack secretamente para Sorayan. Respondo com um olhar recriminador para ela, mas logo a abraço, pensando com pesar se não seria a última vez que eu a veria, a todos eles... Começo a procurar Cecily entre o aglomerado de pessoas e consigo reconhecê-la ao longe, um pouco afastada de todos. Ela me olha intensamente com seus distintos olhos violeta, séria.

Quando começo a me aproximar para me despedir, noto que há alguma coisa estranha em seus olhos. Ainda estamos a alguns metros de distância e tento definir o que parece errado, os olhando atentamente. Não consigo, pois minha visão começa a embaçar. Sinto meu corpo entrar em uma espécie de torpor e começo a perder os sentidos. Minhas pernas fraquejam e antes que alguém comece a me segurar para que eu não caia no chão, desmaiada, ouço uma voz em minha cabeça:

“Você não me deu escolha, criança”

***

Abro os olhos lentamente e logo me sinto estranha. Sabe aquela sensação de quando você acorda e parece que dormiu uma eternidade? Eu estou me sentindo dessa maneira. Em um segundo eu estava olhando para Cecily e no outro... Ainda lembro daquela voz, já tinha a ouvido antes, mas não consigo me lembrar quando, nem onde. Faço um esforço, mas minha cabeça dói como se eu tivesse levado um baque. Desisto de tentar e suspiro, confusa.

Reparo no teto descascado e com um susto, percebo tardiamente de que não estou no meu quarto. Me sento na cama e olho rapidamente para o pequeno cômodo no qual me encontro. É pequeno, simples e sem muitos adornos, como em uma estalagem...

–E ela acordou! –uma voz surge à minha direita. Com um suspiro de alívio e surpresa, percebo Jack sentado ao um canto. Assim que o olho, ele dá seu costumeiro sorriso e vai até mim, o cajado novamente em sua mão direita.

Jack se senta na cama e me encara.

–Como está se sentindo? –ele pergunta.

–Um pouco aérea... –respondo- O que aconteceu?

Ele me olha espantado.

–Bem... eu não estava lá na hora em que desmaiou, estava? –ele diz, com um sorriso torto nos lábios.

“E como eu vou saber? Você mesmo disse que fica me vigiando... “, respondo mentalmente, mas não o digo.

–Há quanto tempo.... Onde estou? –pergunto, olhando em volta.

Seu sorriso se alarga ainda mais.

–Já é noite e você desmaiou ontem, rainha da neve. Estamos em Sorayan.

Quase pulo da cama.

–Sorayan... mas como? Você me trouxe aqui?

–Por que a surpresa? –ele fingi estar ofendido.

–Mas... eu desmaiei e ai... E meus súditos? –lembro- Você simplesmente me sequestrou?

Ele dá um sorriso malicioso.

–Quando soube do que aconteceu, eu falei com sua amiga Alissa e ela me disse que vai inventar uma desculpa para sua ausência. Bem, não disse para onde iria levá-la de verdade, apenas que você tinha estragado nosso passeio secreto quando desmaiou antes de embarcar e fiz ela acreditar que queríamos um tempo a sós para... –ele dá de ombros- eu deixei ela imaginar por conta própria.

–Você o quê? –pergunto, estupefata- E ela deixou você me levar? Desmaiada?

–Disse a ela que isso tinha sido apenas uma consequência tardia de um feitiço que eu pratiquei com você de manhã. Boa desculpa, não?

–E o que me fez desmaiar? –pergunto, já pensando se não seria melhor ter dito “quem”.

–Já disse, não sei. Mas precisava de uma desculpa convincente. –ele abaixa a cabeça, o humor deixando sua expressão. –Andei um pouco por aqui e acabei descobrindo que sua irmã partiu de Sorayan há alguns dias, Elsa.

Eu já esperava isso, mas a confirmação faz meus olhos se encharcarem de lágrimas. Fecho os olhos, me controlando. Eu não choro na frente de ninguém desde que fui presa naquele quarto. Não iria ser agora que o faria.

–A Mãe-terra soube de suas suspeitas e avisou a todos do mundo imortal. Eu não fiquei sabendo a princípio, mas fui informado por uma amiga. –ele suspira- Porque eu estava foragido. A fábrica de North foi atacada de novo e ele fez de tudo para que eu conseguisse fugir só que ai...

–O que aconteceu? –pergunto, tensa, vendo a culpa em seus olhos.

–Eles foram levados. Bunnymund e North se deixarem levar até a Mãe-terra.

Arregalo os olhos.

–Ela vai matá-los! –lembro da pena para quem desobedecesse as regras.

–Com isso você não precisa se preocupar. Aquela louca só quer a mim, eu a irritei muito quebrando as regras primeiro. O máximo que ela pode fazer com eles é deixá-los em observação. Você acha mesmo que ela mandaria matar o Coelho da Páscoa e o Papai Noel?

Sinto um alívio percorre meu corpo, enxergando a razão.

–Bem... então.... –lembro do que ele me dissera antes- Você me trouxe aqui para me ajudar a achar minha família? –pergunto, esperançosa.

–Hmm, vejamos. Sou o espírito que traz o inverno e alegra todo mundo, seu professor extremamente rígido nas horas vagas... –ele fingi pensar um pouco -Acho que posso encaixar isso na minha lista de afazeres.

Mal posso conter a pontada de esperança que surge em meu coração. Com o Jack, definitivamente minhas chances aumentaram. Tudo parece ótimo até que lembro de uma coisa que faz meu sangue gelar.

–A Imogen... ela está me esperando, não está? Seja lá onde for. –penso na ilha que Mason me falara.

A expressão de Jack se torna sombria.

–Ela quer isso. Que você vá lá, por isso acho que vai ser mais fácil se você procurar sua família e não a Mãe-terra.

–Ela está mesmo a procurando?

Ele dá de ombros.

–Foi o que me disseram, mas eu não tenho certeza. Apesar de tudo...

–Ela se importa comigo. –lembro, sem saber o que pensar disso.

–Exatamente. –ele responde- Enfim... seria muito mais difícil a Imogen ir para Arendelle, pois isso seria óbvio e juntando a força de muitos imortais dispostos a combatê-la, talvez conseguíssemos liquidá-la.

–Talvez? –estremeço- Mas se a Mãe-terra é tão poderosa, por que não acaba logo com ela?

–Ela não pode. Como uma protetora da natureza, deve permanecer pura. Ela não pode matar ninguém, é seu voto.

–O que aconteceria se ela o desobedecesse?

Ele balança a cabeça.

–Eu não sei, essa proibição só se aplica à ela.

Suspiro, frustrada.

–Então... estamos sozinhos nessa?

–Somos os que temos mais chance, por causa de nossos poderes. –ele olha para o seu cajado.

–Não tenho muita esperança quanto a mim. Eu fui um fiasco naquele incêndio... –abaixo a cabeça, pensando no que me espera.

–Você vai se sair bem. –ele tenta me tranquilizar- Vou ajudá-la e eu lhe prometo, Elsa... –seu olhar vai até meu pescoço, onde a marca de uma queimadura ainda não desbotara- Vamos achar sua família. Não posso dizer que a Imogen não lhe fará mal, pois isso não é verdade. Vou protegê-la, mas também vou ensiná-la a se proteger. Isso é a coisa mais importante.

Me permito dá um fino sorriso.

–Obrigada, Jack. De verdade. Eu não sei nem porque você está me ajudando, mas...

Ele balança a cabeça em negação e se aproxima mais. Seus dedos tocam levemente meus lábios, me impedindo de falar. Ele sorri e eu só consigo olhar para seus gélidos olhos azuis. A intimidade daquele gesto me faz senti um formigamento no corpo que logo recrimino mentalmente.

–Não precisa agradecer. –ele fala, abaixando a mão.


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Notas finais do capítulo

AI, meu deus, não surtem ok? uhehehe o que acharam? Devo dizer q a partir do dez as coisas finalmente vão começar a andar, finalmente!!! Como péssima notícia, minhas aulas voltam amanha (saaaaco) e como vou para o terceiro ano e ainda vou fazer algumas isoladas os capitulos vao demorar um pouco para sair (eu to quase chorando aki) Para vcs não ficarem desorientados, domingo a noite é minha data certa para postar. Na semana eu vou adiantar a história em um rascunho para sair lindo e belo para vcs domingo. POSSA ser q tenha um dia q eu poste antes, mas eu n prometo nada. Meu tempo vai ser curtíssimo. Enfim, não me odeiem e até o próx. Não deixem de comentar, ok? é muito importante para mim ^-^



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