Escolha-me [EM REVISÃO] escrita por Moriah


Capítulo 9
Agora pergunto para Maxon, um pai e não para Maxon, o Rei.


Notas iniciais do capítulo

Olá anjinhos ^-^ Queria começar agredecendo de todo o coração a Izabella Salvatore e Like por recomendar minha fic (sigam o exemplo u.u - zoa) voces me fizeram chorar '-' e ai eu menti pros meus pais que eu tava olhando um filme muito triste, por que se eu contasse o motivo eles iriam me chamar de louca. Não sei se vocês sabem, mas cada comentário é uma força para mim, me mostra que alguém, pelo menos um, esta lendo o que eu escrevo e eu amo muito isso, amo muito vocês, são os meus anjinhos, sempre me dando força para continuar :3
NOTAS FINAIS MEGA IMPORTANTE.



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Sonho que estava presa em uma câmera do castelo, as pedras eram geladas e úmidas, como se eu estivesse em uma masmorra, mas não tive certeza, afinal nunca fui a uma.

Tentava correr até a porta que não era nada menos do que uma grade que saia de dentro do teto de pedra e entrava para dentro do chão, sondado. Se sentia sufocada, com falta de ar, precisava por algum motivo ir até a grade, mesmo sabendo que eram vãs as chances de se libertar. Sentia como se algo na grade lhe atraísse, algo além da grade a chamava.

Foi quando ouviu um estrondo e a grade caiu para frente, quase a acertando e um soldado entrou.

— America! America, sua louca! — espera, conheço essa voz.

Aspen.

Fico cega pela claridade por alguns minutos. Meus olhos se acostumam com a luz que emanava da janela aberta e consigo ver a figura de Aspen ao lado da sua cama.

— Mas que mer... Aspen?

Começa a avaliar o quarto e paro seus olhos na porta estatelada no chão.

— Meri...

Você arrombou a minha porta!

— Meri... — ele levanta as mãos para o alto em sinal de rendição. — Me deixa explicar mulher!

Fico quieta olhando fixo para minha porta no chão.

— Pela mãe Anne veio aqui fazer... Fazer o que as criadas fazem, mas sua porta estava trancada. Sabe como Anne é, ela bateu e chamou por você, mas você não respondia. — ele começa a se explicar abaixando as mãos com cautela. — Ela preocupada procurou por alguém e se esbarrou com Marlee, as duas começaram a gritar lhe chamando, mas você não deu um sinal sequer de vida. Então Marlee avisou Lucy e a mesma me chamou. Ficamos preocupados que algo tivesse acontecido, um dos guardas do jardim observou que você dormiu com a janela aberta, é perigoso, você sabe. Anne foi chamar o Rei, eu resolvi arrombar sua porta.

— E meus filhos? — pergunto.

— Dormindo.

— Você arrombou minha porta. — sussurro ferozmente. — Acham mesmo que iria me matar? Vocês não me conhecem, eu apenas...

— Você está bem? — Maxon entra calmamente no quarto. — Anne fez um escândalo na porta do meu escritório, quase mandei meus guardas, mas resolvi avaliar a situação primeiro. — se vira para Aspen. — O que realmente aconteceu? Não entendi uma palavra sequer que Anne falou.

— Eles não receberam resposta quando bateram na porta do meu quarto e então resolveram bater de um jeito mais bruto. ELES ARROMBARAM A MINHA PORTA! A minha porta! Ela está caída ali, eu simplesmente não tenho mais porta! — começo a gritar como uma criança que perdeu o desenho favorito da TV.

— O Rei vai conseguir outra porta para você. — Carter aparece. — Maneire os gritos se não quer que seus filhos acordem, Meri. Ah, seu afilhado também agradeceria.

Cerro os olhos olhando para ele, mas não falo nada por um tempo.

— A minha porta. — choramingo baixinho inconformada, ainda sentada na minha cama com as pernas cobertas.

— É apenas uma porta. — Aspen e Maxon dizem juntos.

— Arrumam ela hoje mesmo. — Maxon continua sério. — Precisa de alguma outra coisa?

— Preciso de Anne. — suspiro, lembrando da noite anterior.

O que justifica o jeito avoado e vazio que Maxon está me tratando.

— Estou aqui, Meri. — Anne fala entrando onde antigamente ficava minha porta.

Vá em paz doce e querida porta, nunca lhe esqueceremos.

— Poderia me trazer um copo de água e uma aspirina? — peço.

Maxon, Carter e Aspen conversavam em um canto do meu quarto, sobre algo que parecia ser realmente importante, mas porque no meu quarto? É como se todos ali esperassem que eu caísse morta de repente.

— Não prefere um chá America? Faz mais efeito. — Marlee opina.

— Não Marlee, uma aspirina já ajuda bastante. — sorrio agradecida para ela. — Você devia ir dar uma olhada em Joseph, sabe como são os bebês, acordam quando menos esperamos.

— É mesmo, isso me lembrar de que tenho que trocar a frauda. — ela comenta e então se vira para a rodinha dos homens. — Carter, querido, hoje é o seu dia. — pisca para nós segurando o riso.

Carter faz um careta tirando risadas abafadas e se despede saindo do quarto na companhia de Marlee.

Um casal já foi, falta os outros.

— Aspen você está me devendo uma, quebrou minha porta. — digo séria.

— O quer que eu faça para me redimir? — ele pergunta revirando os olhos e sorrindo.

— Você e Lucy, junto com Anne, vão ir na cozinha e fazer um banquete digno de alguém que quer ter diabete. Quero uma torta de morango bem grande para o café da manhã. — respondo. — E muito refrigerante, por favor.

— O que você não pede irritada que a gente não obedece sorrindo? — Anne pergunta divertida, saindo e sendo seguida por Lucy e Aspen que saem de mãos dadas do quarto.

Agora tinha que me livrar do rei, mas antes...

— Peço que me perdoe por ontem, fui muito grossa, eu... — as palavras fogem e minha frase fica no ar por um momento.

— O erro foi meu, está tudo bem America. — ele responde depois de um tempo.

— Ames. — digo, franzindo o cenho para mim mesma.

— Como? — pergunta confuso.

— Pessoas chegadas me chamam de Ames. — digo sorrindo.

— Tudo bem. — ele dá um sorriso discreto que sairia despercebido por qualquer um. — Quer que eu te chame de Ames?

— Não, chame como quiser, estou dizendo que se quiser não precisa ficar me chamando de America, é como se eu estivesse mais distante do que realmente estou. — responde seria.

— Certo, Ames. — ele ergue uma sobrancelha como se provasse a palavra. — Já te chamei assim antes. — ele diz sério.

— Já, mas o clima está pesado entre mim e você, ai você voltou a me chamar de America o que de certo modo é um ato rebelde da sua parte, por mais ridículo que seja, porque é sim ridículo. — reviro os olhos e ele ri com vontade.

Vai soar clichê, eu sei que vai, só... Não posso dizer que a sua risada é o som mais lindo do mundo, mas é confortável, você pode passar o dia ouvindo aquela risada, e não vai se importar, dá vontade de se formar em palhaçadas apenas para ouvir ele rir, mas havia algo mais ali — por que malditamente sempre há algo mais —, é como se eu quisesse ouvir aquela risada verdadeira vindo dele por algo que eu disse, não porque outra pessoa o fez rir.

— Bem, vou indo, até o café.

— Até o café Re...

— Maxon.

— Certo, até o café.

◎◎◎

Ponho um vestido simples branquinho até o joelho e desço para o café. Chego e quase todos já estão lá, faltam apenas Julieta e Gabriel.

Quando todos já estão na mesa, começo:

— Precisamos conversar. — todos começam a se entreolhar tentando descobrir a quem me dirigia. — Todos nós.

— Comece. — Marlee pede.

— Benjamin gosta de esportes? — pergunto e assustado o príncipe mais velho se limita a concordar. — Ótimo.

— Aonde quer chegar? — pergunta Maxon.

— Então, meus filhos não estão indo a escola.

— E... — Lucy me estimula a continuar.

— Tem uma escola perto do castelo, ela tem vagas aberta, e está precisando de professores, para música, português, matemática e artes.

— Ainda não entendi. — diz May confusa.

— America fala para fora. — pede Aspen.

Vejo mamãe torcer o nariz e soltar uma risada mínima.

— Então eu estou pensando que meus filhos e os príncipes podiam ir à escola.

— Eu concordo. — Stalin responde. — Nunca fomos a uma escola.

— Iria ser divertido. — Esther comenta.

Julieta, muda, apenas concorda com a cabeça.

— Só que eu e Benjamin já estudamos. — John diz sério.

— O que você andou cheirando? — Maxon pergunta.

— Por quê? — pergunto confusa.

— É arriscado demais, além de que as pessoas irão se aproximar deles só por serem da realeza, eles podem correr perigo, não aceito essa ideia. — ele diz negando com a cabeça.

— Eu não sou tão burra, para eles irem à escola tem regras, que eu iria impor, além do mais, eles não ficariam largados por lá, eu seria a professora de música, Marlee já é professor de português, May é ótima com números e não há alguém que eu conheça que sabe mais de arte do que Lucy. E estão precisando de monitores para ficar nos corredores. Aspen e Carter podem se candidatar. Ponha guardas escondido nas moitas, eu não sei, apenas deixe seus filhos viverem.

— Ela pensou em tudo. — Benjamin observa.

— Politicamente falando: isso tem inúmeras chances de dar errado. — John comenta.

— Desde quando você fala sério? — Pâmela indaga erguendo uma sobrancelha.

— Eu não falo, por isso concordo com a ideia da Meri. — John explica, piscando para Pâmela e se virando para o pai.

Pâmela bufa revirando os olhos.

— Só falta você concordar, Maxon e então posso encaminhar tudo e semana que vêm eles já começam a estudar e nós a trabalhar. Vai ser divertido.

— Estamos falando de escola America, a maioria dos jovens que eu conheço odeiam aquele lugar. — ele rebate revirando os olhos.

— Todos odeiam, quando você está lá aquilo realmente é horrível, mas quando tudo passa, os amigos, as brincadeira, tudo... Faz falta e se torna a melhor coisa que já aconteceu conosco. Seus filhos passam a vida enfurnados nesse castelo, a futura Rainha sequer saiu do castelo uma unica vez. Eles estão perdendo a melhor época da vida deles. Por que é nessa época que você fabrica lembranças para depois quando for velho e solitário se lembrar. Todos passarão por uma época em que nossas únicas companheiras e amigas vão ser nossas lembranças. Você até hoje, sem perceber, não permitiu que seus filhos vivessem os momentos deles, que criassem as próprias lembranças. Então agora, pergunto para Maxon, o pai de cinco lindos filhos e não para o Rei de Illea, você acha isso justo?

Todos ficam quietos e Maxon me encara nos olhos.

— Você recebera a minha resposta amanhã no café da manhã, por hoje o assunto morre aqui.

Eu assinto e volto a comer.


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Notas finais do capítulo

Oi de novo /(o-o)
Então eu mudei um pouco as características dos personagens (aqui tem uma tabela que eu fiz):
file:///C:/Users/Usuario/Pictures/millene/livros/Outra%20vez%20a%20escolha/tabela.png