Com Amor não se Brinca escrita por Bubees


Capítulo 14
Rompimento.




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Bruno de repente, retirou de trás das costas um taco de baseball, juntou as duas pernas, batendo o taco levemente em uma das mãos, encarando Brian.

Brian se virou de costas, puxando Letícia para um canto.

- Por favor, vá embora. – pediu ele.

- Eu não vou, você entrou nessa briga por minha causa.

- Letícia, seja racional, uma anã que nem você não vai poder fazer nada...

Letícia ergueu uma das sobrancelhas como se estivesse o desafiando, depois eu ás costas se dirigindo até Bruno.

- Você devia escutar seu namoradinho. – Respondeu o rapaz com um sorriso sínico.

- ELE NÃO É MEU NAMORADINHO! – berrou Letícia irritada, se aproximando bruscamente do rapaz, sem medo. – Você quem devia dizer ás suas namoradinhas... – Letícia apontava para os outros amigos de Bruno. – Não se meterem com o Brian, por que sinceramente é muita covardia você querer brigar com uma pessoa, junto de seus amiguinhos e ainda mais um taco! Você é tão insignificante assim? – Letícia cruzou os braços.

Bruno estampou um pequeno sorriso no canto dos lábios.

- Vai... Você não é metido a machão? Encara ele de igual pra igual. – Letícia continuava desafiando o jovem.

Bruno ergueu rapidamente a cabeça, e seus amigos se retiraram, Letícia esboçou um sorriso vanglorioso, e Bruno jogou o taco no chão, e começou a estralar os dedos.

- Letícia... – resmungou Brian.

- Vai lá! – Disse Letícia, empurrando Brian para frente de leve.

Brian esboçou um sorriso meigo para a jovem, indo diretamente para o campo de batalha.

Bruno fechou os punhos e se aproximava cautelosamente de Brian que se mantinha parado, encarando o louro nos olhos, Letícia, estava apenas em um canto, com os punhos fechados perto dos lábios, tensa, tremula, torcendo mentalmente para Brian.

Assim que Bruno se aproximou, afim de golpeá-lo, Brian puxou seu punho, lhe acertando uma joelhada no estomago, e rapidamente, golpeou com o cotovelo suas costas, o rapaz nem teve tempo de se defender, foi direto para o chão.

Letícia sorria, satisfeita, porém Bruno se levantou, e partiu violentamente para cima de Brian, a briga de repente começou a ficar séria, ambos começaram a se socar, até Bruno pegar o taco que estava no chão.

Brian estava estilado no chão, com os lábios sangrando, limpando-os com o punho, Bruno se aproximava e com certeza aquela briga iria se exceder de forma grave, Letícia correu, saltando para cima de Bruno que não esperava por aquilo, os dois despencaram no chão.

- O QUE É ISSO?! – Perguntou Bruno, empurrando Letícia com forma para trás.

- Agora você me irritou. – disse Brian quando viu a cena.

Rapidamente o rapaz se aproximou de Bruno, obrigando-o a se levantar, através da gola de sua camisa, Brian, porém, não atacou novamente, ficou encarando o rival pelos olhos.

- Você é incrivelmente desprezível. – Disse, dando-lhe um soco no estomago.

Bruno caiu pelo chão, tentando recuperar o fôlego, Brian pegou o taco do chão, colocando-o por trás das costas.

Letícia ficou parada por alguns instantes vendo a cena, assim que notou que Brian começou a caminhar, o seguiu.

- Você está machucado. – disse, andando em sua frente, olhando para o seu rosto.

- Eu estou bem. – respondeu Brian, com um sorriso.

- Acho que tudo isso foi culpa minha, me desculpe por ter te colocado nessa, Syn.

- Ei, não diga isso, que até me ofende... – Brian parava de andar, ficando de frente com a jovem. – Eu fiz o que eu pensei que fosse certo, ele ficou todo bravinho por que levou um fora de você, e quando eu vi do jeito que ele te empurrou, aquilo subiu meu sangue. – O rosto de Brian de repente ficara púrpura.

- Calma, esquece isso. – disse Letícia. – Seus pais não vão gostar de ver o seu rosto assim... Obrigada por ter me defendido. – Letícia estendeu um sorriso, dando um abraço em Brian.

O coração de Brian, de repente disparou, sentiu seu rosto esquentar de forma misteriosa, ele sentia o perfume da jovem, e fechava os olhos retribuindo o abraço sutilmente, até Letícia se afastar, com as bochechas levemente coradas.

A garota se virou rapidamente, como se estivesse escondendo o rosto de Brian.

- Vamos ir para um bar, comemorar. – sugeriu Brian.

- Tem certeza? – perguntou Letícia, olhando-o.

- Tenho. – Brian estendeu um sorriso.

Letícia e Brian,começaram a caminhar pelas ruas movimentadas, muitas pessoas que passavam encaravam Brian, por causa de seus ferimentos, porém ele pouco se importava, a cada passo, ele se aproximava mais de Letícia, até que finalmente a abraçou pela cintura.

- EI! – resmungou a jovem se distanciando. – O que foi isso?

- Nada... – Respondeu Brian, assustado.

Resolveram entrar então, não exatamente em um bar, era praticamente um restaurante, os dois se sentaram, um de frente para o outro.

- O que vão beber? – perguntou o garçom.

- Quero uma caipirinha de frutas vermelhas. – disse Letícia.

- Quero o mesmo. – disse Brian.

- Quer um gelo para colocar no rosto? – perguntou o garçom.

- Quero. – disse Brian, com uma leve risada.

Letícia também riu, e continuou olhando para o rapaz com um sorriso estampado nos lábios avermelhados.

- Ganhei um taco pelo menos. – disse Brian.

- Parabéns pela vitória, mas tenho certeza que eles nos odiará eternamente.

- Ele que entre na fila. – respondeu Brian, dando de ombros.

- Com certeza. – concordou Letícia, com uma gargalhada.

- Obrigado por ter facilitado as coisas para mim...

- Eu não fiz isso exatamente por você, eu simplesmente achei covardia demais, principalmente pra uma pessoa que era tão metido a machão.

- Isso é com certeza. – concordou Brian, também com a cabeça. – Cara babaca, e mal sabia lutar, no dia do show a gente combinou de... – Brian já estava falando demais.

- Combinaram o que? – perguntou Letícia, séria.

- De... Ir no bate cabeça. – confessou ele.

- Por quê? – perguntou Letícia, franzindo o cenho.

- Por que é legal... – Disse Brian, num falso tom.

- Você não me engana. – disse Letícia, inclinando-se, para olhá-lo nos olhos.

- Ah, eu não te devo satisfações. – resmungou.

- Tudo bem. – concordou Letícia, se encostando à cadeira novamente.

As bebidas haviam chego, e Brian tomou um copo com um gole só, se esticou na cadeira, colocando o gelo perto dos lábios.

- Quer ajuda? – perguntou Letícia.

Brian aproximou a cadeira de Letícia, e a jovem ficou segurando o saco de gelo para o rapaz.

- Obrigado. – respondeu ele, com dificuldade.

- De nada. – disse Letícia. – Onde foi que você aprendeu a lutar daquele jeito?

- Confusões em shows. – respondeu ele, diretamente.

- Por causa de meninas? – perguntou Letícia, mordendo os lábios como se tivesse falado demais.

- Letícia, minha vida não é só mulher. – disse Brian, revirando os olhos.

- Não é o que eu vejo.

Brian segurou as mãos da jovem, afastando o gelo.

- Como assim? – perguntou, olhando-a nos olhos.

Letícia desviou o olhar, rapidamente.

- Oras, pelo seu jeito...

Brian esboçou um sorriso de canto.

- O que foi? – perguntou.

- Nada. – disse Brian, ainda sorridente, e então colocou as mãos de Letícia novamente em seus lábios.

- Você é estranho sabia?

- Eu sei. – disse Brian. – Não que você também não seja, ouviu?

- É, eu confesso que também não sou muito normal...

- Eu gosto. – respondeu Brian.

- Gosta? – perguntou Letícia, sentindo seu rosto esquentar.

- Gosto, é divertido, espontâneo, dá pra notar que você mostra quem você realmente é, tem personalidade, e isso é muito bom.

- Obrigada, Syn. – Letícia lhe estendeu um sorriso. – Mas você ainda é meio que uma incógnita para mim.

- Por quê? – perguntou o rapaz, se afastando novamente do gelo. – Já está bom.

- Por que cada hora você está agindo de uma forma, você me deixa confusa. – respondeu a jovem.

- É que você não sabe me interpretar. – Brian deu um meio sorriso, charmoso.

- Eu não sou muito boa com interpretações. – respondeu ela.

- Eu posso te ajudar... Eu gosto de cerveja, muitas vezes mostro ser quem eu não sou por insegurança, e nunca me apaixonei de verdade.

- Por que está me dizendo isso? Parece algo muito pessoal, não?

- Somos vizinhos e colegas de classe, você já está próxima demais de mim para não saber.

- E você sabe me interpretar? – Letícia o encarou, cruzando os braços.

- Eu sei que você tem medo de se apaixonar, melhor dizendo, medo de ser feliz, quando você está de saco cheio da aula, você fica jogando sudoku pelo celular debaixo da mesa, quando a aula está interessante você cruza as pernas numa postura perfeita e presta atenção a cada palavra dita, você sempre resmunga quando vai começar a se irritar, quando anoitece a primeira coisa que você faz é olhar para céu, eu sei que você ama as estrelas, eu sei que você é espontânea, e pra mim, você só se faz de durona, a Letícia que uma vez me contou sobre seus pais, me mostrou uma pessoa muito sensível...

- Eu não devia ter te contado aquilo.

- E por que não?

- É intimo demais, mas tem coisas que eu guardo por tanto tempo dentro de mim, que eu preciso desabafar...

- Isso prova que você é sensível, que as coisas te afetam, que você se preocupa com as pessoas, quando você fica pensativa, você tem uma mania enorme de morder os lábios, queria saber o que você tanto pensa.

- Sabe tudo dessas coisas simplesmente por que me olha?

- Sim, e eu prometo que finjo para as outras pessoas que você é muito má. – Brian deu uma gargalhada descontraída.

Letícia, retribuiu a risada.

- Você fica me olhando demais... – insinuou a jovem.

- Fico mesmo. – admitiu Brian, de repente sério, suas mãos começaram a tremer.

Letícia deu uma risada sem graça, sentindo seu rosto se esquentar novamente, seu coração estava acelerado, e suas mãos soavam.

- Fica? – a voz de Letícia saiu falha.

Brian se inclinou, aproximando mais seu rosto do de Letícia, e a jovem, automaticamente fez o mesmo, ambos perderam o controle da situação, algo mais forte estava presente ali, e nem eles mesmos sabiam.

- Eu nunca conheci uma pessoa tão forte quanto você, sério mesmo. – disse Brian, olhando a jovem nos olhos.

Letícia, sem forças e completamente rendida, se aproximou mais do rapaz, Brian simplesmente não perdeu a deixa, ambos os lábios se uniram.

Brian passou as mãos pela cintura de Letícia, aproximando mais ainda seus corpos, Letícia então, rapidamente se afastou.

- EI O QUE VOCÊ ESTÁ FAZENDO?! – berrou, assustada.

- Eu não fiz nada. – Brian ergueu os braços, como um refém, mas dessa vez, dizia a verdade.

- Eu também não fiz nada. – disse Letícia, séria.

- Fomos nós. – disse Brian.

- NÓS?! Não existe nós aqui! – Letícia arregalava os olhos avermelhados.

- Letícia, o que foi? – perguntou Brian, preocupado.

- Não se aproxime de mim! – ameaçou. – NUNCA MAIS!

- Eu não estou entendendo...

- NÃO TEM O QUE ENTENDER...

- Fala baixo...

- Não tem o que entender...

- Você não pode me deixar aqui assim...

- Assim como?! – A jovem estava incrédula. – Não existe nós! Nunca irá existir, jamais! Não se aproxime mais de mim, eu não quero mais ficar perto de você...

Letícia se levantou, saindo do restaurante.

Brian deixou o dinheiro das bebidas em cima da mesa e saiu correndo atrás da jovem.

- LETÍCIA ESPERA! – Brian alcançou, puxando-a contra o peito, seus olhos estavam vermelhos. – Está chorando?

- Não. – Letícia respondeu ríspida. – Por que toda vez que eu fico perto de você, isso acontece?

- Isso te incomoda?

- Sim, demais... Eu sei que você não é do tipo de pessoa que me mereça, eu não confio em você... Obrigada por hoje... Mas me deixe em paz...


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Notas finais do capítulo

Pessoal, muito obrigada pelos reviews, estou muito feliz que todos ainda acompanhem a fic, apesar dos contra tempos.
Espero que gostem no novo capitulo e aguardo a reviews
 
Obrigada.
 
 
bejos.