Primeiros Erros escrita por Lost Satellite


Capítulo 4
Capítulo 3 - Fantasmas


Notas iniciais do capítulo

Estou achando que eu e minha história estamos sozinhas por aqui, mas se houver alguém por aqui, por favor apareça kkk

Boa leitura!



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Impaciente com os visitantes, Marina apenas acompanhou a maioria até o saguão de entrada do castelo, onde o professor que acompanha a turma fez uma breve apresentação sobre os tios da garota, e também sobre a mesma, ela agradeceu mentalmente o fato de não ter que ir a frente de todos para que a vissem, o professor apenas citou seu nome como membro da família. Em seguida ela retirou-se para o segundo andar, mas enquanto subia as escadas atentou-se a lançar um cuidadoso olhar para o aglomerado de jovens, fascinou-se com o fato de novamente sentir a sensação de que já conhecia a garota de cabelos claros.

Mais tarde naquele dia, enquanto Elena procurava pela sala de jantar seu primo a encontrou, o garoto parecia animado demais enquanto a encarava. A garota o questionou sobre o qual seria o motivo de tanta animação espontânea.

−Nada não− Insistia ele durante todo o percurso, porém ao chegarem ao jantar ele segurou firme o braço de Elena para que pudessem se falar reservadamente.

−Tá, me diz quem é a garota Renato. - Elena questionou seu primo com impaciência na voz.

−Lena, não estraga as coisas. Ela tá ali, sentada na ponta da mesa. É aquela com cabelos castanhos.

Lena levantou a cabeça para ver a garota que Renato indicava. Quando finalmente a avistou, segurava uma taça enquanto ria de algo que alguém acabara de lhe contar, parecia uma daquelas cenas de filme vencedor do Oscar na categoria de melhor fotografia. Uma garota rindo pausadamente enquanto a câmera registra quadro a quadro da cena, capturando cada cor e linha, todo o movimento e até mesmo o brilho refletido em seus olhos.

−Renatinho você pensa alto demais. – Ela soltou voltando a encarar seu primo.

−Vai me ajudar ou não? – Ele pediu já se cansando de repetir suas falas.

−Vou tentar, mas não garanto muito coisa, até porque não a conheço, e se fossemos amigas o resultado poderia ser melhor.

−Ótimo! Por isso você é minha priminha preferida, não me deixa na mão nunquinha! – Ele deu um beijo estalado na bochecha da menina.

−É lógico que tenho que ser a preferida, sou a tua única prima cara. – Eles riram e finalmente adentraram a sala de jantar. Estava repleta de burburinhos de conversas e do tintilar dos pratos e taças.

Lena havia se sentado entre alguns colegas, todos conversavam enquanto comiam e bebiam. Ela levantou os olhos de seu prato e encontrou a garota que seu primo lhe mostrara a encarando. Apesar de ter sido flagrada ela fez questão de sustentar seu olhar sem se acanhar. Se sentindo incomodada ela desviou o olhar e tentou puxar conversa com Julia que estava ao seu lado e esquecer esse detalhe, mas quando tornou a levantar os olhos à garota ainda estava lá, encarando-a.

−Julia, eu acho que já vou subir para o quarto.

−Mas já? Você mal comeu, e ainda é cedo...

−Estou cansada e já vou subir mesmo, a gente se vê depois.

Quando Lena se levantou a outra já não estava mais lá a encarando, sem se preocupar com aquilo a garota caminhou para as escadas em direção ao seu quarto.

−Alguém já te disse que tem fantasmas neste castelo? – Uma voz melodiosa ecoou do alto.

Lena olhou o topo da escadaria para identificar a dona da voz, era também à dona dos olhos que a encararam durante o jantar.

−Já me disseram sim, mas você não acha que está um pouco grandinha pra acreditar nessas coisas?

−Quem disse que eu acredito? – Ela riu zombeteira descendo alguns degraus e parando de frente a outra. – Eu sou Marina, mas pode me chamar do que quiser, um nome é só uma convenção.

−Sou Elena, e você deve ser uma pessoa muito infeliz por ser insatisfeita com o próprio nome.

−Não sou insatisfeita, mas acredito que às vezes um nome não combina com a pessoa. Eu posso ser Maria, Manoela, Leticia, Luana... Sei lá, posso ser tantas de mim mesma. Você por exemplo, Elena, Lena...

−É acertou sim, Mari.

−Viu só, é disso que eu tô falando. É como conhecer uma Rosana e ter que chama-la de Bruna, não sou muito de guardar nomes, mas adoro associar o rosto ao nome que aparenta ter.

−Olha se você fosse minha amiga eu ia te dizer que você é bem estranha, mas como acabei de te conhecer vou apenas concordar. – Elas riram brevemente da conversa. −Você é a garota que mora aqui?

−Certo. A garota que mora num castelo, mas não é uma princesa. O mundo sabe mesmo como acabar com os meus sonhos estilo Disney.

−Eu não acharia ruim morar num castelo. – Lena tentou soar simpática com ela, a garota parecia o tipo que qualquer um desejaria como amiga, tinha algo sobre a forma que ela tinha de falar e se comunicar, agora que estava cara a cara com ela pode entender o interesse de Renato por ela, e qual garoto não iria se interessar por ela?

−É todo mundo parece compartilhar desse pensamento com você. Posso mesmo te chamar de Lena?

−Não vejo problema.

−Ótimo, e então já conheceu o castelo?

−Um pouco, sabe como é, muita gente falando ao mesmo tempo em uma caminhada rápida por aqui, acho que vou precisar de um mapa pra não me perder.

−Precisa de um pra achar o seu quarto ou posso ajuda-la? – Mari desceu alguns degraus até ficando a poucos centímetros de Elena, com um ar de riso.

−Tudo bem, acho que consigo sozinha. – Ela deu um passo desviando da outra e subindo até o fim da escada.

−Só quis ajudar, mas fique a vontade. Se precisar de algo eu estou por aí. Até mais Lena.

−Ah! Será que posso perguntar por que me ficou encarrando durante o jantar. – Lena disse antes de se afastar voltando a olhar para Mari.

−Desculpe por aquilo, apenas estava tentando conhecer você.

−E conseguiu algo?

−Muito pouco, apenas que você parece não gostar de salada de batatas. –Ela riu do próprio comentário, como se soubesse de alguma piada interna.

−Você é boa em observações. Boa noite.

−Boa noite.

Enquanto a garota caminhava para seu dormitório, Mari desceu as escadas, havia alguém com quem ela precisava conversar.


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Notas finais do capítulo

Olá, tudo bem? (gente bonita e educada responde)

E então, algum palpite, sugestão, reclamação, sei lá, qualquer coisa, digam algo please!


Abrass



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