Keep it a Secret escrita por JP


Capítulo 26
iCome Back - Parte 1


Notas iniciais do capítulo

Demorei bastante dessa vez :/
Mas, para quem continua acompanhando essa fic, deve se lembrar que no capítulo anterior, o Freddie entregou a Sam para a diretora e a Sam acabou sendo expulsa do Ridgeway.
Continuando....



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PDV - Sam

Ainda não caiu a ficha de que fui expulsa do Ridgeway. Tudo por culpa daquele nerd e pateta do Benson. Como o odeio!

Assim que cheguei em casa, extravasei toda a minha fúria nos objetos a minha frente.

– Está tudo bem, Sam? - perguntou Shet, o meu colega de quarto, quando ouviu o barulho das coisas serem lançadas.

– NÃO! - gritei, assustando-o. - Não está "tudo bem". Acabei de ser expulsa do meu colégio... - Joguei mais um objeto contra a parede. -Tanto esforço e dedicação para nada!?

Eu estava prestes a jogar a poltrona verde pela janela quando Shet me fez uma pergunta importante:

– E o que você pretende fazer agora que foi expulsa?

Travei bem na hora do arremesso, pois estava refletindo sobre os meus planos para o futuro. E percebi que eu não tinha nenhum plano, além da vingança.

– Não sei... - larguei a poltrona no chão e voltei a pensar sobre o assunto.

Queria muito voltar para o Ridgeway, mas, com a Sra. Grace no comandando daquela escola, as minhas chances de voltar a "estudar" lá são de...hmm... ZERO por cento.

– O jeito é voltar a estudar online - falei, meio chateada. - Mas não terá o mesmo ânimo que antes, sabe?

Mesmo assim, Shet tentou me animar a voltar a estudar e não desistir:

– Não liga pra isso. Você está no último, né?

– É... - confirme. - Valeu a tentativa, mas... Pra mim já deu. Não quero saber dessas porcarias de escolas online e... - dei um breve suspiro. - Também não quero mais saber do Ridgeway, nem que a diretora de lá me mande uma carta feita de bacon!

Shet e eu demos um sorriso fraco e tristonho.

– Bom... Acho que vou voltar para Los Angeles e esperar a minha amiga, Cat, sair da prisão de Arizona, para continuarmos com o nosso serviço de babá.

(***)

Naquela mesma tarde, enquanto eu arrumava a minha mochila vermelha, ouço uma leve batida na porta do meu antigo quarto.

– Gibby? - falei, surpresa em vê-lo. - O que está fazendo aqui?

– Eu vim apenas saber como você está...

Revirei os olhos.

– Estou péssima, obrigada pela preocupação. - Voltei a arrumar a minha mochila, ignorando a presença do Gibson. - Você sabe que perdeu a sua viagem, vindo até mim, né?

Notei que ele se sentou na minha antiga cama.

– Não fala assim, Sam - Pelo tom de voz, ele me pareceu bem triste. - Somos amigos, lembra?

Dei uma pausa na minha atividade e olhei para ele.

– Éramos amigos! - esclareci. - Tudo até você trair a minha confiança e se voltar para o lado do Benson.

– Eu não estou do lado do Freddie e nem do seu...

– Que seja! - Esse papo estava um tédio. - Não importa mais. Você e o panaca do Freddie podem comemorar à vontade. Eu estou voltando para Los Angeles ainda hoje.

– L.A.?

Confirmei com a cabeça.

– Por quê?

– Porque não há mais nada que eu possa fazer em Seattle, além de estragar o meu passado - falei, exausta. Odeio dar informações da minha vida, ainda mais para o Gibby, que não entendia o significado das coisas simples. - Então avise ao pateta do Benson que ele venceu a bendita aposta.

Gibby estreitou os olhos para mim.

– Então você vai deixar o Freddie ganhar a aposta!? - perguntou ele, perplexo com a minha decisão.

– Talvez - falei, com um sorriso no rosto. E mais uma vez, o Gibson não entendeu o motivo da minha felicidade. - Bem, depois que fui expulsa do Ridgeway, eu fiz a inscrição do Freddie no exercício mexicano...

– No exército mexicano? O que isso tem a ver?

– Tudo! - murmurei. - Acho até que o exército mexicano pode chegar a qualquer momento na residência do Freddie e levá-lo para a base militar mais próxima.

– Nossa - Ele ficou perplexo com a ideia.

Quando finalizo a minha mochila, ouço uma som estranho, que vinha do bolso do Gibby. Ele retirou o Pear Phone e me informou:

– É uma mensagem do Freddie - disse ele, enquanto lia a tela. - Ele está precisando da minha ajuda em algo com a Molly.

Coloquei a minha mochila nas costas.

– Tudo bem - falei para ele. - Eu já estou de saída.

(***)

Depois de ter me despedido do Gibby, Shet e do Roger, o porco, tomei o meu percurso até Los Angeles. Seria uma longa viagem, então parei no posto de gasolina para abastecer a moto.

– São 20 pratas - avisou a atendente do posto.

Ainda montada na moto, retirei uma pequena quantia de dinheiro de dentro da mochila e entreguei à atendente.

Bem no momento em que eu estava pondo o capacete na cabeça, observo um carro verde - bem chamativo - parar a poucos metros dali.

Noto que uma garota morena saiu do carro ao lado de um cara estilozo. Ambos foram para a lanchonete do posto.

– Molly? - murmurei baixinho.

Desci da moto e os segui.

Fiquei numa mesa reservada e fiz o máximo (o impossível) para não ser notada.

– "Será que a Molly está traindo o Freddie com esse aí?" - refleti, curiosa, observando os dois.

Quando o rapaz saiu da mesa, eu decidi ir ao encontro da Molly.

– Sam!? - Ela se assustou quando me viu sentar na mesa.

– Quem era ele? - perguntei.

Molly olhou para os lados, meio incomodada.

– Ninguém importante - indagou ela. Sei que estava mentindo. - É melhor você ir... Se ele me ver ao seu lado...

– Não me importo. - falei, quase gritando. - Quero apenas saber se você está enganado o Freddie.

Molly continuava olhando para os lados, com medo do que pudesse acontecer.

– Claro que não! - disse ela, chateada. - Eu ainda amo o Freddie, mas... É complicado, sabe?

– Como assim?

Molly bufou.

– Ele está vindo! - exclamou Molly, assustada. - Sam, sai da mesa, por favor!

– Eu não vou sair até você me explicar o que está acontecendo.

O rapaz, que havia saído do banheiro, se aproximou da nossa mesa e fez uma careta estranha para mim.

– Sarah - disse ele, com uma expressão fechada, ainda olhando para mim. - Quem é essa?

"QUEM É SARAH!?" - perguntei a mim mesma. Tantas perguntas e nenhuma resposta.

– Essa é Sam - respondeu Molly, num tom triste.

– Que seja - disse ele, ignorando a minha presença. - Quando vou poder ver o Júnior!?

– Ah, nunca mais! - exclamou ela. - O meu filho está muito bem longe de você.

Observei a discussão em silêncio, até por não entender o que estava rolando entre os dois.

– Pra mim já chega! - gritou ele, batendo na mesa. - Já estou cansado das suas medidas idiotas! Eu quero o garoto, entendeu!?

– Não! - gritou ela, indignada. A discussão dos dois chamou a atenção de todos na lanchonete. - Me deixa em paz!

O cara estava prestes a ir para cima da Molly, mas fui mais ágil e o impedir de encostar um dedo nela.

– Dá o fora daqui! - gritei para o cara, que estava no chão, ensanguentado. E ele foi.

Depois do ataque, fui falar com a Molly, que não parava de chorar por conta do ocorrido.

– Obrigada, Sam - disse ela, enquanto bebia uma água.

– Não foi nada. Mas... Você me deve uma explicação.

(***)

– O que você quer saber? - perguntou ela, tristonha.

– Tudo! - falei, entusiasmada. - Quem é você de verdade?

Molly suspirou fundo, antes de me cotar:

"Bem, meu nome verdadeiro é Sarah. Criei essa identidade e personalidade falsa para fugir do Kelvin, o cara com quem me encontrei. O pior de tudo é que aquele idiota é pai do meu filho, Júnior, e desde que soube da existência da criança, não parou de me perseguir..."

– Minha nossa! - exclamei, espantada.

Molly continuou:

"Aquele cara é maníaco total e surtou quando soube que eu vim para uma cidade próxima de Seattle e que me apaixonei pelo Freddie. No entanto, o Kelvin não tem noção de como o Freddie aparenta ser..."

– Você precisa avisar a polícia! Esse cara não pode...

– Não adianta - Molly me interrompeu. - Ele sempre deu um jeito de burlar as leis. Eu não aguento mais fugir dele, Sam.

Entortei a boca para o lado direito e sussurrei para ela:

– Não se preocupe. Eu vou dar um jeito nele...

– Sério? - Molly (ou Sarah!?) abriu um longo sorriso.

Confirmei com a cabeça, sorrindo.

– Mas a nossa conversa ainda não acabou! - adverti. Havia uma questão que precisava ser resolvida: - Quero saber o que a megera da Sra. Benson fez para você e o Freddie acreditarem que eu fiz algo de ruim...

Molly pós as mãos no queixo, antes de responder:

"Foi numa noite, antes do dia da "Festa na Piscina", onde a mãe do Freddie me parou chamou para visitar o lar dos Benson's. Nessa noite, eu decidi levar o Júnior, pois queria acabar com aquele maldito segredo..."

– E o que mais? - Quis saber. - O que ela falou sobre mim?

"E ela me contou que você não era uma boa companhia, que era falsa com as pessoas e disse até que você foi para o reformatório, por ter matado a sua melhor amiga, uma tal de Carly. Ela até mostrou a foto de vocês duas..."

– Tudo mentira! - exclamei, exaltada. - Eu fui sim para o reformatório, mas não por ter matado a Carly, que está na Itália! A Sra. Benson é uma desequilibrada!

– E tem mais! - informou a Molly.

[...]


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Notas finais do capítulo

Postarei a segunda parte em breve!! :)



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