Furto de Essência. escrita por Shori chan


Capítulo 3
Capítulo 2 - O Ascendente.




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Assim que saímos do local onde ficava Vilemaw e terminamos de passar pela estranha ponte, nos deparamos com um campo muito diferente dos outros, parecia uma vilarejo em ruínas, no entanto o que deveria ser a área central do vilarejo, parecia um mini bosque que era meio confuso e poderia ser usado para cortar caminho, haviam alguns mini altares por onde passávamos e ficávamos mais rápidos e haviam também algumas relíquias na qual curavam algumas de nossas feridas, do lado externo do bosque continha cinco estruturas, que pareciam torres mas ao mesmo tempo lembrava o altar na qual usamos para abrir o portão e escapar da criatura. Do outro lado da pequena vila dava para ver uma espécie de arco na parte superior central; tudo indicava que a saída era ali.

Cortamos caminho por entre o bosque, não deve ter levado mais de seis minutos para terminarmos de atravessar; quando chegamos perto do arco, já ofegantes, não conseguíamos passar por ele; tinha alguma força sobre humana que não nos permitia a passagem.

– “Eu acho que tem algo a ver com os pontos” – Disse Lucchi.

– “Vou tentar capturar esse, você pega aquele perto do lado roxo que está na mesma direção desse” – apontei para o outro ponto na parte inferior.

E realmente, aquilo estava ligado, de alguma maneira, ao arco; assim que capturamos esses, o arco brilhou em uma cor purpura e apareceu um tipo de círculo que estava com a parte de baixo azul claro enquanto o resto estava um azul escuro.

Eu capturei o ponto inferior direito, e Lucchiel o superior esquerdo; restava apenas um, o que ficava a menos de um metro do arco, quando um barulho estrondoso e ensurdecedor indicara uma ação muito estranha acontecendo no cento da vila. Esquecendo do objetivo principal que era sair daquele local, fomos ver; e uma pequena duna de areia surgiu do nada; tentamos correr para capturar o último ponto, porem a mesma força invisível do arco não nos permitiu passar.

Sabíamos que não teria outra saída a não ser descobrir que coisa era aquela pequena duna, chegamos meio perto e ficamos observando aquilo.

A duna começou a desmoronar, e dela uma figura azulada veio a surgir; entretanto, ele parecia dormir, eu e Lucchi decidimos ver mais de perto claro, mas ao dar o primeiro passo, a criatura abriu os olhos, tomando uma forma meio humanoide.

– “Então são vós que ousaram adentrar meu domínio e perturbar meu sono! Vocês sofreram a ira de Xerath, o mago Ascendente!” – berrou nervoso – “Preparem-se para morrerem e terem o poder de vocês, drenado!” – acrescentou.

– “Será que todos que encontrarmos vai querer nos matar?” – perguntei irônica para Lucchiel, que por sua vez apenas deu um olhar e balançou os ombros em forma de “não sei”.

Olhamos Xerath, que estava com os braços erguidos e entre os braços dele havia uma esfera de energia azul, segundos depois, um feixe de luz azul veio em nossa direção nos acertando no ombro; aquilo queimava e ardia, parecendo que era fogo ou algo do tipo.

Gritamos de dor, porém não parava por ai; ele “lançou” a esfera de luz no ar e logo em seguida abaixou as mãos em nossa direção, conseguimos desviar mas mesmo assim nós fomos atingidos de raspão, causando a mesma dor de antes, apesar de ter sido apenas de raspão; novamente, ele voltou a canalizar a esfera, só que dessa vez ele jogou-a em mim, já que Lucchi estava do outro lado.

Foi tão rápido que não consegui desviar, fiquei tonta na mesma hora em que fui atingida e cai no chão; Xerath aproveitando que eu estava sem me defender, utilizou seu ataque mais forte, que parecia uma junção dos três anteriores, no entanto, vinha do centro de seu peito, da qual, a mesma luz do arco, brilhava.

Sabendo que não conseguiria desviar, fechei os olhos e esperei, veio o primeiro, uma dor muito forte, o segundo, um ainda mais intenso e doloroso, sabia que o terceiro iria doer muito mais que todos os outros juntos, e talvez, até me matasse, apenas esperei de olhos bem fechado, e uma lagrima escorreu de meus olhos...

Senti, mas não foi como os outros, foi o ataque mais fraco que senti, abri meus olhos e vi que Lucchiel tinha recebido quase todo o impacto por mim. Logo em seguida ele me arrastou para traz de uma pedra.

– “Por que não...?” – comecei.

– “Invoquei o Hory? Ele está muito exausto, então eu estaria forçando ele, e não quero faze-lo” – explicou.

– “Vamos lá crianças, saiam daí, prometo que não vai demorar muito!” – provocou gargalhando em seguida.

Lucchi segurou minha mão por alguns segundos, senti um pouco da minha magia sendo sugada, depois ele largou-a e saiu de traz da pedra, tentei impedir mas ele olhou e sorriu, sim, ele tinha um plano.

– “Eu me rendo, e ela não tem mais poder, não será de utilidade para você, apenas faça isso rápido”

– “Então venha pequenino” – ele o levitou, e segurou-o pelo rosto ficando sério – “Você tem determinação em seus olhos, pena que não vai viver muito”

Ele aproximou a mão do rosto de Lucchiel e desceu o dedo da testa dele até o queixo, depois colocou a unha em sua garganta; eu tinha que fazer alguma coisa, então peguei uma pedra e joguei no rosto do Ascendente.

Olhou-me imediatamente, com raiva visível, uma raiva, que parecia que ele ia me bater com o Lucchiel. Porem ele começou a parar de flutuar, e uma expressão de confusão apareceu em sua face.

– “Nunca perca o foco no seu oponente mago Ascendente.” – retrucou Lucchi, com sua mão no que parecia ser o núcleo de vida que ficava no meio do peito da criatura.

Lucchi contorceu o braço de Xerath, com o que parecia, a magia que ele tinha retirado de Xerath e de mim. O mesmo gritou de dor, porem gargalhou com o olhar de “isso é tudo?” e colocou-se em pé; ele levantou uma de suas mãos em direção ao meu amigo, mas o mesmo foi bem mais rápido e meio que se tele transportou para outro lugar, assim, desviando, isso eu nunca tinha visto.

Pegou um pouco de areia e a jogou para cima, levantou uma de suas mãos, e juntou uma enorme quantidade de areia no ar; e jogou encima do mago que estava caído, repetiu isso três vezes, até uma aura azul sair de seu corpo no chão, nunca vi Lucchiel com tanta raiva, a aura foi até onde estava o arco, assim o arco brilhou em purpura e depois azul, e a aura que tinha em volta dele sumiu.

– “Vamos, espero que você esteja bem, melhor irmos logo antes que ele acorde” – estendeu sua mão para mim.

– “Pensei que...” – comecei pegando sua mão.

– “Eu o matei? Posso até ser forte, mas não tenho força para matar alguém” – respondeu me puxando.

Atravessamos o arco, e quando olhei para traz; não havia mais nada lá, apenas areia...


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