Assassin's Creed: Aftermath escrita por BadWolf


Capítulo 17
Não Como Eu Esperava


Notas iniciais do capítulo

Olá!!!

E vamos a mais um cap.
Essa semana li uma poesia que achei que caiu como uma luva nos últimos acontecimentos dessa fanfic. Espero que gostem.

Boa leitura!



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Eu estava dormindo e me acordaram

E me encontrei, assim, num mundo estranho e louco...

E quando eu começava a compreendê-lo

Um pouco,

Já eram horas de dormir de novo!

(Mario Quitanda)



Abri meus olhos.

Deparei-me com o sol, fazendo-os fechar instantaneamente. Notei que estava deitado sobre a grama, rosto virado para o céu, belamente azul diante de meus olhos. Uma brisa suave da Fronteira adentrou à minha narina. Logo percebi que não estava em casa, mas ainda neste delírio viciante provocado pela Maçã.

Quando me levantei, notei que meu corpo já não era mais de uma criança de quatro anos. Meus braços franzinos e magricelas deram lugar a discretos músculos, mas ainda assim nem sombra daqueles que esculpi ao longo dos anos, por meio de treinamento e trabalho. Ao tocar minha roupa, notei que não estava vestindo o Manto dos Assassinos. Usava uma calça marrom, botas e camisa de manga com colete também marrom, algo parecido com a última moda de Nova York. Uma moda, entretanto, que vi nas ruas há anos atrás.

Sem dúvida, eu era um adolescente agora.

–Está tudo bem?

Uma voz feminina e jovem surgiu por trás de mim, retirando-me de meus devaneios e divagações sobre o que a Maçã estava fazendo comigo desta vez. Virei-me, provavelmente parecendo assustado, pois logo arranquei daquela menina diante de mim um suspiro de surpresa.

–O que foi? A queda foi tão brusca assim?

–Queda?! – eu me perguntei, mas tudo que eu queria saber era quem era aquela garota. Ela tinha a pele branca. De fato, um tanto queimada de sol, mas realmente branca. Seus cabelos eram negros e ralos e os olhos azuis. Não deveria ter mais do que dez anos. Havia algo em seu rosto que a tornava familiar, mas eu não sabia dizer o que era.

De repente, ela apontou para o horizonte.

–Eu disse que Ventania ainda não estava pronta para ser montada, mas você, teimoso como sempre, achando que nada jamais irá te acontecer...

Olhei para a direção que ela apontara. Havia uma égua branca, com manchas negras, correndo em disparada, e aos poucos diminuindo sua velocidade, até finalmente pastar, muito distante de nós. Era uma égua bonita, mas que eu jamais vira na minha vida.

–E agora? – perguntei, um tanto hesitante, na verdade em uma tentativa de sondar aquela situação. A menina deu de ombros, um tanto indiferente.

–Devemos chamar o papai. Foi ele quem comprou a égua.

Papai? Mas a quem ela estava chamando de papai? Meu coração disparou com a resposta óbvia.

–Pa-Papai?!

–Connor, o que há com você? Acaso não se lembra de que temos um pai? – ela parecia irritada, impaciente. Quando cruzou seus braços e franziu sua sobrancelha, notei de imediato com quem ela era parecida.

Meu próprio pai, Haytham Kenway, quando zangado.

–Desculpe. – disse, evitando mencionar o nome dela. Eu sabia que, se ela realmente era a minha irmã, não haveria nenhum motivo para que ela se apresentasse ou me dissesse seu nome. Portanto, eu deveria evitar qualquer menção ao seu nome desconhecido, apenas aguardando uma situação em que eu pudesse escutá-lo com naturalidade, ou seria taxado como louco por demandar apresentações de alguém que eu conheço desde o nascimento.

–Venha, vamos para casa. Essa égua não irá muito longe. Mais tarde nós a levaremos de volta. – ela disse, tomando-me pela mão, com força e atitude assombráveis para uma menina de sua idade, e praticamente me arrastando pateticamente pelo campo. Depois que descemos a colina, notei que estávamos na mesma fazenda recém-adquirida por meu pai. A mansão estava, no entanto, reformada de modo impecável, e tudo ao redor parecia ter prosperado desde a última vez que vi. Havia um moinho, uma plantação de tabaco e também alguns colonos circulando.

Espere, aquela gente era a mesma que eu convidei para viver e trabalhar em Davenport Homestead...

–Para onde estamos indo? – perguntei à minha irmã. Ela parou de me “carregar” instantaneamente e ficou de frente a mim, soando ameaçadora. Como minha mãe.

–Para o Dr. White. – ela bufou. – Você só pode ter ficado tocado das idéias.

Oh sim. Ela era muito parecida fisicamente com meu pai, mas tinha o temperamento de minha mãe. Uma mistura perigosíssima para uma mulher.

–Oi Connor, como vai? – disse o Dr. White, simpático como sempre, aparentando estar não muito diferente da última vez que nos vimos. – O que houve, Tessa? Você parece... Agitada.

Tessa. Não à toa o nome de minha avó paterna. Sem dúvida, uma homenagem à mulher que se quebrou depois que assistiu seu filho de dez anos matar um homem facilmente. Ao menos eu sabia o nome da minha irmã agora.

–Meu irmão caiu do cavalo.

O médico arregalou seus olhos. – Realmente? Bom, isso é muito sério! Mesmo alguém forte como um touro como você, Connor, deve tomar cuidado.

–Ele está meio confuso, doutor. Será que a queda afetou a cabeça dele?

O médico abriu a porta de sua pequena clínica. Tentando tranquilizar minha irmã a todo tempo. Ele pediu para que eu me sentasse, e perguntou se eu estava sentindo dor, sendo minha resposta negativa. Ele examinou minha cabeça, e notou um “galo” formado.

–Felizmente, nada de grave aconteceu, Connor. Apenas um pouco de gelo na região, e creio que passará. Mas avise-me se sentir dores de cabeça. Aqui, tome este remédio. Tome esta noite, para aliviar qualquer dor muscular.

–Obrigado, Dr. White. – disse levando o frasco.

–Não há de quê, Mestre Kenway.

Kenway. Ele me chamou de Kenway! Ninguém jamais me chamou assim, afinal eu nunca fui registrado como Kenway. Era estranho ouvir este título da boca de uma pessoa que jamais soube da identidade de meu pai, como o Dr. White. Este era um fato que eu deveria me acostumar, se eu realmente estava mudando alguma coisa no curso de minha própria História.

–Vamos. Nossa Ista deve estar preocupada com você. Ah, e Connor, você deveria se envergonhar em deixa-la aflita em seu atual estado.

A fala de Tessa deixou-me sobressaltado. O que ela quis dizer com “atual estado”? Será que minha mãe estava doente, ou mesmo à beira da morte? A mera hipótese foi o suficiente para me deixar nervoso, e a vontade que senti foi de deixar Tessa para trás e subir a colina que levava à Mansão correndo, apenas para encontra-la. Mas eu sabia que ela estranharia minha reação se eu fizesse isso.

–Onde ela está? – perguntei.

–Eu a deixei descansando, mas ela é tão teimosa quanto você. Provavelmente não está fazendo o que eu pedi. – disse Tessa. Notei que havia nela um tom um tanto ordenador, de comando. Sem dúvida, herdado de meu pai. Franzi levemente o cenho, ao perceber o quanto minha irmã era tão parecida fisicamente com ele. Eu me achava parecido – noção esta que me causava certo asco por algum tempo – mas Tessa me superava neste quesito facilmente. Os olhos cinzentos, o nariz, o queixo, os cabelos, o jeito dominador e bem-educado de falar... Não havia dúvidas de que ela era um Kenway. A julgar pelo leve sotaque britânico dela – propositalmente treinado, com toda a certeza – ter nascido na América foi apenas um acidente geográfico.

–E nosso pai?

–Ainda não voltou de Nova York, Connor. Esqueceu-se de que ele não está em casa?

Suas réplicas me faziam sentir um perfeito idiota. Eu, na minha idade, e com a minha aparência física, me sentindo diminuído por uma menina de dez anos! Realmente, ela não era fácil.

–Só perguntei porque... Bem...

–Tudo bem. Eu perdôo a sua burrice acentuada por causa da queda. – ela disse, abrindo a porta. – Agora, vamos ver a nossa Ista.

Eu sorri, momentaneamente. Ela também chamava minha mãe de Ista. Isso me fez pensar se ela também sabia falar Mohawk, assim como eu. Mas eu precisava me conter e me contentar em apenas absorver a maior quantidade de informações que eu pudesse. Tudo ao seu tempo.

Logo estava no andar de cima, sendo orientado por Tessa e a deixando ir na frente, uma vez que eu não sabia nada a respeito daquele ambiente. Ela bateu a porta e esperou. Após autorização, nós finalmente adentramos.

Minha reação, provavelmente, assombrou a todos os presentes. Uma súbita falta de ar atacou-me, e eu senti-me sem chão, ainda atônito por ver seu real estado. De todas as possibilidades que eu poderia ter previsto, nenhuma poderia superar em assombro aquela que estava diante de meus olhos.

Minha mãe estava com uma barriga imensa, de grávida. Sem dúvida, estava na casa dos nove meses de gestação. Então, era fácil entender o que Tessa, minha irmã, quis dizer com “seu atual estado”. Ela tinha envelhecido também, o que era natural. Ela tinha alguns fios brancos por entre seus cabelos negros, e usava um vestido discreto de pano, algo bem parecido com que as mulheres colonas usavam. Apesar disso, seu inseparável xale de pele de cervo estava ao redor de seus braços, bem como uma pena de águia entre seus cabelos.

–Ratonhnhaké:ton, meu filho. Ainda bem que Konwakeri achou-te. Eu já estava preocupada em saber que saiu a galopar montando naquele animal bravo.

–Ele caiu do cavalo, Ista. – disse Tessa, causando assombro.

–Caiu?! Ah, mas eu vou ter uma boa conversa com seu pai! Eu tinha dito a ele que aquele animal era inquieto demais para estar em nosso estábulo. Mas isso também é culpa sua!

Minha mãe puxou-me pela orelha, tal qual fazia quando eu tinha cinco anos, deixando-me surpresa. Só pude ouvir o ligeiro riso de Tessa. Sem dúvida, a cena de um rapaz de meu tamanho recebendo um puxão de orelhas deveria ser bizarra.

–Desculpe, Ista. – disse, em minha língua materna, o Mohawk. Ouvi Tessa dizer ao meu lado, e para meu espanto, também em Mohawk, tão fluente como eu. Então, minha mãe também ensinou a língua de nosso povo a ela. Isso me deixou contente.

–Eu levei Ratonhnhaké:ton para o Dr. White, mas está tudo bem.

–Que bom. – respondeu minha mãe, também em Mohawk.

–Mas ele disse que meu irmão pode ficar um tanto confuso, por conta da queda.

Minha mãe acariciou minha mão.

–Uma vez eu caí do cavalo e fiquei um tanto tonta, mas passou. Você só precisa descansar agora. – disse minha mãe, em Mohawk, recebendo meu assentimento. – Nada de estripulias, ouviu? Agora desçam os dois, o almoço já está pronto.

–Será que nosso pai chegará a tempo para almoçar conosco hoje? – perguntou Tessa.

–Só se ele vier galopando. Mas eu disse a ele que não precisava ter pressa. O bebê pode provavelmente esperar mais alguns dias.

–Pena. Eu queria que ele provasse o guisado de coelho que eu preparei. Ele certamente ficaria surpreso.

As duas riram, naquela que parecia ser uma clara conversa feminina. Senti-me deslocado, e decidi que era hora de sair. Avisei a ela que iria ao meu quarto, descansar, e ela assentiu. Percebi que era o mesmo lugar que antes. Lá estava minha cama, um pouco maior que a de meus tempos de menino. Na verdade, aquele quarto não era muito diferente do que eu mantinha nos tempos de Achilles. Na parede, alguns enfeites de caças que fiz pela Fronteira, além de um arco e flecha e flauta. Ao abrir meu armário, notei muitas coisas.

Menos o meu Manto de Assassino.

Nada havia naquele quarto que me indicasse que eu era da Irmandade. Eu já não tinha mais a Hidden Blade em meus pulsos. Apenas meu Tomahawk e uma faca curta de caça estavam em minha cintura. Eu não tinha bombas de fumaça, dardos ou qualquer coisa do tipo. Algo me dizia que eu não era da Irmandade, o que me deixou triste. Mas então, uma súbita onda de medo passou por mim. Será que eu era um Templário? Não. Assim como dos Assassinos, nada havia em meu quarto que denunciasse uma vida dedicada à Ordem dos Templários. Não havia nenhum anel com a cruz de malta em meu dedo, o que me dava certo alívio, ao menos.

Eu era um homem comum agora.

Connor Kenway, filho de Haytham Kenway e Kaniehtí:io, também conhecida como Ziio. Irmão de Tessa Kenway, com um irmão – ou irmã – a caminho, e ao que tudo indicava, minha vida se resumia a ser filho de um fazendeiro de Tabaco de raízes Mohawk, e só.

Um homem comum, das Colônias. Sem Credo ou Ordem, a pertencer.

Ao olhar meu diário, em uma gaveta, eu percebi que era dia 4 de Abril de 1772, época em que encontrei Achilles e tive seus ensinamentos, e rapidamente já me encontrava determinado em derrubar a Ordem dos Templários presidida por Haytham Kenway. Havia algumas páginas escritas por mim, fato este que me deixou assombrado. Sem dúvida, aquele diário seria de boa ajuda para entender o que aconteceu nos últimos anos.

O Diário me ajudou a entender muita coisa. Passei horas a fio lendo-o, apenas para compreender como estava a minha vida – minha nova vida. Ainda bem que não era um dos mais assíduos escritores, recorrendo aos papéis apenas quando passava por momentos especiais. Tais como o nascimento de minha irmã, Tessa. Pelo Diário, descobri que meu pai não estava presente em seu nascimento, e que Tessa nasceu na Aldeia, junto do povo de minha mãe. De meu povo.

O Diário também me revelou que tive um árduo treinamento, mas que nenhum deles foi direcionado a qualquer Irmandade, seja Templária ou Assassina. Meu pai simplesmente queria um filho forte, pronto a defender sua família se necessário. Não vi qualquer menção a Assassinos ou Templários, o que me aliviou um pouco.



§§§§§§§§§§§§§


De fato, minha irmã Tessa era uma cozinheira prendada. Seu guisado de coelho estava delicioso, para não mencionar a sobremesa, uma deliciosa torta de maçã.

Como minha mãe já tinha dito, meu pai não chegaria a tempo de almoçar, mas conforme a noite foi se aproximando, sua chegada tornou-se cada vez mais esperada. Ele deveria ser, de fato, um bom pai, pois Tessa claramente o admirava e ansiava por sua chegada.

Fazia uma noite fria, o que levou a nos reunir ao redor da lareira, para fugir do ar gélido, típico da proximidade do inverno. Conversei com Tessa, tentando conhece-la melhor, ainda que cuidadosamente, tentando evitar assuntos que mencionassem o passado. Descobri que ela era mais cordial do que presumi em nosso primeiro encontro. Talvez sua rispidez fosse devido a ela estar irritada comigo naquele momento. Perguntou-me se eu estava recolhendo penas para a Mãe do Clã, e isso me deixou sem resposta, forçando a desconversar o assunto. Notei que ela era mais Colonial do que Nativa, querendo ir à cidade mais uma vez, e desconversando quando eu lhe perguntei se desejava visitar a Aldeia.

–Eu já te expliquei, Connor. As meninas de lá costumam me destratar. Não sei se é por medo ou despeito. Só os meninos da Aldeia me tratam bem, mas ainda assim, eu prefiro brincar de bonecas com Sarah e Mary, aqui na fazenda.

Aquilo me deixou desapontado. Será que o meu povo realmente destratava a minha irmã, porque ela era completamente branca? Ou havia algo mais?

Assim que ouvimos o relinchar de um cavalo, Tessa se animou.

–Só pode ser o papai! – ela disse, com um grande sorriso, correndo para fora. Decidi acompanha-la, porém sem exibir o mesmo entusiasmo. Na verdade, poderia se dizer que eu estava curioso para saber como estaria meu pai, em meio a uma vida completamente distinta da que eu o vira viver. Ainda assim, eu era capaz de segurar minhas expectativas e me limitar a espera-lo, recostado ao limiar da porta principal.

Haytham Kenway não estava muito diferente do homem que vi pela primeira vez em minha vida em meio à multidão, no dia do Massacre de Boston. Havia mais cabelos grisalhos que negros em sua cabeça, e seu rosto também estava envelhecido, ouso dizer, até mais que de minha mãe, creio que pela ligeira diferença de idade que havia entre os dois. Mas sua atitude era tranquila. O meio como saiu do cavalo me mostrou o quão leve alguém poderia estar, quando já livre do peso de ser o Líder de uma Ordem.

Ele foi recebido por uma ansiosa Tessa, que correu em disparada em direção aos seus braços. Com um sorriso genuíno e amoroso no rosto – sorriso este que jamais o vi dar na realidade que abandonei – ele retribuiu o gesto de sua filha, recebendo-a de braços abertos para um forte abraço, erguendo-a facilmente do chão.

–Minha princesa... – ele disse, depois de devolvê-la ao chão. Tessa deu-lhe um beijo na bochecha.

–Senti sua falta, Raké:ni. – ela disse, chamando-o de pai em nossa língua nativa.

–Eu também senti, de todos vocês. E quanto a você, Connor? Não vai dar um abraço em seu velho pai?

Vê-lo me chamando assim, de modo tão afável, deu-me certa estranheza. Ainda não estava acostumado a vê-lo se comportando assim comigo sem maiores intenções. Afinal, ele costumava me chamar de “filho” quando prestes a pedir minha ajuda, ou a me convencer de alguma coisa. Apesar disso, dei um meio sorriso e caminhei em sua direção. Não vi necessidade de algo tão caloroso quanto Tessa fez, por isso, limitei-me a apenas afagar o seu ombro. Ele pareceu satisfeito com isto, mostrando uma clara naturalidade, retribuindo o meu gesto semelhantemente.

–E sua mãe, está bem?

Ele perguntou olhando para mim, mas foi Tessa quem se encarregou de responde-lo.

–Sim, pai. Ela está bem. E não se preocupe, meu irmãozinho ainda não nasceu. – disse Tessa, com convicção.

–Irmãozinho? Como pode ter tanta certeza disso, minha filha? E se for uma menina? – perguntou meu pai, em um tom descontraído.

–Será um irmãozinho. Confie em mim.

Meu pai riu da confiança de Tessa.

–Bom, se você diz isto, quem sou eu para dizer o contrário?

–Se ele for um menino, qual nome dará a ele?

–É uma surpresa.

–Puxa papai... Por que não nos conta logo?

–Você peca pela ansiedade, Tessa. Precisa melhorar isto em você. E eu já disse, você saberá quando ele nascer.

Tessa nada fez, além de cruzar os braços e bufar, resignada. Mais uma prova do quanto era teimosa em suas idéias. Sem dúvida, seria uma mulher difícil, quando crescesse.

Logo fomos recebidos pelo calor aconchegante de nossa casa. Meu pai pareceu aliviado. Horas sentado sobre um cavalo a trotar encarando ventos e chuva causavam-lhe este efeito. Minha mãe ainda estava sentada na cadeira, e ao tentar se levantar, demonstrando dificuldade, meu pai a deteve carinhosamente.

–Podes ficar, Ziio. – ele disse, dando-lhe um beijo na testa. – Folgo em ver que o bebê não foi tão apressado quanto Tessa.

Vi um breve sorriso em minha mãe.

–Você chegou em boa hora. Acho que sua vinda não passará dessa semana.

Meu pai afagava sua barriga. Seu olhar era incrivelmente encantado. Seus olhos se arregalaram em um momento, creio ter sido pelo fato de que o bebê dera algum movimento. O semblante dolorido de minha mãe confirmou minhas suspeitas.

–Ele fica agitado o dia todo. E ainda mais, quando ouve sua voz.

–Tenha um pouco de piedade de sua mãe, meu filho. – ele disse, um tanto bobo.

Um sorriso, também um tanto bobo, atravessou o meu rosto.

Finalmente, nossa vida irá se engrenar. Não como eu esperava, mas irá.


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Notas finais do capítulo

Ah, Connor, eu adoro o seu otimismo, rs.
Mas como não ser otimista, diante de uma vida tão... Diferente? Realmente, a mera saída de Haytham da Ordem fez muita coisa mudar.
E lembrando que esta é a mesma época em que Connor sai da Aldeia para ir atrás de Achilles. Muita coisa ainda tem para acontecer.

Um grande bj, pessoal, e obrigada por acompanharem! Em breve postarei o próximo cap!
E deixem reviews! Gostaria de saber o que acharam dessa nova "Família Kenway".



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