Footloose - Drarry escrita por Káh Nady


Capítulo 2
Welcome to jungle!


Notas iniciais do capítulo

Hey de novo haha. Fico feliz que algumas pessoas estejam acompanhando e uma favoritou! Isso já aquece meu coraçãozinho, mas tbm quero saber a opinião de vcs. Só assim nós escritores evoluímos. ;D Espero que gostem, boa leitura!



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Capitulo 1

– Estamos sendo testados, o senhor está nos testando nesse momento em que o desespero nos consome, no momento em que perguntamos a ele porque isso aconteceu. Nenhum pai deveria presenciar o horror de enterrar um filho. – O homem fez uma pausa e olhou para todos presentes naquela assembleia. Uma cidade inteira ferida por uma catástrofe. – E ainda sim, nós enterramos cinco brilhantes jovens, fora os que estão em estado grave lutando pela vida no hospital. Minha querida afilhada está em coma e meu querido filho está entre os mortos.

Muitos dos que se encontravam ali sentados ouvindo as palavras do Reverendo Snape, choravam silenciosamente suas perdas. Narcissa Malfoy apenas olhava estática para as próprias mãos unidas em seu colo, mas despertou ao ver seu querido filho soluçando em seu lado. Ela suavemente enxugou as lagrimas do pálido rosto jovem e o puxou para deitar a cabeça em seu ombro. Draco agarrou-se a cintura de sua mãe e fechou os olhos enquanto aproveitava o apoio dos delicados ombros dela.

Reverendo Snape respirou fundo se esforçando para conter suas próprias lágrimas. Mas antes que pudesse voltar a falar, uma outra voz se fez ouvir. Ela também vinha da mesa dos representantes da cidade e todos olharam para o elegante homem loiro que se levantava.

– Mas nós ainda temos outros filhos de Bomont para criar. – Lucius falou, sua voz ecoava por todo o ambiente. Seu rosto estava impassível, mas seus olhos cinzas brilhavam com as lagrimas que queriam cair. – E um dia eles não estarão mais ao alcance de nossos abraços e cuidados, eles pertencerão ao mundo. Um mundo pleno de maldades, tentações e de perigos, mas até que esse dia chegue, nós devemos protegê-los, é a nossa missão... É a lição que devemos tirar dessa tragédia, precisamos cuidar de nossos filhos.

Lucius voltou a se sentar, assim como Snape. Alvo Dumbledore remexeu em alguns papéis e suspirou, ele não concordava com o que estava prestes a acontecer, mas não tinha escolha, a cidade precisava de algo para se agarrar e aquelas novas leis trariam alguma sensação de segurança. Ele pigarreou chamando a atenção para si.

– As seguintes medidas serão lidas e postas em votação. – Dumbledore falou, ergueu os olhos azuis para escrutar os habitantes e suspirou novamente. – Adoção imediata de toque de recolher para os menores de dezoito anos, eles deverão estar em casa antes das vinte e duas horas durante a semana e ás vinte e três aos finais de semana. Aqueles a favor digam sim.

Todos os membros do conselho ergueram a mão, eles estavam sentados a uma longa mesa em forma de meia-lua, cada um tinha um microfone e uma pilha de papéis em sua frente, e nenhum hesitou em dizer “Sim”.

– Contra? – Dumbledore perguntou por praxe. Um rápido silêncio se fez ouvir e ele bateu um martelo. – Moção aprovada.

Snape se aproximou do microfone e começou a ler o papel em suas mãos.

– Medidas punitivas serão adotadas contra qualquer indivíduo, grupo ou empresa que organize eventos públicos em que menores participem de atividades impróprias.

Bartolomeu Crouch se aprumou e também leu seu papel.

– Tais atividades incluem: O consumo de bebidas de teor alcoólico ou drogas ilícitas e o ato de ouvir música vulgar ou depreciativa. Ou dançar de forma obscena e lasciva.

Draco abriu os olhos e se sentou ereto. Ele não acreditava no que seus ouvidos estavam escutando. Eles estavam proibindo a música e a dança? Mas era tudo o que eles tinham naquele fim de mundo!

– Aqueles a favor digam sim. – Dumbledore falou, todos disseram e mais uma vez o martelo foi batido. – Moção aprovada.

Dolores Umbridge pigarreou e deu um sorrisinho que tinha intenção de ser doce, mas deu calafrios nos jovens ali presentes.

– Está proibida a dança em lugares públicos. A não ser que seja supervisionada e seja parte de alguma atividade cívica, escolar ou religiosa. Fora da esfera dessas instituições, exibições de danças envolvendo menores serão consideradas contra a lei.

Lucius Malfoy sentiu um olhar queimando sob si e ao virar a cabeça viu que eram olhos idênticos ao seus que o encaravam. Draco lançava um olhar suplicante ao pai e o homem lançou em retorno um firme e silencioso pedido de compreensão.

– Todos a favor? – Alvo perguntou mecanicamente e todos assentiram, menos o Sr. Malfoy que ainda travava uma batalha de olhares com seu filho.

– Sr. Malfoy, seu voto. – Umbridge grasnou.

Ele lançou em gélido olhar a mulher.

– Sim. – Falou enquanto levantava a mão.

A pequena fagulha de esperança se extinguiu dos olhos azuis de Dumbledore e agora ele sabia que estava feito.

– Contra? – Murmurou, recebeu o silêncio como resposta e bateu o martelo. – Moção aprovada.

Draco apenas olhou pra baixo e suspirou. Ele prometeu a si mesmo que honraria o espirito de sua irmã, seu corpo poderia estar em coma, mas ele estava ali para não deixar ninguém esquecê-la.

DOIS ANOS DEPOIS.

Olhos verdes e sonolentos se abriram vagarosamente, Harry bocejou e tentou se situar. Bem, ele ainda estava dentro daquele maldito ônibus, a caminho da maldita Bomont. O jovem garoto se espreguiçou e olhou pela janela enquanto arrumava mecanicamente os óculos de sol no rosto. Instantaneamente ele arregalou os olhos ao perceber que estava muito perto de perder o ponto em que deveria descer. De forma apressada e desajeitada, ele agarrou sua mala, sua mochila e sua jaqueta e se apressou em andar pelo corredor até chegar ao motorista.

– Pode parar aqui pra mim? – Harry perguntou a ele meio ofegante.

O gordo e bigodudo motorista olhou para Harry e assentiu sorridente. O moreno agradeceu quando o ônibus fez uma curva e parou em frente a um mercado ou algo do tipo. O garoto equilibrou seus pertences e então desceu do transporte.

“É isso aí jovem Harry... Bem-vindo a Caipira City” Ele pensou sarcástico enquanto olhava tudo ao redor com um sorrisinho irônico. Era tudo tão diferente da sua fria Londres. O garoto suspirou e se pôs a andar em direção a um Opala preto, que estava estacionado no outro lado da rua.

– Papai! É ele, Harry chegou. – Um menininho de seis anos, cabelos pretos arrepiados e olhos azuis, gritou enquanto pulava pra fora do carro. Um gritinho agudo foi ouvido e logo uma menininha de cabelos loiro escuro também pulava do carro.

Harry só teve tempo de largar suas coisas antes que as duas crianças pulassem nele. Ele gargalhou enquanto se abaixava para abraçá-las murmurando o quanto elas tinham crescido.

– Crianças! Deixem o Harry respirar. – Remus Lupin falou enquanto saía de uma loja e ia ao encontro dos três.

As crianças imediatamente largaram o moreno, e este se apressou em ir abraçar o adulto.

– Moony! – Harry o apertou com força.

– Harry, querido. Como você cresceu e ficou bonito. – Lupin apertou as bochechas do mais jovem, fazendo-o corar e estapear amavelmente as mãos do mais velho pra longe.

– Obrigado, Remus. – Harry revirou os olhos fazendo o mais velho rir. - Tudo bem? Onde está o Sirius?

– Ora, se não é o garoto da cidade grande! – Harry só teve tempo de se virar antes de ser agarrado em um abraço de urso, seus pés saíram levemente do chão e quando ele finalmente foi largado, olhos cinzas e brilhantes o olharam com falsa seriedade. – Sirius han? Eu costumava ser o querido padrinho, dindo, Padfoot, titio e agora só porque cresceu acha que pode me chamar de Sirius?

Novamente o moreno revirou os olhos.

– Ok Dindo. Podemos ir comer? Estou faminto de tanto ver vacas pela janela do ônibus.

Sirius gargalhou e deu um tapinha na nuca do afilhado.

– Tá vendo Rem? Ele virou um garoto insolente!

Remus riu enquanto andava em direção ao Opala.

– Ele me lembra alguém... – Colocou a mão no queixo fingindo pensar. – Ah, é... Você!

Os três riram e entraram no carro. Harry foi atrás com as crianças, que não paravam de tagarelar sobre coisas sem nexo.

Mais tarde, eles estavam sentados à mesa comendo o almoço que Lupin havia preparado.

– Harry! Você vai amar Hogwarts. – O pequeno Teddy disse após engolir a comida que tinha na boca.

Harry sorriu.

– Com certeza vai... Nós fazíamos sucesso na nossa época, tenho certeza que você vai ser uma sensação. – Sirius comentou sorrindo de lado.

– Meus pais falavam muito sobre Hogwarts. – Harry murmurou com o olhar perdido, seu peito apertou pela saudade.

Lupin sorriu amavelmente.

– Eles se conheceram lá. James vivia correndo atrás de sua mãe, mas ela sempre o ignorava. Eles foram ao baile com outros pares, mas acabaram se resolvendo lá mesmo.

– Arrisco até que você foi concebido nesse baile. – Sirius gracejou tentando dissipar o clima melancólico.

Harry e as crianças fizeram caretas idênticas e Sirius soltou uma risada latida.

L-Z

– Então... Aqui era meu antigo escritório, mas eu fiz uma pequena reforma e agora você pode dormir aqui. O banheiro é ali, a cama é nova, tem um guarda-roupa pra você colocar suas roupas. – Sirius falou após abrir a porta do novo quarto de Harry.

Os dois entraram e o jovem jogou suas malas em cima da cama e se virou para o padrinho com um sorriso.

– Olha, eu realmente agradeço o que vocês estão fazendo por mim, me deixar morar aqui foi... muito generoso de sua parte. E o dinheiro que você mandou realmente me ajudou.

Sirius suspirou e se encostou na escrivaninha.

– Queria ter feito mais, Harry, mas tudo ficará bem agora. Mas, olha, Remus e eu temos algumas regras aqui: Mantenha as notas altas na escola, faça suas tarefas de casa, não fique até tarde na rua, o que na verdade é a lei... – Sirius fez uma pequena careta e coçou o queixo barbudo. – E tente não provocar as pessoas, Harry. Em cidades pequenas como Bomont as pessoas costumam ser mais... han... sensíveis.

Harry assentiu e se sentou na cama.

– Eu não pretendo te dar trabalho Padfoot. E eu quero muito ajudar em alguma coisa... Cozinhar, ajudar na casa, arrumar um trabalho...

– Meu amigo, Moody, tem uma descaroçadora de algodão em Chulahoma, ele disse que você pode começar na próxima semana.

O moreno mais jovem mordeu o lábio inferior.

– Não posso trabalhar com você na loja de carros? Eu sou bom com motores, troca de óleo... Era assim que eu ganhava meu dinheiro em Londres.

Sirius abriu um gigantesco sorriso.

– Bem se você prefere, eu não tenho objeção. – Ele disse enquanto dava alguns tapinhas nas costas de Harry. – Vamos.

Harry devolveu o sorriso e seguiu Sirius até a garagem.

–Então... Como eu vou para a escola e pro trabalho? Tem metrô por aqui? – Harry perguntou com sarcasmo.

Sirius estreitou os olhos.

– Esse seu sarcasmo vai te deixar muito popular aqui em Bomont. Então poderia ao menos ser mais engraçado. – Ele ralhou e Harry apenas sorriu. Sirius foi até um carro coberto por uma lona e a puxou, revelando um Ford Anglia azul. – Se você conseguir fazer essa velha dama funcionar pode ficar com ela.

Harry alisou o capô do carro e então o ergueu para dar uma olhada no motor. Sorriu torto para o padrinho.

– Desafio aceito.


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Notas finais do capítulo

Simplesmente amando escrever Footloose. E então o que acharam? Logo logo chega um novo capitulo... ;D Beeeijos



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