O Novo Hades escrita por JeremyChaeger


Capítulo 2
One


Notas iniciais do capítulo

Desculpa pela demora. Tive problemas com compromissos virtuais meus, brigas sérias com amigos muito importantes e que dão a maior parte da inspiração pra fazer tudo isso. Mas de qualquer forma, tá aí. 32 fantasmas, algum de vocês poderia comentar? Quero agradecer a Effy Winchester por estar acompanhado. Você não é uma fantasma.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/580653/chapter/2


2010

Massachusetts - Charlestown.

ACORDAR CEDO PARA IR AO ENSINO MÉDIO EM UM LOCAL QUE VOCÊ NÃO CONHECE, COM PESSOAS QUE VOCÊ NÃO CONHECE, NÃO ERA LEGAL. Era pelo menos isso o que Jack Lians achava. O despertador apitava sem parar, fazendo o jovem loiro acordar. Jack Lians era um garoto jovem de 16 anos, musculoso e alto, graças a sua genética e também pela academia, influenciado pelo pai. Jack já era para estar no segundo ano do ensino médio em Los Angeles. Mas, por causa dos pais, que tiveram que mudar por causa do trabalho, ele foi obrigado a sair no meio do segundo semestre e ainda acabou tendo que refazer o primeiro ano. Isso não era legal.
— Jack, está na hora de acordar! — Falou uma voz feminina. Margareth Lians. A mãe de Jack, amorosa como sempre. Deixou tudo arrumado em cima da cama, as roupas e a mochila. Jack se levantou e deu um tapa forte no despertador, que parou de apitar. Soltou um suspiro de raiva. Tomou banho, escovou os dentes e se vestiu. Agora já estava na porta.
— Tenha um bom dia na sua nova escola, filho. — Ela falou, dando um sorriso para ele.
— É. É claro que eu vou ter um bom dia. — Ele murmurou, em um leve tom de raiva.
Agora estava vestindo uma blusa preta de gola V e bermuda jeans cinzas, com sapatos vans pretos. Pegou o onibûs escolar, que o deixou bem em frente ao colégio. E o que viu não era nada magnífico.
Era somente um único prédio. Suas laterais não estavam pintadas, era cimento descascado e nitidamente velho, além de totalmente pichado com coisas nada legais. A parte frontal era revestida por vidros azuis marinhos de janela e alguns com buracos de ar condicionados. Abaixo, tinha uma pequena área solta antes de entrar ao prédio. Dois pilares sustentavam na parte inferior frontal e tinha dois portões de vidro um pouco trincados com uma escadaria e um jardim com a maioria das plantas mortas. A neve cobria a maior parte do jardim e do campus. O cheiro era de limonada. Uma multidão gigante se estendia para os portões. Alguns empurravam uns aos outros somente para entrar. Jack conseguiu entrar quando a maioria já tinha passado. O corredor principal tinha o chão limpo, de mármore branco. Os armários estavam aninhados perfeitamente, só que alguns com poucos amassos e outros pichados. Um grupo de valentões estava maltratando alguns calouros, fazendo os andarem pulando. Aterrorizado com o que viu, ele foi correndo para os horários que estavam grudados na parede e entrou em sua sala, mesmo o sinal não tendo tocado. 25 C. Um homem de paletó bege escuro, calças sociais bege escuras e sapatos sociais pretos estava sentado na cadeira, lendo algum livro cujo o título era: "Odisséia". Jack se sentou na primeira carteira que viu, a última da esquerda para a direita, de quatro filas laterais de carteiras. Tinha seis atrás das quatro primeiras, totalmente organizado.
— Olha, você tem que esperar o sinal tocar. — Falou. Sua voz era rouca e grossa, firme.
— É... d-desculpe, é que eu sou novato e... — Jack gaguejou, tentando pensar em palavras.
— Não se preocupe. — Interrompeu o professor. — Eu já sei. O pessoal daqui não é muito recepcionável com os calouros.
— Eu percebi. — Ele murmurou, mas ficou um pouco envergonhado ao perceber que o professor tinha notado.
— Seu nome?
— Jack Lians.
— Ah. Eu vi sua ficha, você na sua antiga escola, tinha notas altas. Mas ainda sim, repetiu de ano. Por que?
— Tive que me mudar no meio do ensino médio por causa dos meus pais.
— Compreendo. Você é bom em inglês.
— Ah sim, sou. Eu estudo muito inglês, literatura e história por causa do meu avô.
— Que bela influência.
O sinal tocou e uma multidão de pessoas invadiu a sala, se sentando em suas carteiras como porcos ansiosos para comer sua comida nojenta. Jack se sentiu um pouco violado e envergonhado pela invasão repentina, mas o professor o lançou um olhar como "Isso é bem normal"
Uma garota de cabelos pintados de azul estava sentada ao lado dele. Estava usando um casaco de pelo bem grosso cinza e seus olhos eram violetas.
Atrás dele, ele viu um cara que se sentiu ameaçado. Era muito alto, porque ainda sentado era maior que ele. Tinha cabelos encaracolados pretos com uma mecha caindo na testa com dois olhos castanhos cor de mel. Sua pele era albina e estava usando uma camisa de manga longa preta, escrevendo algo sem parar em uma pequena agenda.
— Bom, hoje nós vamos aprender sobre a correção de verbos, e a localização de sujeito em frase indefinida. — O professor falou.
A aula seguiu.
Depois de várias outras aulas, faltava apenas uma para ir para casa. Ninguém tinha pego no pé dele, era como se ele fosse invisível. Por parte, ele gostou disso. Uma garota de cabelos negros, morena dos olhos verdes e sorriso meigo chegou e sentou ao lado dele.
— Oi. Vou ser sua companheira de Química. — Ela falou. Sua voz era meiga e doce.
— Oi. Sou Jack. — Ele disse.
— Sou Isabella. Você é novo? — Isabella perguntou.
— Sim. — Jack sussurrou lentamente.
— Não se preocupe, não sou uma valentona. — Ela riu.
— Ainda bem. — Ele soltou um suspiro de alívio.
Jack olhou para trás para mexer na mochila, quando alguém acertou uma bolinha de papel na cabeça dele. Ele conseguiu pegar a bolinha e a desenrolou.
"Na sua diagonal, manézao"
Ele olhou para a diagonal. Era um garoto musculoso, com jaqueta de couro preta. Tinha cabelos pretos lisos curtos e olhos verdes claros. Estava com calça jeans pretas e dando um dedo do meio para Lians. Ele sussurrou algo que Jack pode ler labialmente: "Mexe com a minha garota e eu mato você"
— Senhor Lians. — Falou a professora. — Já que está prestando tanta atenção, porque não diz para nós se um núcleo de dois óvulos é uma prôfase ou unôfase?
Ele queria xingar um palavrão, mas engoliu garganta abaixo.
— Bom, professora, um núcleo de dois óvulos é unôfase. — Ele respondeu. A professora lançou um olhar meio que: "Você está brincando comigo?" e a sala toda riu.
— Está certo. — Ela disse, com negação em ter que afirmar que ele estava certo. A sala se calou e Jack deu um breve sorriso.
— Parabéns. — Isabella sussurrou, de lado. — Ela pega muito no pé dos alunos.
— Hey. — Jack falou. — Não gosto de me intrometer na vida dos outros assim, mas aquele cara lá no fundo é seu namorado?
— Drake? — Ela soltou um riso abafado, com um pouquinho de nervosismo. — Não!
— Ele disse que se eu mexesse com a garota dele ele ia me matar. — Jack falou.
— Ele acha que toda a garota que é bonita e entra na líder de torcida é dele. — Ela revirou os olhos, mas agora ficou com uma expressão de atenciosa. — Como assim mexer comigo?
Jack percebeu e ficou alerta.
— Não, foi o que ele falou. Eu não concordei com nada. Você realmente não faz o meu tipo. — Ele disse. Ela olhou com uma expressão um pouco decepcionada e indignada ao mesmo tempo.
— Por quê?
Jack percebeu e ficou sem graça.
— Ah, bom... sabe, eu não penso em você daquele jeito. Eu acabei de te conhecer. Eu realmente não sou o tipo de cara que acha que só porque a garota é bonita ela é o meu tipo. — Ele falou, arrancando um sorriso dela. A aula passou, eles fizeram experimento com o interior de um sapo e Jack quase vomitou, graças a Isabella, que era atenciosa e puxava outros assuntos pra tirar o enjoo que estava nítido nele.
— Hm! Gosto de caras assim. É muito difícil achar esse tipo de garoto em Boston. — Ela disse, sorrindo para ele. O sinal tocou, era a última aula e Jack pegou a mochila e a dela, entregando para ela.
— Bom, até a próxima aula de química então. — Ele disse.
— Até a próxima aula de química. — Ela acenou. Eles saíram pela porta e Jack quase foi massacrado pela multidão. Mas ele aproveitou disso e conseguiu fugir dos valentões anti-calouros da saída, mas teve seu colarinho puxado por Drake.
— Qual foi, calouro? — Ele disse, em um tom ameaçador, aproximando o loiro.
— Acha que só porque é novo pode sair roubando a garota dos outros? — Ele disse. Jack não falou nada.
— Acha é? — O garoto soltou ele e empurrou. Por pouco, Lians quase caiu.
— Não... — ele disse. — Ela só é minha parceira de química, nada mais.
— Acho bom mesmo. — Ele falou, apontando os dedos pros olhos e apontando para Jack. — Estou de olho em você. Se eu souber de alguma aproximação, tu tá ferrado.
— Entendi o recado. — Respondeu. O garoto deu um soco um pouco forte na cabeça de Jack e depois saiu andando na direção de um carro preto.
Ele pegou o onibûs e voltou pra casa. Estava cansado, depois de um dia com garotas um pouco impulsivas e garotos afobados.
— Então, filho. Como foi seu primeiro dia de aula? — A mãe perguntou, ansiosa e com um sorriso estampado.
— Normal. — disse. — Não é como a antiga escola, tem garotos e garotas impulsivas. Mas, normal. Posso sobreviver. — Ele inseriu um tom de arrogância no final da frase e subiu pra escada.
— Você sabe que fizemos isso pro nosso bem, filho. — Ela falou.
— Não. Você fez isso pro seu bem. — Ele subiu as escadas e bateu a porta do quarto.
A loira soltou um suspiro.
O pior é que ainda talva 1094 dias. 1094 dias.
1094 dias para tentar sobreviver, ele pensou e riu.
O ensino médio não é um portal para o inferno. Mas é uma preparação pra isso.
1094 dias a seguir.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Acho que as coisas correram um pouco rápido, mas foi por que o capítulo ficou rolando muito tempo no bloco de notas com edições diferentes...



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "O Novo Hades" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.