Capítulo 12: Costura.

Lili se interessou por costura quando era mais nova, enquanto via sua mãe consertando algumas roupas. Porém, não pode tocar na caixinha, nem nos alfinetes, linhas e agulhas.

– É muito perigoso. –justificou-se a mulher – Pode acabar se espetando...

– Mas eu quero aprender a costurar!

A menina não tinha medo. Estava fascinada. Com apenas uma agulha e linha buracos eram tampados, roupas podiam ganhar novos acessórios, botões eram colocados no lugar e mais...ela poderia juntar vários tecidos com aquelas linhas e formar várias coisas! Tinha visto em algum programa de TV certo dia que conseguiria até confeccionar bichos de pelúcia com mais prática.

Percebendo que não ia deixá-la em paz sobre esse assunto, a mãe prometeu:

– Seja paciente! Quando for mais velha, vou ensiná-la a costurar!

Mas Lili não a obedeceu...

Passou noites costurando escondida (e da pior forma aprendeu o quanto pode doer uma agulha espetando o dedo).

E assim, no dia do aniversário, Vash recebeu um certo embrulho.

– É para você, irmão!

O primeiro presente que Lili fez. Foi especial. Mais especial do que qualquer coisa que tivesse ganhado, justamente por ser ela quem tinha feito.

Um pijama rosa.

Lili perdeu a cor quando viu.

“N-Não...eu troquei as embalagens!!”

– Muito obrigado! Usarei hoje mesmo!

– C-Certo...

“Talvez sirva...ah, o que estou dizendo?! Preciso explicar para ele”

No final das contas ela não teve coragem. Como havia errado as medidas e o próprio pijama havia ficado bem largo, acabou servindo.

Mesmo hoje - Vash não usa mais o tal pijama, mas o guarda na gaveta- Lili ainda não teve coragem de dizer sobre aquela troca.