Faking escrita por Linnet


Capítulo 11
Capítulo XI


Notas iniciais do capítulo

MUITOOOO OBRIGADA A LIIINDA DA Daughter of Aphrodite POR RECOMENDAR ESSA HISTÓRIA!! Eu nem sei o que dizer, nem sei como te agradecer por todas as coisas maravilhosas que você disse! Nem acredito que você se apaixonou tanto pela fic que no dia seguinte recomendou, estou muito surpresa e fiquei tão feliz quando recebi a notificação que saí correndo pela casa! Você é perfeita, muito obrigada!!!!

Desculpem pela demora com esse capítulo, acontece que a parte do "Texto do Capítulo" não estava aparecendo aqui no Crome, então eu não estava conseguindo postar nada nem responder mensagens muito menos comentários... Só que hoje eu tentei abrir em outro navegador e percebi que funciona normal no Explorer, daí consegui postar ♥ espero que não fiquem chateados com isso, eu não sabia mesmo o que fazer ;-;

Este capítulo é dedicado à Jubs, da ID u/635127/, VOCÊ É MARAVILHOSA ♥ ♥



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Assim que eu pus meus pés em casa minha mãe veio até mim. E assim que ela me viu, o bicho papão apareceu.

– Oi, mã...

– QUE ROUPA É ESSA? - ela perguntou, chocada.

Senti meu sangue fluir mais rápido e mais quente. Comecei a suar e tremer. Mentir era uma sensação nova pra mim e não era nada boa como as pessoas diziam que era.

– Eu... hm... E-eu...

– Você está linda! - ela se aproximou de mim e segurou meu rosto sorrindo.

Ainda bem que já era de tarde, senão ela iria desconfiar que eu matei aula.

Minha mãe era o tipo de mãe que sempre gosta de ver a filha linda, ela se sentiria a mais feliz se tivesse uma filha estilo Regina George e que se maquiasse e se vestisse muito, mais muito bem. E eu sempre fui o oposto disso. Nunca achei que mudar meu estilo iria deixá-la feliz de alguma forma. Eu sempre fui aquela que se sentava em um canto com minhas calças jeans velhas e uma blusa de 4 anos atrás, e agora eu mudei completamente. Minha mãe adorou, claro, mas eu ainda tinha que me acostumar.

E Daniel entrou na casa (cheio de mercadoria) só pra complicar as coisas pro meu lado.

– Quem é ele, Caroline? - perguntou minha mãe, chegando pra trás, seu tom de voz era desconfiado, mas alegre.

– Ele... Ele é.... Hm... Meu motorista!

Daniel riu. Minha mãe riu sem entender e eu tentei rir, acho que saiu mais como alguém chorando pra falar a verdade.

– Ele não é o garoto de ontem? - questionou ela de novo.

– Que garoto? - fingi.

Mãe!, pensei. Vai ficar me interrogando? Fica difícil mentir assim!

– Aquele garoto que chegou depois do Allan.

– Allan? - peguntou Daniel, confuso.

– Ele veio me trazer uma coisa que eu tinha esquecido no carro dele - sorri, tentando mudar o rumo da conversa do Allan. Isso só estava ficando mais confuso a cada segundo.

– Como você tem um motorista? - minha mãe parecia ainda mais desconfiada.

– Eu... Eu não... Quer dizer, motorista é modo de falar... É que... Ele dirige um táxi!

– Ah, sim, um táxi! - exclamou minha mãe.

– É, eu adoro dirigir táxi - ironizou Daniel sorrindo. - Também faço uns bicos de mordomo por aí. - Ele levantou as sacolas para ela ver.

Minha mãe riu da piada e eu, de novo, fiz aquela risada de quem tá chorando por dentro.

– Tá bom então, vamos subir - puxei Daniel pelo braço e passei correndo pela minha mãe para as escadas antes que ela pudesse fazer outra pergunta.

Fechei a porta do meu quarto depois que Daniel entrou como se a minha vida dependesse disso. Ele começou a rir no segundo seguinte.

– Sério? Motorista de táxi? - ele não parava de rir. - Olha a minha cara de motorista de táxi! Você é uma comédia mentindo.

– Para com isso! Estou ferrada se ela descobrir! Você também não ajudou nada!

Ele olhou envolta analisando cada detalhe do meu quarto. Eu nunca parei pra analisar meu quarto antes, mas agradecia por estar limpo agora. Era um quarto bem simples na verdade, nada de mais nem de menos, era milimetricamente calculado assim como tudo na minha vida parecia ser, e eu me senti uma idiota.

O que as meninas fazem quando tem um cara gatíssimo no quarto delas? E se ele for alguém como Daniel Chevark?

Puxei as sacolas da mão dele e Daniel soltou, as coloquei no chão perto da porta, arrumaria assim que pudesse. Agora eu estava ocupada morrendo de medo da minha mãe.

– E então... - começou Daniel. Ele se sentou na minha cama e me olhou como se pudesse me ver melhor agora que entrou no meu esconderijo.

– E então o quê? - perguntei, irritada com os olhares.

– Allan...? - Daniel me olhava com aqueles olhos e aquela carinha de quem queria saber de tudo, e se eu não contasse ele iria descobrir. Sua boca hospedava um sorriso cínico.

– O quê tem ele? - perguntei, tentando não deixar tão aparente como eu não queria falar sobre ele.

– Allan veio aqui ontem?

– Ele é só um amigo! - Cruzei os braços. - Me trouxe pra casa quando você me fez o favor de me deixar sozinha.

– Eu não "te deixei", você saiu do meu carro!

– Eu estava com raiva! Você devia ter ido até mim! Foi horrível, Daniel...

– Eu não leio mentes, Carol.

– E parece que não é nada sensível também! - grunhi, irritada.

Ele riu. Seu sorriso era maravilhoso, assim como tudo nele. Agora eu entendi o que todas as meninas viam naquele garoto, ele era infinitamente bonito. Desde o maior fio de cabelo até os dedos dos pés, ele era lindo. E ele tinha aquele jeito todo despreocupado, capaz de rir até de frente para uma pessoa irritadíssima como eu estava. Talvez não fosse tão ruim quanto eu imaginei forçar ele àquele romance sem sentido. Seria legal olhar para trás no futuro e pensar "nossa, eu namorei Daniel Chevark" mesmo que fosse de mentira.

– Tá na hora de você ir, mordomo - eu disse.

– Como quiser, madame.

Fomos até a porta, minha mãe já tinha desaparecido. Abri a porta pra ele e Daniel saiu.

– Um dia vai ter que contar pra ela - ele falou.

– Talvez um dia... Um dia bem distante desse.

Ele sorriu e, quando já estava indo embora, eu gritei:

– Obrigada por hoje!

– Disponha! - Daniel gritou de volta, já entrando no carro.

Não esperei que ele fosse embora pra entrar em casa. E quando eu me virei minha mãe estava lá parada olhando pra mim.

– Taxista, né? - ela indagou.

– É, depois da aula eu fui às compras...

Minhas mãos começaram a suar, mas eu tinha um pouco de controle agora.

– Nunca vi um táxi vermelho e sem identificação...

E com essa frase ela foi para a cozinha com um sorriso na cara por ter me desmascarado. Que sorte eu tenho pela minha mãe perceber que eu não quero falar sobre meus desejos adolescentes.


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