Aftermath escrita por IgorPaulino


Capítulo 10
Solo amaldiçoado


Notas iniciais do capítulo

Olá, meu nome é Igor, e sou o criador do Aftermath. Este é meu projeto que venho desenvolvendo há meses, e pretendo engrandecê-lo e um dia expandí-lo pra outras plataformas (jogos, livros, produções audiovisuais). Agradeço aos que leram, e caso se interessarem pela trama poderão acompanhar também pelo blog, cujo link estará nas notas finais. Obrigado a todos, e boa leitura =)



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A lua cheia brilhava sobre a ilha de Bornholm, mais precisamente sobre o vilarejo que levava o mesmo nome. O silêncio era absoluto naquela noite, até que foi tomada por uma orquestra de terror composta pelos mais desesperados gritos e lamentos. Depois, o som da carne rasgando e o metal batendo acompanharam a canção da morte, e os vikings começavam a deixar seus aposentos para intervirem na situação.

Acordei Luke e Eva, e mostrei-os pela janela a movimentação. Os guerreiros corriam pela rua de terra até o calabouço de onde vinha a melodia sinistra. Luke suspeitou uma resposta:

–Será que é...

–Só pode ser – eu respondi. Ymir, era isso o que estava acontecendo. As magias do vidente trouxeram a vitória contra os Templários, porém se tornaram um perigo para eles mesmos.

Nos juntamos à multidão até as celas, e lá estavam tantos mortos quanto os vivos que chegavam conosco. No fundo do corredor estava Ymir, desacorrentada e ameaçadora, devorando um bíceps. Não havia um fio de cabelo em sua cabeça que não fossem suas sobrancelhas. Os olhos eram brancos e sem vida, e todo seu rosto era marcado por horríveis cicatrizes na pele enrugada e desidratada. Estava com uma túnica negra com um enorme capuz nas costas, e devorava um dos corpos que enfeitiçara. Podia-se ver pelos menos quatro outros corpos dilacerados e com marcas de mordidas.

Os mortos levantaram, tirando as espadas do abdômen e os machados das cabeças. Alguns sequer tinham cabeça ou algum outro membro. Eram mais de vinte, e entre eles estava o vidente agora sem o capuz. Sua face era tão feia que me perguntava se sofrera escoriações nela ao morrer: a pele era tão enrugada quanto a de Ymir, talvez até mais; seus dentes, faltavam-lhe metade; as orelhas eram grandes e cabeludas, e a testa tinha inchaços bizarros, parecendo que iriam explodir a qualquer momento.

Os primeiros cinco golpes vieram todos de uma vez, atingindo cinco dos vivos. Os demais mortos não esperaram e caíram em cima dos que já atacavam, golpeando quase que cegamente.

–Todos vocês, voltem! Saiam daqui! – Eva gritou. – Nós podemos matá-los!

Os bravos vikings não deram bola para ela. Eram muito corajosos, e não dispensavam uma batalha. Me aproximei da vanguarda e subi barras negras similares às das celas ao nosso redor, separando os vivos dos mortos. Agora eles escutaram Eva.

–Deixem que nós cuidaremos deles, agora por favor, se afastem!

Os guerreiros abriram caminho para que nos aproximássemos. Luke chegou ao meu lado, sabendo o que devia ser feito.

–Posso ter as honras?

–Vá em frente – eu respondi.

Os zumbis se espremiam contra as barras cilíndricas. Já não era possível ver o fundo do corredor da masmorra, e eles rugiam com ferocidade. Luke brilhou os olhos novamente, assim como acontecera em Rabenstein. Todo seu poder estava vindo à tona.

O fogo dançou através das barras. Os cadáveres foram banhados no calor e derreteram uns em cima dos outros. Enfim, uma enorme pilha de corpos jazia no chão, e o dano fora tão extremo que era impossível identificar quais eram as partes de seus corpos. Seria um braço? Uma perna? Pelo estado que estava, poderia até ser uma coluna vertebral.

Ymir se aproximou pisando com os pés nus sobre as brasas sangrentas. Seu corpo também ardia em chamas, mas não fazia-lhe mal algum. Ela desabotoou as vestes e atirou-as no chão, revelando o corpo tão horrivelmente desfigurado como era seu rosto: os ossos à mostra devido à magreza, as cicatrizes corriam-lhe a pele deteriorada por entre as perfurações de lanças e flechas que sofrera em vida. Hoje, não passava de uma máquina de matar e comer, talvez controlada por algum espírito maligno. A túnica flamejante ia sendo consumida, enquanto Ymir segurava nua nas barras e gritava um lamento rouco e sinistro.

–O fogo não a machuca – Luke fez-se notar.

–Deixe-me tentar – levantei duas lanças negras, cruzando na diagonal suas costelas. Ymir fora erguida no ar em um “X”, mas não demonstrou sinais de dor. Levantei mais outras três perfurando a barriga, as costas e a testa. Nada, além do mesmo rugido rouco e insistente.

–Ela não pode ser morta! – um dos vikings disse.

De fato, foi o que pensamos. Os outros mortos caíram com fogo, mas nela não fazia efeito. Pelo menos daquela maneira ela estaria incapacitada, mas não posso manter a matéria negra pra sempre.

–Chamem o jarl! – eu gritei. – Ele saberá o que fazer.

–Já estou aqui, Isaac – Ingvarr surgiu entre os guerreiros, acompanhado do mestre de armas Njord. – Acabei de ouvir o barulho, o que houve?

–Ymir saiu do controle. Como pode ver, alguns dos seus acabaram mortos.

–Ah, droga – Ingvarr cuspiu. – E vocês não conseguem matá-la?

–Ela é imune ao fogo, e pelo jeito a qualquer dano físico.

–Então chamem o vidente. Ele deve ter algum truque para ler nas runas.

–O vidente foi uma das vítimas, jarl Ingvarr – Luke contou. – Provavelmente o primeiro, assim Ymir estaria totalmente livre da hipnose do vidente.

–Então vamos ter de prendê-la da maneira antiga. Tragam correntes para segurar os pés e mãos dela. Não, melhor ainda: cortem-lhe a cabeça!

Segurei-a com a matéria negra, em forma de corrente, pelos braços e pernas. Abaixei as barras, e Ymir caiu no chão de barriga para baixo. Continuava a praguejar naquele ronco amedrontador. Depois, fiz estacas atravessaram seu tronco e formarem cabeças achatadas sobre seu corpo, como pregos gigantes. Njord pegou um pesado machado e arrancou-lhe a cabeça.

Todos ficaram surpresos quando Ymir continuou viva, embora separada de seu corpo. Ingvarr espetou-a na ponta da espada nórdica e ordenou:

–Vamos enterrar sua cabeça. Os três estrangeiros, venham comigo. Njord, garanta que o corpo dela seja esquartejado no maior número possível de partes e jogue-os no mar em sacos de pedra, para que afundem. E limpem essa bagunça.

Seguimos até o cemitério de Bornholm. Era um lugar vasto, onde Ingvarr explicara que os vikings acreditavam que os mortos viviam em seus túmulos, e que eram enterrados com seus pertences pessoais. Faziam câmaras sob o solo, revestidas por dentro com madeira, com suas roupas, comida, ferramentas e animais sacrificados enterrados junto ao defunto.

–A verdadeira Ymir já morreu há dias. Ela lutou bravamente, e agora está em Valhala com Odin e todos os outros deuses. Essa cabeça é só uma aberração que tomou-lhe o corpo, e não merece oferenda alguma para seu enterro. Nem mesmo uma câmara: será enterrada fundo na terra pura, para que os vermes comam sua carne.

Dito e feito, escavamos um buraco estreito de cinco metros de profundidade. A cabeça, ainda se mexendo, foi jogada lá sem cerimônia e tratamos de preencher o túmulo de terra novamente.

–Isso deve resolver – Luke suspirou. – Ela deu muito trabalho.

–O vidente é quem deu trabalho. Nunca achei que ele faria uma magia tão sombria como essa. Uma pena que tenha morrido, apesar de suas loucuras era um ótimo conselheiro. Onde está seu corpo? Devíamos enterrá-lo também.

–Está misturado com os outros zumbis de Ymir, na masmorra – eu disse.

–O feitiço virou contra o feiticeiro – Luke comentou. – Nunca na história essa frase teve tanto sentido como agora.

–Pois é, e o feitiço agora está enterrado pra sempre. Já não temos mais nossa arma secreta contra os Templários, e assim que eles descobrirem...

–Virão correndo pra cá – Eva completou. – Suas tropas que já eram pequenas se tornaram ainda menores, jarl Ingvarr. É preciso fazer algo a respeito.

–Diga-me o que tem em mente, garota – Ingvarr acabara de despejar o último punhado de terra sobre o túmulo, e descansou a pá em seu ombro.

–Vamos fazer uma incursão, assim como os verdadeiros vikings. Proteja suas futuras gerações, garanta a longevidade de seu império!

–Não exagere, moça. Não tenho mais um império, tenho algumas dezenas de guerreiros e guerreiras em uma ilha minúscula. Não chego aos pés dos grandes reis do norte. Rei Ragnar Lothbrok sim, era um verdadeiro imperador.

–Ainda assim – eu disse. – os Templários são uma ameaça real. Terá de lidar com eles uma hora ou outra.

Ingvarr caminhou por entre nós três, suspirou e tornou-se de volta para nossa direção:

–Vocês estão certos. Meu povo corre perigo, e se tivermos de enfrentá-los, que sejamos nós que tenhamos a vantagem da iniciativa.

Finalmente jarl Ingvarr estava convencido. Mas naquele momento, o chão vibrou levemente sob nossos pés.

–Sentiram isso? – Luke foi o primeiro a notar.

Outro pequeno tremor.

–O chão – Eva disse, e todos olhávamos ao redor procurando pelo motivo que fazia o chão se mexer. – Está cedendo?

O solo fora rasgado em pontos remotos do cemitério. Pequeninas fendas surgiam aqui e ali, e as pedras dos túmulos abriam caminho para o que estava lá dentro.

–É Ymir! – Ingvarr gritou desacreditado. – Essa canibal maldita!

Esqueletos vivos surgiram do chão, carregando ornamentos de pedras preciosas com as quais foram enterrados. Isso sem falar nos machados de batalha, deixados para que os empunhassem em Valhala, mas que agora estavam em Midgard.

Uma dúzia deles caminhava em nossa direção, lutando para manterem-se sobre os frágeis ossos dos pés, que ainda estavam ligados pelas cartilagens. O bater dos ossos fazia soar um barulho sinistro, e Ingvarr, Luke, Eva e eu nos alinhamos lado a lado, prestes a enfrentar os mortos-vivos.

Luke, como era normal da parte dele, foi o primeiro a atacar. Lançou uma onda de fogo nos inimigos, mas causou apenas um desequilíbrio momentâneo. Os ossos eram resistentes ao fogo. Eva sabia que nada poderia fazer: sem pulmões, eles não seriam afetados pelas granadas de anthrax, e era muito arriscado tentar decompô-los, pois teria de estar frente a frente com eles. Ingvarr estava armado apenas com a pá que usara para cavar o túmulo de Ymir.

Foi quando eu empunhei a foice negra, e andei calmamente na direção deles. Ingvarr veio logo atrás.

–Vocês dois, chamem os outros! – ele ordenara para Luke e Eva, que correram rumo à entrada do cemitério.

Minha foice em sua forma original era bem longa, o que me dava vantagem de atacá-los de fora de seu alcance. Ingvarr precisava se aproximar um pouco mais para efetuar um golpe, e consequentemente se arriscava bem mais.

Os primeiros três vieram ao mesmo tempo em minha direção. Machados acima da cabeça, em posição ofensiva, mas golpeei com velocidade na horizontal, na altura do que deveria ficar a barriga. Acertei nos três suas colunas vertebrais, dividindo-os pela metade. No chão, eles ainda se arrastavam com sede de sangue.

Ingvarr estourou o crânio de outro que vinha logo atrás com um furioso ataque com a pá vindo de cima. Este não se mexeu mais. Os restantes vinham com uma velocidade considerável para um bando de esqueletos mancos. Corri na direção dos que vinham à esquerda, com a lâmina da foice na minha frente, e dei uma investida atingindo as costelas de um que caiu estatelado no chão de terra.

O outro que estava à minha direita saltou pra cima de mim, mas eu fui mais rápido e acertei-lhe com o cabo da foice, fazendo-o cair do meu lado. Olhei de relance para Ingvarr, que lutava com toda sua fúria contra os monstros ao acertar-lhes vários golpes nos quatro que o cercavam. Deu um chute na canela de um que fez voar seu pé.

Outros dois que ainda estavam de pé ao meu lado vieram ao mesmo tempo. Desviei rapidamente para o lado, e acertei oum cotovelo direito de um que o fez cair de seu corpo junto com o machado. Segurei o crânio deste que estava sem braço, e chutei-lhe na direção do outro que vinha pra cima de mim, separando cabeça de corpo. Ambos caíram desajeitados no chão, e eu pisei no crânio, destruindo-o.

Ingvarr limpava o suor de sua testa, no meio de vários pedaços de ossos totalmente inanimados. Alguns que estavam derrubados próximos a mim ainda estavam vivos, mas Ingvarr executou-os quebrando suas cabeças com a pá.

Novamente ouvimos o barulho do bater de ossos: um grupo ainda maior de esqueletos se aproximava.

–São muitos! – Ingvarr gritou. – Vamos embora, precisamos de mais pessoas!

Corremos daquele lugar, e próximo à entrada do cemitério encontramos Luke lutando com uma dupla de esqueletos apenas com as mãos.

–Luke! – eu disse, surpreso. – O que está fazendo?

–Fomos cercados, mas consegui distraí-los enquanto Eva buscava ajuda. Olhem, aí vem eles!

No lado de fora do cemitério, os primeiros guerreiros chegavam. Njord e Eva vinham juntos logo atrás.

–Njord – o jarl disse. – Ymir reanimou os ossos de nossos companheiros falecidos. Parece que eles só morrem se destruir o crânio.

–Passarei a informação aos soldados, senhor – disse o mestre de armas, e partiu para o campo de batalha.

Seguimos a multidão de volta para onde estavam os mortos-vivos. Era possível ouvir Njord gritar para seus homens.

–Acertem as cabeças!

Os números estavam equiparados, até o momento que os vikings começaram a ser derrubados para depois levantarem como zumbis de Ymir. Cada baixa nossa era um reforço para eles. Ouviam-se muitos clanks surgindo dos golpes desferidos aos ossos, e vez ou outra um viking berrava de dor.

–Temos que nos livrar da cabeça de Ymir – Luke disse, enquanto batia em um esqueleto com uma espécie de marreta que arranjara com um dos guerreiros.

–Não vai dar tempo – Ingvarr respondeu. Ele havia encontrado pra si dois pequenos machados de mão, fáceis de manusear. – Temos que acabar com eles!

Mais à frente, Njord empunhava seu martelo gigante, trucidando os frágeis ossos e despedaçando-os. Podia ver os esqueletos voando a cada golpe brutal que dava a metros de distância. Após quase uma hora de luta, as forças de Ymir continuavam aumentando, e as nossas diminuindo. Ingvarr percebeu que o que estavam fazendo não levaria a nada. Conforme os vikings fossem morrendo, virariam servos de Ymir e a batalha estaria duas vezes mais longe de terminar.

–Njord! – o jarl gritou. Houve uma longa pausa, onde ele respirou fundo para finalmente dar o braço a torcer. – Retire seus homens! Estamos indo embora de Bornholm!

–Não podemos fugir, jarl Ingvarr! Os deuses terão vergonha de nós! – gritou Njord de volta.

–É uma ordem! Voltaremos um outro dia!

Njord gritou uma ordem aos seus homens, e enquanto uns faziam uma parede de escudos para segurar os inimigos, os demais batiam em retirada.

–Preparem os navios! E levem a Vervalser! – ordenou Ingvarr.

Fechamos a entrada do cemitério com a grande porta de pedra. Os muros altos não permitiam qualquer fuga. Os inimigos empurravam, mas eram fracos demais para superar os ombros dos vikings segurando a porta. Empurraram pesados barris cheios de sal e carne para segurarem os portões, até que estivéssemos longe daquele lugar.

Pouco tempo depois, dois navios estavam prontos. Luke, Eva e eu subimos em um deles que carregava a tal bigorna. Ingvarr e Njord estavam no outro, e haviam alguns guerreiros em ambos os navios. Aos poucos fomos nos afastando da costa da ilha, e ainda era possível ver zumbis e esqueletos na praia. As construções começaram a pegar fogo, em especial o celeiro de teto de palha, onde ficavam os cavalos. A vila toda estava condenada.

...

Desembarcamos na Alemanha, no porto improvisado pelos vikings. Já era noite, e a lua cheia brilhava no céu.

–Ingvarr – eu me aproximei do antigo jarl de Bornholm. – O que pretende fazer?

–Seguiremos com o plano – ele respondeu, frio e visivelmente abalado. – Mataremos todos os Templários, e cada um que simpatizar com eles.

Ele claramente culpava os Templários pela desgraça de seu povo. Não só foram os primeiros a atacar, como também foram o motivo por terem criado Ymir, que agora podia-se dizer que era a atual rainha de Bornholm, e inclusive tinha um exército.

–Nós podemos voltar um dia – Eva disse. – e retomar sua terra. Ou você pode ficar com a gente. Queremos reconstruir nossa sociedade, assim como você.

–Não há mais nada lá para os vikings – ele lamentou. – Nosso solo está amaldiçoado, nossas casas destruídas e a ilha repleta de mortos-vivos.

Nossos veículos ainda estavam exatamente como os deixamos: Luke subiu em sua picape, e eu e Eva na minha chopper. Yoronhaz, o cavalo dourado do jarl ficara na ilha e provavelmente já havia morrido no celeiro horas atrás.

Seguimos a estrada para o sul em baixa velocidade, a fim de não perder de vista os guerreiros a pé. Ingvarr estava claramente fora de si: estava liderando um ataque aos Templários com pouco mais que algumas dezenas de homens. Precisaríamos de uma ótima estratégia para vencê-los. Ele não dizia uma palavra desde que deixamos a ilha para Ymir. Pode-se dizer que ela agora era a rainha de Bornholm. Uma rainha canibal.

...

O dia já estava amanhecendo, quando todos pararam. Um dos guerreiros, aquele tal Floki, disse-nos que Ingvarr queria falar conosco. Foi a primeira vez que vimos um viking se referir a ele não como jarl, mas apenas por seu nome.

Seguimos a pé até a frente da tropa, onde Ingvarr e Njord rendiam um homem de manto preto e capuz pendurado nas costas.

–Pessoal – disse Ingvarr. – Este homem diz ser inimigo dos nossos inimigos.

–Quero que venham comigo até nosso acampamento – o estranho disse. – Os rumores da bravura viking que resistiu ao exército principal dos Templários correm por toda parte. Estamos montando cerco há dias, mas ainda não nos equiparamos à sua força.

–Não posso arriscar a vida de meus homens confiando em estranhos – disse Ingvarr. – Isaac, Luke e Eva, vocês irão com eles.

–O quê?! – Eva disse. – Está maluco? Como pode pensar que pode nos descartar desse jeito?

–É, seu reizinho arrogante – Luke continuou. – Vá você mesmo pra lá.

–Vocês podem se cuidar sozinhos melhor do que ninguém aqui – Ingvarr disse. – Vão até lá e descubra quem são. Se for uma armadilha, vocês podem simplesmente acabar com eles.

–Nós vamos – eu disse. Luke e Eva me olharam indignados, mas eu logo me expliquei. – Precisamos acabar com os Templários, e pode ser que esses caras nos ajudem. Ou vocês acham que trinta vikings vão dar conta?

Isso os fez consentir com o plano, e seguimos por entre as árvores em direção ao suposto acampamento. Sem abaixar a guarda, trilhávamos o caminho atrás do estranho.


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Notas finais do capítulo

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Novos capítulos deverão sair semanalmente, não percam o próximo =)



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