Ouvia-se do publico masculino da sala "kawai". Como homem fica patético por causa de um pedaço de carne com calcinha enfiado no rabo (tá, não sei como e que tipo de calcinha ela usa, só estou usando termos genéricos).
_ Pode se sentar lá na frente do Akasaka-kun - a sensei apontou a cadeira na minha frente. Me matando em 3, 2.........
_ Akasaka-Kun, Hajimemashite. Qual é seu nome completo, só pra saber?
_ Akasaka Ryuunosuke - Respondi sem ânimo algum
_ Ok Ryuu-chan...
Pera aê, para tudo. Sa porra me chamou de que?
_ Ryuu-chan?
_ Akasaka-san acho que já tá bom, não precisamos aprofundar muito a "nossa relação". Ou você tem um "amor platônico" por mim? - falei debochado.
_ Não fale essas coisas vergonhosas Ryuu-chan, baka, baka, baka! - falou enquanto inflava as bochechas. Sinceramente isso sim é vergonhoso
"Kawai" foi ouvido de novo. Apontei meu dedo indicador direito pra cabeça e dei um "tiro imaginário" no meu crânio.
_Se povo não se aguenta dentro das calças não? – murmurei.
_ Mas gostosinha ela é - Keita sussurrou perto do meu ouvido, estava sentado logo atrás de mim. Mas, a pergunta que não quer calar, COMO ESSA PORRA SURGIU ATRÁS DE MIM!
_ Verdade - Riki apareceu na cadeira ao lado da minha concordando.
_ Vai me dizer que você é... - nem deixei aquele loiro maldito terminar a frase
_ Vamos prestar atenção na aula, por favor! – falei.
Na hora do intervalo...
Keita, Riki e eu estávamos no terraço da escola comendo nossos obentos enquanto decidíamos coisas do jogo (ou deveríamos, pois fui fuzilado de perguntas sofre Maki Sákura).
_ Cara, ela tá te dando maior mole, se fosse eu não perdoava e comia ela logo - Keita falou. E ele de nós três é o que tem a cara mais fofinha. Seria um perfeito Uke de mangás e animes BL.
_ Só temos 13 anos Keita - me defendi - e eu nem fiz 13 anos ainda!
_ Mas essa merda aí que você tem entre as pernas não levanta ainda não? O meu já lev...
_ KEEEEIITA!! -Berrei vermelho do mindinho da ponta do pé até meu último fio de cabelo da cabeça - NÃO FALE COISAS TÃO VERGONHOSAS...
_ Ryuunosuke, somos homens, podemos falar dessas coisas - Riki se pronunciou - E você tá tão vermelho com o que o Keita disse que você que tá parcendo uma garota fofa.
_ VOCÊ ME CHAMOU DE GAROTA FOFA? - Berrei enquanto levantava juntando os dedos da minha mão e acertando a cabeça do moreno.
_ E isso soou meio gay Riki. Nada contra, amor é amor independente do gênero que você ame, mas o que você disse pegou mal - Keita falou. Eu não sei se isso me defendeu ou não, só pra constar!
_ Mas com esse cabelo todo ele fica igualzinho a uma garota.
PLOFT
E o moreno estava no chão com um galo na cabeça.
_ E aqui jás Akihito Riki, aquele com a boca tão grande de tanto pagar boq...
PLOFT
E o loiro foi fazer companhia ao moreno com um galo na cabeça, ambos os galos gerados por um soco no crânio deles.
_Konichiwa - falou uma voz irritante entrando no recinto - Queria um lugar tranquilo pra almoçar - Maki falou
_ Aqui é um ótimo lugar - os dois antes inconscientes estavam muito bem acordados para recepcionar a imitação de jigglypuff.
_ Escravocetas - Murmurei pros dois.
_ Bem, arigatou Riki-chan, kei-chan, Ryuu-chan - ela ainda não percebeu que não gosto desse lance de Ryuu-chan. - Que desenhos legais são esses?!
_ São pro jogo que estamos fazendo - Riki FALOU DE MAIS!!!
_ JOGO!? QUE DEMAIS! MINHA EDITORA ADORARIA SE EU PARTICIPASSE DE ALGO ASSIM! - Estava super animada
_ SUA O QUE? - Gritamos em uníssono
_ Editora. Eu sou uma mangaká, e mangakás tem editores horas - disse como se fosse a coisa mais óbvia do mundo.
_ Vo-vo-vo-vovo-você é uma ma-manga-mangaká? - não acreditava
_ NOS AJUDE POR FAVOR - O indi e o ota, digo, Riki e Keita quase imploraram pra escandalosa
_ CLAAAAAARO KYAAAAAH - Aceitou dando um grito super gay.
Daí pro projeto engatar foi um passo. Eram desenhos pra lá, vozes pra cá, músicas aqui e acolá. Mas, eu não sei, não estavam suprindo muito minhas expectativas.
_ Sákura, os personagens estão com a cara "muito fofinha", e a história tem que ser um pouco mais depressiva, o Ryuji ( personagem que eu criei de mim) deve ser mais melancólico, ele tá muito fofinho. Keita, esse é um jogo de ação, AÇÃO, então as melodias tem que ser aquelas tensas que só de ouvir te deixa apreensivo. Riki, sua voz não combinou com nenhum dos personagens. O que houve? Perdeu seu talento? - sim, eu estava irritado. Estavamos na minha casa nesse dia e eles não levavam o trabalho a sério. Eu parecia uma professora de primário implorando por atenção e parecia que eles não tinham vontade nenhuma de trabalhar.
_ Ryuu-chan, não seja malvado - falou a menina inflando as bochechas como sempre. Revirei os olhos. Como isso irritava
_ Isso Ryuunosuke, se acalme um pouco! - Keita falou. Respirei fundo, mesmo - cara, sério, isso é falta de sexo!
PLOFT - tive que bater nele, tive.
_ Um virjão falando do outro - murmurei - bem, vamos acabar por hoje ok? O dia não está sendo nada produtivo, e chovendo como está corre risco de ter um apagão e perdermos tudo! Mas, vocês tem uma semana, nem mais nem menos para me entregarem ao menos o que estavam fazendo aqui hoje, e entregar pronto - comecei ordenando - vocês não irão querer saber o que vai acontecer com vocês se não me entregarem - um raio caiu no exato momento em que eu falei isso e iluminou a janela que estava atrás de mim. Os três gritaram em pânico. Tá, minha cara deve ter ficado assustadora.
Meu aniversário de 13 anos se aproximava, justamente um dia antes dos meus amigos equipe me entregarem seu trabalho e durante essa semana, meus pais me ligaram me comunicando que não consiguirão chegar no Japão. Eles só iriam conseguir chegar em casa no próximo mês. Eu entendo a importância do trabalho deles, mas mesmo assim fiquei chateado e confesso que comecei a descontar nos meus amigos. Eu tenho esse defeito. Eu não me lembro exatamente das situações em si, pois como diz um ditado, quem dá a porrada esquece que deu, mas quem levou, nunca esquece. Como eu estava os tratando mau, não iria me lembrar o que exatamente eu fiz, mas lembro-me que constantemente chamava-os de idiota, qualquer nova ideia deles eu vetava, como se apenas a minha opinião valesse. E tudo caia principalmente em Riki.
No dia antes da posição da minha equipe em relação as suas tarefas, eu estava indo pro terraço na hora do almoço, quando eu ia abrir a porta consigo ouví-los.
_ Ryuunosuke está um porre ultimamente. Insuportávelmente insuportável - Keita falou.
_ Não é tão assim, ele está chato mas ele deve estar com algum problema em casa, não sei, mas ele não tá fazendo por mau - Riki defendeu.
_ Ele mora sozinho Riki. Ele é um orfão que só foi adotado pra ficar abandonado dentro de casa e ter a ilusão que tem uma família quando na verdade não tem - Keita disse. Senti como se ele tivesse perfurado uma faca em mim.
_ Mas...- Riki tentou rebater.
_ Mas nada! Reparou que em você é quem ele desconta mais? Você é tão lerdo assim? Keita cortou.
_ Ele.... é mesmo..... um idiota - Riki concordou.
_ Bem, vamos parar ok? Daqui a pouco ele chega aí e não será nada legal ele ouvir isso ok? Não queremos irritar o grande Ryuunosuke-sama- Sákura falou em tom de deboche.