O Namorado Da Minha Irmã escrita por Uma Garota Nada Romântica


Capítulo 8
Capítulo oito.


Notas iniciais do capítulo

Estou surtando aqui.
Em um dia recebemos duas, eu disse D-U-A-S, 2,II, recomendações!
Assim, queria agradecer profundamente á Swwet Girl pelos lindo elogios a Fic (principalmente sabendo que você não lê qualquer coisa, certo? Hahahaha), e a Katherine Mikaelson por ter chegado com tudo nessa Fic e já ter me deixado super emocionada pelas maravilhosas palavras com relação á Fic e á autoras! Amei...! Meninas, essa foi a minha maior e melhor surpresa até agora. Muito obrigada, de coração!



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[...]Beatriz

Sábado eu acordei ouvindo os passarinhos cantarem, as flores estavam mais coloridas, o mundo estava mais feliz! Finalmente tinha chegado o dia da tão esperada festa. Olhei no celular e haviam cinco ligações perdidas da Ana, já falei que ela me ama demais? Credo! o que ela queria comigo? Peguei o celular e retornei a ligação.

— Sua vaca, vadia, desgraçada, infeliz. - Gritou ela.

— Eu também te amo, Aninha. - Falei irônica sem dar muita atenção.

— Ok, presta atenção, eu estou te ligando há mais de uma hora, porque você não me atende? Caramba Beatriz, temos que nos arrumar para festa do Binho.

— Desculpe, amiga, onde você tá? - Perguntei.

— Chego na sua casa em 30 minutos, meu pai vai nos levar, não se atrase. - Dito isso, corri em direção ao banheiro para tomar um banho rápido. 

Meus pais viajaram, foram passar o fim de semana no sitio dos meus avós. Vou aproveitar para dormir na casa da Ana ou do Duda, afinal não daria certo eu e Viviane sozinhas em um mesmo ambiente.

Terminei meu banho super rápido. Escolhi um vestido simples azul escuro de alças finas leve, com a cintura acentuada, optei por uma rasteirinha básica bege. Fiz um coque frouxo, estava com preguiça demais para pensar em algum penteando mais incrementado. Por fim, fiz uma maquiagem leve, passei um batom rosa e peguei meus óculos escuros.

— Ei Bia, você por acaso vai em algum lugar? – perguntou Vivi, ela ainda mora comigo, infelizmente, olhei para trás e ela estava olhando para mim confusa.

— Sim, vou sair com algumas amigas, vamos passar a tarde no shopping. - Respondo bem animada. - E não, você não pode ir. - Digo descendo as escadas vendo que faltava aproximadamente dois minutos para Ana chegar.

— E quem disse que eu queria ir? Suas amigas devem ser mimadas igual a você. - Ignorei o comentário de Vivi. - De gente assim eu quero distância - Insistiu em me irritar - Bando de bitch. - Sussurrou ela, sendo ignorada mais uma vez.

Ouço uma buzina de carro, certamente deve ser Ana. Começo a andar apressada até a porta, antes de sair digo.

— Tchauzinho irmãzinha. - Digo mandando um beijo no ar pra Viviane, que me deu dedo do meio.

[...] Viviane

Se a querida Beatriz acha, ou melhor, pensa que eu vou ficar aqui me remoendo vendo ela se divertir, tá muito enganada, tá muito enganada mesmo.

Tomei um banho super relaxante de uns 20 minutos. Coloquei uma calça jeans justa ao corpo, uma mini blusa preta, calcei meu all-star branca de San Francisco e soltei meus cabelos. Quando estava começando minha make, a campainha toca. Desço as escadas sem me importar com a demora, caminho lentamente até a porta, e giro a maçaneta.

— E aí Vivi, a... - O interrompo.

— Não, a Beatriz não está, tchau Eduardo! - Digo grossa e em seguida fecho a porta, sendo impedida por um de seus pés, que parecia levar um imã entre o batente.

— Qual é Vivi? Não precisa agir assim só porque a gente quase transou. -Diz Eduardo entrando casa á dentro.

— Não precisa? Olha Eduardo, se você ta acostumado a fazer esse tipo de coisa e depois agir com a maior naturalidade, o problema é seu! - Digo alterada, fechando a porta com força. - Só não vai você achar que eu sou essas vadias que você ta acostumado a pegar. O que aconteceu foi um erro, que jamais vai se repetir.

— Mal transamos e você já vem com dr? - Debocha Eduardo soltando uma forte risada.

— Vai se foder! - Digo revirando os olhos.

— Só se for com você! - Ele diz vindo em minha direção.

— Ou com a Bia, né? Acha que eu não escutei os gemidos de vocês dois na quarta passada? - Falo indo até a geladeira pegar um copo de água.

— Eu estava pensando em você, sabia? - Indagou Eduardo, eu apenas o olhei incrédula. - Eu sei que errado, mas eu não paro de pensar no que poderia ter acontecido aquela noite.

— Naquela noite que graças a Deus a sua namorada, minha irmã atrapalhou? - Digo dando ênfase em "namorada" e "irmã".

— Eu amo a Bia. - Falou Eduardo num tom de voz baixo, por acaso esse garoto é bipolar? - Porra! Eu tô confuso. - Continuou, porém alterando a voz.

— Eduardo, por favor, vai procurar a Bia. - Suspiro e digo. - Ela está no shopping, há 5 quadras daqui. - Completo, ele assente e vem em minha direção.

Nossos rostos estavam muito próximos, digamos que há milímetros de distância. Podíamos escutar e sentir a respiração um do outro, peguei suas mãos que estavam acariciando minhas bochechas, e as juntei com as minhas. Ele sorri, tentei fortemente afastar meu corpo do dele, ou simplesmente resistir à vontade de o beijar. Sinto desentrelaçar nossas mãos e passar seus braços por minha cintura, faço o mesmo em seu pescoço. Conforme nos aproximamos, fechei meus olhos, sentir sua boca na minha era como uma viagem ao paraíso, me ardia por dentro, era como se nada existisse, como se todos os problemas que nos impedisse de ficar juntos, sumisse.

— Agora sim eu posso ir. - Ele diz finalizando o beijo com um selinho, abrindo a porta e indo em direção ao seu carro.

 

[...] Eduardo

Largar a Bia para ficar com a Vivi? Já perdi as contas de quantas vezes me fiz essa pergunta, e quantas vezes não obtive respostas. É difícil ficar divido entre duas pessoas, agora eu entendo a Bia. É estranho o quanto duas pessoas podem mexer com a sua cabeça, fazer seu coração bater mais forte, fazer você sorrir com um sorriso.

Estava estacionando meu carro, já havia chegado ao shopping. Guardei minhas chave do carro, pendurei meus óculos escuros na gola da camisa que usava e adentrei o shopping. De cara vi Beatriz com suas amigas, Ana e Cris, ela realmente se destacava no meio de tantas mulheres. Fui me aproximando, quando surgem 2 playboyzinhos, que pareciam estar dando em cima delas, aperto o passo e chego até eles.

— Estou atrapalhando? - Perguntei assim que cheguei perto delas, sorri forçado para os dois garotos que babavam nelas.

— Não amor. - A abracei e a dei um beijo. - Meninos, já podem ir, obrigada! - Eles afirmaram saíram.

— O que você esta fazendo aqui? - Perguntou Bia cruzando os braços.

— Vivi disse que você estava no shopping. - Digo, logo lembrei do beijo que dei nela. Balanceia a cabeça negativamente tirando aquele pensando.

— Ah amor, desculpe mas a tarde é das meninas, vamos nos arrumar para festa do Binho. - Eu claramente odiava tarde das meninas, elas falavam da vida dos outros ou sobre garotos.

— Tudo bem então! Mais tarde a gente se vê. - Dei beijo em Bia e outro nas meninas. - Aliás, quem eram aqueles caras?

— Eram vendedores da loja Daslu. - Daslu era uma das lojas mais caras da cidade, a maioria dos vendedores eram jovens "arrumadinhos".

— Vendedores? - Desconfio.

— Vendedores sim, seu ciumento. - Responde com convicção me dando um selinho. - Você sabe que eu jamais te trocaria por alguém.

Peso na consciência foi oque eu senti, sorri fraco tentando disfarçar, mas obviamente meu coração despedaçou por dentro. Culpa.

— Eu te amo! - Foi oque disse antes de a beijar e ir embora.

Peguei meu carro e sai do shopping. Estava dirigindo sem destino, só queria andar, esfriar a cabeça e pensar um pouco.

Apertei o acelerador e fui dirigindo em direção a casa de Binho. Pera aí, e se o Janjão estiver lá? Não seria legal.. Quer saber? Foda-se, já estou a caminho mesmo.

Cheguei em frente a casa de Binho, desci do carro e fui bater na porta. Depois de poucos segundos Binho abriu e me olhou torto.

— Janjão está? – Perguntei ignorando a sua cara de bunda.

— Não. – Ele respondeu seco. – O que você quer? – cruzou os braços.

— Vai me deixar entrar ou vai me deixar apodrecendo? - Ignorei sua pergunta.

Desde que Bia escolheu ficar comigo, Binho e eu nos afastamos, ele não ia com a cara dela, nunca foi. Janjão, Binho e eu eramos um trio inseparável, eramos amigos desde que nos conhecemos por gente, fazíamos tudo junto. Só que o destino, melhor dizendo, a gente nos separamos, seguindo cada um o seu rumo.

— Me dê um bom motivo Duda?

— Podemos jogar Videogame. – Mostrei um dos meus melhores sorrisos, Binho deixou um sorriso seco sair.

— Entra logo, cara. - Me sentei no sofá, na verdade, me joguei nele.

— Então.. Como vai sua vida amorosa com a Beatriz? - Binho perguntou enquanto trazia red bull para nós. Fiquei alguns instantes calado.

— Cara, eu não sei o que te dizer. - Ele me encarou sem entender.

Binho se sentou ao meu lado e passou uma latinha para mim.

— O que ela te fez? Tem dupla personalidade ou bipolaridade? - Ri do comentário idiota e ele me acompanhou.

— Conheci a meia irmã dela, Viviane, que é totalmente diferente dela. - Ele me encarou esperando que continuasse. - Estou confuso, eu sou apaixonado pela Bia, mais a Vivi, irmã da Bia, mexe comigo. - Suspirei por fim.

— Cara, que roubada que você se meteu. - Foi a única coisa que ele falou. Ela deve ser mais legal que Bia, qualquer um é. - Debochou. - Ela é gostosa? - Peguei o travesseiro e acertei em cheio no seu rosto.

— Não importa. Oque eu faço? - Perguntei, ele sorriu fraco.

— Antigamente era ao contrário, era eu quem pedia ajuda sobre mulheres. - Debochou mais uma vez. - Parece que o jogo virou não é mesmo? - Desça vez tive que o acompanhar nas risadas.

— Cara, relaxa, dever ser só atração. - Finalizou Binho.

Por um instante pensei que não, mais logo concordei. Quem sabe não seja mesmo?

Só atração.— Repeti para mim mesmo.


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Notas finais do capítulo

Então, o que acharam? Reviews?
Até próxima!