"Stella olhou de um lado para o outro, tentando situar-se, percebera que sua pele estava úmida. o suor brotava em sua pele como água em uma nascente. Tateou o lado direito da cama, a procura do marido. Ainda desorientada, devido ao pesadelo, levantou da cama e caminhou em direção a porta do quarto.

– O que houve Stell?- O homem aparecera amparando a grega.- Fui buscar um copo d'água.

– Um pesadelo...- Ela abaixou a linda face escondendo a vergonha.

– Ei, eu estou aqui, o pesadelo já acabou.- Ele deu-lhe um beijo casto nos lábios.- Eu te amo Stella Bechar.- Palavras necessárias para aquele momento.

– Obrigada por me ajudar a superar o que passei em New York, estou feliz aqui em Londres. eu te amo Will.

Os dois sorriram.

...

Ela abriu os olhos. Paredes brancas, máquinas com um barulhinho irritante "bip bip", um suporte de soro, o mesmo gotejando e seguindo para uma das veias em seu braço direito, e uma poltrona... ocupada por ele. Sua voz falha não conseguia pronunciar o nome do amado.

Os dois pares de olhos mergulharam em profundezas azuis e verdes ao encontrarem-se.

–Stell...- A voz dele era uma doce melodia se comparada ao "bip bip" das máquinas do quarto. O homem levantou da cadeira desconfortável e apertou um botão acima da cabeceira da cama.

– Mac... por que estou aqui?- Sua voz finalmente apareceu, mesmo que um pouco fraca.

– Você ficou em coma por três semanas, Stell...- A voz diminuía a cada palavra e a cada soluço.

– Eu não...- Lembranças da explosão voltaram a sua mente. Nada estava no lugar, tudo se movia.

Mac estava desesperado, os aparelhos dispararam, Stella se debatia na cama, os fios que a envolviam saiam do lugar. a mulher estava tendo uma convulsão, ele não sabia o que fazer e logo um som agudo e prolongado preencheu o vazio deixado pela alma de Stella. As enfermeiras chegaram tarde, não havia nada a ser feito. O ex-marine mantinha-se em pé, parado, olhando o rosto, agora desfalecido, da tão amada mulher. suas lágrimas molhavam a mão feminina enquanto alisava a mesma com desespero e tentava fazer uma oração silenciosa. O fim.

...

Stella ainda pensava naquele sonho tão estranho, passou o dia distraída.

– laboratório de New Orleans chamando Stella Bonasera.- Uma mulher baixa, de cabelos cacheados negros e olhos castanhos jogou-se na cadeira à frente da mesa de Stella.

– Ah! Oi Aline, algum problema?

– Não, eu só vim trazer essa carta para você, é do laboratório de New York.- Aline levantou e saiu da sala da chefe.

Stella deixou a carta de lado, não estava com muita paciência. O sonho lhe incomodava muito.

– Quem é Calleigh, Horatio, Catherine, Nick, Grissom, Sara, Eric, Adam, Danny, Lindsay, Don...? Nunca ouvi falar deles, e tem algo ainda mais errado, quem é Mac Taylor e por que em um momento eu estava envolvida com ele no outro estava casada com um tal de Will e no outro momento de novo com o Mac Taylor e depois morta?- Ela falou em voz alta como se alguém estivesse ali com ela, depois de alguns segundos de reflexão voltou a falar.- O que diabos eu estava fazendo em Las Vegas? Não, e o pior de tudo, em Londres? Quem são essas pessoas?- Silêncio.- Droga! tenho que parar de falar sozinha.

Stella bufou e abriu a carta que Aline lhe entregara.

"Detetive Bonasera,

Diante de diversas recomendações, venho, através desta carta, oferecer-lhe uma vaga em minha equipe de CSIs. Serei objetivo: Entre em contato o mais rápido possível, minha equipe e eu queremos a melhor detetive conosco, aqui em New York. Sem mais palavras,

Detetive Mac Taylor."

– Mac Taylor...- Foram as palavras de Stella antes de sorrir como se tivesse encontrado seu destino, finalmente.- Isso é surreal.- Riu ao abrir o e-mail para responder.

Algo tão real pode ser irreal, apenas para que o irreal torne-se tão real."