Evolution: Parte 1 escrita por Hairo


Capítulo 8
No Laboratório do Professor Noah


Notas iniciais do capítulo

Esse é um capítulo de transição muito importante, pq vamos conhecer uma galera nova. Fiquem atentos!

Espero que gostem! =)



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No Laboratório do Prof. Noah



Depois de sair da caverna e cair na estrada, todos estavam de bom humor e andavam felizes. Até Mindy estava mais amigável e não parava de olhar para a pokebola que continha o charmander que Dave havia lhe dado. Os sorrisos estavam estampados nos rostos de todos e eles seguiram em um ritmo forte, sempre conversando e rindo.

Para melhorar a situação, a saída que Dave havia encontrado ficava ainda mais perto da estrada, e, de acordo com Mindy, eles tinham poupado algumas horas de caminhada. Assim, um pouco depois do almoço eles haviam chegado ao laboratório do Prof. Noah.

– Chegamos – disse Mindy, apontando para frente – Ali é a casa do meu avô.

– Nossa, que grande! – disse Dave, reparando na estrutura que ia crescendo a cada passo que davam.

Era um prédio com 4 andares, e de acordo com Mindy ainda tinha um subsolo. Mas o prédio era a menor parte do laboratório. Atrás dele se estendia um largo gramado com algumas arvores espalhadas, onde ficavam os vários pokemons criados pelo pesquisador. O gramado se estendia até quase sumir de vista, e bem perto do horizonte, Dave conseguia ver a borda de um lago. Mindy ainda disse para ele que um pouco mais ao fundo, aonde o rio que vinha das colinas abastecia o lago, existia uma área rochosa artificial, criada pelo próprio professor, para dar mais conforto aos tipos de pokemons terrestres e de pedra.

– Eu adorava brincar por aqui quando era menor. – Explicou a menina, ainda com a pokebola de charmander na mão.

Ao chegar mais perto do prédio, Dave viu que até estacionamento eles tinham. Ele estava impressionado com tudo aquilo, mas Mindy havia visto algo que fez o sorriso desaparecer de seu rosto.

– Ótimo, meu primo está aqui – Disse ela, olhando para os carros estacionados ao lado do prédio.

– Qual o problema? O que ele tem? – Perguntou Dave.

– Você vai ver. – Disse Mindy, tocando a campainha. Logo uma voz feminina saiu pelo interfone.

– Quem é? É você Mindy? – Perguntou a voz.

– Sim sou eu. – respondeu Mindy – Abre logo, por favor.

Dave não estava entendendo nada. A ultima coisa que ele esperava era uma mulher no interfone. O Professor não pode ser mulher, pode?

–Quem é? – Perguntou Dave, baixinho. Mas ele não obteve resposta. Aparentemente, tudo estava de volta ao normal.

– Você está atrasada sabia? Devia ter chegado ontem. Você está bem? – perguntou a voz, num tom severo.

– To sim, Mãe. Dá pra abrir, por favor? – Respondeu Mindy

–Mãe?! – Exclamou Dave ao ouvir a palavra.

A voz não falou mais e eles ouviram um barulho indicando que a porta estava aberta.

– Pois é – Disse a menina. – Ela é pesquisador também, e trabalha aqui com meu avô, ajudando nas pesquisas. – Mindy não parecia nem um pouco animada ao falar disso.

– Nossa! Que legal! Sua mãe e seu avô são pesquisadores! Isso deve ser o máximo! – Disse Dave

– Não, não é. Meu avô está ficando mais velho, e ele trabalha pouco, então minha mãe faz a maior parte do trabalho. Isso significa que ela quase não vai para casa. – explicou Mindy. – E ainda por cima, ela diz que trabalha com pokemons todos os dias e sabe como eles podem ser perigosos, então ela não me deixa sair para explorar pokemons.

– Nossa, que chato. – Disse Dave – Mas agora você vai poder não é? Depois de passar dois meses sozinha, ela vai ter que deixar.

Mas Mindy não respondeu e Dave sentiu que talvez não fosse tão simples assim.

Eles chegaram ao pé de uma escada e começaram a subir, mas enquanto estavam nos primeiros degraus, uma mulher de cabelos morenos, vestindo um jaleco branco apareceu no topo e começou a descer a escada correndo. Encontrando Mindy no meio do caminho, ela parou e deu um forte abraço na menina, que não respondeu.

– Minha filha que saudade! Por que você demorou? Estava ficando preocupada. Seu avô precisa do charmander, querida. Seu primo Rusty já está aqui para escolher o pokemon dele.

A mulher falava rápido e mal dava para entender tudo que ela dizia. Mindy não parecia muito entusiasmada em ver a mãe de novo, e não falava nada. A mulher passou os braços pelo ombro de sua filha e começou a conduzi-la escada acima ainda falando muito, e Dave as seguiu. Até que ao chegar ao topo, ela finalmente pareceu tomar conhecimento do menino.

– Ai você trouxe um amigo? Achei que você estivesse na cabana sozinha Mindy. Assim não conta - disse ela, olhando para filha.

–Eu conheci ele na estrada mãe, e a gente só viajou juntos até aqui. Ele veio conhecer o vovô. – explicou a menina

–Dave Hairo – Disse Dave, dando um passo a frente e estendendo a mão – Eu venho de Grené. É uma honra conhecer a senhora, Dra. Noah.

– O prazer é meu – Disse a Doutora – E, por favor, me chame de Susan. Eu queria lhe agradecer por cuidar de minha filha.

Ao ouvir isso Mindy parecia fuzilar a mãe com o olhar.

– O que? – Disse Dave meio confuso. – Não, não! Eu não cuidei de ninguém! Para falar a verdade foi ela que me ajudou, e muito! - Mindy olhou para Dave e ele pensou ter visto um leve sorriso no canto de sua boca quando ele disse isso. – Sabe doutora, quer dizer, Susan, sem ela eu nem sei onde eu estaria. – Dave havia pensado em falar isso somente para agradar a mãe de Mindy e ajuda-la, mas ao ouvir o que tinha dito, ele reparou que era mesmo verdade.

– Uhm, que bom – Disse a mãe de Mindy, mas ela deu meia volta e não pareceu prestar muita atenção ao que Dave havia dito.

Depois disso, eles andaram bastante, subiram outro lance de escadas e chegaram a uma porta de vidro.

– Esse é o laboratório principal do professor – Disse Susan, passando seu cartão de acesso. Com isso a porta se abriu. A única palavra que Dave conseguiu dizer foi: “Uoow!”.

A quantidade de computadores naquela sala estava além da capacidade de Dave para contar. Ele nem sabia se algumas das maquinas poderiam ser chamadas de computadores. Tinham telas de variados tamanhos, do tamanho de um porta-retrato, ou do tamanho de um armário inteiro. Alguns estavam ligados a microscópios, outros a maquinas de scanner, outros a coisas que Dave nem poderia imaginar para que serviam. Todas as maquinas estavam espalhadas por inúmeras mesas, dentro de um espaço que Dave não acreditou que coubesse dentro do prédio que ele havia visto do lado de fora. Isso é muito grande pra ser de verdade.

Um pouco a frente de onde eles estavam, uma pequena mesa, com um sofá e algumas poltronas estavam sendo ocupados por um menino, um pouco mais alto que Dave e de cabelos ruivos, e um senhor claramente bem mais velho, apesar de sua baixa estatura. Ele era completamente careca, e sua barriga tinha um formato redondo. Ele claramente gostava de comer, e não era preciso nem notar a quantidade de doces e pequenas guloseimas na mesa a sua frente para saber disso.

– Ah finalmente ela chegou! – Disse o senhor, se levantando e indo abraçar Mindy. -Como está minha pequena neta? Como passou esses dois últimos meses?

– Muito bem vovô! Eu e o charmander aprendemos muito nesse tempo. – Respondeu Mindy sufocada no abraço do avô.

– Sim, sim, fico feliz por charmander ter te ajudado querida – respondeu o Prof. Noah – Como ele está? Deixe-me vê-lo.

– Vovô, eu queria falar com você um minutinho, tem problema? – Perguntou Mindy.

– Claro que não querida, pode dizer, está tudo bem com o meu charmander?

– Sim, sim, está tudo bem vovô, mas será que podíamos conversar sozinhos em algum lugar? – Mindy parecia nervosa e ansiosa, e olhava para Dave de vez em quando, apesar dele não notar, por estar maravilhado de mais com o laboratório.

Mindy e seu avô decidiram conversar do lado de fora, e ao passar por Dave, ela sussurrou: “Me deseje sorte” e saiu com seu avô. Em um primeiro momento, Dave não entendeu o por que daquilo, mas alguns segundos depois ele percebeu que ela havia ido explicar para seu avô a situação com o charmander. Dave havia pensado que apenas lhe dando um charmander tudo estaria resolvido, mas o charmander era do Professor, e era ele quem decidia o que fazer com ele. Dave então se sentiu nervoso por sua amiga.

– Perdoe minha filha Dave. Ela nem lhe apresentou seu primo – Disse a Dra. Noah, de repente, pegando Dave de surpresa.

Assim que ela falou o menino que sentava com o Professor se levantou. Ele usava calças pretas e casaco azul marinho, quase negro também.

– Eu sou Rusty – Disse o menino, sem levantar a mão para cumprimentar Dave.

– Ãhn? Sim! Eu sou Dave Hairo, de Grené. – Disse Dave estendendo a mão para Rusty, que continuava de braços cruzados. – E esse é o Eevee.

– Ueee! – falou Eevee, sorrindo para o menino.

– Ha! Que tipo de pokemon iniciante é esse? – Disse Rusty – Um Eevee? Eu tenho pena de você Dave. Se quiser, eu posso tentar pedir para meu avo lhe dar um pokemon mais forte.

Dave arregalou os olhos e deu um passo atrás, sem entender muito bem o que Rusty tinha dito, enquanto Eevee fazia uma cara séria, entendendo que havia sido insultado. Tanto ele quanto Dave começaram a entender o porque do mau humor de Mindy ao descobrir que o primo estaria lá.

Sem obter resposta de um ainda perplexo Dave, Rusty continuou.

– Pensando bem, não sei por que estou surpreso. Só a bebezinha da minha prima para achar um amigo com um pokemon patetico desses. Há...ela nem vai poder ganhar seu primeiro pokemon.

Dave abriu a boca para defender Eevee e Mindy, mas a Dra. Noah foi mais rápida.

– Presta atenção Rusty, a Mindy não é bebezinha coisa nenhuma. Ela acaba de passar dois meses sozinha e voltou para casa muito bem. E isso já é mais do que tudo que você já fez. – O rosto da mãe de Mindy estava vermelho agora. Ela parecia ser orgulhosa. – Só porque você faz parte da família você acha que pode falar assim da minha filha? Pois saiba que ela tem a minha permissão para fazer o que ela quiser!

A Doutora então parou para recuperar o fôlego e, percebendo o que tinha dito para seu sobrinho, olhou a sua volta para garantir que Mindy não estava lá para faze-la cumprir sua promessa. Enquanto isso Rusty se recuperava da bronca inesperada que havia levado. Alguns segundos se passaram em um silencio desconfortável, onde nem Eevee tinha coragem para falar, até que, como se nada tivesse acontecido, Rusty falou de novo.

– Então Dave, o que me diz? Quer que eu peça esse favor para o meu avô?

– Não, muito obrigado – Respondeu Dave, olhando com uma cara de desafio para Rusty – Eu estou muito feliz com o Eevee, e tenho certeza que ele é mais forte que qualquer pokemon que seu avô possa me dar.

Rusty olhou incrédulo para Dave, e então deu uma risada.

– Isso ai? Mais forte? Até no campeonato de novatos você iria precisar de sorte – Disse ele.

– Eu venceria você com qualquer pokemon que seu avô possa te dar – Desafiou Dave.

Os ânimos começavam a esquentar quando a porta da sala se abriu de novo, e Mindy entrou radiante com seu charmander fora da pokebola. Só de ver isso Dave já sabia o resultado de sua conversa com seu avô.

– Eu posso ficar com o charmander! – Disse ela, ao chegar ao lado de Dave.

– Parabéns! – disse Dave – Isso é ótimo! E sua mãe também acabou de dizer que você pode fazer o que você quiser!

Ao ouvir isso a Dra. Noah arregalou os olhos em surpresa, sem acreditar no que tinha acabado de acontecer. Ela não contava que Dave fosse contar para Mindy o que havia acontecido.

Só então Mindy se lembrou de sua mãe. Ela olhou então para a Dra. Noah com os olhos brilhando, e sua mãe percebeu que a batalha estava vencida, ela não iria conseguir convencer Mindy a ficar.

– Obrigada mãe! Muito obrigada mesmo! – Ela disse abraçando sua mãe que ainda estava um pouco perplexa.

– Então você é minha nova rival, prima. – Disse Rusty olhando para Mindy e Charmander. – E você escolheu o charmander. – Rusty tentou esconder o desapontamento e a inveja quando disse isso. Ele estava planejando em escolher o charmander.

– Sabe Rusty, eu tenho outro charmander. – Disse o Prof. Noah – Mindy me deu um, para poder ficar com esse. Se você quiser você ainda pode escolher um.

– Há! Eu não quero um charmander! Eu sempre quis um Squirtle mesmo. – Disse Rusty virando o rosto.

– Desculpe Rusty, mas Chris levou o Squirtle uns dias atrás. – Explicou o Professor.

– Então só tem um Bulbasauro? – Disse Rusty parecendo revoltado. – Não tem problema – ele tentava parecer de novo confiante e superior. – Qualquer coisa é melhor que um charmander. Com exceção de um Eevee é claro. – E com isso, ele saiu da sala, dizendo que sabia muito bem onde os pokemons estavam e que iria pegar o seu bulbasauro e sairia imediatamente.

Vendo tudo acontecer, o Professor sentou em sua poltrona e pela primeira vez cumprimentou Dave.

– Olá meu rapaz. Que lindo Eevee você tem! Quem é você? – Disse ele, sorrindo para Dave.

– Meu nome é Dave Hairo, senhor. E eu venho de Grené. – Disse Dave, ou pelo menos tentou dizer, enquanto tropeçava nas palavras com o nervosismo.

– Ele é meu amigo vovô – Disse Mindy. Não foi percebido no momento, mas aquela era a primeira vez que ela havia admitido isso.

– Uhum, muito prazer Dave. Imagino que tenha vindo aqui para participar do torneio de novatos. – Disse o Professor.

– Torneio de novatos? – Disse Dave confuso. – O que é isso? Eu achei que o Rusty estava brincando.

– Não, não Dave. Os iniciantes de Cardo tem o direito de escolherem um dos meus três pokemons iniciantes, e ganhar uma poké-agenda, e 5 pokebolas. Mas eu realizo um torneio todo ano, onde os treinadores das cidades menores da região que conseguiram capturar seus primeiros pokemons podem disputar. O Vencedor ganha uma poké-agenda, e são tratados pro mim como qualquer treinador de Cardo.– Explicou o Professor. – Eles podem me mandar seus pokemons capturados e etc.

– Nossa que legal! Eu ia adorar participar! E assim eu e Eevee podemos ir treinando!

– É, e o melhor você não sabe – Disse o Prof. – O vencedor também ganha o direito de participar de uma batalha oficial com um treinador novato de Cardo. E a única treinadora que ficou aqui, é a sua amiga Mindy!


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Notas finais do capítulo

E aí? De quem vocês gostaram mais?

Espero vocês nos comentários!



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