Casamento Forçado escrita por Marie


Capítulo 6
Inimiga.


Notas iniciais do capítulo

Olá. Eu não iria postar hoje, porque o número de comentários é inaceitável com a quantidade de visualizações e leitores. Mas como logo, logo as minhas aulas começarão... decidi postar logo, mas não significa que estou satisfeita. :c

Boa leitura.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/579512/chapter/6

Por mais que eu tudo aquilo fosse uma farsa, meu coração estava batendo descontroladamente, eu estava nervosa, ansiosa e não havia motivos para aquilo. Eu só acho que não estou preparada para nada disso que está acontecendo.

Faltando apenas duas semanas para o meu aniversário de 18, eu não vou poder aproveitá-lo do jeito que eu quiser, e sim, vou ter que ser uma mulher casada sem poder fazer o que bem quer. Isso estragou tudo, mas como é pela minha mãe, então eu vou continuar.

Todos na mesa abrem um sorriso e olham para Noah esperando que ele comece a falar.

– Bem, talvez seja um pouco cedo demais para isso. Não nos conhecemos há anos, mas para mim é como se fosse. Você chegou à minha vida e mudou tudo, fez tudo virar de cabeça para baixo, mas não vou dizer que isso foi ruim, porque não foi. – ele diz olhando para mim, sorrio, afinal seria estranho se eu não tivesse “feliz” com o que ele estava falando. – Eu só queria dizer, Melissa, que você foi a melhor coisa que me aconteceu, você apareceu e fez tudo ficar melhor. Eu não quero ser seu namorado, seu amante, nada disso… - ele segura minhas mãos e me puxa para cima, para que eu fique de pé também. – Eu quero ser seu noivo, seu marido. – ele sorri, sorrio também. Logo depois coloca a mão no bolso e tira uma caixinha de anel, abrindo-a em seguida. Dentro dela tinha um anel com que não parecia ser nada barato. Rodeado de pequenas pedras de diamantes. – Melissa Castilho, casa comigo?

Olho no olho. Todos na mesa sorriam e minha mãe e a Gracie choravam. De alegria, claro. Todos esperançosos e aguardando pela minha resposta. Noah continuava sorrindo olhando para mim, eu tinha travado, eu estava sob pressão, eu sabia que deveria dizer sim, mas parecia que as palavras fugiram da minha boca. Noah arqueia a sobrancelha e eu abro a boca.

– Sim! – digo, gritando de alegria. – Claro que sim! – continuo sorrindo e abraço o Noah, ele corresponde, é claro.

Todos batem palmas e sorriem. Continuo abraçando o Noah, olho para a mesa e minha mãe chorava descontroladamente, igual à Gracie. Meu coração apertou por saber que aquilo era tudo por uma coisa falsa.

Afasto-me um pouco de Noah, mas continuamos olhando no olho do outro sorrindo. Ele leva a mão até meu rosto e leva até o meu cabelo passando os dedos entre os fios, o que me arrepiou um pouco. Ele puxa meu rosto para perto do dele, até não sobrar mais espaço entre eles.

E por fim, seus lábios tocam o meu e logo começamos um beijo, já que eu não tinha outra escolha. Noah beijava bem, muito bem. Confesso que não queria parar de beijá-lo tão rápido, então continuei, até a Gracie gritar comemorando e me separo do Noah.

Sorrimos para todos na mesa. Eles levantam para falar com a gente, a primeira é minha mãe.

– Que lindo! – ela continuava chorando. – Eu nem acredito que meu bebê vai casar. – ela abraça Noah e eu. – Eu acho bom você tomar muito cuidado com a minha menina, ela é meio durona por fora, mas por dentro é um doce. Ela tem muito amor para dar. – Noah sorri.

– Por isso que eu a amo. – ele responde a minha mãe e me encara, sorrimos.

Logo depois da minha mãe, vem a Gracie, ela começa a gritar.

– Eu não acredito que você vai ser casar. – ela pula de alegria e me abraça.

– Eu não esperava por isso. – digo, e nossa, que mentira. – Eu vou casar! – continuamos nos abraçando, até ela se separar de mim e falar com o Noah.

– E olha aqui, rapaz, eu acho bom o senhor não cometer nunca mais o que fez hoje, se por acaso ousar machucar a minha amiga, eu vou machucar você. Fique esperto. – Gracie diz ameaçando Noah, não deixamos de rir.

E assim foi, todos que estavam ali nos desejaram um ótimo casamento e que fossemos feliz. Diverti-me com as tias dele fazendo algumas piadas, e os primos dizendo que ele perdeu a vida. Já que iria casar. Ficamos vários minutos conversando com cada um ali.

[...]

Quando todos conseguiram controlar-se depois do pedido, o jantar foi servido, mas comer não impediu ninguém de continuar fazendo milhares de perguntas.

Noah e eu não comentamos nada sobre isso, até porque ninguém desgrudava da gente, mas teremos muito tempo para conversar sobre tudo. Ele apenas me olhava e sorria, ou ria. O mesmo eu fazia.

– E então? – a mãe do Noah, Amy, começa a falar. – O que pretendem fazer na lua de mel? – todos nos encaram esperando a resposta.

Eu estava distraída, mas tomo um susto – que tive que disfarçar – quando o Noah leva a mão dele até a minha coxa e ia subindo devagar, até apertar, eu queria matá-lo por estar me torturando daquele jeito. Não posso negar que aquilo me “animou”, eu estava desejando ir além daquilo, mas estávamos à mesa e com familiares ali.

Eu queria matar o Noah.

– Vamos viajar, e lá vemos o que vamos fazer. – ele me olha e sorri, pude perceber que o sorriso foi um pouco pervertido. Ele tira a mão da minha coxa e agradeço mentalmente por aquilo.

– Quando pretendem casar? Não demore anos, por favor. Eu não sei se vou. – reviro os olhos com o que a minha mãe diz, mas eu não podia negar que ela estava falando a verdade. Ela podia ir a qualquer momento, por melhor que ela estivesse, poderíamos esperar de tudo.

– Logo. Eu não quero ser do tipo que pede em casamento e demora anos parar casar. – Noah responde, apenas assinto.

– Sabe? – o eu pai chama a nossa atenção. – O aniversário da Melissa é daqui a duas semanas, poderíamos organizar tudo e quem sabe casar no dia do aniversário dela?! – todos na mesa sorriem, eu fico um pouco sem reação.

Eu havia dito ao meu pai algumas semanas antes de descobrir sobre o casamento que no meu aniversário eu iria viajar com a Gracie e o Austin, ele só pode estar fazendo isso para me provocar, não há outros motivos, ele quer me privar dos meus amigos, ou melhor, do Austin.

– Não, são muitas coisas para fazer e eu marquei de viajar com alguns amigos, não dá. – respondo e as tias do Noah lamentam.

– Pode cancelar a viagem. – meu pai diz, o encaro com raiva.

– Não, eu… - começo a falar, mas Gracie me impede.

– Melissa, acorda! – ela chama atenção de todos na mesa. – Um casamento no seu aniversário seria bem mais marcante do que uma viagem que podemos fazer qualquer dia. – a encaro com raiva também, mas ela não entenderia o porquê, então apenas abri um sorriso falso.

Meu pai estava conseguindo destruir mais ainda as coisas, era incrível como ele não queria nada do meu jeito, e ainda consegue dizer que eu serei feliz.

– O que você acha, Noah? – Peter pergunta para o filho. Noah me olha rápido, eu tanto falar que não, mas era capaz do meu pai brigar comigo se eu falasse alto.

– Se a Melissa estiver de acordo, caso até hoje ainda. – ele responde e me olha mais uma vez, as mulheres da mesa sorriem e dizem “que romântico”, a Gracie principalmente, minha mãe estava com um sorriso de orelha a orelha, eu devia estar feliz, porque todas elas estavam, mas não dava.

Sorrio para Noah, ele corresponde.

– Seria a melhor coisa que aconteceria na minha vida. – minha mãe começa a falar. – Ver a minha filha se casando no seu aniversário de dezoito, se tornando definitivamente uma mulher. – todos na mesa assentem.

– Por mim está tudo bem. – a mãe do Noah diz, todos concordam.

– E então filha? – meu pai pergunta olhando para mim.

Eu ainda estava com raiva daquela ideia, eu queria gritar com o meu pai, xingá-lo por estar fazendo tudo isso comigo, mas eu tenho que aguentar tudo isso em silêncio, já que não posso nem desabafar com os meus amigos.

– Eu tenho outra escolha? – pergunto e abro um sorriso, olho para Noah, ele sorri também.

– Então vamos nos casar. – ele diz. Todos na mesa sorriem e comemoram.

[...]

Terminamos o jantar, a empregada limpava a mesa. Meus pais e os pais do Noah haviam saído da sala de jantar e ir conversar sobre o casamento longe da gente, Gracie nos deixou e foi conversar com os primos do Noah, as tias dele haviam sumido.

Por fim, ficamos apenas o Noah e eu.

– Quer ir lá fora? – ele pergunta. Assinto e levanto-me com ele. Passamos pela cozinha, onde as empregadas lavavam tudo e saímos numa porta que dava para o quintal onde tinha uma piscina enorme com luzes que deixava boa parte do quintal azul, era bonito.

Noah segura minha mão e me leva até um dos bancos que tinham por ali, sento-me e logo depois ele. Ficamos alguns segundos em silêncio observando o nada. Até que eu decido falar.

– O que você tinha na mente quando colocou a sua mão na minha perna? – pergunto com um pouco de raiva.

Ele vira o rosto para mim e abre um sorriso que não era nada inocente.

– Foi involuntário. Não gostou? – reviro os olhos com a pergunta dele.

– Involuntário? – pergunto e bufo de raiva. – Colocar a mão na minha coxa e apertá-la me deixando excitada é involuntário? – faço mais uma pergunta.

Noah rapidamente abre mais uma vez o sorriso safado dele. Logo me dou conta de que eu assumi que ele me deixou excitada.

– Então estava excitada? – ele ri e morde os lábios. – Foi só para descontar o que você me fez quando chegamos. Acha que eu não fiquei também? – ele pergunta e se aproxima de mim, tento me afastar, mas estava em um banco e se eu fosse mais para trás, acabaria caindo. – Poderíamos dar um jeito nisso, não é? – ele pergunta com o seu sorriso.

Empurro o Noah e me conserto no banco.

– Já entendi! – digo. – Você quer fazer toda essa ceninha só para conseguir o que quer quando nos casarmos. – reviro os olhos. – Eu não caio tão fácil assim, Russel.

– Você assumiu que te deixei excitada. – ele me responde e arqueia a sobrancelha.

– Mas se tivesse mesmo efeito, eu estaria grudada no seu pescoço te beijando agora mesmo. – respondo e sorrio tirando a razão dele.

Ele se manteve em silêncio, ele sabia que eu estava certa. Tudo bem, ele me deixou mesmo excitada, eu era do tipo que qualquer toque em meus lugares mais sensíveis acabava me deixando com vontade de ir além de um simples toque. Eu me perguntava como ainda não havia rolado nada entre Austin e eu quando estávamos nos beijando, porque o Austin sabia bem onde pegar e o que fazer.

Mas mesmo assim eu nunca tive muita vontade para isso, claro que às vezes me dava uma louca vontade, mas inexplicavelmente eu conseguia me controlar.

– Falando em beijo… - Noah abre a boca novamente. Reviro os olhos, porque eu sabia que ele iria provocar de novo. – Até que você não beija tão mal. – ele diz, sorrindo.

– Eu sei! – respondo.

– Vamos nos beijar novamente? – Noah pergunta e eu dou risada.

– Por que nos beijaríamos? – pergunto e continuo rindo. Ele franze o cenho me encarando, mas depois volta ao normal.

– Porque seus pais e os meus pais estão lá atrás vindo para cá, então como isso tem que ser o mais real possível para a sua mãe e a sua amiga que não paravam de chorar, devemos nos beijar. – reviro mais uma vez os olhos com a resposta do Noah.

– Essa é a sua desculpa para me beijar? – pergunto.

– Sim! – ele responde e antes que eu pudesse evitar, ele segura meu rosto e leva até o seu, tocando os nossos lábios e começando um beijo nada calmo.

Posso dizer que gosto do beijo do Noah, segunda vez que nos beijamos e o beijo dele não é nada mal. Eu sabia o que ele queria com todas aquelas provocações que ele começou a fazer, eu consigo me controlar, mas não sei até quando vou conseguir. Eu não sinto nada pelo Noah, mas isso não impediria.

Paramos de nos beijar quando ouvimos um pigarreio, separo o Noah e olho para trás. Os nossos pais, junto com a Gracie, estavam lá.

– Desculpem-nos por atrapalhar os pombinhos, mas viemos avisar que já vamos. – Gracie diz. Levanto-me e fico de frente para eles, Noah se levanta também.

– Ah, sim. Vamos. – digo.

– Já vão? – Noah pergunta.

– Sim, nós vamos, mas a Melissa poderia ficar, não é filha? – minha mãe diz e olha para mim, ela carregava um sorriso. Franzo o cenho.

– Ah, não. – respondo. – Não é preciso. – digo por fim.

– É claro que é, você acabou de ser pedida em casamento, nada mais justo passar a noite com o seu noivo. – minha mãe completa. Noah e eu trocamos olhares rápido, ele não havia dito nada.

– Não, amanhã a gente se vê. – continuo tentando evitar aquilo. – Além do mais eu nem trouxe roupa, nem escova de dente. Seria horrível acordar com mau hálito, não é? – essa foi à desculpa mais idiota que já dei em minha vida.

Se minha mãe pensa que eu queria dormir aqui, ela estava muito enganada, tudo isso por culpa do Noah que decidiu dar uma de super romântico e agora minha mãe o ama, acho que ela está até preferindo o Noah ao Austin.

– Fala sério, Melissa. – Gracie entra na conversa. – Você acabou de ser pedida em casamento – ela dá ênfase no “casamento”. – Nada mais justo passar a noite juntos para comemorar. – todos olham para Gracie com o cenho franzido. – Ah… não comemorar desse jeito… é… Ah, tanto faz. – nossos pais e o Noah riem dela.

– Eu devo ter alguma roupa que dê em você e sempre temos escovas extras. Pode ficar se quiser. – Amy diz.

– Por tanto que o rapaz tenha juízo, não vejo mal algum. – meu pai diz, o pai do Noah ri.

– Gente, não é… - tento falar, mas me impedem.

– O que você acha, Noah? – a minha mãe pergunta.

Noah me olha mais uma vez, era sempre assim quando faziam alguma pergunta sobre mim, até parece que vou dar a resposta por telepatia. Noah é idiota.

– Se ela quiser, não vejo nenhum problema. – ele responde sorrindo.

Nesse momento, eu estou matando o Noah mentalmente.

[...]

E aqui estou eu, sentada na cama do Noah depois de desistir de convencer todo mundo que era melhor dormir em casa do que com o meu noivo. Meu pai fez algumas gracinhas dizendo para o Noah ter juízo e minha mãe comigo. O pai do Noah disse para o filho aproveitar, e a Gracie incentivando. Eu não mereço isso.

Noah estava tomando banho no banheiro do quarto dele, que por acaso era enorme. Uma verdadeira suíte. Na verdade, a casa toda era muito bonita, Peter Russel sabia muito bem investir.

Eu estava esperando a Amy trazer as roupas para que eu pudesse me arrumar para dormir. Não tinha nada para fazer, então continuei sentada na cama esperando o Noah, ou a mãe dele aparecer.

O primeiro é o Noah, ele sai do banheiro com uma toalha presa na cintura e outra enxugando o cabelo. Eu não deveria, mas eu apreciei muito aquela vista, Noah tinha um porte físico extremamente tentador.

– Minha mãe já trouxe a sua roupa? – ele pergunta se aproximando de mim, saio do transe.

– Não! – respondo e olho para qualquer lugar, menos para aquela tentação.

– Se quiser pode ir logo tomar seu banho, eu te dou a roupa quando ela trouxer. – Noah sugere, mas antes que eu pudesse responder, ouvimos uma batida na porta, ele vai até lá abrir e a mãe dele entra no quarto.

– Espero não estar atrapalhando nada. – ela diz quando entra e vem em minha direção. – Aqui está a sua roupa e a sua exigida escova de dente. – ela diz segurando a escova e depois me entregando. – dou risada.

– Obrigada, Amy! – digo e sorrio.

– Por nada, querida. – ela diz e dá as costas parando na frente do Noah. – Juízo. – ela sai do quarto.

Noah segue a mãe até a porta, assim que ela sai, ele a fecha e tranca. Ele se vira de volta para mim, o encaro com a sobrancelha arqueada.

– Pra que trancar? – pergunto.

– Segurança. – ele sorri. Reviro os olhos. Levanto-me e vou até o banheiro carregando as coisas que a Amy havia me dado.

Tomo um banho rápido, até porque eu não tinha motivos para caprichar. Passo um creme de pele que tinha no armário do banheiro e pego a roupa.

– Não pode ser! – falo quando vejo a roupa que a Amy me deu.

Era uma camisola super, hipercurta e ainda por cima com um decote enorme. Ela só pode estar querendo me deixar constrangida. Está claro que pode ficar curta porque sou um pouco mais alta que ela, mas eu não quero ficar na frente do Noah parecendo uma oferecida.

Depois de alguns minutos que vesti a camisola e pensando se dormir no banheiro não seria tão ruim, concluo que seria péssimo e decido ir pro quarto. Abro a porta e já vejo o Noah deitado na cama, enrolado da cintura para baixo com os braços em baixo da cabeça, assistindo algo na TV, mas assim que ouviu a porta sendo aberta olhou diretamente para ela, ou melhor, para mim.

De todas as vezes que o Noah me olhou com certa malicia nada se compara como ele estava me olhando naquele momento. Era como se eu pudesse ler todos os pensamentos deles enquanto ele me olhava, e posso garantir que nenhum deles era inocente.

Ando devagar até a cama e sinto os olhos do Noah me seguindo. Eu devia estar vermelha como um tomate. Nunca me expus assim na frente de nenhum homem, eu estava me sentindo nua.

Coloco a minha roupa dobrada em cima de uma pequena poltrona que tinha no quarto e sento-me à cama.

– Você não pode dormir no sofá? – pergunto e Noah ri alto.

– Você está na minha casa. – sinto-o levantar na cama. – No meu quarto. – ele estava se aproximando de mim. – Na minha cama. – ele toca meus braços e aproxima sua boca do meu pescoço e dá um beijo. Arrepiei-me por inteira. – Então se tem alguém que deveria dormir em outro lugar é você. – ele se joga para trás e cai na cama novamente.

Viro-me para trás e vejo que ele estava apenas de cueca, tentei não olhar muito, mas chamava atenção.

– Gostou? – ele pergunta e ri. – Pode tocar se quiser. – reviro os olhos e jogo o travesseiro nele.

– Cala a boca, seu idiota. – digo e coloco minhas pernas em cima da cama puxando o lençol para enrolá-las. – Como eu não tenho outra escolha. – pego o travesseiro que joguei no Noah e deito me enrolando dos pés ao pescoço. – Não ouse me tocar. – viro-me de costas para ele.

– Esqueceu-se de que estamos embaixo no mesmo lençol? – ele pergunta e coloca a mão na minha coxa, mas logo tira.

– Vai se ferrar, Noah. – bato o meu pé em algum lugar nele, não sei qual, só sei que bati.

Ele não diz nada, mas eu também não queria ouvir, apenas fecho os olhos e durmo.

[...]

Acordo com a claridade da janela me impedindo de conseguir dormir. Como não tinha outra escolha levanto e sento na cama. Noah estava mexendo em algo no guarda-roupa, ele continuava de cueca.

– Eu estou com fome. – digo e ele vira me olhando.

– Bom dia para você também! – ele responde. Não digo nada. – O café já vai ser servido, vai querer descer de camisola? – ele ri. – Mas sabe, não seria uma má ideia.

– Cala a boca! – digo pego a minha roupa que estava do lado da cama e vou para o banheiro o mais rápido que posso para impedir mais piadinhas do Noah.

Saio depois de poucos minutos e o Noah já estava vestido, agradeço por isso.

– Vamos descer? – ele pergunta.

– Sim. – respondo.

Ele vai à frente e eu logo atrás seguindo. Chegamos à mesa e os pais deles já estavam sentados esperando pelo café.

– Bom dia! – eu e o Noah desejamos e eles respondem.

– Como passaram à noite? – Peter pergunta, e eu pude ver um pouco de malicia.

– Bem. – Noah responde.

– Nada demais? – ele continua tentando arrancar algo de nós.

– Não. – dessa vez eu respondo.

Ele arqueia a sobrancelha e nos encara, mas não dizemos nada, então ele desiste. Amy estava nos observando.

– Eles não precisam fingir agora. – Amy diz, tomando a nossa atenção.

– O quê? – Peter pergunta.

– Não seja idiota, Peter. A mãe dela e nem o resto das pessoas estão aqui. Eles não precisam fingir que se amam. – Amy responde e revira os olhos.

E pelo jeito ela não gosta nada disso que está acontecendo, temos algo em comum.

– Sim, mas eles vão passar anos juntos. Tem que ter pelo menos uma relação saudável. – Peter responde.

– Sem brigas, por favor. – Noah pede. Continuo em silêncio, até porque eu não tinha nada para dizer.

– Brigas? – Amy pergunta. – Não. Eu só não aceito que o seu pai fez esse maldito contrato comprometendo a sua vida.

– Mas eu só vou casar. – Noah diz.

Aquilo estava muito estranho. Ontem à noite ela não parecia se incomodar com nada relacionado a esse contrato, mas pelo jeito ela não gostava disso, e é uma ótima atriz para fingir tão bem.

– Só? – ela grita. – Você vai perder muita coisa, além de que a gente terá que sustentar a família dessa… - ela para de falar e me encara. – dessa garota.

– Amy, tudo já foi resolvido, não adianta chorar pelo leite derramado. Vamos comer. – Peter diz tentando acalmar a esposa e impedir uma discussão. – Melissa, você pode avisar na cozinha que já podem servir? – ele pede.

– Sim! – levanto-me e vou em direção à cozinha.

– Eu vou também. – ouço Amy falar e ela me segue. – Vocês já podem servir o café. – ela fala quando chegamos à cozinha.

Como ela já havia avisado, eu dou as costas para sair de lá, mas ela me impede.

– Você fica. – a ouço falar.

– Sim?! – pergunto quando me viro de volta para ela.

Ela se aproxima com o dedo apontado para mim.

– Se pensa que vai se aproveitar desse contrato para iludir o meu filho, abusar da bondade dele, você se engana. Você deve ser como o seu pai, aceitou isso por quê? Pelo dinheiro.

– Eu não aceitei nada, estou sendo obrigada. – defendo-me e franzo o cenho.

Ela estava me acusando de algo em que eu era vítima.

– Ah. – Amy ri. – Com milhões em jogo e você está sendo obrigada? Pensa que eu sou idiota? Eu sei que você está se aproveitando de tudo isso, só porque é uma pobretona e não tem dinheiro nem para pagar o tratamento da mãe. Coitada, nem sabe que a filha é uma vadia que está se aproveitando do dinheiro de um casamento falso. – afasto-me de Amy.

– Eu sou a vítima disso aqui. Eu não quero iludir o seu filho, muito menos abusar da bondade e dinheiro dele. Pense o que quiser de mim, Amy. Mas eu não sou nada disso. Se pudesse, eu nem teria conhecido nenhum de vocês.

Começo a enfrentá-la, eu tinha que me defender. Ela devia me odiar por algo que eu nem queria que acontecesse.

– Isso seria um sonho. – ela se aproxima de novo. – Esse casamento não vai durar, Melissa.

– Esse seria o meu sonho. – digo e dou as costas saindo da cozinha.

Eu não esperava isso da Amy, eu sabia que ela estava ciente sobre o contrato, mas não que ela acharia que eu que estou envolvida por interesse. Eu nunca tive e não terei nenhum interesse no dinheiro do Noah, mas pelo jeito, acabei de ganhar uma inimiga por esse motivo.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Então, eu não quero ser chata com vocês nem nada.
Mas gente, ter mais de 80 visualizações e tipo, 2/3 comentários é desanimador, porque eu penso que a pessoa nem gostou do capítulo e não quer comentar comigo. Eu não quero ser a do tipo que posta de mês em mês ou pior que isso, mas vocês tem que colaborar, por favor. Eu nem estou mais animada com a fic do jeito que eu estava quando comecei, nem sei se os capítulos tão ficando bons.
Agradeço aos que comentam sempre, vocês são um amores. Mas outras também podem aparecerem.
Espero que apareçam, comentem o que acharam e o que quiserem. Até mais.



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Casamento Forçado" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.