Três dias se passaram desde que dormi na casa do Noah. As organizações para o casamento já haviam começado. Minha mãe estava superanimada com tudo que estava acontecendo, já eu não tinha motivos para ficar feliz, mas continuava fingindo, não tinha outra opção. Noah vinha em minha casa quase todos os dias para conversarmos, posso afirmar que nos conhecemos mais e ele é um bom rapaz, mas continuava sendo também um idiota.

Estávamos no meu quarto conversando sobre algumas coisas da festa, ele havia passado aqui apenas para entregar alguns convites para minha mãe entregar para as amigas dela, mas Lauren acabou insistindo muito para ele ficar para o jantar.

E aqui estávamos nós, esperando o jantar ficar pronto.

– E o que você acha sobre despedida de solteiro? – Noah pergunta.

Ele estava sentado na cadeira de frente para a minha cama, enquanto eu estava deitada na mesma.

– Por tanto que eu chegue ao apartamento e não tenha camisinhas e lingeries espalhados por lá… faça o que quiser. – dou de ombros. Noah ri.

– Você parece tão de boa com tudo isso. – ele diz.

Tiro os meus olhos da revista e observo o Noah.

– Isso o quê? – pergunto. Ele arqueia a sobrancelha e me encara. – Existem tantas coisas agora.

– Tudo isso, Melissa. – ele responde. – O casamento, estar perdendo a sua liberdade e ter que ficar dois anos com uma pessoa que nem se quer ama. – ele responde. O que me surpreende, já que para mim, ele nem se importava muito, portanto que recebesse o dinheiro.

– Isso se chama atuação. – respondo. – Até hoje eu estou com raiva do meu pai por estar me obrigando a casar com você. – concluo.

– Eu não sou tão mau assim. – ele responde e eu dou risada revirando os olhos.

– Não é isso. É como você disse, eu vou perder a minha liberdade, porque querendo ou não, eu estarei casada. – respondo-o. – E ainda por cima com alguém que nem amo.

Estávamos aos poucos começando a nos dar bem. Não havíamos nos beijado nem nada durante esses três dias. Claro que em algumas situações quase aconteceu, mas como não tinha ninguém para ser enganado com o “romance”, eu evitava o beijo.

– Podemos ser amigos e ter uma relação aberta. – ele sugere. Franzo o cenho.

– Você acha mesmo que eu quero ter uma relação aberta? – reviro os olhos. – Noah, esse casamento só é falso para você, eu, seus pais e o meu pai. Se alguém te vê com outra mulher não será bom. Eu não quero ficar conhecida como a namorada do Noah Russel que é traída todas as noites.

Nem acredito que ele sugeriu isso. Eu sei que isso não é verdade, mas quero pelo menos um pouco de respeito da parte do Noah. Não quero dormir com o homem que antes de chegar à nossa casa transou com várias mulheres.

– Você nem se quer sente desejo por mim. – ele começa a falar. Aquilo não era totalmente verdade, eu achava o Noah muito bonito, não posso mentir que às vezes ele me despertava certa “curiosidade”. – Como vou dormir todas as noites na mesma cama que uma mulher que nem se quer posso tocar? – ele pergunta sério.

Ele vivia insistindo falar sobre isso. Eu já tinha cansado de falar sobre, mas ele sempre tocava no assunto.

– Noah, eu já te disse que se você conseguir fazer cada coisa no seu tempo certo, você consegue chegar onde quer. Só tem que ter paciência. – respondo.

– Eu sei, mas… - ele começa a falar, mas o interrompo.

– Se você ainda quer a sua liberdade, por que não desiste desse casamento? – pergunto. – Se não quer, por que está nesse jogo?

– Nessa altura do campeonato não dá para desistir de mais nada. Eu estou nisso porque vou ser bem gratificado por tudo, mas eu não estou somente pelo dinheiro. – ele responde. – Posso ter uma boa experiência. – Noah completa e sorri.

Não respondo. Ele tinha razão, poderíamos nos dar bem e ter boas histórias para contar.

Minha mãe bate na porta do quarto e logo em seguida entra.

– O jantar já está pronto. – ela diz e sorri para nós dois.

– Já vamos descer. – respondo e a minha mãe sai nos deixando sozinhos novamente. – Vai adorar a comida da minha mãe. – digo quando levanto da cama e puxo o Noah para sairmos do quarto.

– Espero que sim. – ele responde enquanto íamos para a mesa. Quando estávamos quase perto, Noah me abraça e assim vamos até lá.

– Que lindos! – a minha mãe diz quando nos vê.

A minha mãe havia se apaixonado pelo Noah. Ela vivia perguntando sobre como ele era comigo, o que fazíamos e que ele era a pessoa certa para mim. Ela estava mais ansiosa para o casamento do que eu. Noah conversava com ela sempre que vinha aqui e como sempre, contava falsas histórias sobre nós.

Sentamos à mesa e começamos a fazer o nosso prato.

– Ansiosos para semana que vem? – o meu pai pergunta.

– Feliz. – Noah responde.

– Um pouco. – também respondo.

– Eu ainda nem acredito que a meu bebê vai casar no dia do aniversário dela. – minha mãe diz toda feliz. Eu e o Noah sorrimos para ela e depois um para o outro.

Conversa vai e conversa vem, terminamos o jantar um pouco mais tarde, já que meus pais nos enchiam de pergunta.

[...]

Tom e Lauren haviam subido para o quarto deixando apenas Noah e eu na sala assistindo TV.

– Seus pais são bem legais. – Noah diz e ri no final.

– Ah, claro. Porque ser coberto de perguntas de pais é superlegal. – respondo e ele ri mais uma vez. Noah estava sentado no sofá, enquanto eu estava deitada com as pernas por cima da deles.

– Eu acho que já vou, a comida da sua mãe me encheu e preciso dormir. – ele diz, tiro as minhas pernas de cima das dele e sento-me.

– Tudo bem. – digo e levanto do sofá levando Noah até a porta, ele sai e fica de frente para mim. – Até mais.

– Até. – Noah responde e se aproxima de mim dando um beijo na minha bochecha. Ele faz toda uma cena quando vai se afastar de mim. Ao invés de se separar de vez, deixou o seu rosto bem próximo do meu e ficamos trocando olhares. – Eu não acredito que vou me casar. – ele diz.

– Eu não acredito que vou me casar com você. – continuo. Ele olha rapidamente para a minha boca e depois para meus olhos.

– Eu quero te beijar. – ele diz.

– Querer não é poder. – digo, em seguida empurro o Noah e dou risada, ele ri também.

– Boa noite! – ouvimos. Noah se vira e eu olho para frente. Austin estava lá. – Espero que eu não esteja atrapalhando nada. – Austin diz.

– Não está. – respondo.

– Então você é o Noah… namorado e agora noivo da Melissa. – Austin fala se aproximando de nós.

– Sim. – Noah responde. – E você é? – ele pergunta.

Eu nunca havia contado nada sobre o Austin para o Noah, até porque eu acho que não era exatamente preciso apresentá-lo. Como eu faria isso?

“Noah, esse é o Austin, um amigo que eu ficava muito antes de você aparecer e eu ser obrigada a me casar”.

“Noah, esse é o Austin, o meu ex… amigo que eu costumava beijar muito”.

Mas no caso, eu já havia falado sobre o Noah para o Austin, e como eu não tinha outra escolha, tive que contar sobre o casamento também.

– Noah, esse é o Austin, um amigo meu. – respondo pelo Austin. Noah apenas diz “Ah” e assente.

– Prazer. – Noah diz.

– Eu vim falar com a Melissa. – Austin diz, aproximando-se de nós.

– Hm. – é o que o Noah diz.

– Noah já vai embora, pode entrar. – digo e Austin anda até onde eu estava, ele fica do meu lado e o Noah de frente para mim.

– Até amanhã. – Noah se aproxima e dá um beijo rápido nos meus lábios. Fui pega de surpresa, até porque eu não esperava por isso, já tínhamos nos despedidos. Depois ele dá as costas e vai embora.

Fiquei com um pouco de vergonha, já que o Austin não estava muito bem com tudo que estava acontecendo. Ele ainda não tinha aceitado que eu iria me casar, e ainda mais com uma pessoa que eu namorava tinha pouco tempo e que já havia “me traído”.

Austin ficou sem falar comigo quando eu contei sobre o casamento, mas ele viu que não tinha como impedir nada e voltou.

Eu odiava isso, estava deixando a nossa relação muito ruim.

[...]

Chego à casa da Gracie depois que pedi ao Noah para me levar até lá. Depois do café da manhã nada agradável na casa dele pedi para ir embora. Despedi-me do pai dele e quanto à mãe, não fiz questão de dar tchau.

Ainda estávamos no carro, ele estava parado na frente da casa.

– Obrigada! – digo e abro a porta para sair.

– Por nada! – Noah responde e vai embora.

Eu não havia contado sobre o que a mãe dele tinha me falado, acho que no momento não é necessário, mas se ela fizer algo mais sério do que apenas agressão verbal… eu não vou ficar calada.

Bato à porta e espero alguém atender, para a minha felicidade a Gracie atende, porque eu ainda não estava preparada para ver o Austin e contar sobre o casamento.

– Oi! – digo. Ela sorri.

– Oi? – ela pergunta e ri. – Você vai se casar com um cara gato, você devia chegar aqui pulando de felicidade abraçando todo mundo. Você é tão insensível. – Gracie completa e eu dou risada.

– Eu estou feliz, só não gosto de ficar pulando por aí gritando. – respondo. – Eu vim te ver e tentar falar com o Austin.

– Entra! – ela dá passagem e eu entro.

Vamos até a sala de estar e sentamos no sofá que tinha lá. Eu ainda estava pensando em como começar a falar com o Austin, porque eu sabia que ele não aceitaria tão fácil, se é que ele aceitaria.

– Ele não está aqui agora, então você pode ir se preparando para quando ele chegar. – Gracie diz. – E por enquanto, pode me contar tudo que aconteceu ontem. – ela abre um sorriso enorme. Correspondo o sorriso dela.

– Foi legal. Eu não esperava aquilo. – digo e ela franze o cenho.

– Só isso? – Gracie dá um tapa no meu braço. – Você foi pedida em casamento pelo homem mais lindo que eu já vi, ele disse coisas lindas sobre você e ainda te pediu em casamento na frente da família toda. Ele quer algo sério. E você só me diz que foi legal?! – Gracie diz tudo como se estivesse brigando comigo.

– Sim! Foi lindo, ele é lindo, eu estou muito feliz, eu nem acredito que vou me casar com o Noah Russel, como eu não acordei para isso antes? Ele me ama e eu o amo. Uau. Eu vou me casar. – falo tudo muito rápido e no final dou um grito de alegria.

Gracie grita também e nos abraçamos.

– Era disso que eu estava falando! – ela grita. – Eu estou tão feliz por você. – sorrio. – Só não entendo porque ele quer casar tão cedo assim, ele deve mesmo te amar. – assinto.

Gracie ficou longos minutos elogiando o Noah, dizendo que queria ser pedida em casamento do mesmo jeito entre muitas outras coisas.

– Ah, falando em você ter dormido lá… - ela diz e abre um sorriso safado. – Conte-me tudo o que rolou. Ele manda bem?

– O quê? – pergunto.

– Não se faça de inocente. Com um homem daquele eu aposto que você não se segurou. – ela arqueia a sobrancelha.

– É aí que você se engana, eu me seguro sim. – respondo e ela me encara com certa raiva.

– Fala sério, Melissa. Como você consegue não transar com aquele homem? Ele é muito, muito lindo e tem um corpo tão... – ela abre um sorriso e se distrai como se estivesse vendo o Noah na frente dela.

– Oi, eu estou aqui. – digo e ela sai do transe.

– Desculpe-me. É que não tem como não ter fantasias com ele. – Gracie era mesmo muito louca.

***

Passou quase duas horas e o Austin ainda não havia chegado, Gracie disse que ele não tinha dormido em casa. Assistimos a um filme, comemos pipoca e continuamos conversando sobre o casamento. Vestido. Ternos. Padrinhos e madrinhas e muitas outras coisas.

Austin chega assim que o filme acaba. Ele entra e assim que passa pela porta da sala, Gracie o chama. Ele estava com a aparência de que tinha acabado de acordar, seu rosto estava inchado e seu cabelo um pouco bagunçado.

– Onde você estava? – Gracie pergunta. Ele vem até nós.

– Eu dormi na casa do Drake, fomos a uma festa ontem e acabei de acordar. – ele responde e olha para mim. – Oi Melissa. – aceno para ele.

– O Drake estava em uma festa ontem? – Gracie pergunta com um pouco de raiva. – Ele tem que me dar uma boa explicação. Conversem aí. – ela levanta e vai para o andar de cima.

Austin anda até o sofá onde eu estava e senta ao meu lado. Ele coloca a mão na cabeça e reclama de dor, pelo jeito ele bebeu e não foi pouco.

– Eu preciso conversar com você. – digo. – Mas parece que ainda está um pouco bêbado. – ele olha pra mim e nega balançando a cabeça.

– Eu não estou. A dor de cabeça é só resultado de tudo que fiz ontem. – ele responde. – Ah, eu comprei algumas coisas para a viagem. Inclusive uma coisa para você.

Agora sim vai ficar mais difícil de contar. Ele já estava se organizando para a viagem. Eu odeio que esse casamento de um jeito, ou de outro envolva o Austin. Ele é meu amigo, mas gostamos um do outro mais do que apenas como amigos, e isso teve que acabar e vai acabar definitivamente agora.

– É sobre isso que eu quero falar. – respondo e ele franze o cenho.

– O que é? – ele pergunta, mas responde a si mesmo. – Vai dizer que o seu namorado não te deixou ir? – mais ou menos isso.

– Não! – respondo. – Bem, é mais ou menos, eu não vou poder ir pelo o que ele fez. – Austin resmunga.

– O que é? Vai deixar de viajar com os seus amigos só porque o seu namorado não deixa? Ele é mais importante agora? – Austin pergunta com um pouco de raiva.

– Não, Austin. Eu tenho outra coisa marcada para o dia, eu queria viajar, mas fui pega de surpresa e acabamos marcando para o meu aniversário. – respondo e ele faz cara de quem estava confuso.

– Fala logo, Melissa. – ele pede.

– Eu não quero que fique bravo, quero que fique feliz por mim, pode ser uma nova fase da minha vida que dê super bem e eu preciso de novas experiências. - começo a falar. Ele não diz nada, só fica esperando. – Austin, ontem no jantar com a minha família e a família do Noah, ele me pediu… - Austin fica sério e se afasta um pouco. – Ele me pediu em casamento e eu aceitei.

Agora, com certeza, está tudo acabado entre nós. Não teremos mais nada e o nosso “caso” está destruído.

– Você… o quê? – ele pergunta e levanta do sofá. – Você vai casar com o Noah? – ele grita. – Você vai se casar com o cara que você mal começou a namorar e ainda por cima te traiu? – ele continua gritando. Levanto-me do sofá.

– Eu sei. Mas já nos desculpamos por aquilo, ele teve os motivos dele. Eu sei, foi idiota. Mas ele conseguiu a confiança de todos e a minha também. Eu acredito nele e ele quer me fazer bem.

– Te traindo? – ele pergunta. Austin suspira com certa raiva e se afasta de mim. – É isso que você quer para a sua vida? Casar tão cedo? – ele grita.

– Austin, eu sei que você gosta de mim, eu também gosto de você. Mas assim como você arranjou namorada um dia, eu arranjei um agora. Ele quer uma coisa séria, eu não vou saber se isso dará certo se eu não tentar, eu tenho que me arriscar às vezes. E eu estou arriscando. Eu quero me casar com o Noah, eu também gosto dele. Eu sinto muito por ter que acabar desse jeito o que nós tínhamos. Se é que nós tínhamos alguma coisa séria, eu vou me casar. – respondo aumentando a voz também.

Austin continua me fitando com raiva estampada no seu rosto. Por mais que o que eu disse sobre o Noah seja mentira, eu preciso enfrentar o Austin também. Ele não mandava em mim ou em quem eu podia namorar ou não. Eu gostava dele, mas às vezes ele passava do limite e achava que era meu dono, sendo que nunca teve coragem de me pedir em namoro, ficávamos só em beijos e não passava disso.

Eu também fiquei com raiva quando ele começou a namorar, e agora ele tem que aguentar o que eu aguentei, mas dessa vez com um casamento.

– Tudo bem então, Melissa. – Austin diz um pouco mais alto depois de alguns minutos. – Case-se com o Noah, mas que eu não seja a primeira pessoa que você correrá atrás depois de alguma decepção.

[...]

E assim eu contei para ele sobre o casamento. A “aceitação” do Austin veio depois de um dia, ele não aceitou completamente, mas viu que não podia fazer nada. Então, ele voltou a falar comigo e me pediu desculpas pela confusão.

– Vamos entrar! – digo quando o Noah já tinha ido embora. Austin me segue para dentro de casa. – O que veio fazer aqui uma hora dessas? Já são quase onze da noite. – digo enquanto subo as escadas para ir pro meu quarto, como o dos meus pais eram no andar de baixo e a conversa poderia acordá-los.

– Eu estava na casa do Drake e como é caminho de volta decidi passar aqui. – ele responde quando entramos no quarto.

Fecho a porta e vou sentar na cama, ele senta na cadeira e fica de frente para mim.

– Então aquele é o seu noivo. – Austin fala. – Ele parece ser legal. – dou risada.

– Você é tão falso. – digo e ele ri também. – Mas o que você realmente veio fazer aqui? – ele me fita por alguns segundos e sai da cadeira sentando ao meu lado na cama.

Trocamos olhares por alguns segundos até que ele decide começar a falar.

– Você pode me chamar de louco, pode me bater depois do que eu vou fazer, mas eu preciso fazer isso. – ele se aproxima de mim, franzo o cenho e me afasto um pouco.

– Austin, não. – digo, mas ele continua se aproximando.

– Melissa, você vai se casar e eu não vou mais poder fazer nada. Não vai ser fácil te ver e te abraçar e depois fingir que eu não me importo em te ver com o Noah. - Austin responde.

Acabo encostando-me à cabeceira da cama, não tinha mais como se afastar. Ele se aproxima o máximo que pôde. Estávamos a milímetros de distância.

– Me desculpa Mel. Mas eu não vou para casa sem conseguir o quê eu vim buscar, temos que ter isso pelo menos pela última vez. – ele diz por fim.

Austin leva a sua mão até o meu rosto e depois passa os dedos entre os fios do meu cabelo dando uma leve puxada. Posso dizer que aquilo me “acendeu” um pouco.

Ele aproximou nossas bocas e sem mais delongas, me beijou.

Eu sei, eu estava errada em deixar o Austin me beijar, eu sabia que eu estava noiva. Mas não posso mentir que também sentirei falta do beijo do Austin.

Chego mais para frente e Austin joga meu corpo para trás, deitando-me na cama e ficando por cima de mim. O beijo era calmo, mas cheio de desejo.

Eu poderia parar, eu devia parar, mas como ele mesmo disse, essa pode ser a nossa última vez.