Casamento Forçado escrita por Marie


Capítulo 5
Pedido especial.


Notas iniciais do capítulo

Olá! Desculpem-me pela demora, mas eu estava (e estou) viajando, e apesar de ter acesso à internet, eu não tive tempo para escrever/postar.
E também, gente, eu sei que é chato, mas já tenho uma boa quantidade de leitores e o número de reviews pode aumentar, por favor, amiguinhos, não sejam fantasma.

Espero que gostem e deixem opiniões.

Boa leitura.



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Aquela cena não me agradou nem um pouco. Até porque iríamos nos casar, por mais que eu não sentisse nada pelo Noah, eu não gostei de vê-lo quase sem roupas com uma mulher na cama.

Iríamos nos casar, e por mais falso que isso fosse, ele tinha que ter ao menos respeito por mim.

Noah levanta da cama rapidamente, ele estava apenas de calça, que já estava desabotoada, enquanto a mulher em sua cama que eu nunca tinha visto na minha vida, estava apenas de lingerie.

Ele me olhava surpreso e talvez um pouco assustado. Olho para Gracie que estava perplexa com a cena, ainda mais depois de que eu contei tudo para ela.

– Melissa, e-eu posso te explicar. – Noah diz gaguejando. Abro um sorriso falso.

– Que bom! – respondo. – Teremos muitos dias para isso. Eu vim pegar a minha bolsa. – digo por fim e olho mais uma vez para a mulher na cama do Noah, ela havia colocado o lençol na frente do seu corpo. Dou as costas e puxo Gracie para fora do quarto, comigo, ela ainda não havia dito nada.

– Melissa, por favor. – ouço Noah falar, ele vinha atrás de mim. Procuro a minha bolsa pela sala e assim que acho vou para a porta pra sair logo daquele apartamento. – Espera.

Ele me puxa de volta para dentro e eu puxo a Gracie. Ele olha nos meus olhos, sua mão estava fria, ele parecia estar preocupado e confuso, mas tinha motivos.

– Eu posso te contar tudo, eu… - interrompo o Noah antes que ele começasse a falar as suas desculpas.

– Noah, nós conversaremos sobre isso depois. – digo e respiro fundo. - Vamos Gracie. – digo, e tento puxá-la para fora do apartamento, mas ela volta. Olho para trás e vejo o que ela iria aprontar.

Ela entra e fica de frente para o Noah.

– Você é um vagabundo. – ela grita e depois dá um tapa no rosto do Noah. Ele coloca a mão sobre o rosto e reclama da dor. – Nunca faça isso com nenhuma amiga minha. – Gracie diz por fim e sai do apartamento, me deu uma vontade louca de rir, mas me controlei. – Que idiota! – Gracie diz enquanto me puxava para o elevador.

Bem, se o Noah irá se arrepender depois, eu não sei. Mas depois que nós oficialmente estivermos casados, eu espero não ver mais isso.

Eu poderia ter conversado com o Noah no apartamento, mas poderíamos soltar ao sobre o falso casamento e a Gracie não pode ficar sabendo sobre nada disso, por tanto, preferi deixar esse assunto para depois.

Eu entendia, era difícil para ele também, assim como está sendo para mim. Mas ele resolvia essas coisas de um jeito diferente do meu.

– Você está bem? – Gracie pergunta enquanto estávamos no elevador.

– Sim. – respondo. Eu estava bem, só não gostei do que eu vi, mas nada que eu não supere.

– Ele é um idiota! – ela grita. – Nem acredito que fiquei ansiosa para conhecê-lo, achei que ele era um homem direito e pelo jeito que você falou, ele parecia ser romântico. Eu odeio esse Noah. – dou risada da Gracie. – E por que você ri? – ela pergunta com raiva. – Você acaba de ver o seu namorado na cama com outra mulher.

– Tudo se resolverá Gracie. Fique tranquila. Ele é mesmo um idiota, mas eu resolvo com ele depois. – respondo. Ela semicerra os olhos e me encara. – O que é? – franzo o cenho.

– Nada, só é estranho eu estar com mais raiva disso do que você.

Como eu queria contar tudo agora. Até porque a Gracie era do tipo que nunca perdoava uma traição, então ela provavelmente ficará com raiva de mim depois que eu “perdoar” o Noah. Mas eu não tinha outra escolha, o que ele faz ou deixa de fazer com outras mulheres não irá acabar com esse maldito casamento. Eu iria descobrir o que tinha por trás desse contrato, e vou acabar com tudo isso.

[...]

Fomos para casa andando dessa vez, era um pouco longe, mas tivemos muito que conversar. Gracie, apesar de estar com raiva do Noah, disse que ele era muito bonito e que tinha um corpo muito desejável. Isso eu não podia negar, o Noah era mesmo muito bonito, mas como a Gracie disse, o que ele fez estragou com tudo.

Cheguei a casa dela, eu não estava a fim de ir para casa, queria conversar com ela e o Austin, até porque depois desse maldito contrato, eu quase não falei com os meus amigos.

Entramos e encontramos o Austin jogando vídeo game. Posso dizer que eu era viciada, assim como ele. E que também, eu sempre o derrotava quando jogávamos juntos.

– Olá! – ele diz quando nos vê. – Como vão? – ele deu pause no jogo e prestou atenção em nós.

– Péssimas. – Gracie responde. – Acabamos de ver o idiota do namorado da Mel traindo ela.

– Não! – grito para Gracie.

Ela não podia ter dito isso, não agora e não desse jeito. O Austin iria me odiar, com certeza, ainda mais depois que nos beijamos da última vez que ficamos sozinhos.

Ele me encarou surpreso e confuso, e agora eu teria que mentir mais ainda. Como eu odeio isso. Como eu odeio tudo isso que está acontecendo.

– Ah, ainda não era para contar? – Gracie pergunta e coloca a mão sobre a boca. – Desculpe-me. – suspiro, revirando os olhos.

– Você está namorando? – Austin pergunta levantando-se do sofá. Eu teria que dar um jeito de dar uma ótima explicação.

Eu sabia que mesmo eu contando a melhor mentira, ele ficará com raiva de mim, afinal, estávamos nos relacionando depois do fim do último namoro dele, e pelo que eu via, o Austin queria ir além de só “pegar”. Mas aí o meu pai chegou com aquela péssima notícia e acabou com tudo.

– Então quer dizer que além de estar namorando, você não me contou e o idiota ainda te traiu? – Austin pergunta e solta um falso riso no final.

– Austin, eu iria te contar. – digo, aproximando-me dele.

– Quando? – ele ri mais uma vez. – Quando você cansasse de ser traída e viesse chorando para mim? – ele revira os olhos.

– Eu vou ali. – Gracie diz e nos deixa sozinhos na sala.

– Não. – respondo para Austin. – Foi tudo de repente, eu iria te contar, mas teve toda uma confusão lá em casa, eu não tive tempo, mas eu juro que iria te contar. Como eu não contaria isso para você?

Austin revira os olhos mais uma vez e se afasta de mim. Eu não estava em condições de mentir, então eu espera que ele não viesse com muitas perguntas.

– Melissa, eu sabia que você iria arranjar alguém para ficar, mas eu não esperava que fosse logo quando nós estivéssemos nos dando bem depois te todas aquelas confusões por causa da minha ex-namorada. Logo agora? – ele pergunta gritando.

– Eu não tenho culpa. Ele apareceu no meio de tudo isso, acabamos nos dando bem e aconteceu. – respondo, gritando também.

– Custava você me falar que estava começando um relacionamento? – ele grita.

– Começamos a namorar tem poucos dias, nem uma semana tem ainda. Ele me pediu em um jantar que fui com o meu pai, eu nem iria aceitar, mas por que eu não podia tentar novas experiências? Eu aceitei.

– E está dando super certo, não é? – Austin pergunta, mas não respondo. – Nada melhor do que começar um relacionamento com uma traição. Ele é o cara certo. – ele ironiza.

Austin dá as costas indo para a escada, provavelmente para o quarto dele, mas não deixo de ir atrás, mesmo que ele estivesse com muita raiva de mim. Ele entra no quarto, mas o impeço de fechar a porta, empurro com força e entro, logo depois fecho.

– O que é? – pergunto. – Vai dar uma de menininha agora? – Austin revira os olhos com a minha pergunta. – Você se lembra de que foi exatamente assim quando você começou a namorar? – pergunto gritando. – Estávamos muito bem, estávamos ficando se você não se lembra. Daí um dia você chegou com ela e nos apresentou como sua namorada. – continuo falando, ele me encara com certa raiva. – E não foi só uma vez que isso aconteceu. – grito. – E todas essas vezes, eu continuei com você, mesmo com as brigas que elas adoravam fazer, eu continuava com você Austin. E é assim que você fica comigo porque eu estou com uma pessoa que pode me fazer bem?

Ele não me responde. Mas eu tenho certeza que ele se arrependerá de ter brigado comigo. Tudo aquilo era verdade, todas as namoradas que o Austin arranjava, quando se tratava de Austin e eu, se tornava em briga.

Eu pretendia contar sobre o Noah com calma, mas a Gracie abriu a boca e estragou tudo. Agora o Austin está com raiva de mim, e com um pouco de razão, mas ele também estava errado. Estávamos em uma situação “bipolar”.

Austin suspira e levanta da cadeira, ele se aproxima de mim e olha nos meus olhos.

– Eu sinto muito! – ele diz. – Eu exagerei, eu sei, é que estava tudo tão bom e você começa a namorar agora. Você sabe que eu gosto de você, Melissa. Desculpe-me.

Aproximo-me dele e o abraço, ele corresponde. Eu gostava de senti-lo, eu gostava de tudo que vinha do Austin, mas eu não vou poder mais aproveitar disso. Ele dá um beijo na minha bochecha. Sorrio e afasto-me.

– Mas eu não gosto nem um pouco desse cara, ele já te traiu. – Austin diz.

– Isso é uma longa história, quem sabe um dia eu não te conto?! E talvez nós possamos contar para os nossos filhos. – digo e Austin ri.

– Não se você se casar com o... – ele franze o cenho.

– Noah. – respondo e ele assente. – Aposto que se eu me casar com ele, não dura nem dois anos. – Austin sorri.

[...]

Depois que o Austin e eu nos entendemos, fomos jogar videogame, e como sempre, eu vencia. O que o deixava muito irritado.

– Ah, fala sério. – ele grita. – Dá uma trégua, Melissa. – dou risada dele.

– Eu não posso, ser boa nas coisas é uma qualidade permanente minha. – respondo e pisco para ele. Coloco o controle em cima da mesa e aproximo-me do Austin. – Eu tenho que ir tenho um jantar. – dou um beijo na bochecha dele.

– Pode ir, eu vou treinar para a próxima revanche. – ele me responde.

– Você diz isso há séculos e adivinha quem continua ganhando? – digo enquanto caminhava até a porta. Viro-me para ele e pisco. – Eu. – Austin ri.

– Tchau. – abro a porta e saio da casa dele.

Eu adorava competir com o Austin, até porque eu sempre vencia, e eu adorava vê-lo irritado porque perdia.

[...]

Chego em casa e me deparo com o meu pai e a minha mãe sentados no sofá assistindo TV, algo que eu não via há tempos já que o meu pai ficava dia e noite no trabalho tentando ganhar extras. Mas como agora ele vai ganhar sem precisar se esforçar, aposto que nem lembra mais que tem emprego.

– Boa tarde quase noite! – digo sorrindo.

– Hm, pelo jeito está muito feliz. – minha mãe diz.

– Acho ótimo que esteja se dando bem com o Noah. – meu pai também fala e sorri.

– É. – respondo e tiro o sorriso do rosto. – Eu vou tomar um banho e vocês deviam também, falta pouco tempo para irmos ao jantar. – digo por fim e vou para o meu quarto.

Entro e começo a tirar a roupa jogando-as em qualquer lugar do quarto, eu era organizada, mas agora eu estava com preguiça demais para deixar tudo no lugar.

Vou para o banheiro e tomo um banho quente para relaxar um pouco.

Fiz toda a higiene necessária, demorei pelo menos uns 15 minutos no banheiro, eu não me importava muito com me arrumar, mas também quando eu decidia ficar bonita, eu ficava maravilhosa. Humildemente falando.

Saio do banheiro e quando coloco o pé no quarto, me deparo com um ser de costas mexendo em algo na minha cômoda.

– O que você está fazendo aqui? – pergunto gritando. Noah se vira para mim e sorri, arqueio a sobrancelha esperando pela resposta.

– Eu estava te esperando. – ele diz e dá (pela milésima vez) uma boa olhada no meu corpo.

– Você devia esperar lá fora, eu poderia estar sem toalha. – respondo com raiva dele.

– E o que há de ruim nisso? – ele pergunta em um tom muito malicioso e sorri pelo canto da boca. Reviro os olhos.

– O que você quer?

Com certeza ele veio dar alguma desculpa esfarrapada sobre o que eu vi mais cedo no apartamento dele, ele deve pensar que eu estava depressiva chorando trancada no quarto, já que ele se julga o “conquistador”. Deve achar que já estou gostando dele. Coitado.

– Eu vim te pedir desculpas pelo que você viu lá no meu apartamento. – ele diz se aproximando de mim. E como eu disse, ele veio mesmo dar as desculpas.

– Tá! – respondo.

– Tá? – ele pergunta e vem para mais perto de mim. – Melissa, eu não quero que você pense que eu sou um imprestável e infiel que vai levar outras mulheres para o apartamento quando nos casarmos. É que eu sou homem, eu tenho desejos e não sei controlá-los. E pelo que eu vi quando tentei te beijar para o “grande final” do pedido, eu vou demorar para passar disso, eu tenho desejos sexuais e eu vou me casar com quem eu provavelmente vou demorar um século só para conseguir dormir na mesma cama. Acha que eu vou conseguir me controlar por dois anos? – ele disse tudo aquilo e eu prestei atenção, afinal ele poderia soltar algo interessante enquanto falava.

Tudo bem, ele estava mesmo certo. Não seria nada fácil para o Noah realizar os desejos dele comigo, se é que eu vou deixar o Noah fazer o que ele quiser. Mas eu não sei se também vou aguentar dois anos sem dar um misero beijo. Sejamos sinceros. Para quem já pôde experimentar uma das coisas boas da vida, é difícil viver sem elas.

– Deve! – respondo e afasto-me dele.

– Devo? – ele pergunta e ri. – Pelo jeito você quer mesmo ser traída não é. – reviro os olhos.

– Noah, talvez, apenas talvez você consiga o que quer comigo. Mas temos que ir com calma, estamos nos conhecendo ainda. Não pense que é porque estamos quase nos casando que somos íntimos um do outro, faz poucos dias que nos conhecemos. Se você conseguir fazer cada coisa no seu tempo certo, talvez consiga o que tanto quer. – respondo olhando nos olhos dele. Assim que termino de falar, ele sorri, mas parecia que ele havia ganhado na loteria, porque o sorriso era enorme.

Ele se aproxima de mim e me abraça, o abracei apenas com uma mão já que eu estava de toalha e se ela caísse... Não seria nada legal.

– Agora eu preciso me vestir, afaste-se e saia do meu quarto. – digo e tento empurrá-lo, mas não consegui. Alguns segundos depois ele me solta. – Eu estava ficando sem ar. – ele tinha me abraçado com muita força.

– Desculpe, é que eu estava sentindo seus seios. – ele responde. Arregalo os olhos minimamente e bato no Noah, ele começa a ri e o empurro para fora do quarto. – Se arrume rápido que eu estou te esperando aqui.

Russel não poderia ser mais idiota.

[...]

E aqui estávamos nós. Na casa da família Russel, Noah esperou eu e os meus pais terminamos de nos arrumar para poder nos trazer para o jantar e também a Gracie, meu pai e o Noah pediram para chamar alguma amiga para ver o pedido, seria “mais real”, liguei para a Gracie que brigou um pouco comigo porque eu já estava “de bem” com o Noah, mas ela aceitou. Havíamos acabado de chegar. Eu estava um pouco nervosa para tudo que iria acontecer, Noah me disse que os pais dele chamaram alguns parentes mais próximos.

– Bem-vindos a minha casa. – Noah diz para todos nós. – Vocês já podem entrar, eu vou conversar com a Melissa. Será rápido.

– Tudo bem, vamos entrar. – meu pai diz e chama minha mãe e Gracie para dentro de casa.

Todos entram e o Noah se aproxima de mim.

– Está pronta? – ele pergunta.

– Não, mas eu supero. – respondo.

– Vai dizer sim. Não é? – Noah pergunta um pouco desconfiado, o que me faz rir.

– Eu tenho outra escolha? – respondo a pergunta dele com outra pergunta.

– Ainda bem que não, seria péssimo para mim. Imagine ser rejeitado na frente da minha família. – ele responde.

– Para tudo há uma primeira vez, Russel. – digo e caminho para entrar na casa.

Mas antes que eu pudesse entrar, o Noah me puxa pelo braço para fora novamente, mas dessa vez ele me puxou para nosso corpo ficar colado e me encostou à parede. Eu me assustei com aquilo, até porque para mim a nossa conversa tinha acabado.

– O que você pensa que está fazendo? – pergunto virando o meu rosto para evitar um beijo. Ele me solta e se afasta.

– Um teste. Eu queria saber se você deixaria eu te beijar, mas pelo jeito não. Então eu quero pedir, antes que você me dê um tapa no rosto quando eu for te beijar no pedido.

– Precisa mesmo de beijo? – pergunto. Ele revira os olhos.

– Você por acaso sabe beijar? – Noah pergunta. Mas que idiota.

– É claro que eu sei.

– Pois parece que não, você não deixa nem eu te tocar.

Se tinha uma coisa que eu odiava era que duvidassem de mim, e era aquilo que o Noah estava fazendo naquele momento. Ele nem imagina as coisas que eu sei fazer. Claro que nada delas está relacionada ao sexo em si, mas podemos dizer que eu sabia bem “preparar” um homem para tal ato.

Aproximo-me do Noah e coloco minha mão no peito dele o empurrando contra a parede, como eu estava de salto, ficava quase da mesma altura que ele. Olhei bem nos olhos dele e aproximei mais ainda o nosso rosto, levo minha boca até a orelha dele e dou uma leve mordida, logo em seguida, digo baixo e sexy:

– Você se surpreenderia se eu te mostrasse tudo o que eu sei fazer. – afasto-me rapidamente e olho para Noah. Ele estava parado me encarando com cara de “você não vai continuar?”. – Vamos entrar. – seguro a mão dele e puxo-o para dentro.

– E você se assustaria se soubesse como eu estou agora. – Noah fala baixo, olho para ele e ele olha para baixo, mais precisamente para a calça dele, mas não me dei o trabalho de olhar. Eu já sabia do que ele estava falando.

Chegamos à sala de estar e lá era onde todos estavam. Eu e o Noah ainda estávamos de mãos dadas, tudo para parecer “mais real”.

– Boa noite, família. – Noah deseja e todos olham para nós dois.

– Noah! – a mulher, qual eu chuto ser a mãe dele diz e vem até nós. – Oh, meu Deus. Então você é a sortuda que roubou o coração do meu filho? Como você é linda. – ele diz sorrindo e me abraça, correspondo.

Eu já poderia julgá-la como falsa, já que ela sabia de tudo sobre o casamento. Ela deveria ser atriz.

– Peter, venha cumprimentar a sua nora. – o pai do Noah, o tão famoso e cobiçado Peter Russel vem até nós.

– Melissa Castilho. – ele diz e varre meu corpo com os olhos, me senti um pouco abusada. – Meu filho é um rapaz de sorte! – ele sorri e damos as mãos.

Cumprimento vai, cumprimento vem. Conheci todos que estavam lá, duas tias, um tio e dois primos. Eu não sabia a necessidade de chamar tantas pessoas para ver essa farsa, mas fazer o que.

Estávamos todos sentados à mesa esperando pela hora do jantar ser servido, todos estavam conversando comigo e com o Noah, perguntando várias coisas sobre o nosso “namoro” e que formávamos um lindo casal. Mal sabem eles que isso nem envolve amor.

Gracie se rendeu um pouco ao “encanto” do Noah e também conversou com ele. Cada minuto que passava, a tão esperada hora chegava e eu ficava mais nervosa ainda, Noah pegava na minha mão que estava fria e percebia isso. Ele me olhava e ria.

– E vocês? Estão felizes? – uma das tias nos pergunta.

– Sim. – respondemos juntos. – Melissa é a melhor coisa que me aconteceu. – Noah responde olhando nos meus olhos, sorrio para deixar aquilo mais “bonito”.

– Você também. – respondo e ele sorrir.

– Só espero que eu tenha netinhos antes da hora de ir embora para sempre, hein. – minha mãe diz, era claro que ela estava se referindo a morte dela causada pelo câncer, e eu odiava quando ela falava daquele jeito.

– Mãe, você ainda terá bisnetos. – digo e ela sorri.

– Vamos dar muitos netinhos para a senhora. – Noah diz e coloca o braço em volta do meu ombro, se aproxima e beija minha bochecha.

– Tão lindos. – Gracie diz. – Eu vou ser titia. – ela diz alegre.

E por mais que eu estivesse sorrindo, por dentro eu estava me matando por estar alimentando aquela mentira tão descaradamente.

Minutos depois de tanta conversa jogada fora, Noah se aproxima de mim e diz no meu ouvido que estava na hora. Como eu não tinha outra escolha, apenas tentei relaxar e esperar pelo show.

– Preciso da atenção de todos agora! – Noah diz levantando-se e me olha rapidamente. Todos prestam atenção nele. – Eu tenho um pedido muito especial para fazer agora.


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Notas finais do capítulo

O capítulo não iria terminar assim, mas se eu fizesse do outro jeito que eu queria, ficaria muito grande e eu sei como é cansativo. Mas espero que tenham gostado e que deixem a sua opinião, crítica construtiva, tanto faz, só conversem comigo, juro que sou legal haha.

Bem, até o próximo. Beijos.



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