Casamento Forçado escrita por Marie


Capítulo 24
Sincronia perfeita


Notas iniciais do capítulo

Olá! Como estão?

Primeiramente, eu quero agradecer imensamente a Kessya Herondale por ter enviado uma recomendação linda. Muito obrigada! Fico feliz em saber que está agradando vocês. Muito obrigada Kessya Herondale, perdi a conta de quantas vezes li a sua recomendação haha.

Em segundo,
Bem, eu sei que vocês estavam aguardando muito esse capítulo e, eu não sei se fui boa como vocês esperavam que fosse. Eu tentei fazer o meu máximo, porque esses dias eu ando meio sem inspiração para escrever e quando eu finalmente tenho, não sai como eu quero.

Se eu errei nesse capítulo, mil perdões para aquelas que esperavam algo PERFEITO, mas tentei.

Recolhi as opiniões sobre o capítulo com sexo e deixei mediano, leiam e vão ver como saiu.

Apesar da minha insegurança, espero que gostem.

Capítulo recheado de Noah e Melissa e com uma surpresa no final...

Boa leitura.



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Ao acordar deitada sobre o peito de Noah, rapidamente estampo um sorriso por me lembrar da noite anterior. Eu estava tão feliz. Não somente por ter me entregado a ele, mas pelo ato em si, Noah era ótimo. Ainda estou me perguntando como consegui demorar tanto tempo para tomar essa decisão.

Mas pensando bem, talvez esse tenha sido o tempo certo escolhido pelo “destino”, porque de um jeito, ou de outro foi maravilhoso.

Mordo o lábio inferior ao me lembrar das sensações que ele causou em mim e, logo, as cenas se repetem na minha mente…

[...]

– Me beije. – peço, implorando por um beijo do Noah.

Minha mente estava uma confusão e o meu coração acelerado, eu não sabia direito o que eu estava fazendo, mas eu sabia no que daria e tinha certeza que não me arrependeria depois da minha decisão.

Depois de presenciar o Noah brigando com a Sasha e com a mãe dele e, vê-lo dizer que poderia se apaixonar por mim, eu acabei dizendo que eu poderia dar amor a ele, algo que elas nunca poderiam, e eu realmente podia. Eu estava começando a desenvolver sentimentos por ele, isso eu não conseguia mais negar, afinal, conviver com um homem que é carinhoso, atencioso, compreensivo, presente e não se apaixonar é quase uma missão impossível. Não estou dizendo que estou apaixonada pelo Noah, mas isso é apenas uma observação de algo muito possível.

Eu queria me entregar a ele, uma entrega total, ser dele por uma noite e se fosse possível, por várias mais. Eu iria realizar um desejo que estava me atormentando desde que começamos a nos reconciliar… eu tinha certeza, que ao contrário do outro, eu não me arrependeria.

Sem dizer uma palavra, Noah se aproxima de mim e me toma em seus braços para um beijo voraz, carregado de desejo que estava sendo correspondido. Nossos corpos imploravam pelo outro, eu sentia.

Noah passeia com a sua mão pelo meu corpo e, como ele sempre fazia e eu adorava, me levanta fazendo-me cruzar as pernas na sua cintura. Ele me prensa contra a parede e aperta minhas coxas. Comecei a puxar a blusa dele e em segundos, ele já estava sem. Arranho as costas dele, fazendo-o se arrepiar inteiro. Noah se encosta mais em mim, eu adorava senti-lo daquele jeito e adorava saber que o meu beijo o excitou.

Mordo o pescoço dele, o lóbulo de sua orelha, arranho suas costas e tudo é correspondido de um jeito muito gostoso. Ainda me segurando no seu colo, Noah me carregou até o quarto e me jogou na cama, ficando por cima de mim logo em seguida.

Noah arrancou o vestido de mim e observou meu corpo, mordi os lábios ao ver o jeito que ele me olhava, era excitante. Ele beijou minha boca, mordeu minha orelha e em seguida sussurrou:

– Agora eu vou te mostrar como se faz amor de verdade. – gemi no ouvido dele.

Voltamos a nos beijar, mas dessa vez com menos voracidade. Sentindo o movimento das nossas línguas, era um beijo gostoso. As mãos dele passeavam pelo meu corpo e deixava um rastro de fogo, meu desejo só aumentava e minha excitação também.

Noah começou a beijar o meu pescoço e a apertar os meus seios, eu gemia. Eu já estava totalmente rendida a ele.

– Eu quero ser sua. - sussurro e, ele sorri satisfeito. Ele me beija com voracidade, como se ele precisasse muito daquele beijo. Eu contribuo para o beijo cheio de desejo. Não sei como era possível, mas eu estava ficando mais excitada do que já estava.

Noah começa a passar a mão por todo o meu corpo. Eu queria logo ir com pressa, mas eu sabia que ele iria me torturar muito ainda, eu não sei se vou aguentar. Noah para de beijar a minha boca e começa a beijar a distribuir beijos pelo meu pescoço. Ele morde, beija... Fazia de tudo que podia e o que me deixava mais louca ainda. Ele coloca a mão no feixe do meu sutiã e se esforça para abri-lo. Ajudo o Noah e rapidamente eu estava sem. Ele fita os meus seios e sorri, pelo jeito ele gostou.

Ele começa a me beijar novamente e começa a descer, fazendo uma trilha. Beija meu pescoço, meu ombro e quando chega aos meus seios, ele dá um selinho em cada um. Aquela era a primeira vez que eu ficaria totalmente despida para ele, mas eu sabia que não haveria arrependimentos.

Noah começa a beijar e chupar os meus seios e eu não me controlava, eu estava com muito tesão, excitada… eu me esfregava desavergonhada na sua ereção. Ele passeia com a mão pelo meu corpo e para quando chega a minha calcinha. Ele larga o meu seio e começa a beijar a minha barriga.

Sinto um frio na mesma e me arrepiei inteira. Aquilo estava muito bom. Noah continuou a beijar até chegar a minha calcinha. Ele olha para mim e sorri de um jeito safado que me fez morder os lábios novamente.

Ele segura as minhas pernas e as abre, ficando entre elas, ele segura a barra da minha calcinha e a puxa em dó. Noah fita todo o meu corpo por alguns segundos.

– Você é linda. – ele sussurra e morde o lábio inferior. Noah se abaixa e começa.

Quando sinto a língua dele me tocar, não aguentei… comecei a gemer e a me contorcer na cama. Aquilo era muito bom. Sua língua fazia mágica e seus dedos não ficavam de fora. Pergunto-me nesse momento porque eu demorei em tomar essa decisão. Olho para baixo e Noah me olhava enquanto fazia, eu não conseguia falar nem fazer nada além de gemer e sentir aquela forte onda de prazer que ele estava me causando.

– Não para. - peço gemendo, depois de me esforçar para falar. Eu estava a ponto de chegar ao ápice. Inclinei-me em direção à sua boca para que ele fizesse mais e assim fez. - Ai Meu Deus! - gritei quando finalmente cheguei.

Noah levantou e lambeu seus lábios sedutoramente.

– Você é tão gostosa. – ele diz, eu sorri.

Puxei o Noah para baixo e o empurrei para trás. Ele deitou na cama, havia chegado a minha vez. Abaixei até a sua cueca e observei aquela enorme ereção. Tirei a cueca do Noah e gemi ao vê-lo totalmente duro.

Seguro e começo. Noah solta alguns grunhidos enquanto faço, o que me deixa mais na vontade de terminar. Eu não sabia como fazer direito, mas pelo jeito que Noah estava, o negócio estava muito bom.

– Melissa! - ele fala com entre dentes. - Espera. - não paro, continuo e ele estava ficando descontrolado, arfava e gemia.

Noah segura os meus cabelos e me puxa para cima, mas não com força.

– Eu quero terminar assim. – Noah sussurra e me joga de novo na cama, ficando por cima de mim. – Você é incrível. – ele fala e morde o meu lábio inferior.

Ele beija todo o meu corpo e quando volta para a minha boca, sinto-o me penetrar lentamente. Fechei os olhos e apenas aproveitei aquela gostosa sensação de finalmente senti-lo dentro de mim.

Cravei minhas unhas nas costas dele e gemi.

Seus movimentos eram lentos, mas aos poucos ele estocava mais forte. Conforme os movimentos do Noah iam ficando mais rápidos e fundos, mais o quarto era tomado pelos meus gemidos que chamavam por ele e imploravam por mais. Nossos corpos suados e incendiados de desejo se movimentavam em uma sincronia perfeita, nossos beijos ficavam mais gostosos e os olhares mais profundos e significativos.

Seu toque me excitava e ao mesmo tempo me arrepiava, sua respiração no meu pescoço me causava calor, e a cada beijo a minha vontade crescia, ele estava cheio de desejo. E seu desejo era correspondido, eu o queria… só ele, mais ninguém.

Sem duvidas, me entregar ao Noah foi a melhor decisão que eu poderia ter tomado, ao contrário do outro, que foi o meu maior erro, mas eu não conseguia pensar em mais nada a não ser no Noah dando a mim um prazer incomparável.

Só por saber que ele ficou satisfeito comigo e que não conseguimos nos conter com só uma… a noite não podia ter terminado de uma forma melhor...

[...]

Levanto-me lentamente do peito do Noah para não acordá-lo. Funcionou. Olho para ele e seu pescoço e peitoral estava todo marcado, as marcas que eu havia feito. O meu não deveria estar diferente. Mas pouco me importava.

Visto uma camisa dele que estava no chão e vou para o banheiro. Lavo o meu rosto, escovo os dentes, penteio os cabelos e saio de lá. Noah ainda dormia, ele devia estar cansado, mas por tudo que fizemos ontem, eu até entendo.

Vou à cozinha e procuro algo nos armários e geladeira pra fazer para o café da manhã. Decido fazer panquecas, waffles e um suco para acompanhar. Apesar de que eu estava inspirada para cozinhar, preferi guardar para mais tarde. Eu estava pensando em fazer um jantar para o nós dois.

As cenas estavam sempre me distraindo, eu acabava me pegando sorrindo sozinha igual a uma idiota. Quando eu me lembrava, queria sentir o prazer que ele me causou novamente, eu ia acabar ficando mal acostumada, mas pelo menos era em uma coisa boa… muito boa.

Enquanto eu colocava a mesa, solto um grito ao tomar um susto quando sinto os braços de alguém se envolver na minha cintura. Mas logo quando eu senti o seu cheiro e ele beijou o meu pescoço, me tranquilizei por saber que era o Noah. Quem mais seria?

– Calma. – ele diz, rindo. – Bom dia. – Noah deseja. Viro-me para ele e olho nos seus olhos. Continuávamos abraçados.

– Bom dia. – respondo. – Dar sustos é algo que não se faz quando alguém está sozinho na cozinha, Noah. – digo, brigando com ele. Noah sorri.

– Só queria surpreender. Além de que é bem difícil resistir ficar longe de você com essa roupa. – ele fala, passando a mão pelo meu corpo e apertando seus lugares preferidos.

As estranhas sensações voltam a tomar conta de mim. Eu já gostava de sentir o toque dele antes mesmo ficarmos firmes no relacionamento, mas agora eu não só gostava como eu precisava sentir. Queria ele perto de mim, me abraçando e beijando. Isso era tão confuso.

Depois de nos beijarmos, Noah me abraça com força e sinto seu cheiro. Era bom. Antes de tudo aquilo começar a ficar sério, decidi afastar-me dele e terminar de pôr a mesa.

– Fiz o café. – digo, tirando-o do transe. Provavelmente ele estava pensando no porque que eu me afastei. Noah olha para mim e solta um riso baixo.

– Eu percebi. Estou com fome, preciso repor as energias. – ele responde e passa mão na barriga. – Repor para poder gastar tudo do mesmo jeito. – Noah diz e lança um olhar safado para mim. Reviro os olhos, rindo.

– Não se acostume Noah. – respondo, ele apenas ri.

Sem dizermos nada, sentamos à mesa. Ele estava de frente para mim e, como a mesa era pequena, continuávamos próximos um do outro. Termino de encher o meu copo com suco e olho para Noah, que não tirava os olhos de mim. Sorri, e ele correspondeu. Seu sorriso era lindo e havia se tornado um dos meus preferidos.

– Pare de me olhar assim, me assusta. – digo, brincando.

– Te assusta eu te desejar? – Noah pergunta e rapidamente se faz um bolo no meu estômago. Estranho.

– Me assusta sim. Você parece um ninfomaníaco. – respondo e ele ri.

– Eu? – ele continua rindo. – Não fui eu que implorei por mais ontem à noite. – ele responde, lembrando-me de que aquilo foi mesmo verdade.

Eu realmente não consegui me contentar só com uma transa, muito menos o Noah. Acho que em uma só noite nós dois matamos o desejo que estava guardado há meses. Tudo que fizemos valeu a pena. E a demora a finalmente transarmos também valeu a pena, porque pelo menos fizemos com sentimentos envolvidos. Não acho que sexo tem que ser apenas por desejo e, Noah mostrou que também tinha sentimentos por mim, mesmo que ele não tenha deixado isso claro.

– Fala assim como se você também não tivesse implorado. – respondo e olho de forma desafiadora para ele.

– Tudo bem, eu me entrego. – Noah diz e levanta os braços como se estivesse se rendendo. Dou risada da cara dele e jogo um pedaço de panqueca nele.

– Você vai me limpar. – ele diz como se fosse uma ordem.

– Vamos comer. – falo e ignoro o que ele havia dito antes.

Começamos a comer.

– Você é incrível. – ele diz depois de um tempo em silêncio. Levanto os olhos em direção a ele e sorrio.

– Foi perfeito. – continuo sorrindo. – Obrigada por ontem.

[...]

Estávamos deitados no sofá da sala, abraçados, assistindo a um dos filmes preferidos do Noah. O Exterminador do Futuro. Eu não gostava, mas ele me obrigou a assistir. O que mais me irritava era ele repetindo as falas dos personagens.

– Para. – grito, já irritada. Noah começa a rir e eu chuto sua perna. Ele reclama da dor, mas continua rindo. – Maldito destino que me fez ser sua esposa, você é chato. – era claro que eu estava só brincando.

Noah me encara chateado.

– Não existe destino, além daquele que nós traçamos. – ele responde, dizendo mais uma fala do filme.

Levanto-me do sofá, eu já estava com raiva do filme e acabaria ficando com raiva do Noah se ele não parasse com aquilo. Por mais que ele estivesse apenas brincando, tenho o direito de ficar irritada.

– Cansei. – digo, saindo de perto do sofá. Antes que eu pudesse ficar longe o suficiente dele, Noah segurou meu braço e me puxou de volta. Acabo tropeçando no tapete e caio sentada no colo dele. Ele ri, reviro os olhos.

– Você precisa relaxar. – Noah diz e beija meu pescoço, em seguida, morde. Fecho os olhos sentindo aquilo, era tão bom. Já começo a sentir coisas que eu ainda não tinha um nome para defini-las.

Ele me faz levantar e quando sento novamente, eu estava com as pernas ao redor do corpo dele. Noah passa os dedos pelo meu cabelo e puxa minha cabeça para perto da dele, começamos a nos beijar. Um beijo calmo, gostoso e excitante.

Noah coloca a mão na minha bunda e me pressiona para baixo, sendo mais exata, para a sua ereção.

– Precisamos conversar. – digo, quando me afasto dele. Ele me olhava decepcionado, mas tínhamos mesmo que conversar e sobre muitas coisas. – Não me olhe assim. – saio do colo do Noah, sentando-me ao seu lado.

– Tudo bem. – ele responde, consertando-se no sofá. Ele olha para mim, esperando uma continuação.

– Primeiro vamos conversar sobre algo que você não gosta. – dou inicio a conversa. – O que você pretende fazer sobre a Sasha? – pergunto. Noah revira os olhos, irritado. – Daqui a uma semana é o aniversário da sua mãe e ela ainda estará lá.

– Não vamos, simples assim. – ele responde desinteressado na conversa.

De fato, eu não queria ir. Era obvio que a Amy estava aprontando alguma coisa, mas eu não queria fazer disso um problema do Noah. Não queria que ele ficasse inimigo da própria mãe porque ela não gostava de mim. Eu sei como uma mãe é importante na vida de alguém e nunca se sabe quando pode perdê-la e, apesar de todas as características ruins da Amy, não queria que ela perdesse o filho por minha culpa, fazendo que ele a odeie.

– Você não vai faltar o aniversário da sua mãe, eu não deixaria isso acontecer. – respondo.

– Você ouviu bem o que ela falou, a Sasha é a sua convidada de honra, merece ser respeitada e eu não dou respeito a ela nem que me paguem. Ela não merece. – Noah diz, já irritado por estarmos falando da sua ex.

– O que ela fez de tão mau assim? – pergunto. – Você falou algumas coisas na hora que estava brigando com ela, mas eu não entendi.

Eu sempre quis saber disso, mas sempre que eu tentava tocar no assunto, ele dava um jeito de fugir. Não fazia a mínima ideia do que tinha acontecido e, apesar de ouvir algumas coisas na hora da briga, aquilo não dizia muita coisa, muito menos matava a minha curiosidade.

– Não gosto de falar disso, você sabe. – ele diz a mesma resposta de sempre.

– Ah, qual é Noah. Eu estou curiosa. – insisto.

– Não quero contar, isso me deixa triste.

Eu sabia que eu podia deixá-lo irritado, mas eu não podia morrer com aquela curiosidade. De qualquer forma, eu sabia como deixá-lo calmo novamente, sendo assim, eu vou insistir até arrancar o que eu quero.

– Às vezes desabafar é preciso. – digo. Aproximo-me do Noah e seguro na mão dele.

– Que insistência. – ele fala, bufando de raiva em seguida.

– Eu estou curiosa. – continuo.

– Não vou contar, desista. – ele ia se levantar, mas eu não deixo.

– Vamos fazer assim, eu conto sobre o Austin e eu e, você conta sobre você e ela. – digo e sorrio por fim. Ele revira os olhos.

– Piorou. Eu não quero saber dele. – Noah se levanta novamente. Ando atrás dele.

– Bem, nós nos conhecemos desde que éramos pequenos, mas o Austin nunca me deu muita bola.

– Melissa, eu não quero ouvir. – ele estava muito irritado, chegava até ser engraçado.

– Não sabia o motivo, eu acho que ele não me achava bonita, ou não tinha descoberto que gostava de meninas ainda. – continuo seguindo Noah pela casa. Ele estava no caminho do quarto. – Basicamente o nosso caso oficial começou quando eu tinha quinze anos e ele tinha dezessete. Foi com ele o meu primeiro beijo. Na verdade, o meu primeiro tudo. – Noah chega ao quarto e sem dar tempo de eu me defender, ele se vira rapidamente, segura minha cintura e me joga contra parede, encostando seu corpo no meu.

– Não quero saber dele. – ele diz. – Não importa se com ele foi o seu primeiro beijo, sua primeira vez… que se ferre. É sobre a Sasha que você quer saber não é? – ele pergunta e assinto. – Eu vou contar. – sorrio vitoriosa. – Mas no final você terá que fazer o que eu quiser. – ele me desafia, seu olhar não era nada inocente.

– Combinado. – respondo e passo a língua nos lábios. Noah se aproxima e morde meu lábio inferior, puxando-o, mas depois solta. – Adianta, porque ainda tenho que ir visitar a minha mãe. – empurro Noah e o levo para cama. Deitamos abraçados e ele começa a contar:

– Eu conheci a Sasha em uma festa através de alguns amigos, eu tinha dezoito anos. A minha paixão por ela foi instantânea. – olho para ele, seu olhar estava longe. – Me apaixonei pelo olhar dela, a voz, o sorriso, o jeito dela… tudo.

– Que romântico. – digo, na intenção de fazer com que ele pare de elogiá-la, mas ele não perceberia.

– Infelizmente eu perdi o romantismo, mas sinto que ele está voltando aos poucos. – ele diz, olhando para mim e passa seu polegar na minha bochecha, sorri. – Eu me apaixonei de verdade por ela, e ela por mim… Bem, pelo menos eu acho que ela era apaixonada por mim. – Noah continua a contar a sua história dos dois.

Noah me contou tudo e, eu fiquei indignada com o que ela fez.

Ele dava tudo a ela, tanto coisas materiais, como sentimentais, digamos assim. Noah era louco pela Sasha, a ponto de brigar com os amigos e os pais só para defendê-la, ele nem percebia que ela só estava fazendo a cabeça dele. Depois de um tempo, Peter brigou com ele por estar dando muitas coisas a Sasha, dedicando-se apenas ela e esquecendo-se dos estudos e a faculdade. Peter o proibiu de sair de casa e parou de dar dinheiro para ele e só voltaria quando Noah desse uma nota boa e, essa foi à causa pelo qual os dois fugiram e pela qual Noah saiu da faculdade.

Quando Noah voltou, Peter estava com raiva de tudo que ele havia feito e disse não pagaria mais a faculdade. Noah começou a ver as coisas direito, e culpou a Sasha por tudo que estava acontecendo. Os dois começaram a brigar, porque ele havia perdido tudo e ela estava desatenta quanto ao relacionamento dos dois, enquanto ele tentava mantê-lo. Um tempo depois, Noah descobriu que além dela não estar mais sendo amado como antes por ela, Sasha estava traindo Noah com um dos melhores amigos dele, o que o deixou muito triste e com mais raiva dela, mas sempre a perdoava por ser muito apaixonado ainda. Ele acabava perdoando o amigo também, porque segundo o Chris – melhor amigo dele – estava bêbado quando ficava com a Sasha e ela que o embebedava. Mas no final, sempre tinha briga de novo, o que acabou deixando o Noah com raiva do amigo.

E foi no acidente que aconteceu que a Sasha usou as brigas deles para acusar o Noah como culpado. Eles estavam voltando de uma viagem, Noah dirigia. Ele havia bebido, mas não como o amigo e os outros presentes. Em um momento na estrada, um caminhão estava vindo à contra mão, Noah fez de tudo para desviar o carro, mas acabou que o caminhão bateu no fundo do carro o que fez com que ele capotasse e como o amigo dele era o único sem cinto de segurança, foi arremessado para fora do carro.

Sasha usou as brigas deles para incriminar o Noah, dizendo que ele havia bebido e que causou o acidente de propósito para pode matar o Chris e se vingar das brigas. Como todos os outros também idolatravam a Sasha, ficaram do lado dela e confirmou que o Noah fez de propósito.

Foi daí que o Noah tomou toda a raiva por ela e, com razão. Ela não o apoiava, e mesmo sabendo que ele não tinha culpa, preferiu ficar contra ele, assim como os outros. Noah teve que fazer muitas coisas para provar que não havia sido ele, para provar que um caminhão tinha batido no carro entre outras coisas.

Quando Noah conseguiu provar, Sasha fugiu para Paris e ele esperava nunca mais vê-la, mas infelizmente a mãe dele a trouxe de volta, mesmo sabendo de todas as desgraças que ela já tinha causado.

– Eu sinto muito por tudo isso. Sasha nunca te mereceu. – digo, quando Noah termina de contar.

– Não sinta. – ele diz e solta um longo suspiro. – Você não tem culpa de nada.

– Nem você. – respondo, passando minha mão pelo braço dele.

– Antes de te conhecer eu havia prometido para mim mesmo que não me relacionaria de verdade com você, porque eu não queria mais amor, nem relacionamentos, mas eu comecei a te conhecer de verdade e não tive como evitar tudo isso que está acontecendo. – Noah diz e sorri por fim. Seu sorriso era tão lindo. Sorri de volta. – Você está mudando tudo, Melissa. – sento-me à cama e puxo Noah para um abraço.

– Tudo o quê? – pergunto enquanto nos abraçávamos.

– Tudo. – ele responde, antes de me puxar para um beijo voraz, mas foi um beijo rápido.

Abraçamos-nos novamente.

– Desculpa ter feito você se lembrar de tudo. – peço.

– Não se preocupa. – Noah responde e se afasta de mim. – Só esqueça tudo isso e vamos tomar um banho juntos. – sorrio e o sigo até o banheiro.

Fiquei feliz em saber que ele confiava em mim para contar tudo com os mínimos detalhes.

Não tinha mais como voltar atrás, era tarde para tentar evitar todas aquelas coisas que o Noah estava causando em mim. Eu não sabia explicar direito, era algo novo por ser com uma pessoa nova. Eu gostava de tê-lo perto de mim, gostava de poder abraçá-lo e beijá-lo. E a cada dia que passava… mais eu adorava ser dele.

[...]

Depois de um banho juntos, eu estava me arrumando para ir ao hospital visitar a minha mãe. Estava perto de ela poder ganhar alta e eu precisava acompanhar o que estava acontecendo. Fazia dois dias que eu não a via porque o médico não permitia visitas, mas hoje ela estava livre.

Quando termino de me arrumar, vou até a sala e encontro Noah jogado no sofá, assistindo Beisebol.

– Eu já vou. – digo, chamando a atenção dele. Noah varre meu corpo da cabeça aos pés e quando volta a olhar para meu rosto, franze o cenho.

– Por que está tão arrumada assim se só vai ao hospital? – ele pergunta, levantando-se e vindo até mim.

– Eu vou à casa da Gracie depois, lembra que a mandei vir aqui? Mas acabou que conversei com ela agora a pouco e ela prefere que eu vá pra lá. – respondo.

Eu iria ajudar a minha amiga com todos os problemas que ela estava tendo.

– Não gosto dessa ideia. – Noah diz. Ele já estava perto de mim. – Aquele seu amigo estará lá. – ele justifica. Reviro os olhos.

– Eu conversei com ela sobre isso e ele não vai aparecer lá por um bom tempo. – digo, tentando deixar o Noah mais tranquilo.

– Continuo não gostando dessa ideia. – ele diz e acabo achando graça. Dou risada e o encaro desconfiada.

– Ciúmes, Russel? – pergunto, aproximando-me dele.

– Sim e com ótimos motivos para isso. – Noah responde. Ele tinha ciúmes e mim, não sabia se isso era uma coisa boa.

– E quais os seus motivos? – questiono, curvando meus lábios em um sorriso torto.

Noah sorri do mesmo jeito e me puxa pela cintura, colando nosso corpo. Ele beija meu pescoço, morde o lóbulo da minha orelha e eu acabei arfando no seu ouvido.

– Você é minha. – ele responde e, naquele momento, meu corpo sentiu a necessidade de continuar ali, aproximo ao do Noah.

Agarro o pescoço do Noah e o puxo para um beijo, mas não durou muito, porque alguém começou a bater na porta e fomos obrigados a parar com beijo, que já estava começando a ficar quente.

Afasto-me do Noah e vou até a porta para atendê-la.

– Não se esqueça que ainda me deve algo. – ele diz.

– Fique tranquilo. – respondo rindo, mas assim que abro a porta, meu sorriso se desmancha, meu coração para por um segundo e todo o meu corpo congela. Não dava para acreditar que depois de tudo, ele ainda tem a coragem de aparecer na minha porta.

O Austin estava lá, parado.

– Podemos conversar? – ele pergunta.


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Notas finais do capítulo

Vocês estão me odiando ou amando? hahaha
Bem, como eu disse, não sei se esse capítulo ficou como vocês esperavam, ou passou perto, mas espero que tenha agradado.

Por favor, me digam que não ficou tão ruim como eu imaginei.

Um spoiler de leve, leia se gostar de spoilers: ainda terá um sexo mais romântico entre os dois, esse foi mais só por fogo hahaha.

Enfim, por favor, não deixem de comentar. Digam-me sobre todo o capítulo e espero que tenham gostado. Porque ainda estou meio lá e meio cá com esse capítulo.

Comente, favorite, recomende e faça essa escritora feliz.

Beijos

NÃO SE ESQUEÇAM DE ACESSAR A FIC DA MINHA AMIGA: http://fanfiction.com.br/historia/595108/Coracao_Amaldicoado
Isso é uma ordem hahaha.